por imersão ou submersão em qualquer meio líquido, provocado pela entrada de água em vias aéreas, dificultando parcialmente ou por completo a ventilação ou a troca de oxigênio com o ar atmosférico. (Szpilman, 2017). Hoje no Brasil, 16 (dezesseis) pessoas morrem diariamente por afogamento, é a segunda maior causa de morte entre crianças de 01 a 09 anos de idade, na faixa de 10 a 14 anos é a terceira causa, na faixa de 15 a 24 anos é a quarta causa e na faixa de 25 a 29 anos é a quinta causa de morte (SOBRASA, 2017). O que acontece no corpo durante um afogamento? No início do afogamento, a pessoa se debate, tentando se manter na superfície. Ela prende a respiração o quanto pode e aspira, sem querer, pequenas quantidades de água, o que provoca o fechamento da laringe, órgão situado entre a traqueia e a base da língua. Esse é um mecanismo de defesa do nosso corpo para que a água não inunde os pulmões. Depois de alguns minutos, a laringe relaxa e a pessoa involuntariamente respira debaixo d’água, aspirando e engolindo grande quantidade de água. Parte do líquido vai para o estômago e o restante segue o mesmo caminho do ar: percorre a traqueia e chega aos pulmões, passando por brônquios, bronquíolos e alvéolos. Com o pulmão encharcado, a troca gasosa (entrada de oxigênio e saída de gás carbônico) não funciona mais. A redução da taxa de oxigênio causa danos em todos os tecidos, principalmente nos que precisam de mais ar, como as células nervosas. O cérebro é gravemente lesionado e a pessoa fica inconsciente. Depois de chegar aos alvéolos, a água entra no sangue e penetra nos glóbulos vermelhos, destruindo-os. Com isso, o potássio presente nessas células vaza para o plasma sanguíneo. Em concentração elevada, o potássio é fatal: ele acaba com a diferença de carga dentro e fora da célula, impedindo a transmissão dos impulsos nervosos e, assim, a contração muscular. Com isso, o coração pode parar de bater. Com a parada cardíaca, a pessoa morre, e a grande quantidade de líquido que entra no corpo faz com que o cadáver inche e fique pesado, afundando – vivo, o corpo boia porque há ar entrando nos pulmões. A partir daí, as bactérias presentes no organismo começam a proliferar, liberando gases. Daí, o cadáver infla e volta a boiar CAUSAS DE AFOGAMENTO
Afogamento primário – É o tipo mais comum, não
apresentando em seu mecanismo nenhum fator desencadeante do acidente.
Afogamento secundário – É denominado hoje em dia
como causado por patologia associada que precipita o afogamento, já que possibilita a aspiração de água pela dificuldade da vítima em manter-se na superfície da água. • Causas por afogamento Secundario
• Uso de drogas (36,2%) (quase sempre por álcool)
• Crise convulsiva (18,1%), • Traumas (16,3%), • Doenças cardiopulmonares (14,1%), • Mergulho livre ou autônomo (3,7%), • E outros (homicídio, suicídio, lipotimias, cãimbras, hidrocussão) (11,6%). • O uso do álcool é considerado como o fator mais importante na causa de afogamento secundário. O Maior risco de morte por afogamento ocorre na faixa de 15 a 19 anos (4.1/100.000 hab) • O menor risco em crianças menores de 1 ano (1.5/100.000 hab). • De todos os óbitos por afogamento 47% ocorrem até os 29 anos. • As piscinas e os banhos são responsáveis por 3% de todos os casos de óbito por afogamento, mas atingem predominantemente (52%) a faixa de 1 a 9 anos de idade. • Em média homens morrem 6,8 vezes mais que as mulheres por afogamento, e a maior relação ocorre na faixa de 15 a 19 anos (13 vezes mais). Época do ano e horário • 44% dos afogamentos ocorrem nos meses de Novembro a Fevereiro e o restante são distribuídos igualmente ao longo dos outros 8 meses. • Mais de 65% ocorrem nos finais de semana e feriados. • Mais de 50% ocorrem entre 10:00 e 14:00h. • Época do ano e horário • 44% dos afogamentos ocorrem nos meses de Novembro a Fevereiro e o restante são distribuídos igualmente ao longo dos outros 8 meses. • Mais de 65% ocorrem nos finais de semana e feriados. • Mais de 50% ocorrem entre 10:00 e 14:00h. DESTAQUE • Entre os de maior destaque na redução estão SP (36%), Roraima (35%), Rio de Janeiro (33%), Distrito Federal (33%) e Rio Grande do Sul (30%). • Em média o Distrito Federal apresentou a menor taxa de óbito pela população residente (1.2/100.000), seguido pelos estados do Rio de Janeiro (1.7) e São Paulo (2.0). • Entre aqueles com aumento da mortalidade, todos, com exceção do Pará, mostram redução ao avaliar o exclusivamente o de 2016 Em análise da média do número de óbitos relativos no Brasil entre as 27 unidades da Federação, temos: • redução do número de óbitos em 17 estados, • 6 permaneceram inalterados, e • 4 aumentaram a mortalidade. Afogamento – Regiões e Estados do Brasil Estimativa Sobrasa do local de óbitos por afogamento no Brasil • Águas naturais – 90% • Águas não naturais 8.5% • Água doce - 75% • 2.5% banheiros, caixas de água, • 25% rios com correnteza baldes e similares • 20% represa • 2% galeria de águas fluviais • 13% remanso de rio • 2% piscinas • 5% lagoas • 5% inundações • 2% poço • 3% baía • Durante transporte com • 2% cachoeiras embarcações - 1,5% • 2% córrego • Praias oceânicas – 15%