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Ciclo de Vida das Famílias

Até que ponto as expectativas parentais


irão influenciar o desenvolvimento de
uma criança?

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Modelos Familiares

Modelo patológico

(genética + moral = deficiência)

Impacto na Família
• Culpabilidade
• Stress
• Isolamento
• Conflitos
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Modelos Familiares

Modelo das necessidades comuns

apoio que os pais necessitam


• financeiros
• Educativos
• Sociais
• Transportes
• Cuidados diários
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Modelos Familiares

Modelo de stress/coping

Estratégias dos pais


 Negar o diagnóstico
 pedir ajuda
 mudar a forma de percepcionar o problema
 aceitar os programas de “tratamento”
…

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Modelos Familiares

Modelo de desenvolvimento

Ciclo de vida das famílias

Cada etapa do ciclo a família adapta-se


a novas situações

A criança com n.e.e. = Faz prever crises no


ciclo de vida familiar
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Ciclo de vida nas famílias com crianças
com n.e.e.

Fases Outros momentos de Outras tarefas a


crise realizar
Diagnóstico; Reajustamento das
Aquisição da marcha eexpectativas;
Nascimento dos da fala; -Identificação com o
filhos Informar familiares e filho;
amigos do que se passa; Identificar aspectos
Localizar serviços de positivos na criança;
apoio;

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Ciclo de vida nas famílias com crianças
com n.e.e.

Fases Outros momentos de crise Outras tarefas a


realizar
Crianças mais novas
superiores a vários níveis; Colaboração próxima
Problemas de saúde e de com os técnicos;
comportamento;
Programas de
Entrada Partilhade decisões
na escola desenvolvimento a realizar com técnicos;
pelos pais;
Sucessivas visitas à escola e
 Reajustamento das
encontro com técnicos;
expectativas.
Alterações do plano escolar;
Encaminhamento; 7
Ciclo de vida nas famílias com
crianças com n.e.e.

Fases Outros momentos de crise Outras tarefas a


realizar
Sexualidade;
Quem cuidará da criança Definir
os limites da
em adulta; autonomia do filho;
Aceitação do crescimento;
Potencializar a autonomia; Promover a sua
Adolescência preparação profissional.
Aperceber-se da longa
dependência do filho;
Lidar com o potencial
isolamento ou rejeição do
filho pelos pares;
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Ciclo de vida nas famílias com crianças
com n.e.e.

Fases Outros momentos de Outras tarefas a


crise realizar

Estabelecer os
Saída de casa
rendimentos de
dos filhos
Capacidade de sobrevivência;
diferenciação
Definirquem cuidará
dos pais idosos;

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Ciclo de vida nas famílias com Crianças
com n.e.e.

Estádio Áreas de stress


Casal Expectativasde ter filhos;
Adaptação à vida a dois;

Crescimento/Desenvolvimento Diagnóstico;
e pré-escolar
Procura de ajuda e
tratamento;
Falar aos familiares
sobre o problema.

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Ciclo de vida nas famílias com crianças
com n.e.e.

Estádio Áreas de stress


Reacções de outras crianças e
famílias às características
Idade Escolar especiais da criança;
Escolaridade.

Rejeiçãodos companheiros;
Preparação vocacional;
Adolescência
Aspectos relacionados com a
emergência da sexualidade.

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Ciclo de vida nas famílias com crianças
com n.e.e.

Estádio Áreas de stress


Preocupações de habitação;
Preocupações financeiras;
Iniciação à vida adulta
Oportunidades de socialização.

Preocupação com a segurança a


longo prazo do filho;
Pós-parental Interacções com as instituições que
providenciam serviços;
Lidar com namoro, casamento, ter
filhos.
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Ciclo de vida nas famílias com crianças
com n.e.e.

Estádio Áreas de stress


Cuidados e supervisão do filho com n.e.e.
após a morte dos pais;
Envelhecimento
Transferiras responsabilidades parentais
para outros subsistemas ou instituições.

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Ciclo de vida nas famílias com crianças
com n.e.e.

 O nascimento de uma criança com n.e.e.


causa mudanças estruturais no núcleo
familiar.
 Alterações na dinâmica – a família terá
outras responsabilidades e outras
exigências.

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Ciclo de vida nas famílias com crianças
com n.e.e.

Fontes de Stress
 tratamentos;
 Agravamento das despesas;
 Crise de desânimo, fadiga;
 Problema de transportes ,de emprego;
 Ciúmes e rejeição por parte dos irmãos;
 Problemas conjugais.
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Ciclo de vida nas famílias com crianças
com n.e.e.

Progressivo Envolvimento dos Pais

Práticas Centradas na Família

Intervenção Precoce

Lei Pública Americana 99-457.

Despacho Conjunto nº891/99


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Ciclo de vida nas famílias com crianças
com n.e.e.

Igualdade de oportunidades

Preparação para o emprego

Legislação e Direito dos Cidadãos

Papel da escola

Crimes contra menores

Maus tratos
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Maus tratos

O conceito de maus tratos não é estático


 Uma forma de maus tratos graves para um
indivíduo pode ser considerado apenas um
simples episódio de disciplina para outro.

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Todas as situações de Maus tratos
ocorrem em contexto relacional

Consequências

No Funcionamento
desenvolvimento Social/Emocional
da Criança

Na interacção e Cognitivo e
relação com pares danificação do Eu

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Maus tratos

Formas de maus tratos:


 Físicos;
 Psicológicos;
 Negligência;
 Abandono;
 Abuso Sexual;
…

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Maus tratos

Abuso Psicológico
Consequências

Tendência para o
Passividade/Apatia isolamento

Hostilidade/Agressividade Perturbações do
comportamento
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Maus tratos

Castigos corporais

Prática educativa na Família e


na Escola

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Maus tratos

Abuso Sexual
 Não é frequente Mitos e ideias erradas
 Aumentaram
 As crianças não dizem a verdade – fantasiar
 Só ocorre às meninas
 Os menores são culpados
 As crianças podem aprender a proteger-se
 O agressor é sempre conhecido
 O agressor possui doenças psiquiátricas graves
 Quando toma conhecimento denuncia o abuso à polícia
 Se uma criança próxima de nós fosse abusada, nós tomaríamos conhecimento
 Só ocorre em ambientes de pobreza, baixa cultura, consumo de drogas ou álcool

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Maus tratos

Séc. XII – XIII


Séc. IV Condenação Infanticídio
Infanticídio Abandono

Evolução Histórica

Séc. XVIII Séc. XIX


Infância Frágil e Infância como etapa essencial
Inocente 1ªs denuncias de maus tratos
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Maus tratos

Séc. XX

Publicação do relatório de Henry Kempe sobre o


“Sindroma da Criança Maltratada”

clarifica o conceito de maus tratos

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Maus tratos

Evolução do conceito

Preocupação em relação
Prolongamento da
ao bem -estar
infância

Superior interesse da criança

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Maus tratos

Respostas

Múltiplos campos e
Trabalho em rede de
investigação
equipas multidisciplinares

“tratamento” e prevenção

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Maus tratos

 “…a história da infância é um pesadelo do qual só


recentemente começamos a acordar. Quando vamos mais
longe na história, mais baixo e deficiente é o nível de cuidados
para a infância, maiores são as probabilidades de morte,
abandono, espancamento e abuso sexual…”
Mause,1991(citado por Soares,1997,pág.39)

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Maus tratos

A legislação Portuguesa

“É imprescindível a criação de canais ágeis de diálogo entre as diferentes


instituições (Polícia, Saúde, Educação, Protecção de Menores,
Justiça)”.
Carlos Farinha, director Adjunto da Polícia Judiciária,2005

Lei nº 147/99 de 1 de Setembro - lei de protecção de jovens em perigo


Lei nº 99/2001 de 25 de Agosto – nova alteração ao código penal

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Maus tratos

Nas Universidades – nenhuma cadeira sobre direito


das crianças. Há uma disciplina de Direito da
Família (sobre casamento, divórcio e separações de
bens).
As novas leis de menores, de protecção e tutelar
educativas, o próprio processo de regulação do
exercício do poder paternal, o instituto da adopção,
não são objecto de estudo.

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