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Teoria da Administração

Idéias Fundamentais
Tópico 3
O que é uma teoria?
Uma teoria é um conjunto de proposições que procuram
explicar os fatos da realidade prática.
A teoria é uma palavra elástica, que compreende não apenas
proposições que explicam a realidade prática, mas também
princípios e doutrinas que orientam a ação dos administradores,
e técnicas que são proposições para resolver problemas
práticos.
As teorias modernas da administração organizam-se em escolas
ou enfoques.
I – Escola clássica (Taylor, Ford, Fayol e Weber)
II – Enfoque comportamental
III – Pensamento sistêmico
Idéias Precursoras
Muitas das teorias e técnicas usadas para administrar as
organizações da atualidade são idéias que evoluíram de práticas do
passado.
GRANDES EXÉRCITOS GRÉCIA ROMA RENASCI- REVOLUÇÃO
PROJETOS MENTO INDUSTRIAL

Desde 4.000 a.C Desde 3.500 a.C Desde 500 a.C Entre VII a.C. e Século XVI Século XVIII
IV a.D

Administração Organização, Democracia, Administração Retomada de Invenção das


de projetos de disciplina, qualidade, ética, de império valores fábricas,
engenharia: hierarquia, método multinacional, humanistas, surgimento de
cidades, logística, científico formação de grandes sindicatos,
pirâmides, planejamento executivos, empresas de inicio da
projetos de de longo prazo, grandes comércio, administração
irrigação formação de empresas invenção da como disciplina
recursos privadas, contabilidade,
humanos exército Maquiavel
profissional
A Evolução do Pensamento Administrativo
SUMÉRIA Desenvolveu a prática da fiscalização administrativa e a escrita
3.000 a.c para fins de controle

EGITO Associação ao planejamento e grandes projetos


2.000 e 3.000 a.C
BABILÔNIA Estabeleceu uma legislação para abranger a propriedade
2.000 – 1.700 a.C pessoal, propriedade rural, o comércio, os negócios, a família.
Código de Hamurabi
CHINA Especialização (ofício hereditário) planejamento e direção
3.000 a.c
GRÉCIA No século V a.C., inicia-se um fértil período de produção de
idéias que viriam a influenciar profundamente a prática da
administração.
- Democracia
- Ética
- Qualidade
A Evolução do Pensamento Administrativo
ROMA Princípios e técnicas de administração construíram e
mantiveram Roma durante 12 séculos de existência, como
monarquia, república e império.
-Construção e administração do Império
- Grandes empresas
IGREJA CATÓLICA A Igreja Católica herdou muitas tradições administrativas dos
romanos, a começar pela administração do território. Com
suas dioceses, províncias e vigários, a igreja copiou não
apenas o tipo de organização geográfica, mas também a
linguagem que os romanos usavam para designar os
administradores locais. A organização da Igreja Católica é
simples e eficiente, e sua organização mundial pode operar
sob o comando de uma só cabeça executiva: o Papa, cuja
autoridade coordenadora lhe foi delegada por uma entidade
divina e superior. A igreja Católica é estruturada em uma
hierarquia de autoridade e coordenação funcional.
A Evolução do Pensamento Administrativo
ORGANIZAÇÃO A organização Militar tem influenciado enormemente o
MILITAR desenvolvimento das teorias da administração ao longo do
tempo. A organização Linear, por exemplo.
-Princípio da unidade de comando
- A escala hierárquica
- Princípio da direção

ADMINISTRAÇÃO O Arsenal de Veneza era uma Cidade-Estado em 1436, era a


MEDIEVAL maior instalação industrial do mundo medieval com mais de
Arsenal de 2.000 trabalhadores e tinha como funções:
Veneza - Fabricar galeras de guerra, armas e equipamentos
- Armazenar materiais e equipamentos
- Além de consertar navios e reequipá-los
O Arsenal de Veneza contava também:
-Linha de montagem
-Padronização
-Controle contábil
Influência dos Filósofos
A administração recebeu forte influência da filosofia desde a
antiguidade
Confúsio (551 a.C – 479 a.C) ressaltava a importância do mérito
pessoal.
Sócrates (429 a.C. – 399 a.C.) filósofo grego, expõe seu ponto de
vista sobre administração como uma habilidade pessoal separada
do conhecimento técnico e da experiência.
Platão (429 a.C. – 347 a.C.) outro filósofo grego, mostra em sua
obra “A República”, a forma democrática de administração dos
negócios públicos. Ele ressalta que a responsabilidade fundamental
dos políticos - os administradores da Polis, a cidade – é promover a
felicidade dos cidadãos.
Influência dos Filósofos
Aristóteles (384 a.C. – 322 a.C.) discípulo de Platão, deu o primeiro
impulso inicial a filosofia e abriu as perspectivas do conhecimento
humano que deve basear-se na realidade. No seu livro “Política” ele
salientava que o dever dos políticos é administrar a cidade segundo
os princípios da ética de acordo com seus cidadãos.
René descartes (1596 – 1650) filósofo, matemático e físico francês –
considerado o fundador da filosofia moderna – celebrizou-se pelo
livro “Discurso do Método”, no qual descreve seu método filosófico
denominado método cartesiano, cujos princípios são:
1º Princípio da dúvida sistemática ou da evidência: Consiste em
não aceitar nada como verdadeiro enquanto não houver
evidência clara e distintamente aquilo que é realmente
verdadeiro.
Influência dos Filósofos
2º Princípio da análise ou decomposição: Consiste em dividir
cada problema em tantas partes quantas sejam possíveis e
necessárias à sua adequação e solução, e resolve-las cada uma
separadamente.
3º Princípio da síntese ou da composição: Consiste em conduzir
de maneira ordenada o pensamento e o raciocínio, começando
pelos assuntos mais fáceis e passar gradualmente aos mais
difíceis.
4º Princípio da enumeração ou da verificação: Consiste em
verificar, e recontar para que se fique seguro de nada haver
omitido.
REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
Fase artesanal
Antes da revolução industrial , as atividades
industriais e agrícolas eram exercidas de forma
artesanal e, na maioria dos casos, rudimentar, com
grande intensidade de mão-de-obra e de pouco
capital. A produção artesanal caracteriza-se pela
utilização de trabalhadores altamente qualificados e
de ferramentas simples e flexíveis para produzir
exatamente o que o consumidor deseja.

A forma mais antiga de organização da produção


surgida na Inglaterra e na maior parte dos países
europeus durante a idade média foram as oficinas
artesanais independentes. Nestas, a produção era
realizada por um mestre, quase sempre ajudado por
seus aprendizes e por sua própria família. Tratava-se de
uma produção essencialmente doméstica realizada na
própria casa dos mestres e destinada a suprir as
necessidades de sua aldeia ou comunidade.
Fase artesanal
As ferramentas e matéria-prima pertencia ao
mestre, que decidia quanto e quando
produzir. As quantidades não variavam muito,
eram determinadas por encomendas de um
grupo pequeno de pessoas próximas. Além
disso o know-how necessário para realizar o
trabalho era todo do mestre, que só
compartilhava o seu conhecimento com os
aprendizes. Estes após sete anos poderiam se
estabelecer por conta própria.

Nas cidades não se configuravam condições


que a classe mercantil interviesse no
processo produtivo, nelas, os artesãos já
haviam se organizado e detinham o
monopólio do suprimento local, controlando
variáveis como preço, qualidade do produto,
nível de produção, concorrência e
responsabilidade pelo ensino dos aprendizes.
Fase artesanal
Grande parte dos meios de produção
na época correspondiam ao tear e a
roca de fiar.
A Revolução Industrial
A invenção da máquina a vapor por James Watt
(1736-1819) e sua aplicação à produção levaram a
uma nova concepção de trabalho que mudou a
estrutura social e comercial da época e provocou a
Revolução industrial, Transformando a ordem
econômica, política e social.
A Revolução Industrial
A revolução industrial teve inicio na Inglaterra e é dividida em duas
épocas distintas

• 1780 a 1860: 1ª Revolução Industrial


• 1860 a 1914: 2ª Revolução industrial
A Primeira Revolução Industrial
A primeira revolução industrial ou revolução do carvão e ferro
(1780 – 1860) está dividida em 4 fases:
1ª Fase – Mecanização da Indústria e da Agricultura
Mecanização dos processos de fiar, e o tear mecânico, o
desencaroçador de algodão, todo este processo foi
revolucionário pois uma máquina efetuava o trabalho de
200 escravos.
A Primeira Revolução Industrial
2ª Fase – A aplicação da Força Motriz à Indústria
Com a descoberta da máquina a vapor e com sua
aplicação. Iniciam-se as grandes oficinas, que se
converteram em fábricas, nos transportes, nas
comunicações e na agricultura.
A Primeira Revolução Industrial
3ª Fase – O desenvolvimento do sistema fabril
O pequeno artesão dá lugar ao operário, e as fábricas às
usinas, baseadas na divisão do trabalho. Surgem novas
indústrias em detrimento da atividade rural. A migração
de massas humanas das áreas agrícolas para as
proximidades das fábricas provocam o crescimento das
populações urbanas.
A Primeira Revolução Industrial
4ª Fase – Aceleramento dos transportes e das comunicações
A navegação a vapor surge, a locomotiva a vapor foi
aperfeiçoada, nas comunicações Morse inventa o
telégrafo (1835), surge o selo postal na Inglaterra (1840).
A Segunda Revolução Industrial
A segunda revolução industrial ou a revolução do aço e da
eletricidade (1860-1914) é marcada por três acontecimentos
importantes.
• Desenvolvimento de novos processos de fabricação de aço (1856)
• Aperfeiçoamento do dínamo (1873) – transformação de energia
mecânica em energia elétrica. Substituição do vapor pela
eletricidade e pelos derivados de petróleo.
• Invenção do motor de combustão interna (1873) –
desenvolvimento da maquinaria automática e um auto grau de
especialização do trabalho.
A Segunda Revolução Industrial
As características da segunda revolução industrial são:
1. Substituição do ferro pelo aço como metal básico
2. Substituição do vapor pela eletricidade e petróleo como fonte de energia
3. Desenvolvimento de máquinas automáticas e especialização dos operários
4. Crescente domínio da indústria pela ciência
5. Transformação nos transportes e nas comunicações
6. Novas fórmulas de organizações capitalistas
- Dominação da indústria por investimentos de bancos e instituições
financeiras
- Acumulação de capital, fusão de empresas e formação trutes
- Separação entre propriedade particular e a direção das empresas
- Aparecimento da holding companies para integrar os negócios
7. Expansão da industrialização desde a Europa até o extremo oriente

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