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SEMIOLOGIA HOMEOPÁTICA

DOENÇAS AGUDAS
1. Individuais: influências prejudiciais;
2. indisposições alimentares;
3. causas excitantes - explosão da psora latente, retorno espontâneo à
latência.
4. influências meteorológicas, telúricas e agentes maléficos -
suscetibilidade de poucas pessoas ao mesmo tempo.
5. epidemias;
6. miasmas agudos peculiares: varíola, sarampo, coqueluche, caxumba;
§73

CLASSIFICAÇÃO DAS DOENÇAS

Sintomas comuns, patognomônicos, característicos. E sintomas da reação


Individual.
ENFERMIDADE AGUDA

Repertorizar na seguinte ordem


1. Diagnóstico clínico e anatomo-patológico.
2. Sintomas patognomônicos, com suas modalidades características, mas
estudando apenas os medicamentos que correspondem ao diagnóstico.
3. Sintomas mentais, gerais e locais que apareceram com a enfermidade,
mas só os que correspondem aos passos anteriores.

O remédio curativo deve cobrir a sintomatologia patológica e a


individualidade característica aguda do indivíduo o mais exatamente
possível, embora não cubra o quadro crônico ou o tipo sensível.
ENFERMO CRÔNICO FUNCIONAL

Funcional: distúrbios emocionais; distonias neurovegetativas; insônias;


enxaquecas.
Nestes casos a hierarquização dos sintomas é a típica que serve de
modelo geral. Prioridade dos sintomas:
1. Biopatográficos.
2. Psíquicos (emocionais, afetivos, volitivos e intelectivos).
3. Físicos gerais
4. Locais ou particulares.
Estes sintomas devem ser os mais característicos, notáveis e chamativos,
para permitir individualizar o paciente.
A prescrição adequada nestes casos é o remédio chamado “constitucional”
ou primitivo, quer dizer, o que corresponde às tendências mórbidas
genéticas, ao genotipo, habitualmente um dos chamados grandes
policrestos. Menos frequentemente se deve empregar o remédio de fundo,
quer dizer, o derivado, que se adapta ao fenotipo, ao temperamento
psicofísico do indivíduo. Esta distinção entre remédio constitucional e
remédio de fundo é muito sutil, mas é real. Frequentemente uma pessoa
nasce sendo um remédio determinado, por exemplo, sulphur, mas se torna
ou se transforma em Nux-vomica. Mas também é possível que o indivíduo
permaneça sendo o mesmo remédio toda a vida. Neste caso o remédio
constitucional se confunde com o remédio de fundo.
 Um elevado número de pacientes pertence a esta categoria e faz com
que alguns homeopatas proclamem que se deva tratar apenas com os
remédios constitucionais ou de fundo. Isto é uma aberração terapêutica que
leva a extremismos.
ENFERMO CRÔNICO LESIONAL

Esta categoria compreende as enfermidades com lesões orgânicas


inflamatórias, alérgicas, infecciosas, degenerativas, proliferativas,
ulcerativas etc. São reversíveis os processos patológicos que produzem
perturbações tissulares e celulares que, ao curar, o fazem por restitutio ad
integrum. São irreversíveis os processos qe destroem a anatomia e a
fisiologia celular até um ponto em que já não se pode fazer restitutio ad
integrum.

LESIONAL: COM LESÕES REVERSÍVEIS

Estados mórbidos curáveis clinica e biologicamente. Podemos distinguir


dois grupos: as periódicas ou esporádicas e as permanentes ou contínuas.
Processos fisiopatológicos funcionais de aparecimento periódico ou
esporádico:

Por exemplo, enxaqueca, asma, coriza alérgica, urticária, crises epiléticas,


hemorróidas, palpitações, extra-sístoles etc. Nestes casos a prescrição
correta é o remédio de fundo, reservando para o momento da exarcebação
aguda o remédio da crise. Com o tempo, e segundo
a evolução, o tratamento deverá ser complementado com algum nosódio
etioógico ou miasmático e com o remédio constitucional.
Processos fisiopatológicos funcionais permanentes ou de
aparecimento muito frequente ou diária:

Por exemplo: mal asmático; crises epiléticas; epilepsia essencial; coriza


alérgica; sinusite crônica; ciática; dores reumáticas; taquicardia paroxística;
discinesia biliar; enxaqueca.
Estes casos podem ser tratados com dois critérios:
1) é possível começar pelo remédio de fundo, e então a agravação é
inevitável.
2) a outra possibilidade consiste em iniciar o tratamento pelo remédio
próprio da enfermidade ou da crise, prescindindo o remédio constitucional
ou do chamado tipo sensível.
Na hierarquização e repertorização dos sintomas próprios do Enfermo e
dos sintomas próprios da Enfermidade ou da lesão, observa-se que
algumas vezes o remédio curativo é apenas Um, que cobre
patogeneticamente a sintomatologia completa.; mas a maioria das vezes o
remédio do Enfermo é um e o da enfermidade é outro. Neste caso deve-se
iniciar com o remédio lesional ou da enfermidade atual, começando com
potências baixas e repetidas, depois potências mais altas até curar o
quadro patológico.
Este será o momento de prescrever o remédio de Fundo para curar
definitivamente o paciente e impedir a recidiva de sintomas. Logo se
continuará com os nosódios etiológicos ou miasmáticos e com o remédio
constitucional, se corresponde.
LESIONAL: COM LESÕES IRRREVERSÍVEIS

Nestes casos, o processo patológico destrói a estrutura anatômica e


funcional das células e sem a possibilidade de restitutio ad integrum, quer
dizer, sem que se regenerem as células nobres mortas, e sim que
conduzem ao estado degenerativo ou esclerótico, em que o tecido
parenquimatoso é substituído por tecido conectivo.
Do ponto de vista terapêutico, podemos distinguir duas categorias dentro
das lesões irreversíveis: as curáveis e as incuráveis.
Com Lesões Irreversíveis Curáveis.

Existem 2 matizes:
1. um primeiro grupo de casos se caracteriza porque a enfermidade
aparece a partir de um acontecimento emocional que afetou o indivíduo,
desequilibrando-o a ponto de predispor a desenvolver a doença.
2. um segundo grupo a enfermidade se desenvolve como produto da
evolução natural e espontânea das tendências patológicas hereditárias ou
adquiridas, sem a intervenção de nenhum trauma emocional. Para o
primeiro grupo é mais eficaz a ação do remédio de fundo que corresponde
aos sintomas biopatográficos. Para o segundo grupo apenas o remédio
lesional é curativo, depois de ter sido provado o remédio de fundo.
Com Lesões Irreversíveis incuráveis:

Afetam o órgão em sua totalidade, produzindo alterações celulares difusas,


com diminuição permanente ou ausência da função ou com destruição
anatômica das células. A função não pode ser compensada pelo resto do
órgão são, porque não há. Cirrose hepática; nefroesclerose; hipertensão
maligna; amiloidose renal; enfisema pulmonar; Parkinson; insuficiência
cardíaca global.
Nestes casos só tem efeito terapêutico os medicamentos que em doses
tóxicas produzem lesões semelhantes, prescritos em potências baixas. O
remédio de fundo não atuará sobre a lesão e sim melhorando o estado
geral e anímico do paciente. Prescrever então o remédio lesional e o
remédio de fundo, um por vez, ou às vezes alternadamente apenas em
casos especiais. Pode ocorrer que um mesmo medicamento cubra a
totalidade da semelhança geral e lesional, o que seria o ideal.

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