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Precursor do Modernismo
Catarina Lemes
Larissa Leite
Caroline Pinagé
João Alves
Raissa Floriano
O Boca do Inferno
Gregório de Matos (1623 - 1696), baiano, se interessa em deixar a história social dos
seiscentos.
Fazia parte de suas obras a expressão de uma ideologia social, ou seja, uma
sociedade perfeita, incorrupta. Em outras obras revela sua educação ibérico-jesuítica
oposta ao caráter demonstrado nas obras anteriormente comentadas agressivas e
rancorosas.
Em toda a sua poesia há jogos sonoros, rimas burlescas em algumas poesias com
versos autônomos, séries arbitrárias de tercetos, como as usadas por Dante em
“Divina Comédia”, por exemplo. Também é freqüente as antíteses, como veículo de
sátira, sons imitativos, metáforas, hipérbatos e outras modalidades conceptistas e
cultistas.
Situação Histórica
Formal;
Estilístico;
Fonético-Fonológico;
Morfossintático;
Semântico.
O porquê da escolha do poema
Por se tratar de um mote, que seria um recurso estilistico muito utilizado no
nordeste do Brasil, ser escrito com poucos versos, e por Gregório ter utilizado
deste recurso de forma desprendida de regras, o que nos remete à ruptura
com as regras gramaticais muito utilizada pelos Modernistas.
Sem falar da escolha do tema que é uma crítica social , além de ser uma
denúncia implicita. Neste caso, Gregório se destaca das demais produções do
período barroco por tratar de um tema tão delicado que atingia ao clero à
nobreza em uma época que se o Teocentrismo está em evidência, bem como
o exagero e o cultismo.
Ode ao Burguês
Eu insulto o burguês! O burguês-níquel,
o burguês-burguês!
A digestão bem-feita de São Paulo!
O homem-curva! o homem-nádegas!
O homem que sendo francês, brasileiro, italiano,
é sempre um cauteloso pouco-a-pouco!
Eu insulto o burguês-funesto!
O indigesto feijão com toucinho, dono das tradições!
Fora os que algarismam os amanhãs!
Olha a vida dos nossos setembros!
Fará Sol? Choverá? Arlequinal!
Mas à chuva dos rosais
o èxtase fará sempre Sol!
Morte à gordura!
Morte às adiposidades cerebrais!
Morte ao burguês-mensal!
ao burguês-cinema! ao burguês-tílburi!
Padaria Suissa! Morte viva ao Adriano!
"–Ai, filha, que te darei pelos teus anos?
–Um colar... –Conto e quinhentos!!!
Mas nós morremos de fome!“
Formal;
Estilístico;
Fonético-Fonológico;
Morfossintático;
Semântico.