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PROJETO ESCOLA EFICIENTE NA

ESCALA PROFICIENTE

Até que ponto


nós
avaliamos
nosso alunos???

João Paulo Nobre Nogueira


Programação

Acolhida: Vídeo – Educar (Rubem Alves)


Objetivo do SPAECE
SPAECE e PCNEM: Que relação tem?
Objetivo do SPAECE
Produzir um diagnóstico do
desempenho escolar dos alunos do
sistema educacional do Ceará.
SPAECE e PCNEM: Que relação tem?
Veja pontos interessantes do nosso PCNEM:

1. A LÍNGUA PORTUGUESA NO CONTEXTO DO


ENSINO MÉDIO
Uma discussão sobre o papel da disciplina Língua
Portuguesa no contexto do ensino médio deve envolver,
necessariamente, uma reflexão sobre o projeto educativo
que se quer implementar nesse nível de ensino.
Considerando-se que a LDBEN/96 toma o ensino médio
como etapa fi nal da educação básica, essa fase de estudos
pode ser compreendida como o período de consolidação e
aprofundamento de muitos dos conhecimentos construídos
ao longo do ensino fundamental. (p. 17)
Espera-se, portanto, dessa etapa de formação o
desenvolvimento de capacidades que possibilitem ao
estudante:
(i) avançar em níveis mais complexos de estudos;
(ii) integrar-se ao mundo do trabalho, com condições para
prosseguir, com autonomia, no caminho de seu
aprimoramento profissional;
(iii) atuar, de forma ética e responsável, na sociedade,
tendo em vista as diferentes dimensões da prática social.
EXEMPLO 1
Chegando à fazenda dos avós, para visitá-los, o neto se
dirige ao avô, que está na sala:
– Firme, vô?
– Não, fi o, Sírvio Santos.

EXEMPLO 2
Rainha da Inglaterra condena mídia interessada em
dinheiro.

“... o papel da disciplina Língua


Portuguesa é o de possibilitar,
por procedimentos sistemáticos,
o desenvolvimento das ações
de produção de linguagem em
diferentes situações de interação ...”
“... as práticas sociais de uso da língua
escrita devem receber destaque na orientação
do trabalho escolar, em razão do valor social e
histórico que têm em nossa sociedade.”

Independentemente, porém, da natureza da modalidade e


da prática social de linguagem em foco, parte-se da
compreensão de que o conhecimento do sujeito para nela
atuar é uma produção humana, histórica, contextualizada, e
que sua apropriação se dá exatamente na prática social.
Em outras palavras, reitera-se que, como os conhecimentos
são resultado de processos sociocognitivos de produção de
sentido, sua construção dá-se sempre de forma
contextualizada, em atividades nas quais os sujeitos se
engajam e nas quais a linguagem está sempre implicada.
QUADRO-2
EIXOS ORGANIZADORES DAS ATIVIDADES DE LÍNGUA PORTUGUESA NO
ENSINO MÉDIO – ANÁLISE DOS FATORES DE VARIABILIDADE DAS (E NAS)
PRÁTICAS DE LÍNGUA(GEM)
FOCO DAS ATIVIDADES DE ANÁLISE

Elementos pragmáticos envolvidos nas situações


de interação em que emergem os gêneros em
estudo e sua materialidade – os textos em análise

Papéis sociais e comunicativos dos interlocutores,


relações entre esses, propósito discursivo, função
sociocomunicativa do gênero, aspectos da dimensão
espaçotemporal em que se produz o texto.
Estratégias textualizadoras:
 uso dos recursos lingüísticos em relação ao contexto em que o texto é
construído (elementos de referência pessoal, temporal, espacial,
registro lingüístico, grau de formalidade, seleção lexical, tempos e
modos verbais);
 uso de recursos lingüísticos em processos de coesão textual
(elementos de articulação entre segmentos do texto, referentes à
organização – temporal e/ou espacial – das seqüências do texto ou à
construção da argumentação);
 modos de organização da composição textual – seqüências textuais
(tipos textuais narrativo, descritivo, argumentativo, injuntivo,
dialogal);
 organização da macroestrutura semântica (dimensão conceitual),
articulação entre as idéias/proposições (relações lógico-semânticas);
 organização e progressão temática.
Mecanismos enunciativos
Formas de agenciamento de diferentes pontos de
vista na textualização (identificação dos elementos
que sinalizam as vozes e o posicionamento dos
enunciadores trazidos à cena no texto), uso dos
elementos de modalização (identifi cação dos
segmentos que funcionam como indicações acerca do
modo como o enunciador se posiciona em relação ao
que é dito, a seu interlocutor ou a si mesmo).
Intertextualidade

Estudo de diferentes relações intertextuais (por


exemplo, entre textos que mantenham configuração
formal similar, que circulem num mesmo domínio ou
em domínios diferentes, que assumam um mesmo
ponto de vista no tratamento do tema ou não).
PROJETO ESCOLA EFICIENTE NA ESCALA
PROFICIENTE
Sobre avaliação
Professor,
A avaliação, como você sabe, é parte fundamental do processo
de ensino-aprendizagem.
Seus resultados oferecem subsídios, para que os docentes
direcionem sua prática, as escolas reestruturem seus projetos
pedagógicos e os sistemas de ensino definam políticas
públicas voltadas para a igualdade de oportunidades
educacionais e a qualidade do ensino ofertado.
PROJETO ESCOLA EFICIENTE NA ESCALA
PROFICIENTE
Sabemos que, no âmbito da sala de aula, você já dispõe de
experiência com a prática da avaliação. Entretanto, como a avaliação
do sistema educacional em larga escala apresenta características
diferentes daquelas avaliações que se realizam com grupos reduzidos
de estudantes, no cotidiano das escolas, este projeto tem o objetivo
de oferecer informações e orientações, para que você conheça um
pouco mais sobre a avaliação em larga escala de natureza externa e
possa contribuir ainda mais com a melhoria dos resultados da sua
escola.
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PROFICIENTE

Esperamos que as atividades propostas neste trabalho,


aliadas à sua experiência docente e à sua sensibilidade,
contribuam, para que você, professor, torne-se um especialista na
elaboração de itens.
Avaliar
É refletir sobre uma determinada
realidade, a partir de dados e
informações, e emitir um
julgamento que possibilite uma
ação.
PROJETO ESCOLA EFICIENTE NA ESCALA
PROFICIENTE

A Avaliação Interna e a
Avaliação Externa
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PROFICIENTE

A Avaliação Interna e a Avaliação Externa


Diferenciando a avaliação interna da avaliação
externa
No âmbito da escola, ocorrem dois processos de
avaliação muito importantes, os quais se
complementam: a avaliação interna, realizada pelo
professor, voltada para o desenvolvimento dos
processos de ensino e aprendizagem e a avaliação
externa, que avalia o desempenho de um conjunto
de estudantes agrupados por escola ou por sistemas.
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Avaliação interna

Avalia o processo de aprendizagem de seus estudantes.


Os professores podem e devem utilizar diversos
instrumentos como, por exemplo, trabalhos em grupo ou
individuais, testes ou provas, com questões de múltipla
escolha ou questões abertas, dramatizações, observação,
relatórios.
É possível avaliar a particularidade sobre o progresso de
cada estudante.
Ao final do ano, é possível atribuir-lhes uma nota que varia
de 0 a 10 pontos.
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Como anda a avaliação interna
ALGUMAS QUESTÕES
➢Existem políticas que discutem as avaliações internas?
➢Como acontece a avaliação interna na nossa escola?
➢Como a escola trata a questão da avaliação interna?
➢Que orientações e/ou acompanhamentos pedagógicas
temos recebido dos coordenadores pedagógicos neste
sentido?
➢Como a coordenação pedagógica pode contribuir para a
melhoria das avaliações internas?
➢Como nós professores temos utilizado este tipo de avaliação
para que o mesmo possa contribuir com a aprendizagem de
nossos alunos?
➢Que contribuições essa avaliação tem proporcionado ao
processo de ensino-aprendizagem?
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PROFICIENTE
➢ Que mudanças implantamos em nossas práticas de sala de
aula a partir dos resultados das avaliações internas?
➢ Que fatores dificultam a utilização das avaliações internas
como mais um instrumento de aprendizagem?
➢ Qual a nossa maior dificuldade para uma utilização mais
efetiva das avaliações internas em nossas escolas a favor das
aprendizagens?
➢ O que realmente consideramos quando estamos elaborando
uma avaliação interna?
➢ Qual o nosso REAL objetivo ao aplicarmos uma avaliação
interna?
➢ Quais experiências exitosas, nessa área, podemos socializar?
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PROFICIENTE
Avaliação externa
Testes compostos por itens de múltipla escolha por meio dos
quais apenas uma habilidade é avaliada.
 Apresenta três objetivos básicos:
(a) a definição de subsídios para a formulação de políticas
educacionais;
(b) o acompanhamento ao longo do tempo da qualidade da
educação;
(c) a produção de informações capazes de desenvolver relações
significativas entre as unidades escolares e órgãos centrais ou
distritais de secretarias, bem como iniciativas dentro das escolas.
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Avaliação externa
No âmbito escolar, a avaliação externa fornece
informações para que gestores da escola e professores
possam realizar um diagnóstico nas áreas em que atuam
e planejar ações educativas mais eficientes.
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Avaliação externa
No âmbito da gestão do sistema, a partir dos
resultados, governantes e gestores passam a ter dados
que os orientarão tanto no redirecionamento de
trajetórias, quanto no planejamento de ações mais
específicas.
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Avaliação externa
Na avaliação em larga escala, apesar de os resultados
poderem ser dados individualmente, seu foco é todo o
sistema educacional avaliado: a turma, a escola, a
regional, o estado.
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Avaliação externa
Devemos acrescentar, ainda, que os programas de
avaliação em larga escala produzem dois indicadores
importantes: (a) a média; e (b) o percentual de
estudantes em cada nível da escala de proficiência.
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Avaliação externa
A média é uma maneira de sintetizar o resultado da Escola, do
Município, da Regional e do Estado. Já o percentual de
estudantes nos níveis de proficiência fornece informações a
respeito das habilidades já consolidadas pelo conjunto de
estudantes da rede avaliada.
*www.portalavaliacao.caedufjf.net/portal/
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Etapas do processo de implementação da avaliação externa

Determinação da população a ser avaliada.

Elaboração e/ou utilização da Matriz de Referência.


Construção dos itens.
Pré-testagem.
Análise estatística e pedagógica dos itens.

Montagem dos cadernos de testes.


Testes padronizados.
Questionários contextuais.
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Etapas do processo de implementação da avaliação externa

Aplicação dos instrumentos.


Processamento e constituição da base de dados da
avaliação

Análise dos resultados.


Utilização da TRI.
Produção dos resultados.
Construção e interpretação das escalas de proficiência.
Elaboração dos Relatórios Gerais e Pedagógicos.
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A Construção dos Itens


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PROFICIENTE
A Construção dos Itens
Etapas do processo de elaboração de itens
A construção de bons itens para compor os testes de
proficiência, utilizados nos programas de avaliação
em larga escala, passa por diversas etapas que
envolvem profissionais da educação.
A seguir, veremos um fluxograma que apresenta esse
processo.
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PROFICIENTE
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PROFICIENTE
Todos esses procedimentos técnicos e
pedagógicos, na construção de itens, são importantes
para garantir a confiabilidade do item, seu poder
avaliativo e a eficiência de um programa de avaliação.
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Ponto de partida: a Matriz de Referência
Os testes de avaliação em larga escala têm como objetivo
aferir a proficiência dos estudantes em determinada
área de conhecimento, em períodos específicos de
escolarização. Assim, é necessário definir as habilidades
e competências que serão avaliadas em cada área de
conhecimento, de modo que se possam elaborar os itens
a serem utilizados na composição dos testes.
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A definição dessas habilidades é dada pela Matriz
de Referência para avaliação e somente com a construção
dessa Matriz de referência é que temos condições de
elaborar um teste de avaliação em larga escala, visto que
é essa Matriz que orienta a elaboração dos itens.
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As Matrizes de Referência do SAEB, Prova Brasil e
SPAECE, são resultado do estudo dos Parâmetros
Curriculares, Diretrizes Curriculares e livros didáticos e
da reflexão realizada por professores, pesquisadores e
especialistas que buscam um consenso a respeito das
habilidades consideradas essenciais em cada etapa do
Ensino Fundamental e Médio.
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As Matrizes de Referência são compostas por
um conjunto de descritores, os quais contemplam dois
pontos básicos do que se pretende avaliar: o conteúdo
programático a ser avaliado em cada período de
escolarização e o nível de operação mental necessário
para a habilidade avaliada. Tais descritores são
selecionados para compor a Matriz, considerando-se
aquilo que pode ser avaliado por meio de itens de
múltipla escolha.

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