AS ARTES PLÁSTICAS INTEGRANDO O SURDO NA
COMUNIDADE ESCOLAR
L. C. de F. M. Carneiro¹, J. B. de Carvalho
1 E-mail: leila_devant@hotmail.com, 2 jbatistadecarvalho@yahoo.com.br
INTRODUÇÃO
Nos currículos escolares, nos quais é considerada artefato cultural e
social, a arte é de grande relevância para os alunos surdos, como as
outras disciplinas. Silveira descreve que “trabalhar a arte surda não é só
produzir e sim também interpretar, procurando relacionar o significado do
que é visto” (2006, p.87). Desta maneira, a escola precisa ir além das
salas de aula, buscando novas perspectivas de conhecimento e
comprometimento com a democratização do saber. À pesquisa buscou
estabelecer a relação entre o desenvolvimento artístico e estético com
outras áreas do conhecimento. Freire procura quebrar a rigidez dos
compartimentos em que se encontravam isoladas as disciplinas. O artigo,
também, propõe apoiar teoricamente os estudos dos postulados
relacionados a Dewey, que se propagaram no âmbito educacional,
rompendo com padrões estéticos e metodológicos tradicionais em nome
da livre expressão.
Figura 01 -Semana de Arte Figura 02 – Movimento Arte na
Moderna Escola
OBJETIVOS
Compreender como as artes plásticas podem contribuir para a educação
de surdos e sua comunidade. Analisar as implicações da Semana de Arte
Moderna. Descrever a interdisciplinaridade da arte x educação. Comparar
proposta de currículos educacionais artísticos e, por fim, questionar
acerca da comunidade e cultura surda.
MÉTODOS E PROCEDIMENTOS
O presente trabalho se caracterizou pela pesquisa descritiva bibliográfica,
como também de forma qualitativa. Segundo Laville e Dionne, a análise
de conteúdo permite uma abordagem com uma gama de diversidade e de
objetos para a investigação como: valores, mentalidades, atitudes,
representações, ideologias e etc (Laville e Dione, 1999 p. 214). Desta
forma, a pesquisa deteve solidez, por motivo da utilização do referencial
teórico escolhido e sua flexibilidade. As técnicas de pesquisa
correspondem aos instrumentos de coleta de dados (COUTINHO e
SORTO, 2007) Envolveram: a) O levantamento de dados da cultura surda;
b) Leitura de bibliografia relacionada à Arte x Educação, a
interdisciplinaridade; e c) Questionário, coletando-se os problemas e
ideários relacionados à Arte x Educação dentro da comunidade surda.
2
Grafico 01 - Métodos utilizados
RESULTADOS
Não existe uma fórmula ou regra preestabelecida que venha
possibilitar a interação entre Arte x Educação x Comunidade Surda x
Cultura. Precisamos de ferramentas para que o discente se sinta
acolhido onde que quer esteja, ultrapassando, assim, seus limites e a
necessidade de se superar facilitando o processo de ensino-
aprendizagem.
CONCLUSÕES
Neste contexto, ressaltamos a importância de contemplar os requisitos
mencionados no conceito de Arte x Educação e a Comunidade Surda,
para que os resultados sejam facilitadores no processo de
aprendizagem. Destacou-se, assim, o movimento que defende a
obrigatoriedade do ensino das Artes na Base Nacional Comum
Curricular – BNCC, o qual foi apresentado ao Conselho Nacional de
Educação – CNE, em agosto de 2018, e que tem o condão de ser
referência para a construção dos currículos das escolas estaduais e
particulares de todo Brasil. Movimento Arte na Escola. Percebeu-se
que as Artes Plásticas são uma manifestação artística que se faz
presente entre as crianças, jovens e adultos, tanto surdas quanto
ouvintes, e que para produzir sua arte é necessário apenas o tato e a
visão, além do imaginário. Além disso, o desenho, a pintura e a
colagem das crianças são marcas que elas deixam a partir de sua
relação com o mundo. A Arte permeia de forma interdisciplinar todas as
dez (10) competências gerais que norteiam a Base Nacional Comum
Curricular – BNCC. O ensino da Arte, juntamente com o discente, é
apto a construir um repertório expressivo e autônomo, motivando-o a
propor transformações em seu caminhar, como também nos seus
arredores.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
(1) ARNHEIM, Rudolf. Arte e Percepção Visual. São Paulo: Nova
Versão, 2002. (2) AZEVEDO JUNIOR, José Garcia de. Artes Visuais.
São Luís: Imagética, 2007. (3) SANS, Paulo de Tarso Cheida. A
criança e o artista: fundamentos para o ensino da artes plásticas. 2.
ed. Campinas: Papirus, 1995.(4) BACARIN, L.M.B.P. O Movimento De
Arte-Educação E O Ensino De Arte No Brasil: História e Política.
2005. 216 f. (Dissertação de Mestrado) – Centro de Ciências Humanas,
Letras e Artes, Universidade Estadual de Maringá, Paraná, 2005.(5)
BARBOSA, A. M. Arte-Educação: conflitos/acertos. São Paulo: Max
Limonad. 1988.(6) DEWEY, John. Arte como experiência. São Paulo:
Martins Fontes, 2010. (7) STROBEL, Karen Lilian. As imagens do
outro sobre a cultura surda. 2. ed. rev. Florianópolis: UFSC, 2009.