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RESIDÊNCIAS FABRIKAM
Da Filosofia a Física
F r a g m e n t o s d e F i l o s o fi a

P r o f ª A n d r é a Ta v a r e s
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FILOSOFIA E CIÊNCIA

O ser humano é naturalmente movido

pelo desejo por conhecimento, desde
pequenos questionamos o porquê de
diversos fatos, situações, coisas e demais
acontecimentos que fazem parte do nosso
dia a dia. O debate entre ciência e filosofia
é provavelmente uma das questões que
mais ressaltam essa necessidade de
conhecimento, seja de qual natureza for.
Relação
Física e Filosofia

Os filósofos esforçam-se pela clareza

conceitual. O treinamento deles infunde certos
hábitos de pensamento – sensibilidade à
ambiguidade, precisão de expressão, atenção
aos detalhes teóricos – que são essenciais para
entender o que um formalismo físico pode
sugerir sobre o mundo real.
Os filósofos também aprendem a detectar as
lacunas e elisões nos argumentos cotidianos.
Essas lacunas fornecem pontos de entrada para
cunhas conceituais: recantos onde alternativas
ignoradas podem enraizar e crescer. A física
“calcula” não promove essa atitude crítica em
relação a argumentos; a filosofia sim. 3
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Porque
a terra
é azul?
Da Filosofia à Física
Ambas as áreas, possuem uma
importância fundamental para o
desenvolvimento da sociedade, admitir que
apenas um desses caminhos leva à verdade
absoluta é errôneo e pode significar o
retrocesso do conhecimento, pois muitas
questões científicas possuem raízes de
De onde
questionamentos filosóficos, bem como
muitas indagações filosóficas partem de vem o
pressupostos que a ciência não consegue amor?
explicar de modo racional ou científico.
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Filosofia de Kepler
Kepler também incorporou raciocínios e
argumentos religiosos em seu trabalho,
motivado pela convicção religiosa de que Deus
havia criado o mundo de acordo com um plano
inteligível, acessível através da luz natural da
razão. Kepler descreveu sua nova astronomia
como "física celeste", como "uma excursão à
Metafísica de Aristóteles" e como "um
suplemento de Sobre o Céu de Aristóteles",
transformando a antiga tradição da cosmologia
física ao tratar a astronomia como parte de
uma física matemática universal.
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Filosofia de Newton
Newton é importante para a filosofia por fundamentar a
ciência que influenciará os pensadores iluministas. Ele acreditava
que a natureza age de modo a simplificar as suas ações ao
máximo, as consequências naturais tem o mínimo de causas
possíveis. A natureza não desperdiça nem tempo nem energia em
seus movimentos, em uma atividade natural é utilizado o mínimo
possível de elementos. Além dessa simplificação das ações, na
natureza as mesmas consequências tendem a ter as mesmas
causas ou causas parecidas. Causas semelhantes têm
consequências semelhantes e isso torna a natureza homogênea.
Essa homogeneidade gera uma constância nas leis físicas e
químicas e é essa constância que possibilita a harmonia do nosso
universo.
            A partir dos princípios da simplicidade e da
homogeneidade, Newton fundamenta o uso do método indutivo
pela ciência. Nas leis científicas serão utilizados os raciocínios que
partem do particular ou singular para o universal. É possível inferir
de certas causas e consequências que todas as causas parecidas
Isaac Newton (1643 - 1727) 6
ou iguais terão as mesmas consequências.
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Filosofia de Laplace
As doutrinas deterministas, em geral, se
encontram vinculadas a explicações
mecanicistas da realidade. A formulação
determinista clássica foi feita por Laplace na
Teoria analítica das probabilidades, em que
afirma que, se num momento dado fossem
conhecidas todas as forças da natureza e o
Pierre Simon Laplace (1749-1827)
estado de cada um de seus componentes, seria
possível determinar tanto o passado quanto o DETERMINISMO a teoria filosófica segundo a qual
futuro mediante análise matemática. todos os acontecimentos do universo obedecem a
leis naturais de tipo causal, ou seja, a natureza, a
sociedade e a história se subordinam a leis e
causas necessárias.  7
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Filosofia de Kant
Em sua Teoria do Conhecimento, Kant classificou o
tangível e o abstrato em dois grupos:
1 - aquilo que podemos conhecer;
2 - aquilo que são por si desconhecidas. As coisas que
podemos conhecer são aquelas que as pessoas podem
presenciar, tocar, ver e experimentar, como uma mesa ou
um cachorro. Por outro lado, existem coisas que são
desconhecidas por si próprias, como Deus e o conceito de Immanuel Kant 1724 – 1804
liberdade, cujas existências, segundo Kant, se baseiam em
pressuposições necessárias. Sem o conteúdo da experiência, dados
na intuição, os pensamentos são vazios de
Kant afirmava que a área do conhecimento é limitada
ao mundo das experiências e que é inevitável que uma mundo (racionalismo); por outro lado, sem os
pessoa fracasse ao tentar conhecer coisas que são conceitos, eles não têm nenhum sentido para
desconhecidas, como a vida em outros planetas. nós (empirismo). 8
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Filosofia de Heisenberg
O filósofo da mecânica quântica

O princípio da incerteza de Heisenberg é uma

das fórmulas mais mal interpretadas da
história por causa de suas supostas implicações
filosóficas. Ele tem sido utilizado como prova
tanto do livre-arbítrio como do azar do destino
(ou mesmo como um recurso para justificar a
telepatia ou parapsicologia). A verdade é que o
próprio Heisenberg  nada há no estado prévio do mundo que os
abriu o caminho da filosofia indeterminista a pa
rtir de seu princípio
Werner Karl Heisenberg (1901-1976)
INDETERMINISMO se refere a uma concepção
filosófica segundo a qual alguns acontecimentos
têm causas não-lineares: limitam-se a acontecer e
explique.  A teoria que afirma que a vontade
humana é livre (independente), teoria do livre
arbítrio.
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Filosofia de Dirac
Em seu texto filosófico, o ponto de vista Diraqueano
sobre o papel da estética e da beleza na formulação de
teorias físicas fica evidenciado no trecho abaixo:
“O que torna a teoria da relatividade tão aceitável para
os físicos, apesar de ir contra o princípio da simplicidade,
é sua grande beleza matemática. Essa é uma qualidade
que não pode ser definida, assim como não se pode
definir a beleza na arte, mas que as pessoas que estudam
matemática geralmente não têm dificuldade em apreciar.
A teoria da relatividade introduziu a beleza matemática
em uma extensão sem precedentes na descrição da
natureza. ”
Dirac tinha sólidas convicções filosóficas e metafísicas.
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Paul Adrien
Maurice Dirac
(1902-1984)
RELATIVISMO E A FILOSOFIA
O relativismo é uma postura de interpretação da
realidade que sugere que tudo deve ser encarado
segundo o conceito da relatividade, ou seja, a
percepção de determinado fenômeno está
condicionada à realidade do interlocutor, e não
poderia, portanto, ser tomada como uma conclusão
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válida no plano geral, e sim apenas no plano particular.

Filosofia de Murray
A história dos quarks para exemplificar questões
epistemológicas.
Muitas vezes se pensa que as teoria físicas são
elaboradas para explicar observações. Parece lógico:
observa-se, faz-se registros (medições, por exemplo)
que geram dados e destes induz-se alguma teoria,
alguma lei.
Pode parecer lógico, mas não é assim. Há uma
interdependência, uma relação dialética, entre
teoria e experimentação. Uma alimenta a outra,
uma dirige a outra. A física de partículas, em
particular a teoria dos quarks, é um belo exemplo
disso.
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Murray Gell-
Mann
(1929-2019)
EPISTEMOLOGIA, em sentido estrito, refere-se ao
ramo da filosofia que se ocupa do conhecimento
científico; é o estudo crítico dos princípios, das
hipóteses e dos resultados das diversas ciências,
com a finalidade de determinar seus fundamentos
lógicos, seu valor e sua importância objetiva. 11