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Centro Universitário de João Pessoa – UNIPÊ

Curso de Engenharia Civil

Prova de desempenho

FUNDAÇÕES RASAS

Candidata: Daniela Lima Machado da Silva

Formação: Engenheira Civil (UFCG). Mestrado em Engenharia Civil e Ambiental


(UFCG). Área de concentração: Geotecnia.

João Pessoa– PB, dezembro de 2017.


Fundações rasas: definição e normatização

Peso próprio e sobrecargas


Vento e vibrações

Elemento estrutural com a função


de transmitir as ações da
superestrutura ao solo
No projeto de
fundações deve haver
Geotecnia
Segurança com relação
aos materiais
Estruturas Recalques em todas as
partes da fundação
estejam dos limites
toleráveis
Projeto e dimensionamento de
fundações Maciço geotécnico – rocha ou solo
Fundações rasas: definição

Definição (segundo a NBR 6122/2010)

“Elemento de fundação em que a carga é transmitida ao terreno pelas


tensões distribuídas sob a base da fundação, e a profundidade de
assentamento em relação ao terreno adjacente à fundação é inferior a duas
vezes a menor dimensão da fundação.”

Resistem principalmente
por flexão
Fundações rasas: tipos

Blocos

Elemento de fundação superficial de concreto, dimensionado de modo que as


tensões de tração nele produzidas possam ser resistidas pelo concreto, sem
necessidade de armadura.
Resistem por compressão

Baixas tensões de tração


Fundações rasas: tipos

Sapatas isoladas

Elemento de fundação superficial de concreto armado, dimensionado de modo que


as tensões de tração nele produzidas não sejam resistidas pelo concreto, mas sim
pelo emprego da armadura.
Fundações rasas: tipos

Sapatas isoladas

As ações que comumente ocorrem nas sapatas são a força normal (N), os momentos
fletores, em uma ou em duas direções (Mx e My), e a força horizontal (H).

• Para sapata sob pilar de edifício de pavimentos existe a recomendação de que a


dimensão mínima em planta seja de 80 cm.
• Para a NBR 6122/2010, a menor dimensão não deve ser inferior a 60 cm.
• O centro de gravidade (CG) do pilar deve coincidir com o centro de gravidade
da base da sapata.
Fundações rasas: tipos

Sapatas corridas

Sapata sujeita à ação de uma carga distribuída linearmente


Fundações rasas: tipos

Radier

Elemento de fundação superficial que abrange todos os pilares da obra ou


carregamentos distribuído.

Área das sapatas > 70% da área


coberta

Redução dos recalques diferenciais

Sapatas associada – radier parcial

Sapata comum a vários pilares, cujos centros, em planta, não estejam situados em
um mesmo alinhamento. Geralmente ocorre quando, devido à proximidade entre os
pilares, não é possível projetar uma sapata isolada para cada pilar.
Fundações rasas: tipos

Sapata com Viga Alavanca ou de Equilíbrio

“Elemento estrutural que recebe as cargas de um ou dois pilares (ou pontos de


carga) e é dimensionado de modo a transmiti-las centradas às fundações. Da
utilização de viga de equilíbrio resultam cargas nas fundações diferentes das cargas
dos pilares nelas atuantes.”
Fundações rasas: capacidade de carga

 profundidade da fundação:
 dimensões e forma dos elementos da fundação;
 característica do terreno abaixo do nível da fundação;
 lençol d’água;
 modificação das características do terreno por efeito de alívio de
pressões, alteração do teor de umidade de ambos;
 características da obra, em especial a rigidez da estrutura.

Determinação
da pressão
admissível

Teorias das
Métodos semi- Métodos
Provas de carga Mecânica dos
empíricos empíricos
Solos

Capacidade de carga: é a carga máxima suportada pela fundação sem


que ocorra ruptura do solo.
Tensão admissível: é aquela em que não há ruptura da fundação e os
recalques são toleráveis pela estrutura.
Fundações rasas: capacidade de carga
Prova de carga
Fundações rasas: capacidade de carga

Métodos teóricos: modelos de ruptura

Solos pouco Solos muito


compressíveis compressíveis

C1: à medida que a carga (ou pressão)


C2: as deformações são sempre
aumenta, o material resiste,
grandes e aceleradamente crescentes.
deformando-se relativamente pouco;
Não há uma ruptura definida.
Ruptura brusca.
Fundações rasas: capacidade de carga
Métodos teóricos: modelos de ruptura

Quando a ruptura é
atingida, o terreno
desloca-se, arrastando τα
consigo a fundação.
τr

Zonas de cisalhamento radial e linear

Zonas de ruptura segundo teoria de Terzaghi


A capacidade de carga é igual à
resistência oferecida ao
deslocamento pelas zonas de
cisalhamento radial e linear.
Fundações rasas: capacidade de carga

Métodos teóricos: modelos de ruptura

A fórmula obtida refere-se a fundações corridas, onde Nc, Nq e Nγ são fatores de


capacidade de suporte, função apenas do seu ângulo de atrito (ϕ) do solo e definidos
por:

Valores dos fatores de capacidade segundo proposição de Meyerhof, a partir de Vésic (1975)
Fundações rasas: capacidade de carga

Casos particulares

Fundação de seção diferente (não corrida) Fundações corridas

Para solos puramente coesivos

Onde
Para areias
Fundações rasas: capacidade de carga

Fórmula generalizada (Meyerhof)

b = ½ B, sendo “b” a semi-largura

Não despreza a
resistência ao
Zonas de ruptura segundo a proposição de Meyerhof cisalhamento do
solo acima da base
da fundação.
Fundações rasas: capacidade de carga

Métodos semi-empíricos: relação entre tensão admissível e N (SPT)


Exercício

1 - Determine a capacidade de carga para uma sapata


corrida, assente no horizonte de areia (para a mínima
escavação), com 2,0 m de largura.

Dados:
Areia – c = 0; ângulo de atrito = 35º; peso
específico natural = 1,9 t/m³
Argila - peso específico natural = 1,6t/m³;
c = 2,5 t/m³
Exercício

1 - Determine a capacidade de carga para uma sapata


corrida, assente no horizonte de areia (para a mínima
escavação), com 2,0 m de largura.
Exercício

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