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Do latim, Altus, os altares são estruturas elevadas por várias culturas

com fins cultuais ou místicos. Essas estruturas podem ter várias formas e
tamanhos, sendo de terra, pedra, madeira ou metal, e geralmente
envolvem sacrifícios de animais como oferenda.
Noé (Gn 8.20); Abraão em Siquém (Gn 12.7); Isaque, em Beerseba
(Gn 26.25); Jacó, em Siquém (Gn 33.30), e em Betel (Gn 35.7); Moisés
em Refidim (Ex 17.15) e Horebe (Ex 24.4). Na cultura semita, os altares
tinham propósito sacrificial.
1. O Altar do Holocausto.
Holokaustos do grego, Holos (todo) e Kaustos (queimar). Logo holocausto
significa queimar totalmente. Olah no hebraico (trazido a Deus), e Kalil
(queima completa). Como o sacrifício tinha desde seus órgãos internos até
sua estrutura externa queimados até tornarem-se cinzas, o Olah, visava uma
expiação geral e abrangente de "todos" os pecados. Para os judeus, o
mesmo termo pode significar uma destruição geral, como por exemplo o
holocausto judeu na segunda grande guerra.
No sentido prático, assim como o altar é erigido da terra, a fumaça
proveniente de seus sacrifícios também denota elevação e oferta a Deus,
com propósito específico de redenção.
2. O modelo do altar e seus materiais.
O altar era quadrado, ou seja, os lados tendo a mesma medida informam
que o significado espiritual de cada um deles tem a mesma importância em
sua abrangência sobre o ofertante. Os chifres que se elevam em cada um
deles, falam de poder, autoridade e proteção sobre o adorador.
1. As Quatro Pontas e a Propiciação. 
O ato de tentar obter de alguém sua boa vontade, tornando-o favorável e
aplacando a ira, é o ato de tentar propiciar solução para a demanda do
pecado, no sentido cultual hebraico e cristão por meio da oferta.

2. As Quatro Pontas e a Substituição. 


O ato do sumo sacerdote de colocar a mão sobre a cabeça do sacrifício e
confessar os pecados do ofertante, fazia com que o sacrifício tomasse o
lugar do pecador.
3. As Quatro Pontas e a Reconciliação. 
A substituição se dá, no ato de extraído o sangue da vítima e levado até o
propiciatório (tampa da arca) no santíssimo lugar sendo aspergido ali,
enquanto o restante é consumido pelo fogo. Assim como no calvário o
sangue de Cristo foi derramado enquanto seu corpo era aniquilado. Ali
Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo (II Co 5.19).

4. As Quatro Pontas e a Redenção. 


Redenção é a libertação das prisões. No caso cristão, das prisões do
pecado e suas conseqüências. Também faz referência o termo, ao escravo
comprado no mercado (Rm 6.22).
1. O Lugar do sacrifício.
No altar, o inocente toma o lugar do pecador. Sem derramamento de
sangue não há remissão (Hb 9.22). Porém no calvário isso é feito de uma
vez por todas (Hb 9.27,28).
2. Lugar de punição do pecado. 
A santidade e a justiça de Deus, não permitem que o pecado fique sem
punição, por isso a realidade do altar no culto hebreu e por extensão na
estrutura salvífica do evangelho de Cristo.
3. O lugar de esperança. 
A nova criatura surge no calvário, e em Cristo (II Co 5.17). O calvário nos
remete a ressurreição, e nos proporciona esperança pela vida eterna,
enquanto somos alvos do refrigério do Espírito em nossas vidas.
Assim como o pecador necessitava passar pelo
altar do sacrifício, hoje precisamos passar pelo
calvário, para que em Cristo o sacrifício perfeito e
definitivo, vivamos sem culpa e livres para a nova
vida proporcionada pelo evangelho.

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