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Igreja Pentecostal Unida do Brasil

Departamento dos Vencedores Pentecostais

Interpretação das
Escrituras

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Introdução

Para compreender as escrituras é necessário assumir um


compromisso com a preparação sica, psicológica e principalmente
espiritual. Muitos tentam de qualquer maneira enveredarem pela
trilha das escrituras sem seus instrumentos básicos e de extrema
necessidade na jornada. Ninguém que se predispõe a fazer uma trilha
na floresta, deixa de lado a bússola, um facão de corte, um canivete,
lanterna, água, e principalmente um mapa da região que deseja fazer a
caminhada.
Como caminheiros espirituais, precisamos estarmos
fisicamente preparados, e o que significa isto? Significa que eu tenho
que ter o domínio sobre minhas vontade e paixões como Paulo diz em
1Corin os 9:26-27 “Pois eu assim corro, não como a coisa incerta;
assim combato, não como batendo no ar. Antes, subjugo o meu corpo e
o reduzo à servidão, para que, pregando aos outros, eu mesmo não
venha de alguma maneira a ficar reprovado.”
O ato de subjugar o corpo a servidão do espírito revela uma
mente equilibrada, mas do que isto, revela que este que agora possui
“...a mente de Cristo.” (1 Corín os 2:16). Está é a condição ideal que
precisamos ter, pois Cristo é a chave hermenêu ca para uma perfeita
interpretação.
O presente estudo tem como finalidade auxiliar o jovem
estudioso das escritura, a ter sua primeira impressão sobre o conteúda
da Palavra de Deus. Que Deus nos ajude nesta jornada e nos conceda a
iluminação para andarmos pelas veredas an gas da sua palavra.
Amém.

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OS PRIMEIROS PASSOS

1 - A INTERPRETAÇÃO DAS ESCRITURAS


As Escrituras Sagradas além de seu sen do simples do texto, ela
traz estratos adicionais de significado. Há quatro métodos gerais de
dedução dessas diferentes camadas de significados implícitas.

1 – Análise contextual. Apesar de toda palavra ter um sen do


literal, ela pode significar coisas diferentes em contextos diversos, de
modo que violaria a interpretação das escrituras. Interpretar cada
vocábulo de forma estritamente literal, pode acarretar um risco de
violar a Palavra de Deus (Apocalipse 22:18-19). A fim de que se alcance
o propósito da interpretação correta, os sen dos dos termos têm de
ser determinados no contexto geral. Essa metodologia é chamada de
Sen do Simples.

2 – Alusão. Ela se baseia em valores numéricos, acrós cos,


sistemas de subs tuição de letras etc. Aí também se inclui a ALEGORIA,
na qual os elementos da narra va bíblica fazem menção a conceitos
filosóficos etc. essa metodologia denomina-se Alusão o Alegoria.

3 – Analogia Verbal. É a comparação dos usos de expressões


em contextos diferentes e conclusões extraídas dela. Essa metodologia
é designada Exegese ou Busca.

4 – Alegoria Espiritual. Um bom exemplo dessa metodologia é


o Pentateuco (Torá) que é lida aí como uma alegoria da mecânica
espiritual da criação ou uma alusão a ela. Essa metodologia leva o
nome de Oculto ou Segredo. Temos aqui alguns exemplos de textos
que expressão este nível de interpretação.

Romanos 16:25-26 - “Ora, àquele que é poderoso para vos


confirmar segundo o meu evangelho e a pregação de Jesus Cristo,
conforme a revelação do mistério que desde tempos eternos esteve
oculto, mas que se manifestou agora e se no ficou pelas Escrituras
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dos profetas, segundo o mandamento do Deus eterno, a todas as


nações para obediência da fé,...”

1 Corín os 2:7 - “...mas falamos a sabedoria de Deus, oculta


em mistério, a qual Deus ordenou antes dos séculos para nossa glória;”
Efésios 3:9 – “...e demonstrar a todos qual seja a dispensação
do mistério, que, desde os séculos, esteve oculto em Deus, que tudo
criou;”
Colossenses 1:6 – “que já chegou a vós, como também está em
todo o mundo; e já vai fru ficando, como também entre vós, desde o
dia em que ouvistes e conhecestes a graça de Deus em verdade;”

2 - O ESTUDO BÍBLICO ENVOLVE ESFORÇO


O estudo da Palavra de Deus assemelha ao andar no Espírito.
Trata-se de um crescimento firme, diário. Existem cumes e vales,
todavia a persistência é o que importa.
Muitas vezes esperamos que grandes verdades da Palavra de
Deus saltem aos nossos olhos. No entanto, Deus não trabalha desta
maneira, Ele tem um compromisso tanto com o processo como com o
produto, pois sabe que um garante o outro. Seu método sempre foi
esse, lembremos de Moisés, onde Deus o preparou durante 40 anos,
Paulo durante três anos e meio e José durante quinze anos. O Próprio
Cristo recebeu treinamento para Seu trabalho.
Assim sendo, precisamos ter em mente duas perguntas
fundamentais para iniciar a jornada da interpretação bíblica, são elas:
O que devemos estudar? E como Estudar?

3 - O ALVO
O alvo do estudo bíblico não é apenas a interpretação por si só,
mas, como esta interpretação pode ser aplicada em nossas vidas. A
interpretação por si só não traz resultados concretos, é como se
véssemos em mãos a “teoria” sem a prá ca. Nosso obje vo é fazer
com que nossa vida e ministério diários se conformem melhor à
imagem de Jesus Cristo. Não basta saber algo, mas sim fazer alguma
coisa com o que sabemos. Esse é o mo vo da aplicação do que
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aprendemos.
A realização deste alvo depende de três coisas:
Primeiro – Direcionar a vontade
Nós queremos estudar a Palavra de Deus e crescer
espiritualmente como cristãos, a fim de moldar-se ao es lo de vida de
Cristo? Mateus 5:6 diz: “Bem-aventurados os que tem fome e sede de
jus ça, porque serão fartos”. Para que haja a fome da palavra de Deus,
é necessário primeiramente que haja o desejo por esta palavra. O
Salmista diz: “A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo; quando
entrarei e me apresentarei ante a face de Deus?” (Salmos 42:2) E ainda
“Ó Deus, tu és o meu Deus; de madrugada te buscarei; a minha alma
tem sede de ; a minha carne te deseja muito em uma terra seca e
cansada, onde não há água,” (Salmos 63:1)
Segundo – Andar no Espírito
“E não vos embriagueis com vinho, em que há contenda, mas
enchei-vos do Espírito, falando entre vós com salmos, e hinos, e
cân cos espirituais, cantando e salmodiando ao Senhor no vosso
coração,” (Efésios 5:18-19)
Este é o registro do Espírito Santo. A não ser que você não se
abra para a obra do Espírito Santo, será di cil para que Ele te inspire,
direcione, e te conceda o entendimento necessário para compreender
as escrituras, ou seja, você estará impedindo o Espírito Santo de te
ensinar. Todos nós precisamos aplicar o que está escrito em 1Pedro 1:9
que diz “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos
perdoar os pecados e nos purificar de toa a injus ça”.
Precisamos confessar qualquer pecado conhecido e, verificar
se cada área de nossas vidas estão entregue ao Espírito Santo.
(Romanos 12:1). A seguir, precisamos pedir que o Espírito Santo nos
encha (controle e capacidade) diariamente, “para que Cristo habite,
pela fé, no vosso coração; a fim de, estando arraigados e fundados em
amor, poderdes perfeitamente compreender, com todos os santos,
qual seja a largura, e o comprimento, e a altura, e a profundidade e
conhecer o amor de Cristo, que excede todo entendimento, para que
sejais cheios de toda a plenitude de Deus.” (Efésios 3:17-19)
Terceiro – Viver na Palavra
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Isso nos leva ao entendimento que estamos caminhando na


modelagem de nossas vidas segundo a imagem de Crsito, tanto em
pensamentos como em atos. Se não lermos a Palavra, poderemos nos
encontrarmos na situação das pessoas a quem o escritor de Hebreus
escreveu: “Do qual muito temos que dizer, de di cil interpretação,
porquanto vos fizestes negligentes para ouvir. Porque, devendo já ser
mestres pelo tempo, ainda necessitais de que se vos torne a ensinar
quais sejam os primeiros rudimentos das palavras de Deus; e vos
haveis feito tais que necessitais de leite e não de sólido man mento.
Porque qualquer que ainda se alimenta de leite não está
experimentado na palavra da jus ça, porque é menino. Mas o
man mento sólido é para os perfeitos, os quais, em razão do costume,
têm os sen dos exercitados para discernir tanto o bem como o mal.”
(Hebreus 5:11-14)
É interessante examinar Efésios 5:18-19 e Colossenses 3:16,
comparando com os resultados de encher-se do Espírito Santo com os
de encher-se da Palavra.

“E não vos embriagueis com vinho, em que há contenda, mas


enchei-vos do Espírito, falando entre vós com salmos, e hinos, e
cân cos espirituais, cantando e salmodiando ao Senhor no vosso
coração,...” (Efésios 5:18-19)

“A palavra de Cristo habite em vós abundantemente, em toda a


sabedoria, ensinando-vos e admoestando-vos uns aos outros, com
salmos, hinos e cân cos espirituais; cantando ao Senhor com graça
em vosso coração.” (Colossenses 3:16)

Os dois texto trazem consigo uma lista em comum, exceto por


dois itens que são apresentados somente na condição de ficar cheio da
Palavra de Deus, são eles: ensinar e admoestar.
Se você es ver cheio do Espírito Santo, mas não conhecer a
Palavra, fica di cil ser ensinado e de ensinar. O Espírito Santo leva você
à Palavra, ensina a você a Palavra, e depois a põe em prá ca através da
sua vida. Depois que nos tornamos pra cantes da Palavra de Deus,
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podemos reivindicar, pela fé, o ministério de ensino do Espírito Santo


(João 14:16-17,26; João 16:13,15; Romanos 8:14,16; 1Corin os 2:13).
Isto é mui ssimo importante.
A Palavra de Deus deve ser integrada em nosso testemunho
porque o campo de batalha espiritual é a mente dos homens e
mulheres. O nosso alvo não é tanto dominar a Palavra, mas permi r
que ele nos domine.

4 - PARA ONDE VAMOS?


Precisamos ter um ponto de parte, um início para a nossa
trajetória, para isso, precisamos ter definido o que queremos, em
seguida, ter em mãos o equipamento para a nossa caminhada (a Bíblia
Sagrada), definir a direção (o livro a ser estudado) e por fim iniciar a
caminhada (a leitura).
A chave da interpretação das escrituras e sua aplicabilidade em
nossas vidas está diretamente ligada a forma como estudamos.
Primeiramente precisamos ter uma visão geral do livro, depois
seguimos para as par cularidades capítulos, e por fim estabelecemos
sua relação com o todo (demais livros ou profecias).
Assim sendo, o que iremos fazer em nosso estudo de
interpretação bíblica é começar com um livro, depois examinar os
capítulos individuais, os parágrafos, os versículos, as frases e,
finalmente, as palavras – tudo no contexto do livro inteiro. O livro que
servirá de exemplo para nosso estudo é o Evangelho de João,
especialmente os capítulos três e quatro. Iniciaremos com o quadro
geral e depois passaremos aos detalhes.
A seguir começaremos a observação. A observação pergunta:
“O que ele diz?”. Por outro lado, nós perguntamos “O que vemos?”
Para aprender a ver, precisamos perguntar “Como posso ver?” Isso nos
preparará para saber o que procurar, então saberemos até que ponto
você irá vê, geralmente isso determina a sua interpretação e te indicará
qual será o próximo passo. A interpretação pergunta: “O que
significa?” Nós dizemos “Saiba e entenda”. Depois que temos a
interpretação formada, chegamos a aplicação, então perguntamos: “O

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que isso significa para mim?” ou “como se aplica a mim?” De um


perspec va Bíblica, saber e não fazer é como não saber. Este é o
sen do de Tiago 2:14-26. Para indicar a aplicação nós diremos “Faça!”.
Então temos três pontos importantes para iniciar o estudo das
escrituras, são eles:
1 – Veja (observação)
2 – Saiba (interpretação)
3 – Faça (aplicação)

1 – Leia o Salmo 19:7-11 e escreva três razões por que o estudo


da Palavra de Deus é bom para você pessoalmente.
2 – Leia João 9 três vezes em seguida.

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