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PRINCÍPIOS
TEORIA GERAL DOS RECURSOS
Art. 996. O recurso pode ser interposto pela parte vencida, pelo terceiro
prejudicado e pelo Ministério Público, como parte ou como fiscal da ordem
jurídica.
Parágrafo único. Cumpre ao terceiro demonstrar a possibilidade de a decisão
sobre a relação jurídica submetida à apreciação judicial atingir direito de que
se afirme titular ou que possa discutir em juízo como substituto processual.
TEORIA GERAL DOS RECURSOS
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TEORIA GERAL DOS RECURSOS
Decisões interlocutórias
– têm cunho decisório (juízo de valor)
– Espécies
• taxatividade
– art. 994 do NCPC não é restritivo
• unirrecorribilidade
– cada decisão comporta uma única espécie de recurso
» Recurso especial e extraordinário?
• Fungibilidade
– necessidade de dúvida objetiva
» decorrente de impasse legal (e não da falta de técnica do
profissional contratado pela Recorrente)
» afasta má-fé e erro grosseiro
» prazo adequado para o recurso correto
» prestigia o princípio da instrumentabilidade das formas
TEORIA GERAL DOS RECURSOS
PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. PRINCÍPIO DA
INSTRUMENTALIDADE DAS FORMAS. INAPLICABILIDADE. ERRO
GROSSEIRO.
1. As hipóteses de cabimento de agravo de instrumento para o
Superior Tribunal de Justiça são as dos arts. 544 e 539, parágrafo
único, ambos do Código de Processo Civil.
2. Segundo orientação jurisprudencial desta Corte, os princípios
da fungibilidade e da instrumentalidade das formas só têm o
condão de amparar as situações em que haja dúvida objetiva
quanto ao recurso cabível na espécie, inexistência de erro
grosseiro e observância do prazo do recurso adequado.
3. Por se tratar de erro grosseiro e inescusável, inaplicável o princípio
da fungibilidade recursal. Precedentes.
4. Agravo de instrumento não conhecido.
(STJ; Ag no REsp 921.926/RS, Rel. Ministro SEBASTIÃO REIS
JÚNIOR, SEXTA TURMA, julgado em 04/08/2011, DJe 24/08/2011)
(g.n.).
CARACTERÍSTICA
B) Devolutivo
» jurisdição recursal é uma extensão da jurisdição latu sensu
» uma vez provocado o Tribunal tem o dever de prestar
jurisdição
» recurso limita (extensão, mas não profundidade) o âmbito de
atuação do Tribunal
» tantum devolutum quantum appelatum
» consectário do princípio da inércia
C) Translativo
» É a aptidão que os recursos em geral têm de permitir ao órgão
ad quem examinar de ofício matérias de ordem pública,
conhecendo-as ainda que não integrem o objeto do recurso
(Marcus Vinicius Rios Gonçalves)
EFEITOS DOS RECURSOS
D) Suspensivo
– suspende os efeitos da decisão recorrida
– impede o cumprimento de sentença/execução provisória
– não restabelece os efeitos de tutelas de urgência anteriormente
concedidas
E) Substitutivo
– consiste em substituir a decisão recorrida no que tiver sido objeto de recurso
– a substituição é apenas da parte impugnada
– na hipótese de provimento do recurso para invalidação da decisão impugnada
(error in procedendo), não há que se falar em substituição da decisão
recorrida, mas sim em anulação ou cassação
F) Expansivo
– a aptidão de alguns recursos cuja eficácia pode ultrapassar os limites objetivos
ou subjetivos previamente estabelecidos pelo recorrente.
– Efeito expansivo subjetivo: recurso por apenas um dos litisconsórcio
– Efeito expansivo objetivo: quando há pedidos interdependentes, que mantêm
entre si relação de prejudicialidade. Ex. Se, em ação de investigação de
paternidade cumulada com alimentos, o réu recorrer contra a procedência do
pedido declaratório de paternidade, o acolhimento do recurso afetará também
a pretensão condenatória a alimentos.
G) Regressivo
Art. 1.013. A apelação devolverá ao tribunal o conhecimento da
matéria impugnada.
§ 1o Serão, porém, objeto de apreciação e julgamento pelo tribunal
todas as questões suscitadas e discutidas no processo, ainda que
não tenham sido solucionadas, desde que relativas ao capítulo
impugnado.
§ 3o Se o processo estiver em condições de imediato julgamento, o
tribunal deve decidir desde logo o mérito quando:
I - reformar sentença fundada no art. 485;
II - decretar a nulidade da sentença por não ser ela congruente com
os limites do pedido ou da causa de pedir;
III - constatar a omissão no exame de um dos pedidos, hipótese em
que poderá julgá-lo;
IV - decretar a nulidade de sentença por falta de fundamentação.
§ 4o Quando reformar sentença que reconheça a decadência ou a
prescrição, o tribunal, se possível, julgará o mérito, examinando as
demais questões, sem determinar o retorno do processo ao juízo de
PREPARO RECURSAL
Art. 1.007. No ato de interposição do recurso, o recorrente comprovará, quando exigido
pela legislação pertinente, o respectivo preparo, inclusive porte de remessa e de retorno,
sob pena de deserção.
§ 1o São dispensados de preparo, inclusive porte de remessa e de retorno, os recursos
interpostos pelo Ministério Público, pela União, pelo Distrito Federal, pelos Estados, pelos
Municípios, e respectivas autarquias, e pelos que gozam de isenção legal.
§ 2o A insuficiência no valor do preparo, inclusive porte de remessa e de retorno, implicará
deserção se o recorrente, intimado na pessoa de seu advogado, não vier a supri-lo no
prazo de 5 (cinco) dias.
§ 3o É dispensado o recolhimento do porte de remessa e de retorno no processo em autos
eletrônicos.
§ 4o O recorrente que não comprovar, no ato de interposição do recurso, o recolhimento do
preparo, inclusive porte de remessa e de retorno, será intimado, na pessoa de seu
advogado, para realizar o recolhimento em dobro, sob pena de deserção.
§ 5o É vedada a complementação se houver insuficiência parcial do preparo, inclusive porte de
remessa e de retorno, no recolhimento realizado na forma do § 4o.
§ 6o Provando o recorrente justo impedimento, o relator relevará a pena de deserção, por
decisão irrecorrível, fixando-lhe prazo de 5 (cinco) dias para efetuar o preparo.
§ 7o O equívoco no preenchimento da guia de custas não implicará a aplicação da pena
de deserção, cabendo ao relator, na hipótese de dúvida quanto ao recolhimento, intimar
o recorrente para sanar o vício no prazo de 5 (cinco) dias.
TEORIA GERAL DOS RECURSOS
• Tempestividade
Art. 1.003.
§ 5º Excetuados os embargos de declaração, o prazo
para interpor os recursos e para responder-lhes é de 15
(quinze) dias.
OBS
§ 4º Para aferição da tempestividade do recurso remetido
pelo correio, será considerada como data da interposição
a data da postagem.
§ 6º O recorrente comprovará a ocorrência de feriado
local no ato de interposição do recurso.
TEORIA GERAL DOS RECURSOS
STF
EMENTA
AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSUAL CIVIL.
RECURSO EXTRAORDINÁRIO SUBSCRITO POR ADVOGADO SEM
PROCURAÇÃO NOS AUTOS. RECURSO INEXISTENTE. AGRAVO IMPROVIDO.
I - A jurisprudência da Corte firmou-se no sentido de considerar inexistente o
recurso interposto por advogado sem procuração nos autos e de que não se
aplica a regra do art. 13 do CPC em sede extraordinária.
II - Agravo regimental improvido.
(AI 776736 AgR, Relator: Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Primeira Turma,
julgado em 14/06/2011).
STJ
Súmula 115
Na instância especial é inexistente recurso interposto por advogado sem
procuração nos autos.
TEORIA GERAL DOS RECURSOS
• Irregularidades Formais
Art. 932.
Parágrafo único. Antes de considerar inadmissível o
recurso, o relator concederá o prazo de 5 (cinco) dias
ao recorrente para que seja sanado vício ou
complementada a documentação exigível.
JUÍZO DE MÉRITO
Causa de pedir: