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ENGENHARIA CIVIL

CONFORTO AMBIENTAL I
Prof. Esp. Arqta.:
Adriane Silva

Índices de Conforto Térmico


A Arquitetura deve servir ao homem e ao seu conforto, o que abrange o seu
conforto térmico. O homem tem melhores condições de vida e de saúde quando
seu organismo pode funcionar sem ser submetido a fadiga ou estresse, inclusive
térmico. A Arquitetura, como uma de suas funções, deve oferecer condições
térmicas compatíveis ao conforto térmico humano no interior dos edifícios, sejam
quais forem as condições climáticas externas.
Por outro lado, a intervenção humana, expressa no ato de construir seus espaços
internos e externos, altera as condições climáticas locais, das quais, por sua vez,
também depende a resposta térmica da edificação.
As principais variáveis climáticas de conforto térmico são temperatura, umidade e
velocidade do ar e radiação solar incidente. Guardam estreitas relações com
regime de chuvas, vegetação, permeabilidade do solo, águas superficiais e
subterrâneas, topografia, entre outras características locais que podem ser
alteradas pela presença humana.
Ambiente Térmico
• O ambiente térmico pode ser definido como o conjunto das variáveis
térmicas que influenciam o organismo do ser humano, sendo assim um
fator importante que intervém, de forma direta ou indireta na saúde e
bem estar do mesmo.
A vermiculita é um argilomineral da família das micáceas encontrado em
abundância no Brasil. Tem sido utilizado, na sua forma expandida, na construção
civil na confecção de argamassas e concretos leves para isolamento térmico e
acústico. O ar aprisionado entre suas lamelas é o que confere a vermiculita
expandida suas propriedades isolantes e de leveza. Uma argamassa para reboco
com vermiculita possibilita alcançar densidades a partir de 400 Kg/m³ frente a
1600 Kg/m³ de uma argamassa convencional.
Organismo Humano
• O homem é um animal homeotérmico. Seu organismo é mantido a uma
temperatura interna sensivelmente constante. Essa temperatura é da
ordem de 37°C.
Organismo Humano
• O organismo, através do metabolismo, adquire energia. Cerca de 20%
dessa energia é transformada em potencialidade de trabalho.
Organismo Humano
• Então, termodinamicamente falando, a “máquina humana” tem um
rendimento muito baixo. A parcela restante, cerca de 80%, se transforma
em calor, que deve ser dissipado para que o organismo seja mantido em
equilíbrio.
Organismo Humano
• Tanto o calor produzido como o dissipado dependem da atividade que o
indivíduo desenvolve e do meio em que ele faz parte.
Reação ao Frio
• Quando as condições ambientais proporcionam perdas de calor do
corpo além das necessárias para a manutenção de sua temperatura
interna constante, o organismo reage por meio de seus mecanismos
automáticos — sistema nervoso simpático —, buscando reduzir as
perdas e aumentar as combustões internas.
Reação ao Calor
• Quando as perdas de calor são inferiores às necessárias para a
manutenção de sua temperatura interna constante, o organismo reage
por meio de seus mecanismos automáticos — sistema nervoso simpático
—, proporcionando condições de troca de calor mais intensa entre o
organismo e o ambiente e reduzindo as combustões internas.
Classificação dos Índices
• Os índices de conforto térmico foram desenvolvidos com base em
diferentes aspectos do conforto e podem ser classificados como a seguir:
Classificação dos Índices
• índices biofísicos — que se baseiam nas trocas de calor entre o corpo e o
ambiente, correlacionando os elementos do conforto com as trocas de
calor que dão origem a esses elementos;
Classificação dos Índices
• índices fisiológicos — que se baseiam nas reações fisiológicas originadas
por condições conhecidas de temperatura seca do ar, temperatura
radiante média, umidade do ar e velocidade do ar;
Classificação dos Índices
• índices subjetivos — que se baseiam nas sensações subjetivas de
conforto experimentadas em condições em que os elementos de
conforto térmico variam.
Índice de Conforto
• A escolha de um ou outro tipo de índice de conforto deve estar
relacionada com as condições ambientais com a atividade desenvolvida
pelo indivíduo, pela maior ou menor importância de um ou de outro
aspecto do conforto.
Índice de Conforto
• Existem cerca de três dezenas de índices de conforto térmico, porém,
para fins de aplicação às condições ambientais correntes nos edifícios
como habitações, escolas, escritórios etc.,
Índice de Conforto
• Carta Bioclimática;
• Temperatura Efetiva;
• Índice de Conforto Equatorial ou Índice de Cingapura.
Carta Bioclimática
• A Carta Bioclimática de Olgyay(44) — índice biofísico — foi desenvolvida
a partir de estudos acerca de efeitos do clima sobre o homem, quer ele
esteja abrigado quer não, de zonas de conforto e de relações entre
elementos de clima e conforto.
Para controlar a incidência solar em nossa casa devemos saber por onde ele vai passar.
Observamos que o movimento de rotação da terra e 23 inclinado em relação ao de
translação. Isso significa que de acordo com a época do ano e a latitude da sua cidade.
O sol vai realizar seu percurso em determinada inclinação.
Temperatura Efetiva
• A Temperatura Efetiva, de Yaglow e Houghten, de 1923, foi definida pela
correlação entre as sensações de conforto e as condições de
temperatura, umidade e velocidade do ar, procurando concluir quais são
as condições de conforto térmico.
Índice de Conforto Equatorial
• Webb(59) desenvolveu este índice para ser aplicado a habitantes de
climas tropicais, de preferência quente e úmido. Baseou-se em
observações feitas em Cingapura, em habitações correntes e em uma
escala climática desenvolvida especialmente para condições tropicais,
procurando correlacionar os valores dessa escala com a sensação de
calor.
Zona de Conforto
• Essas “zonas de conforto” devem ser encaradas como uma indicação e
analisadas acerca de sua aplicabilidade às condições específicas de
projeto e de realidade ambiental.
Zona de Conforto
Zona de Conforto

PARQUE DA
MATERNIDADE
Zona de Conforto

CENTRAL PARK
Zona de Conforto
• Assim, é conveniente, para a aplicação dos índices, uma análise prévia
das condições climáticas locais e as relações entre as variáveis
consideradas na obtenção do índice e a respectiva “zona de conforto”
determinada sobre os gráficos.
Índices
• Qualquer um destes índices é calculado com base em medições de
temperatura, umidade relativa, velocidade do ar, calor radiante e em
dados sobre materiais e técnicas construtivas.
Conforto Térmico
• O conforto térmico é um atributo
necessário em edificações e a
radiação solar é uma de suas
importantes variáveis, influindo no
ganho de calor do edifício, além de
promover iluminação natural.
Conforto Térmico
Carta Solar

• Os diagramas ou cartas solares são representações do percurso do


Sol no céu nas diferentes horas do dia e períodos do ano. A carta
solar, além de variar em função da data e da hora, também é
especifica para a latitude do local.
Carta Solar
Objetivos

• Conhecer as necessidades ambientais da edificação a ser


construída e trabalhar nas decisões projetuais, em função da
excelência do projeto arquitetônico, por meio de conceitos básicos
de insolação e da aplicação da Carta Solar.
Objetivo
Objetivo
• Mostrar, de forma sucinta, como a insolação atua nas
edificações, algumas estratégias e dispositivos de sombreamento
para controlá-la e atender as necessidades de conforto térmico;
• Realizar o estudo da melhor orientação das fachadas em função
do clima local, a fim de dispensar na maioria dos casos o uso de
dispositivos artificiais para iluminação e condicionamento.
Beneficios

• Um bom projeto de arquitetura deverá considerar o programa


estipulado e a análise climática local, de forma a responder
simultaneamente à eficiência energética e às necessidades de
conforto dos futuros ocupantes da edificação.
Estratégias Bioclimáticas
Estas estratégias, corretamente utilizadas durante a concepção do
projeto da edificação, podem proporcionar melhoras nas condições de
conforto térmico e redução no consumo de energia.
• Manual de Conforto Térmico 5 ed.
• Anésia Barros Frota
• Sueli Ramos Schiffer

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