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INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS DE SAÚDE

DE QUELIMANE
LICENCIATURA EM ENFERMAGEM

Diabetes Mellitus e Obesidade

 Discentes: docente:

 Claudina Izequiel Ricardo dr: Manuel Caxixe


 Alcilio de Almeida Lucilio
 Adriana Miguel Mulungo
 Filipe Miguel Martinho
ESTURTURA

 Introducao
 Objectivos
 Desenvolvimento
 Conclusao
 Referencias bibliograficas
INTRODUÇÃO

 Neste presente trabalho de patologia medica que tem como tema diabettis
milittus e obesidade, pretende-se falar de diabettis milittus no sentido geral,
deste falaremos do conceito, tipos , manifestações clínicas, factores de risco,
diagnostico, prevenção e tratamento , de refirmos que diabetes é um grupo de
doenças metabólicas caracterizadas por hiperglicemia e associadas a
complicações, disfunções e insuficiência de vários órgãos,especialmente olhos,
rins, nervos, cérebro, coração e vasos sangüíneos.
OBJECTIVOS

2.1. Gerais
 Descrever todos os aspectos referentes a diabettis mielitus e a obesidade;

2.2. Específicos
 Conhecer as manifestações clínicas das enfermidades ;
 Explicar as causas , prevencao,factores de risco e complicações;
 Falar do tratamento das enfermidades.
DEFINIÇÕES

 Diabetes mellitus (DM)


É uma doença crónica, multissistémica, caracterizada
pelos distúrbios no metabolismo dos carbohidratos, dos
lípidos e das proteínas com presença de níveis altos de
glicose no sangue.
É causada pela ausência ou deficiência na secreção de
insulina e/ou por graus variáveis de resistência à mesma
DEFINIÇÕES

 Resistência à insulina:
Significa que a insulina é pouco eficiente na promoção
da absorção de glicose pelas células dos músculos.
A insulina, no fígado, inibe a produção de mais glicose
e a degradação do glicogénio. Consequentemente a
resistência à insulina causa hiperglicémia
DEFINIÇÕES

 Pré-diabetes

É um estado metabólico intermediário entre a


homeostase normal da glicose e a diabetes mellitus
manifesta.
Na pré-diabetes as pessoas apresentam valores da
glicose no sangue acima do normal, mas não
suficientemente elevados para definir a patologia de
diabetes
CLASSIFICAÇÃO
Diabetes Tipo 1
 Auto-imune, Idiopática

Diabetes Tipo 2
 Obesos, Não obesos

Diabetes Mellitus Gestacional


Pre-Diabetes
 Intolerância à glicose., Hiperglicémia em jejum

“Outros” Tipos Específicos de Diabetes Mellitus


 Doenças do pâncreas: pancreatite, neoplasias
 Doenças endócrinas: Síndrome de Cushing
 Medicamentos: Corticóides
EPIDEMIOLOGIA

 É uma das principais causas de mortalidade e incapacidade, estando a ocorrer


na maior parte dos países em desenvolvimento.
 O tipo 2 esta a aumentar mais rapidamente devido a aumento da obesidade e
redução da actividade física.
 A DM é mais frequente nos homens: a tipo 1 é mais frequente nas crianças e
adultos jovens e a tipo 2 é mais frequente após os 45 anos de idade.
CAUSAS

 Diabetes Mellitus tipo 1 (DM 1)


É causada pela destruição das células beta do pâncreas  deficiência
absoluta de insulina.
 Esta forma pode ser subdivida em duas formas: Auto-imune e Idiopatica.
  Diabetes Mellitus tipo 2 (DM 2)
É um grupo heterogéneo de distúrbios caracterizados por defeitos
variáveis na secreção ou acção da insulina ou por uma maior produção de
glicose.
FACTORES DE RISCO

 DM tipo 1:
Genéticos

Ambientais, não totalmente esclarecidos mas poderiam ser


infecções por vírus (papeira, rubéola congénita)
Condição de pré-diabetes
FACTORES DE RISCO

 DM tipo 2:
 Genéticos: se os pais sofrerem de DM tipo 2 há 40% mais de probabilidade dos
filhos virem a sofrer de DM tipo 2
 Obesidade sobretudo a central, Estilo de vida sedentário
 Pacientes com pré-diabetes
 Estilo de vida ocidental com dieta rica em gorduras e pobre em carbohidratos e
fibras, alto nível de stress e pouco exercício físico
 Mulheres que tiveram DM gestacional têm um risco adicional de cerca de 40 a
60%
FISIOPATOLOGIA

O denominador comum é a hiperglicémia.


A hiperglicémia é motivada pela resistência
periférica à insulina em agir efectivamente
sobre os tecidos alvos, ou pela deficiência ou
pela falta de secreção de insulina pelo
pâncreas endócrino
FISIOPATOLOGIA

 DM tipo 1
 Desencadeada por vários factores auto-imune com destruição das células
beta das ilhotas de Langerhans.
 De facto a maior parte dos doentes com DM tipo 1 têm anticorpos contra
as células beta.
O que acontece é que estas células são infiltradas por linfócitos T.
 A sintomatologia ocorre somente quando se destroem cerca 70 a 90% das
células betas
FISIOPATOLOGIA

 DM tipo 2
Ainda não está completamente claro qual é o mecanismo
real que desencadeia a DM tipo 2  resistência à insulina
e a secreção anormal de insulina são essenciais para o
surgimento da doença.
Para além da resistência à insulina, existe produção
aumentada da glicose pelo fígado e um metabolismo
anormal das gorduras na DM 2
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS

Diabetes mellitus tipo 1. (sintomas 


hiperglicemia)
Poliúria, Polidipsia, Polifagia, Perda de peso
Astenia, fraqueza muscular, cãibras,
4 P’s
Náuseas

Alterações da visão (visão embaciada).


MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS

Diabetes mellitus tipo 1. (exame físico)


TA baixa devido a hipovolêmia e hipotensão
ortostática
Doente pode estar emagrecido devido ao estado
catabólico com redução do glicogénio, proteínas e
triglicéridos dependendo do início das
manifestações.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS

 Diabetes mellitus tipo 2 (sintomas)


No período inicial de evolução da doença, é
praticamente assintomática, permanecendo não
diagnosticada por muitos meses ou anos.
Fadiga, fraqueza.
Tonturas.

Visão embaciada.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS

Diabetes mellitus tipo 2 (exame físico)


Na fase inicial da doença quadro clínico não é
muito específico, o paciente pode ser sobre-
peso ou obeso.
Na fase avançada o paciente apresenta sinais
das manifestações das complicações crónicas.
COMPLICAÇÕES AGUDA

 As complicações agudas da DM são descompensações metabólicas que podem ser


classificadas em dois (2) grandes síndromes clínicas:
 Cetoacidose Diabética (CAD): é a acidose provocada pela presença de ácidos
cetónicos levando a cetose; ocorre em geral em doentes com DM tipo1.
 Síndrome Hiperosmolar Hiperglicémico (SHH) é uma descompensação
metabólica caracterizada por um valor muito elevado de glicémia; ocorre em geral
em doentes com DM tipo 2. No SHH a cetose (e acetose) podem estar presentes em
grau variável e não são tão graves como na CAD
COMPLICAÇÕES CRÓNICAS

As complicações crónicas da DM


afectam muitos sistemas do
organismo e são responsáveis pela
maior parte da morbilidade e
mortalidades desta doença.
COMPLICAÇÕES CRÓNICAS
 Complicações vasculares:
 Microangiopatias,
 Retinopatia diabética – que é a principal causa de cegueira entre os 30 e 65 anos
 Nefropatia diabética – mais frequente na DM tipo 1 do que na DM tipo 2
 Neuropatia diabética – que afecta 50% dos paciente com diabetes causando várias alterações
neuropáticas como as úlceras neuropáticas, situação conhecida como pé diabético.

  Macroangiopatias (arteriosclerose)
 Doença coronária
 Úlceras diabéticas
 Insuficiência renal
COMPLICAÇÕES CRÓNICAS

 Outras complicações:
 Problemas gástricos
 Problemas urinários
 Disfunção sexual
 Maior susceptibilidade as infecções
 Alterações cutâneas
 Perda da audição
 Catarata
EXAMES AUXILIARES E DIAGNÓSTICO

Sintomas clássicos de diabetes (poliúria, polidipsia e perda


de peso inexplicável)
+
Concentração aleatória (casual) de glicose plasmática de ≥
200mg/dL (≥11,1 mmol/L)
Ou

Concentração de glicose plasmática pós-carga ≥


200mg/dL (≥11,1 mmol/L) durante um teste de
tolerância à glicose
Ou
Concentração de glicose plasmática em jejum de
pelo menos 8h ≥ 126mg/dL (≥7 mmol/L)
TRATAMENTO

 Tratamento não medicamentoso


 Dieta

 Alcançar e manter os níveis óptimos de glicémia


 Reduzir os factores de risco cardiovascular incluindo a dislipidemia e a
hipertensão
 Providenciar uma dieta balanceada e nutritiva
 Controle do peso
 Exercício físico
TRATAMENTO

 Tratamento medicamentoso
O tratamento medicamentoso visa, fundamentalmente, repor a insulina
cuja secreção foi perdida e baixar a glicose aumentada na circulação
sanguínea nos doentes diabéticos.
 Para tal o tratamento difere dependendo do tipo da diabetes, usa-se a
insulina ou anti-diabéticos orais (ADO’s).
 Os casos novos, tanto de DM tipo 1 como do e tipo 2, devem ser
encaminhados imediatamente para o nível superior.
TRATAMENTO

 Insulinoterapia
 A insulina é o tratamento de eleição para pessoas com DM 1, que não têm
insulina, e de muitas pessoas com diabetes tipo 2, que não respondem à
dietaterapia e ao exercício ou aos ADO’s.
A insulinoterapia consiste em imitar a secreção fisiológica da mesma no
organismo humano, onde deve existir, nos diferentes momentos do
dia/noite:
TRATAMENTO
 Insulinoterapia
 Os preparados insulínicos são divididos por classes, consoante o tipo de acção, inicio
e duração dessa acção:
 Insulina de accao ultra rapida
 Insulina de Acção rapida ou Curta
 Insulina de acção intermediária
 Insulina de acção prolongada
 Insulina de Acção Curta (Rápida)
 Insulina de Acção Intermédia.
TRATAMENTO

 Insulinoterapia
 Cálculo da Dose
A maior parte dos doentes adultos necessita entre 20 - 60 U.I. de insulina/dia.
Contudo deve-se calcular a dose diária com base no peso e altura do doente.
 

Dose Diária Total (DDT)


DDT = 1 U.I. de insulina S.C. por cada unidade do ÍMC Ou 0.5 U.I./kg/dia
TRATAMENTO
 Hipoglicemiantes ou Anti-diabéticos Orais (ADO’s)
 Para o tratamento de DM 2 os ADO’s cujo efeito hipoglicemiante consegue-se por
diferentes mecanismos de acção, a saber:
 Aqueles que aumentam a secreção de insulina, denominadas Sulfoniluréias como
por exemplo a Glibenclamida.
 Aqueles que reduzem a produção de glicose, denominadas Biguanidas como por
exemplo a Metformina.
 Aqueles que aumentam a sensibilidade à insulina, denominadas
Tiazolidinedionas, como por exemplo a Rosiglitazona.
TRATAMENTO

 Hipoglicemiantes ou Anti-diabéticos Orais (ADO’s)


 Glibenclamida, Comp. 5mg por via oral: indicada em doentes diabéticos
sem/com excesso de peso nos quais a metformina é mal tolerada ou
contraindicada.
 Doses: Iniciar com 2,5 a 5 mg/dia ao pequeno-almoço e aumentar
progressivamente esta dose em intervalos de 5-7 dias, até se conseguir o
controlo de glicemia ou até se atingir um máximo de 15 mg/dia.
TRATAMENTO

 Efeitos Colaterais do Tratamento Farmacológico


 Os efeitos colaterais tanto do uso da insulina como dos ADO’s mais frequentes são:
 Hipoglicémia que se manifesta principalmente por palidez, taquicardia,
hipersudorese, tremores, irritabilidade.
 Aumento de peso acompanhado de aumento do colesterol LDL e da tensão arterial.
 No caso de terapia com insulina: lipoatrofia, que é a redução de gordura, no local das
injecções S.C.
 Outros efeitos ligeiros, e pouco frequentes, incluem distúrbios gastrointestinais tais
como náusea, vómitos, diarreia ou obstipação.
DEFINICOES OBESIDADE

 Enfermidade caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura


corporal. Está associada a problemas de saúde, ou seja, traz
prejuízos à saúde do indivíduo. É uma doença grave,de cura difícil
e recidiva frequente.
COMO SE DESENVOLVE OU SE ADQUIRE

 Aspectos genéticos, ambientais, sedentarismo e comportamentais


são associados ao ganho de peso. Porém, o aumento da ingestão
alimentar e a redução da Actividade física são as principais causas.
O peso é o balanço de tudo o que se come e de tudo o que se
gasta.
COMPLICACOES
 O excesso de gordura corporal não provoca sinais e sintomas
diretos, salvo quando atinge valores extremos. Pode ser
causa de:
DIAGNOSTICO
 O cálculo do Índice de Massa Corporal (IMC) é realizado da
seguinte forma:
PREVENCAO

 Deve ser sempre incentivada já na infância. A dieta deve estar incluída em


princípios gerais de vida saudável, na qual se incluem a Actividade física, o
lazer, os relacionamentos afectivos adequados e a estrutura familiar
organizada. Aquele paciente que obteve sucesso em perder peso tem que
saber que o tratamento de manutenção deve incluir a prática de Actividade
física e de alimentação saudável.
TRATAMENTO

A reeducação alimentar e o aumento da Actividade física são


fundamentais. Pode estar indicado também o tratamento
comportamental envolvendo o psiquiatra e/ou psicólogo. Nos
casos de obesidade secundária ma outras doenças, o tratamento
deve ser dirigido para a causa do distúrbio.
 Medicamentoso

 Cloridrato de sibutramina monoidratado


CONCLUSÃO

 Baseando-se neste presente trabalho concluimos que diabbetis mielitus


compreende um grupo de distúrbios metabólicos que se caracteriza por
hiperglicemia causada por defeito na acção e/ou secreção da insulina, que
leva a alterações no metabolismo de carboidratos, lipídios e proteínas,
determinando, ao longo do tempo, o comprometimento da função e estrutura
vascular de diferentes órgãos e a obesidade e um factor que contribuir para o
surgimento da diabettes e outras enfermidades
BIBLIOGRAFIA
 MATSUDO, V. K. R. Atividade física, saúde e nutrição. Revista
Saúde em Foco,1999.

 MENDONÇA, C. P.; ANJOS, L. A. Aspectos das práticas


alimentares e da atividade física como determinantes de
crescimento do sobrepeso/ obesidade no Brasil. Cadernos de
Saúde Pública, Rio de Janeiro, 2004.

 MENDONÇA, C. Práticas alimentares e de atividade física de


mulheres obesas atendidas em unidades de saúde pública do
município de Niterói: trajetórias e narrativas. 2005.
ADA
EN S
D I SP
C AO
T EN
A A
PE L
AD O
RI G
OB A Ciência será sempre uma busca

 e jamais uma descoberta.

 É uma viagem, nunca uma chegada.

 Karl Popper

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