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• Pintor, desenhador e escritor, Lima de Feitas nasceu em Setúbal, em 1927, tendo falecido

em Lisboa, em 1998. Frequentou a Escola Superior de Belas Artes de Lisboa.

• Ilustrou mais de uma centena de livros, de que destacamos Dom Quixote, na tradução de
Aquilino Ribeiro. Estes desenhos foram recentemente publicados ilustrando a tradução de
José Bento, editada pela Relógio d’Água.

• É autor de inúmeras obras de arte, incluindo murais de azulejos, dos quais se destacam os
14 painéis destinados à estação ferroviária do Rossio, inspirados em Mitos e Lendas de
Lisboa.

• Expôs colectivamente desde 1946 e individualmente desde 1950. Escreveu prefácios e


publicou diversos textos em catálogos de exposições e em publicações. Recebeu numerosos
prémios.


Biografia
Nasceu em Setúbal, em 1927 e faleceu em 1998.
Considerado por muitos um “Artista Total”, com
um importante percurso criativo e humanista na
cultura portuguesa contemporânea: pintor,
ilustrador, ensaísta e brilhante investigador.
Foi membro fundador da CIRET (Centro
Internacional de Pesquisa Transdisciplinar) em
Paris, a partir de 1992 da Comissão Consultiva
junto da UNESCO para a transciplinaridade.
Foi ainda Cavaleiro da Ordem du Mèrite, França.
É autor de ensaios e livros sobre temas de
semiótica visual, estética e simbologia, bem
como de inúmeros escritos sobre arte.
Participou em inúmeras exposições em vários
países e realizou mostras individuais sobretudo
em Lisboa, Porto, Setúbal, Paris, Londres,
Varsóvia, Aarhus e Copenhaga. Encontra-se
representado em numerosas coleções
particulares e museus, em Portugal e numa
dezena de países estrangeiros.
Cinco figuras femininas - serigrafia
Cabeça de Rapariga - 1951
O Contemplador de Mundos
Pintor português, José Maria Lima de Freitas nasceu em 1927, em Setúbal. e faleceu a 5 de outubro de 1998, em
Lisboa. Frequentou o curso de Arquitetura da Escola de Belas-Artes de Lisboa. De 1948 a 1954 dedicou-se
intensamente à pintura, realizando nesse primeiro período uma série de obras que revelavam uma preocupação
com um entendimento profundo do quotidiano. Em 1950, em Portugal, o neorrealismo encontrava-se no seu auge
de vitalidade no domínio das artes plásticas colocando os pintores perante toda uma problemática difícil e urgente.
Cinco anos antes uma grande esperança, vencendo a indiferença formalista, abrira aos intelectuais e artistas uma
perspetiva de novos horizontes. Neste período, a pintura de Lima de Freitas coincide com uma primeira afirmação
de realismo plástico que vinha ao encontro do realismo literário, assim como da pintura brasileira de um Portinari.
De 1954 a 1959, em Paris, Lima de Freitas dedicou-se especialmente à ilustração, área em que revelou uma
qualidade invulgar. As suas ilustrações não são apenas alusivas, mas discursivas, denotando sempre uma grande
preparação literária.
A partir de 1959 recomeçou a pintar intensamente, realizando algumas das suas obras mais interessantes.
Realizou numerosas exposições e colaborou em vários salões coletivos, nomeadamente, nas Exposições Gerais de
Artes Plásticas, durante dez anos consecutivos; na 2.a Bienal de São Paulo ou na Exposição Gulbenkian de 1957.
Executou painéis de azulejos, tapeçarias (tapetes de Portalegre), a cerâmica artesanal de Porches (Algarve) e
numerosas ilustrações para livros e revistas.
É autor de obras relacionadas com a pintura como, por exemplo, Pintura Incómoda (1965).
É de salientar também a intensa atividade como ensaísta e divulgador dos problemas da arte contemporânea, assim
como o cargo de direção que ocupou no Teatro Nacional de D. Maria e o de diretor-geral da Ação Cultural, da
Secretaria de Estado da Cultura.
QUEM FOI MESTRE LIMA DE FREITAS?
Lima de Freitas (1927 - 1998) foi um grande pintor setubalense, desenhador
e ensaista português que ilustrou mais de uma centena de livros, de que se
destacou PORTO DO GRAAL publicado pela editora Ésquilo em Março 2006,
com textos e ilustrações de cariz filosófico e esotérico relacionado com a
“Alma Lusa” ligada à história oculta de Portugal de que era um profundo
conhecedor ou estudioso.

As suas obras de arte revelam um profundo conhecimento da tradição


mítico-espiritual portuguesa que através dele se revestem de uma grande
riqueza. Autor de inúmeras obras, incluindo murais de azulejos de que se
destacam os 14 painéis na estação do Rossio, tudo fora inspirado nos Mitos e
Lendas de Lisboa, capital de Portugal (Porto-Graal), lugar de Luz ou “Lux-
Citânia”, que falta cumprir-se numa Nova Era Universal, a do "V Império" no
dizer de Fernando Pessoa ou do Padre António Vieira.
• Mestre Lima de Freitas sabia tudo isso e só poucos entenderam a mensagem que
passou nas suas pinturas que podemos ver abaixo. Escreveu também prefácios e
publicou diversos textos, tendo sido agraciado com diversos prémios. Foi também
um respeitável Mestre da Maçonaria (Regular) como de resto o poeta
setubalense Bocage cujo nome consta num painel de figuras destacadas daquela
Ordem e foi dado à Rua onde se situa a Qtª da Regaleira ou a "Mansão Filosofal"
de Portugal, em Sintra.

• Aqui ficam pois algumas pinturas de Mestre Lima de Freitas, pouco conhecidas
pela maioria da população setubalense e nacional, muitos não entendendo
sequer a mensagem e riqueza simbólica dos seus quadros cheios de significados,
cuja beleza no entanto pode ser apreciada tanto por leigos como por eruditos,
aparte uma minoria mais informada.


Estas são pois algumas pinturas inspiradas de Lima de Freitas com um
sentido iniciático da «Alma Lusa» do Porto do Graal no Mundo numa
Nova Era Universal. Aliás, tal como dizia Gilbert Durand (um amigo
pessoal do pintor), "Portugal possui em abundância os mitos da Europa.
Os acontecimentos graves que estão para vir talvez permitam à Europa
adquirir consciência do seu destino" e nisso "Portugal não tem razão
para se envergonhar perante as restantes Nações da Europa, pelo
contrário, temos muito para ensinar-lhes, para dar-lhes", dizia Lima de
Freitas, concluindo que... "A missão tem a ver com as nossas
qualidades maiores: a Fraternidade humana que temos arreigada; a
ideia de universalidade; o desenho do Quinto Império"...
O Graal
Preste João
O Milagre das Rosas
Lima de Freitas, pintor, ilustrador, publicitário e ensaísta, foi um elemento muito importante da pintura
neo-realista portuguesa.

José Maria Lima de Feitas nasceu em Setúbal, em 1927, e frequentou a Escola Superior de Belas Artes
de Lisboa, no curso de arquitectura.

Foi na II Exposição Geral de Artes Plásticas da SNBA, em 1947, que se estreou. O seu trabalho de
"elaborado grafismo, preocupado com o entendimento profundo do quotidiano e em constante atitude
crítica e polémica" (Manuel Alves de Oliveira) integrava-se perfeitamente no ideário neo-realista, tendo
sido um dos poucos artistas que expôs em quase todas as Exposições Gerais de Artes Plásticas.

Destacou-se também na pintura de painéis de azulejos, na tapeçaria e na gravura. Como ensaísta,


escreveu Pintura incómoda (1965), Almada e o número (1977) e Imagens da imagem (1977), entre
outras.

"Entre um realismo e uma surrealidade mística", Lima de Freitas define a sua obra como "uma contínua
investigação do tema , um realismo simultaneamente voltado para o social e alimentado pelo
inconsciente" (Manuel Alves de Oliveira, 1990)
Foi um dos grandes ilustradores do seu tempo, de vários tempos e lugares. Cúmplice de
livros e escritores, gravou com a pena virtuosa muitos dos clássicos da literatura
mundial. Mestre erudito de várias artes, escreveu, investigou e ensinou os outros a ver,
primeiro o visível e, mais tarde, os sinais do invisível. Convocou para as suas ilustrações
os grande clássicos que, como ele, se entretiveram a sondar os labirintos da alma
humana, de Bruegel a Bosch, de Ensor a Goya. Fadado para retratar destinos patéticos,
apura no seu D. Quixote o traço negro exato de uma existência bigger than life, que hoje
não escaparia ao divã do psicanalista. Deu-nos uma leitura crepuscular da gesta lusitana,
ressurgida nos escombros da historiografia decorativa do Estado Novo onde tantos
ilustradores talentosos naufragaram, e ninguém como ele ilustrou tanto e tão bem a
epopeia camoneana, da sumptuosa versão da Artis às edições posteriores da Verbo e do
Círculo dos Leitores. No amor e na guerra, caras da mesma moeda, perturbou-nos com
as suas personagens em grandes planos de excessiva carnalidade. Nos rostos de olhos
parados que desenhou, adivinha-se a presença da morte, gravada a tinta por um homem
que, sabemos, amava a vida e os seus semelhantes. Da morte e do sonho nos deixou
Lima de Freitas um paradoxo: um legado imortal.
1954-1955
O Engenhoso Fidalgo D. Quixote de La Mancha, de Miguel de Cervantes Saavedra. 22 fascículos. Lisboa: Edições Artísticas Fólio.
40 il. a 1 cor em extra-texto.
1956-1958
Os Lusíadas, de Luís de Camões. Realizações Artis. 28 heliografias a preto em extra-texto, 10 il. a
preto (Cantos), 10 il. e vinhetas a preto.
1959-1962
Lírica, de Luís de Camões. Lisboa: Realizações Artis. 41 heliografias em extra-texto, 7 il. a preto, 107 vinhetas a vermelho.
• https://almanaquesilva.wordpress.com/lima-d
e-freitas
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