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Orçamento

Prof.º Durbalino de Carvalho


Princípios de base

O processo de elaboração de um orçamento é


efectuado de várias formas:

1. Depende do tipo de empresa; 2. Da sua


estrutura; 3. Das técnicas de marketing;4. Do
tipo de obras a que concorre; 5. Da carteira que
se propõe angariar; 6. Dos meios informáticos
de que dispõe; 7. Enfim, de um sem número de
factores que refletem a sua organização e
conjuntura.
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Para a elaboração de qualquer orçamento é
necessário a realização de uma análise
sumária englobando os dados e seguintes
quesitos:

1. Características gerais da obra, em termos de


localização, dimensões globais, área e
volumetria, preço base de concurso,
estimativa orçamental e prazo de execução;
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 2. Alvarás, documentação exigida e local de
entrega da proposta;
 3. Identificação dos autores do projecto e
possível referência à fiscalização;
 4. Registos sobre o tipo de contrato a
formalizar, definição do regime da
empreitada;
 5. Notas sobre clausulado de erros, omissões,
revisão de preços, seguros e cauções;
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 6. Retenções, multas, adiantamentos, facturação e
pagamentos;
 7. Prazos de apresentação e validada da proposta e
notas sobre permissão de variantes e condicionantes;
 8. Definições sobre possíveis visitas ao local, dúvidas,
esclarecimentos, acessibilidades, estaleiro e
instalações e equipamentos requeridos pela
fiscalização;
 9. Prazo de pagamento após data do auto,
credibilidade do pagamento pelo Dono da Obra e da
sua pontualidade;
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O orçamento destina-se, essencialmente, a
satisfazer os objectivos seguintes:

A) Definir o custo proposto pela empresa


para execução de cada trabalho previsto
nas medições e nas peças escritas e
desenhadas do projecto, de acordo com as
condições técnicas do caderno de encargos;

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B)Constituir o documento contratual que, em regra,
como documento de previsão da actividadade
comercial, serve de base a facturação da empresa e
ao esclarecimento de dúvidas e omissões dos
pagamentos a realizar pelo Dono de Obra;

 C) Estabelecer o documento de controlo dos


rendimentos e custos de mão-de-obra, dos
materiais, dos equipamentos e das instalações e da
sua comparação com as previsões estabelecidas;

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 D)Fornecer como instrumento de análise,
as informações necessárias ao
desenvolvimento das bases das previsões e
dos sistemas de cálculo e de controlo dos
custos adoptados pela empresa, com vista
ao aperfeiçoamento da sua comparação
com as previsões estabelecidas;

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O orçamento é, em regra, o resultado da
multiplicação das quantidades de cada
trabalho previstas nas medições pelos
respectivos custos, de acordo com uma
classificação de trabalhos e uma estrutura
de despesas que conduzam à determinação
correcta de todos os encargos da
construção.

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 O cálculo do orçamento torna necessário a
definição da estrutura de custos que deve
compreeender todas as despesas, sem excepção,
que são realizadas na execução das obras.
 Em regra, é conveniente a adopção das
categorias de despesas seguintes:

 Custos Directos;
 Custos indirectos;
 Custos de estaleiro;

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Custos Directos

Os custos directos englobam todas as despesas que


incidem, directa e exclusivamente na execução de
um trabalho e em regra, compreendem:

1. Despesas de mão-de-obra directa: incluem os


salários dos operários afectos directamente à
execução de cada trabalho, os encargos sociais
previstos na legislação, os encargos atribuidos por
iniciativa da empresa e outros encargos relacionados
com a actividade (transporte, alojamento, prémios,
etc);
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 2. Despesas com materiais e elementos de
construção: compreendem os fornecimentos
de produtos que são interligados em cada
trabalhos;

 3. Despesas com ferramentas manuais e


mecânicas: são constituídas pelas
ferramentas correntes utilizadas pela mão-de-
obra directa na execução de cada trabalho;
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Encargos sociais atribuídos por
iniciativa da empresa
 Estas despesas são dependentes da política
social da empresa:
1. Despesas com o pagamento de horas extra
realizadas pelos operários;
2. Tempo despendido nas visitas ao médico;
3. Despesas com o transporte dos operários;
4. Despesas com o alojamento e refeições do
pessoal;

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5. Gastos com prémios de assiduidade do
pessoal;
6. Custos com fardamento e equipamentos
de protecção individual e colectiva;

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Rendimentos

 Ao falar de rendimento de mão-de-obra


subentende-se o tempo necessário que um
indivíduo tem de dispensar para executar
uma unidade de um determinado trabalho;

 Quando se fala em rendimentos materiais,


subentende-se as quantidades de materiais
que serão necessários para executar uma
unidade de um determinado trabalho;
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 Os valores de rendimentos determinados
pelas empresas deverão ser resultado da
observação sistemática de rendimentos
medidos e ponderados durante um certo
tempo, através do contacto directo com
trabalhos de todo o tipo e dimensões.

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Custos Indirectos

 Os custos indirectos englobam todas


despesas da empresa a todas as obras.
 Regra geral, estes custos são agrupados
nos seguintes subcapítulos:

1. Custos de estrutura da empresa;


2. Custos de estaleiro / industriais;

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Custos de Estrutura da Empresa

 Apresentamos alguns custos de estrutura


da empresa:
 Vencimentos e encargos sociais da direcção
da empresa;
 Honorários pagos pela empresa a
consultores especializados;
 Gastos com a exploração e conservação dos
edifícios onde estão instalados os serviços
centrais da empresa;
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 Seguros de viaturas, contra roubos e incêndios,
de pessoal e outros relacionados com a
actividade da empresas;
 Encargos financeiros (juros de emprestimos, de
garantias bancárias, de investimento e outros);
 Despesas de natureza comercial (contencioso,
publicidade, gastos de representação e
obtenção de informação, etc);
 Contribuições, taxas e impostos;

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Custos de Estaleiro / Industriais

Os custos de estaleiro englobam


fundamentalmente, os encargos seguintes:

 1. Despesas com o pessoal de estaleiro;


 2. Despesas com instalações do estaleiro;
 3. Despesas com equipamentos mecânicos;

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 Observação.

Quando estamos a elaborar os


orçamentos devemos ter em conta que
as empresas têm com objectivo o
lucro.

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