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CARACTERIZAÇÃO DA BIOMASSA BAMBU PARA

UTILIZAÇÃO COMO FONTE ENERGÉTICA EM PROCESSOS


QUE UTILIZAM A TECNOLOGIA DE LEITO FLUIDIZADO

Alunos: Lucas Felipe Lopes dos Santos, Pedro Henrique Brito de Souza
Orientador responsável: Profa. Dra. Araí Augusta Bernárdez Pécora
Monitor: Leandro Alves Moya
FACULDADE DE ENGENHARIA MECÂNICA – FEM
Agências Financiadoras: FAPESP, FUNCAMP, FAEPEX e COMVEST
Palavras-Chave: Biomassa – Bambu – Fluidização – Leito Fluidizado – Geração de Energia
Introdução
A biomassa é uma fonte de energia renovável que tem sido reconhecida como
recurso energético sustentável e alternativo aos combustíveis fósseis. O bambu
Dendrocalamus giganteus Munro (Figura 2) é um exemplo de biomassa que tem
como vantagens o rápido crescimento e um potencial energético similar ao de
outras biomassas combustíveis.

Sistemas fluidizados gás-sólidos apresentam uma série de vantagens para os


processos industriais, como intensa mistura entre as fases fluida e particulada,
criando elevadas taxas de transferência de calor e de massa, além de
uniformidade de temperatura. A suspensão gás-sólido apresenta comportamento
Figura 1 – Da esquerda para a direita, os alunos
semelhante ao de um fluido. Lucas, Pedro e o monitor Leandro

Figura 2 – Bambu Dendrocalamus


Metodologia giganteus Munro

Massa específica aparente das partículas (ρ p): Utilizou-se o método da Resultados


picnometria.
Tabela 1: Caracterização do leito Tabela 2: Caracterização termoquímica do bambu
Massa específica do leito (ρL): Foi determinada pela razão entre uma
Composição do ρL (kg/m³) Umf (m/s) Umidade 9,1±0,2
determinada massa de mistura pelo volume ocupado no leito. Leito
Areia 1408,4 0,166±0,002 Carbono fixo 16,2±0,4
Análise Imediata
Distribuição granulométrica: Utilizou-se o método do peneiramento para a Areia+Bambu 2,5% 1209,3 0,180±0,006 (% base seca) Voláteis 81,9±0,4
determinação do diâmetro médio de Sauter das partículas (dp). Areia+Bambu 5% 1095,6 0,186±0,008
Areia+Bambu 7,5% 988,4 0,194±0,005 Cinzas 2,0±0,2
Velocidade de mínima fluidização (Umf): Foi determinada a partir da queda de Areia+Bambu 10% 975,9 0,199±0,003 PCS (MJ/kg) 17,31±0,09
pressão (ΔPL) através de um leito de partículas (Figura 3) em função da

velocidade superficial do gás (U0).


Poder Calorífico Superior (PCS): Foi obtido utilizando-se uma bomba
Tabela 3: Caracterização física
calorimétrica modelo IKA C 200 (Figura 4). das partículas
Análise Imediata: Foram determinados os teores de umidade, cinzas, voláteis e
Material Areia Bambu
carbono fixo da biomassa utilizando-se normas ASTM.
dp (10-6 m) 284±36 552±13
ρp (kg/m³) 2649±13 1266±79
ρL (kg/m³) 1472±7 120±17

Figura 5 – Resultados das análises fluidodinâmicas das


misturas binárias areia-bambu

Conclusões
Os resultados fluidodinâmicos mostraram que o aumento do teor de biomassa nas misturas
provoca o aumento da velocidade de mínima fluidização. A caracterização termoquímica do bambu
mostrou que ele tem um poder calorífico superior (PCS) próximo ao de outras biomassas vegetais,
Figura 3 – Esquema do leito fluidizado Figura 4 – Bomba calorimétrica como o bagaço de cana, evidenciando que ele tem um bom potencial energético.

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