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Farmacocinética

Farmacocinética
• A ciência que estuda a dinâmica das drogas
dentro dos sistemas biológicos, que envolve
a absorção, a distribuição, o metabolismo e
a eliminação dos fármacos.
Absorção
• “É preciso levar os medicamentos ao corpo
do doente”
• Características das drogas que afetam a
absorção:
– Peso molecular, ionização, solubilidade e
formulação
• Fatores que afetam a absorção relacionados
com os pacientes:
– Via de administração, pH gástrico,
conteúdo do aparelho GI
Tempo para a Concentração Pico

100
90
80
concentration

70
60 IV
50 Oral
40 Rectal
30
20
10
0
0 5 10 20 30 60 120 180
minutes
Distribuição
• Permeabilidade da Membrana
– Atravessar as membranas até ao local de ação
• Proteínas plasmáticas de ligação
– Drogas ligadas não atravessam membranas
– Má nutrição = albumina =  droga livre
• Lipofilicidade da droga
– Drogas lipofílicas acumulam-se no tecido
adiposo
• Volume de distribuição
Metabolismo
• Drogas e toxinas são agentes estranhos ao
organismo
• Drogas podem ser metabolizadas nos
pulmões, sangue e fígado
• O organismo converte as drogas em formas
menos ativas e aumenta a sua
hidrossolubilidade para melhorar a
eliminação
Metabolismo
• Fígado – principal via do metabolismo das
drogas
• Fígado pode também converter pró-drogas
(inativas) na sua forma ativa
• Tipos de reações
– Fase I (sistema do Citocromo P450)
– Fase II
Reações de Fase I
• Sistema do Citocromo P450
• Localizado no retículo endoplasmático dos
hepatócitos
• Através de cadeia transportadora de
elétrons, a droga liga-se ao sistema CYP450
e entra em oxidação ou redução
• Indução enzimática
• Interações de drogas
Tipos de Reações de Fase I
• Hidrólise
• Oxidação
• Redução
• Demetilação
• Metilação
• Metabolismo da Álcool-desidrogenase
Reações de Fase II
• Grupo Polar é conjugado com a droga
• Resulta no aumento da polaridade da droga
Eliminação
• Pulmonar = ar expirado
• Bile = fezes
– circulação enterohepática
• Renal
– filtração glomerular
– reabsorção tubular
– secreção tubular
Princípios Farmacocinéticos
• Estado de equilíbrio(“Steady State”): a
quantidade de droga administrada é igual à
quantidade de droga eliminada dentro de um
intervalo de doses, resultando num platô ou nivel
sérico da droga constante
• Drogas com meia-vida curta atingem o estado de
equilíbrio rapidamente; drogas com meia-vida
longa demoram dias a semanas a atingir este
estado.
Farmacocinética “Steady State”
• Meia-Vida = tempo
necessário para as
concentrações no
plasma diminuírem em
metade (50%)
• 4-5: meia-vida para
atingir o estado de
equilíbrio
Doses de Ataque
• Doses de ataque (iniciais) 40
permitem atingir 35
rapidamente os níveis 30
séricos terapêuticos 25 w/ bolus

• Mesma dose de ataque 20


w/o
independentemente de 15 bolus

disfunção 10

metabolismo/eliminação 5
0
Farmacocinética Linear
• Linear = a velocidade de 120
eliminação é proporcional à 100
quantidade de droga

concentration
80
presente
60

40
• Aumento da dose resulta
20
num aumento proporcional
dos níveis plasmáticos da 0
droga
dose
Farmacocinética Não Linear
• Não linear = a velocidade de
eliminação é constante 50
45
independentemente da 40
quantidade de droga presente 35

concentration
30
25
• Aumentos de dosagem 20
15
aumentam a saturação dos
10
locais de ligação e resulta em 5
aumento/diminuição não- 0
proporcionais dos níveis da dose
droga
Cinética Michaelis-Menten
• Segue uma cinética linear 30
até as enzimas estarem 25

concentration
saturadas 20

• Enzimas responsáveis pelo 15

metabolismo /eliminação 10

tornam-se saturadas 5

resultando em aumento não 0

proporcional dos níveis da


dose
droga
phenytoin
Populações de Doentes Especiais
• Doença Renal: metabolismo hepático igual,
volume de distribuição igual/aumentado e
eliminação prolongada   intervalo doses
• Doença Hepática: eliminação renal igual, volume
de distribuição igual/aumentado, velocidade de
metabolismo enzimático mais lento   dosagem,
 intervalo doses
• Doentes com Fibrose Cística: metabolismo/
eliminação aumentado, volume de distribuição
maior   dosagem,  intervalo doses
Farmacogenética
• Ciência que avalia as variações
geneticamente determinadas nos pacientes e
o efeito resultante na farmacocinética e
farmacodinâmica das drogas
• Útil para identificar falências terapêuticas e
toxicidade não-antecipada

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