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ÉTICA EM PSIQUIATRIA FORENSE: ATIVIDADES

PERICIAL E
CLÍNICA E PESQUISA COM PRISIONEIROS

Acadêmica: Kathiane Guimarães


INTRODUÇÃO E OBJETIVOS
A psiquiatria forense é a interface entre a psiquiatria e o direito;
1° pratica pericial propriamente dita;
2° natureza terapêutica.
A ÉTICA DA PERÍCIA
Atualmente, o perito tem dever primordial com o sistema judicial;
Veracidade e respeito pela pessoa;
Uma pericia pode ser determinada sempre que houver duvidas sobre o estado mental
do condenado.
RECOMENDAÇÕES ÉTICAS
DURANTE UMA AVALIAÇÃO
Ética Médica Geral
 Condição médica atua juntamente com o dever do perito;
 O perito deve manter-se íntegro e ater-se aos limites do que observou e necessita
relatar;
 Aceitar a peritagem apenas em área na qual seja qualificado.

Apresentação do perito
 Duplo enunciado – afirmação positiva; afirmação negativa;
 Estabelecendo relação entre perito e examinando.
RECOMENDAÇÕES ÉTICAS
DURANTE UMA AVALIAÇÃO
Conhecimento da finalidade da entrevista
 Certificar-se de que o examinando tem clara noção da
finalidade da entrevista e de suas implicações.
Confidencialidade
 Esclarecer ao examinando que as informações que
este vier a prestar não estão cobertas por sigilo.
RECOMENDAÇÕES ÉTICAS
DURANTE UMA AVALIAÇÃO
O consentimento esclarecido
 Aplicação mais importante do principio do respeito pela pessoa;
 Examinando incapazes, buscar consentimento de um representante legal.

Imparcialidade
 Ausência de qualquer interesse no caso, quanto especial atenção às questões
subjetivas; neutralidade.
RECOMENDAÇÕES ÉTICAS
DURANTE UMA AVALIAÇÃO
Incompatibilidade entre assistência médica e perícia
 Relação médico-paciente é bilateral, onde a lealdade do
profissional esta destinada ao seu paciente;
 Código de Ética Médica (CEM); artigo 120, veda-se ao médico
“ser perito de paciente seu, de pessoa de sua família ou de
qualquer pessoa com a qual tenha relações capazes de
influir em seu trabalho”.
ÉTICA NO TRATAMENTO DE
PRISIONEIROS
Lealdade: prisioneiro e administração penitenciária.

1. Confidencialidade
 Garantia de sigilo á todas informações pessoais;
 Possibilidade de motivação à revelações, sendo comunicadas aos superiores.
ÉTICA NO TRATAMENTO DE
PRISIONEIROS
2. Autonomia
 População desprovida de sua liberdade física ou
mental;
 Pacientes com transtorno mental, utilizar
tratamento involuntário;
 Criminosos com patologias que não interferem
em sua sanidade mental, decisão deve ser
respeitada;
ÉTICA NO TRATAMENTO DE
PRISIONEIROS
3. Outro problema crucial
 “tratamento” com finalidade não terapêutica;
 CEM estabelece que a medicina é uma profissão a serviço da saúde do ser humano
(...)” e que “o alvo de toda a atenção do médico é a saúde do ser humano, em
beneficio da qual deverá agir com o máximo zelo (...)”.
ÉTICA NA PESQUISA COM
PRISIONEIROS
1. Fundamentos históricos
 Em meados de 1884 Pasteur propôs a Dom Pedro II testar sua vacina anti-rábica
em prisioneiros condenados à morte;
 A tônica deste pensamento permaneceu até o final da 2ª Grande Guerra;
 Estima-se que até o final do anos 60, 90% das pesquisas de Fase I eram
conduzidas em prisões.
ÉTICA NA PESQUISA COM
PRISIONEIROS
2. Situação atual e recomendações
 Diminuição do numero de pesquisa em prisioneiros;
 Evitar a “compra” do sujeito de pesquisa;
 Princípios para obter equilíbrio entre pesquisa em prisioneiros e direito dos
detentos:
 Incentivos para induzir à participação devem se evitados;
 Distinguir pesquisa terapêutica de pesquisa nó-terapêutica;
 Função pró-ativa dos Comitês de Ética em pesquisa (CEPs).
CONCLUSÃO
O progresso da ciência deve se dar com a estrita observância de princípios éticos
universais, de forma a que não se imponha a uma classe de sujeitos tão vulneráveis
um ônus ainda maior que o do cumprimento de sua pena.

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