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Profº.Me.

: Marcio Rogério Pereira Leite


Curso: BACHARELADO EM AGRONOMIA
Disciplina: Máquinas e Implementos Agrícolas

MOTORES
TIPOS E PARTES DOS MOTORES DE
COMBUSTÃO INTERNA
wdeimj
MOTORES

• Quanto ao tipo de combustão, os motores


podem ser de Combustão Externa e Interna
– Combustão externa: máquinas a vapor

Esquema de motor a combustão externa


MOTORES

• Os motores de combustão interna (MCI) são


responsáveis pela transformação da energia
interna dos combustíveis em trabalho
mecânico.
Motores a combustão interna
• Os motores a combustão interna são aqueles
em que o combustível é queimado
internamente.
• Podem ser divididos em partes:
– FIXAS (Bloco, Cilindro, Camisas do cilindro, Cárter e
Cabeçote)
– MÓVEIS (Pistão ou êmbolo, Anéis de segmento, Biela,
Árvore de manivelas ou virabrequim, Eixo comando de
válvulas e válvulas de admissão)
Motores a combustão interna
Motores a combustão interna
• Combustão interna:
– Ciclo Otto – A Álcool, Gasolina ou GNV
– Ciclo Diesel – A Óleo Diesel
Partes fixas
• Bloco
– É o maior componente do motor (carcaça, parte
central) nos quais são fixados quase todos os
outros componentes.
– Dentro do bloco há galerias e orifícios para a
circulação do óleo lubrificante nos componentes
móveis internos do motor, câmaras internas para
circulação da água de refrigeração.
Partes fixas

BLOCO
Partes fixas
• Cilindro
– Tem a função guiar o pistão, que se desloca dentro
do cilindro.
• Camisas do cilindro
– São cilindros removíveis onde se deslocam os
pistões, e quando se encontram desgastadas,
podem ser substituídas.
– É uma das partes mais exigidas do motor,
suportam grandes temperaturas e pressões.
Camisa do cilindro
Partes fixas
• Cárter
– É a parte inferior do bloco, cobrindo os
componentes inferiores do motor.
• Cabeçote
– É o componente que fecha o(s) cilindro(s)
formando a câmara de combustão.
– Nele se localizam as válvulas de admissão e de
escape.
• CARTER
CABEÇOTE
• Entre o cabeçote e o bloco do motor é montada
uma junta, com a finalidade de garantir a total
vedação das câmaras de combustão e vedar as
galerias de água e de óleo.
• O cabeçote pode ser integral, cobrindo todos os
cilindros, ou individual, um para cada cilindro.
Partes móveis
• Pistão ou êmbolo
– É o órgão do motor que recebe o movimento de
impulsão causado pela expansão dos gases
(explosão) resultantes da combustão (movimento
retilíneo).
Partes móveis
• Geralmente apresenta três ranhuras perimetrais para
colocação dos anéis de 34 segmento, sendo duas
para anéis de compressão e uma para anel raspador
de óleo.
• O pistão pode ter formato côncavo ou plano, sendo
que o formato côncavo deixa a câmara de combustão
com maior capacidade volumétrica do que aquela
com formato plano.
Partes móveis
Pistão ou êmbolo

• Pistão concavo Pistão plano


Partes móveis

• Anéis de segmento
– São anéis metálicos secionados com elevada
dureza.
– Os anéis superiores (próximo da cabeça do pistão)
são chamados de anéis de vedação ou
compressão, pois vedam a passagem dos gases de
combustão para o cárter.
• Os anéis inferiores são anéis raspadores ou de
lubrificação e têm a função de raspar o
excesso de óleo da parede do cilindro para
evitar a queima do mesmo durante a
combustão.
• Biela
– É a peça que interliga o pistão (êmbolo) ao eixo
virabrequim sendo responsável pela
transformação do movimento retilíneo do pistão
em movimento circular do eixo virabrequim.
• Árvore de manivelas
– Popularmente conhecida como eixo virabrequim.
– É o eixo do motor responsável pela transformação
do movimento retilíneo do êmbolo em
movimento rotativo, onde trabalham as bielas.
• Eixo comando de válvulas ou eixo de
ressaltos
– Eixo composto por ressaltos que acionam as
válvulas de admissão e escape.
– É movido pela árvore de manivelas através de
pares de engrenagens, correntes ou correias
dentadas, para prover o sincronismo de
movimento entre as abertura e fechamentos das
válvulas e o movimento alternativo dos pistões.
Ciclo do Motor
• Ciclo Diesel – 4 tempos
– O motor a combustão interna de pistão que
funciona segundo o ciclo Diesel apresenta,
durante o funcionamento, quatro fases:
• 1ª – Admissão
• 2ª – Compressão
• 3ª – Combustão
• 4ª – Escape
• A série dessas quatro fases consecutivas é
chamada de ciclo do motor.
Ciclo do Motor
• 1º – Admissão
– Nesta fase, o pistão desce, estando a válvula de
admissão aberta e a de escape fechada.
– Ao descer, o pistão cria uma depressão no
cilindro. O ar é então forçado pela pressão
atmosférica a entrar no cilindro, passando pelo
filtro de ar e pela tubulação de admissão. A
quantidade de ar admitida é sempre a mesma,
qualquer que seja a potência que estiver sendo
utilizada ou a posição do acelerador.
Ciclo do Motor
• 2º – Compressão
– Então, o pistão sobe, as válvulas de admissão e de
escape estão fechadas.
– O ar admitido na fase de admissão é comprimido
até ocupar o volume da câmara de combustão.
Devido à compressão, o ar se aquece.
– No final da compressão, o bico injetor injeta,
finamente pulverizado, o óleo diesel no interior da
câmara de combustão.
– O óleo diesel, em contato com o ar aquecido, se
inflama, iniciando assim a combustão.
Ciclo do Motor
• 3º – Combustão
– O pistão desce, acionado pela força de expansão dos
gases queimados.
– As válvulas de admissão e de escape estão fechadas.
– A força de expansão dos gases queimados é
transmitida pelo pistão à biela e desta ao virabrequim,
provocando assim o movimento de rotação do motor.
– A expansão é o único tempo que produz energia,
sendo que os outros três tempos consomem uma
parte dessa energia.
– A energia produzida é acumulada pelas massas do
virabrequim e do volante.
Ciclo do Motor
• 4º – Escape
– O pistão sobe, estando a válvula de escape aberta
e a de admissão fechada.
– Os gases queimados são expulsos através da
passagem dada pela válvula e escape.
• 2 tempos
– Num motor de 2 tempos a admissão e o escape
ocorrem ao mesmo tempo da compressão e
expansão.
– A parede do cilindro de um motor de 2 tempos
contém uma fileira de janelas de admissão de ar.
– No 1º tempo, o pistão está em seu movimento
descendente, e descobre as janelas de admissão,
dando entrada ao ar, que está sendo empurrado
por um soprador. O ar que entra expulsa os gases
queimados, que sairão através da passagem
aberta pelas válvulas de escape.
– O fluxo de ar em direção às válvulas de escape
causa um efeito de limpeza, deixando o cilindro
cheio de ar limpo, por isso, é muitas vezes esse
processo é chamado de “lavagem”.
– No 2º tempo, o pistão está em seu movimento
ascendente e cobre as janelas de admissão
(fechando-as) ao mesmo tempo em que as
válvulas de escape fecham-se. O ar limpo admitido
é submetido à compressão.
SISTEMAS DE ALIMENTAÇÃO E DE IGNIÇÃO DOS
MOTORES DE COMBUSTÃO INTERNA

• Sistema de alimentação
– É todo o caminho percorrido pelo combustível do
tanque até o motor e do ar atmosférico até o
coletor de admissão.
• Tanque de combustível:
– Tem a finalidade de armazenar o óleo Diesel para
proporcionar autonomia ao veículo.
• Copo sedimentador:
– Tem a função de executar uma pré-limpeza no
combustível. Ele retém água e impurezas maiores
do combustível.
• Bomba alimentadora:
– Serve para bombear o óleo Diesel (sob baixa
pressão) do tanque para a bomba injetora
passando por um sistema de filtragem fina.
– O bombeamento também pode ser manual para
retirada de ar do sistema (sangria).
• Filtro de combustível:
– Elimina partículas sólidas finas (sujeiras) do óleo
diesel que será fornecido para à bomba injetora.
– Além disso, ele recebe o retorno do combustível
dos bicos e da bomba injetora.
• Bomba injetora:
– Envia o óleo Diesel para os bicos injetores sob alta
pressão na sequencia certa, de acordo com a
ordem de combustão.
– O excedente de combustível retorna para o filtro.
• Bicos injetores:
– são responsáveis pela injeção do combustível sob
alta pressão dentro da câmara de combustão. O
excedente de combustível retorna para o filtro.
• Tubulação de retorno:
– Envia para o filtro todo o combustível que não foi
utilizado na combustão.
• Coletor de admissão:
– Envia o ar filtrado para as câmaras de combustão.
• Filtro de ar:
– Elimina partículas sólidas (sujeiras) do ar, existem
dois tipos: filtro de ar a banho de óleo e seco.
Motor a explosão (ciclo Otto)
• Para obter a centelha de ignição no momento
exato em que deverá ocorrer a combustão da
mistura ar mais combustível, os motores de
ciclo Otto dispõem de um sistema de ignição
composto por:
• Bateria:
– Transforma energia química em energia elétrica.
Armazena a energia elétrica gerada pelo
alternador.
• Chave de ignição:
– Interrompe ou não a passagem da corrente
elétrica para a bobina.

• Bobina de ignição:
– Possui circuitos, que a partir de uma baixa tensão,
geralmente 12 V, induz uma alta tensão, da ordem
de 20.000 V, que será distribuída para as velas de
ignição.
• Distribuidor:
– Recebe a alta tensão da bobina e a distribui
através do motor para os cilindros (velas).
• Vela de ignição:
– Emite a centelha elétrica na cabeça do pistão no
momento da combustão.
Ignição elétrica:
Transforma a corrente contínua (cc.) em
corrente alternada (ca.).
SISTEMAS DE TRANSMIÇÃO E
RODADOS
– COMPOSTO POR:
• EMBREAGEM
• CAIXA DE CAMBIO
• TRANSMIÇÃO FINAL
• PINHÃO E COROA
• DIFERENCIAL
• REDUÇÃO FINAL
EMBREAGEM

• Esta localizado entre o volante do motor e o eixo


primário da caixa de cambio. (Para que serve?)
• Faz o acoplamento e separação entre eles
(Como?)
CAIXA DE CAMBIO

• Fica após a embreagem e tem a função de


regular a velocidade e o torque (força) as
rodas motrizes.
TRANSMISSÃO FINAL

• É composta por:
– Pinhão
– Coroa
– Diferencial e
– Redução final
• Sendo estes responsáveis pela transmissão de
movimentos de rotação da caixa de cambio
até os rodados
RODADOS
• Elementos de interface maquina-solo, tendo
como função principal:
– Apoio
– Sustentação
– Direcionamento e
– Gerar esforço de tração
• Sendo eles de dois tipos:
– Pneumáticos
– Esteira
• Lonas: exerce a função de suportar a carga e a
preção interna dos pneus.
• Talões: constitui-se de cabos de aço revestidos
de cobre para evitar oxidação, isolados
individualmente por compostos de borracha
para evitar atrito e revestido por tecidos
tratados.
• E tem como função amarrar o pneu ao Aro.
• Parede lateral (flanco): parte da carcaça que
vai da rodagem ao chão.
• Liner: é o revestimento protetor da carcaça na
parte interna do pneu.
• Rodagem: é a parte do pneu que faz sua
aderência com o solo
CLASSIFICAÇÃO DOS PNEUS
• Podem ser classificados em:
– Pneus de tração
– Pneus direcionais
– Pneus de transportes
TRATOR
CLASSIFICAÇÃO
CLASSIFICAÇÃO
• Considerando de forma genérica os tratores
utilizados no setor primário, pode considerar-
se que existem quatro grandes tipos, definidos
como:
– Tratores convencionais;
– Tratores de esteiras;
– Tratores florestais;
– Tratores especiais.
CLASSIFICAÇÃO
• Existem outras formas de se classificar os
tratores, levando-se em consideração:
– o tipo de rodado,
– a tração,
– a potência e o
– tipo de uso.
Tipos de classificação dos tratores.
• Tipo de rodado:
– Tratores de rodas
• Duas rodas
• Três rodas
• Quatro ou mais rodas
– Tratores de esteiras
– Tratores de semi-esteiras
• Tração:
– 4x2
– 4x2 TDA (tração dianteira auxiliar)
– 4x4
• Potência:
– De rabiças Até 15 cv
– Pequenos 15 a 55 cv
– Médios 55 a 105 cv
– Grandes Acima de 105 cv
• Tipo de uso:
– Agrícolas
– Florestais
Tratores Convencionais
• Caracterizados por apresentarem dois eixos de
sustentação, munidos geralmente de
pneumáticos.
• Tratores de Duas Rodas Motrizes (2 RM)
– Nestes tratores as duas rodas motrizes têm
diâmetro bastante superior às rodas dianteiras
que tem apenas a função de direção.
– Podem apresentar tração dianteira auxiliar (TDA)
TRATORES COM TRES RODAS
Tratores de Quatro Rodas Motrizes (4 RM)

• Nestes tratores as rodas motrizes podem


apresentar o mesmo diâmetro ou as
posteriores serem maiores.
• Nestes tratores a direção é geralmente
assegurada pelo eixo dianteiro, podendo, no
entanto, todas as rodas serem de direção ou o
trator ser articulado
• Tratores de esteiras
– Estes tratores possuem como órgãos de propulsão
duas sapatas, metálicas ou de borracha, montadas
em duas rodas, uma das quais motoras,
funcionando a outra como reguladora da tensão
da esteira, que se designa por roda guia.
– Nestes tratores a mudança de direção é feita
geralmente por embreagens e freios colocados
nos semi-eixos motrizes.
– Estes tratores, que são geralmente utilizados em
trabalhos pesados de mobilização do solo.

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