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Risco, perigo e vulnerabilidade

Profa. Caroline Salles


Disciplina: Intervenção em Situações de Risco
Exemplo
 Considere duas pessoas no mar, uma que
está em um navio e outra que está em um
bote salva-vidas. O perigo de afogamento é
o mesmo, mas o risco para o mesmo é
maior para quem está no bote.
Risco X Perigo X Vulnerabilidade
 Vulnerabilidade: relacionada ao grau de resposta
(adaptação e enfrentamento) diante do risco ou perigo 
maior ou menor capacidade.
 Perigo: Fonte ou situação com potencial para provocar danos
em termos de lesão, doença, dano à propriedade, meio
ambiente, local de trabalho ou a combinação destes.
 Risco: Combinação da probabilidade de ocorrência e da
consequência de um determinado evento perigoso
Obs: Perigo é a fonte geradora de dano, risco é o grau de
exposição a esta fonte e vulnerabilidade é a capacidade de
enfrentamento diante dos mesmos.
Conceito histórico
 “A noção moderna de risco surge no século XVII a partir
dos jogos de azar, sendo incorporada nos períodos
seguintes nos contextos do seguro marítimo (século
XVIII) e da economia (século XIX). Assim, o conceito de
risco consolida-se, em um primeiro momento, nas áreas
da Economia e da Medicina (especialmente nos estudos
epidemiológicos), sendo que seu uso pleno se dá a partir
da 2ª Guerra Mundial, mediante a vertente de
gerenciamento denominada ‘Análise dos Riscos”
Contextos sociais
 Riscos sociais: associados a perigos, fatalidades ou
dificuldades.  associada a noção de probabilidade.

 Sociedade disciplinar é calcada na normatização.

 A partir do século XIX e, especialmente, do século


XX, as técnicas de investigação e controle da
população tornaram-se cada vez mais centrais
Relação risco x probabilidade
 Risco como perigo (culpa, medo e responsabilidade)
X risco como probabilidade (gerenciamento e
controle de situações).

 Problemas da relação risco x probabilidade: certo


grau de imprevisibilidade sempre estará presente 
tentativa de “domesticar” o futuro?
Relação risco x probabilidade
 A noção desconsidera a exposição ao risco como
possibilidade de transformação, por focar
sempre na possibilidade de evitar perdas e
danos.

 Onde está o foco: gestão da vida ou gestão de


riscos?  foco nas necessidades e não nas
capacidades.
Riscos reais associados à infância
o Fatores que ameacem ou causem efetivo dano à
integridade física, psicológica ou moral da
criança ou adolescente, em conseqüência da
ação ou omissão de diversos agentes  violação
de direitos:
Acidentes
 Déficits nutricionais
Ameaças à autoproteção e segurança
“Quanto maior for a presença de fatores de
risco, maior a vulnerabilidade desta população
e, portanto, maior a possibilidade da
ocorrência de algum dano, fazendo-se
necessária a intervenção sobre o perigo,
deslocando-o de uma ordem do imponderável
e tornando-o passível de previsão e controle.”
Gestão de riscos
 Envolve gerenciamento de mecanismos de poder.

 Baseadas em normatizações.

 Risco e futuro estão intimamente ligados  fatores (de risco)


do presente promovendo ações direcionados ao controle das
mesmas no futuro.
Obs: Não há espaço nessa perspectiva para o “talvez”, pois ele
remete à situações não planejáveis, incompreensíveis e
imprevisíveis.

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