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Topografia Aplicada

WEBCONFERÊNCIA III

UNIDADE III

Maria da Salete Leite Pedrosa


Nivelamento Taqueométrico
•Esse método consiste em um nivelamento rápido e econômico, mas pouco
preciso. Serve para obter indiretamente a distância horizontal e a diferença
de nível.
•O instrumento utilizado é o teodolito mecânico (ou eletrônico). O teodolito
eletrônico é equipado com fios estadimétricos que, além de medir ângulos
verticais e horizontais, realizam as leituras na mira.
Nivelamento Taqueométrico
Fórmula para obter a distância horizontal(DH):
DHAB= 100 x g x cos²α

DHAB= 100 x g x sen²Z

Fórmula para obter o desnível (DN):

DNAB= 50 x g x sen( 2 x α ) – FM + HI

DNAB= 50 x g x sen( 2 x Z ) – FM + HI

Cota B= Cota A + DNAB

Obs.: Um operador que está em campo com o teodolito


pode observar a visada na mira graduada. Com a leitura
dos três fios estadimétricos, o operador pode efetuar o
cálculo da distância horizontal e da diferença de nível.
Nivelamento Taqueométrico
O sinal positivo ou negativo do desnível é determinado pelo valor do ângulo
zenital (90° < Z < 90° ) ou o sinal do ângulo vertical (α ).

Equipamentos utilizados nesse método:


a) Teodolito mecânico ou eletrônico
b) Tripé
c) Mira graduada
d) Nível de Cantoneira

Fontes de erros: leitura de ângulos, leitura na mira, pontaria, não


verticalidade da mira e centragem do teodolito.
Planialtimetria
• As operações de campo são medições de distâncias horizontais (direta ou
indireta) e também de ângulos horizontais e verticais. Para isso, é
necessário a determinação da meridiana (norte) verdadeira ou magnética.
• É importante determinar, no campo, o posicionamento dos pontos notáveis
que definem em planta a planialtimetria do terreno, bem como os detalhes
que permitirão representar o relevo.

a)Reconhecimento da Área: o profissional responsável por realizar os


trabalhos percorre a área a ser levantada, escolhendo os principais vértices
da poligonal de apoio, e define o ponto inicial (partida) do levantamento.
Nesta fase, serão tomadas as providências de verificar quantidades de
piquetes e estacas e organizar a equipe de campo (balizeiros, foiceiros e
auxiliares para o transporte do instrumento.
Planialtimetria
b) Levantamento da Poligonal de Apoio: Tem o início no ponto de partida.
Todos os vértices da poligonal são percorridos até o fechamento no ponto de
partida. Para os levantamentos topográficos, é recomendado o uso de
poligonais fechadas, pois fornecem os elementos necessários para os
cálculos e a verificação dos erros admissíveis. É determinado o norte
magnético no ponto de partida com o auxílio do teodolito com bússola
acoplada. Assim, todas as medidas de distâncias e ângulos são anotadas,
além dos nomes dos proprietários de terrenos confrotantes e a existência de
detalhes importantes.
c) Levantamento de Detalhes: É a fase final do trabalho de campo. Quando
necessário, são criadas poligonais auxiliares a partir de um dos vértices da
poligonal de apoio para a amarração dos detalhes. Os levantamentos dos
detalhes devem ser anotados em croqui (desenho à mão livre), e os dados
obtidos devem ser anotados na caderneta de campo.
Planialtimetria- Medidas de Ângulos com o Teodolito
Nunca se admite a leitura isolada de um ângulo sem a respectiva verificação.

Nos levantamentos topográficos, são adotados cinco processos de medição de ângulos


horizontais e verticais.
1. Medida Simples- É a operação em campo mais simples de medição de um ângulo, pois o
valor do ângulo é medido uma única vez.
2. Ângulo Duplo - A operação em campo é a mesma efetuada na medição simples, mas com
acréscimo no valor para leitura do ângulo.
3. Fechamento em 360°- O fechamento em 360° consiste em medir o ângulo horário e o seu
respectivo replemento.
4. Repetição – O processo de repetição para a medida de ângulos horizontais e verticais prevê
erros de graduação do limbo, resultantes das imperfeições do círculo graduado e outros. Esse
processo corrige os erros, realizando uma série de repetições sucessivas da leitura angular.
5. Reiteração - Esse método de medida de ângulos consiste em medir cada ângulo em partes
diferentes do limbo, atenuando prováveis erros. Os erros mais prováveis são os de
excentricidade do eixo óptico ou erro de inclinação do eixo horizontal. Aplica-se a esse
método a leitura do ângulo na posição direta (PD) e posição inversa (IV) da luneta.
Classificação de Poligonais (Tipos)
Poligonal é um conjunto de alinhamentos (lances) consecutivos, constituído
de ângulos e distâncias.

Tipos:
a) Poligonal Aberta – É aquela em que o ponto de partida não coincide com
o de chegada. Pode estar apoiada ou não na partida ou na chegada. Neste
tipo de poligonal não há condições de verificar a precisão das medidas
lineares e angulares.
Classificação de Poligonais (Tipos)
b) Poligonal Fechada – É aquela onde o ponto de partida coincide com o de
chegada. Pode estar apoiada ou não (ponto de partida). Nesse método de
poligonal, podemos verificar a precisão das medidas angulares e lineares.

c) Poligonal Secundária, enquadrada ou amarrada- É a poligonal na qual o


ponto de partida não coincide com o de chegada, mas são conhecidos os
elementos numéricos da estação (coordenadas e orientação em relação à
direção norte) na partida e na chegada. Portanto, é uma poligonal
biapoiada.
Poligonal Secundária
Sistemas de Coordenadas
 Podem ser:
a) Coordenadas Cartesianas- Nesse tipo, posicionando-se um ponto A no
plano topográfico (horizontal), é possível determinar sua posição pelos
valores Xa e Ya ou pelo ângulo α e a distância d. Tem-se então, as
coordenadas retangulares cartesianas.

b) Coordenadas Polares- Um plano é determinado pelo ângulo α e a


distância d, existente entre OA formado pela direção de referência
.Assim,encontram-se as coordenadas polares do ponto A.
Sistemas de Coordenadas
c) Coordenadas Retangulares – Refere-se a um sistema cartesiano (eixos
perpendiculares num plano), no qual qualquer ponto A é determinado
pelas suas projeções Xa, a abscissa, e Ya, a ordenada, sobre os eixos, sendo
que o ponto A, com origem em O, divide o plano em quatro quadrantes. O
cálculo das projeções são as seguintes:
ΔX0-A = dx.senα
ΔY0-A = dx.cos α

d) Coordenadas Relativas e Absolutas – Refere-se à obtenção das


coordenadas de um ponto, a partir de uma já dada.
Curvas de Nível
São linhas que apresentam a mesma cota ou altitude.

De acordo com a ABNT NBR 13.133, após obtidos os pontos altimétricos é


preciso se fazer a interpolação desses pontos de nível altimétrico. Isso
consiste em traçar uma linha (curva de nível) para cada cota inteira.
O exemplo muito usado na engenharia é a equidistância vertical de 1 em 1
metro.

Equidistância vertical é a diferença entre as cotas ou altitudes das curvas de


nível. A equidistância varia com a escala da planta.
Curvas de Nível
As Curvas de Nível são classificadas em:
a) Mestras – todas as curvas múltiplas de 5 ou 10 metros.
b) Intermediárias- todas as curvas múltiplas da equidistância vertical,
excluindo-se as mestras.
c) Meia-equidistância- utilizadas na densificação do terreno
Curvas de Nível
Cálculo de Volumes
Ao abordar o conceito de movimentação de terra, conhecida como
terraplanagem na topografia, você deve ter em mente que a terraplanagem
consiste em mudar a configuração do terreno através de cortes e aterros. Ao
mover a terra se gera alteração na instabilidade e aumento no volume.

É possível aplicar o cálculo de volume em:


a) Faixas longas e estreitas, como é o caso das rodovias, calhas de rios e
ferrovias;
b) Grandes áreas, como reservatórios.
Cálculo de Volume
Os métodos utilizados para os cálculos de volume em topografia são:
1. Método mecânico: A seção é desenhada de estaca em estaca com o auxílio de um
planímetro para obter as áreas de corte e aterro. O planímetro é um instrumento
utilizado para desenhos técnicos topográficos.
2. Método computacional: Você pode utilizar um software específico para o cálculo
direto dos volumes. Os softwares encontrados no mercado são Topograph,
Posição, DataGeosis, Topo Cal, entre outro.
3. Método das alturas ponderadas: Consiste na fragmentação de um sólido, ou seja,
você vai calcular o volume de sólidos menores para que o cálculo final seja
simplificado.
4. Método de nivelamento por quadrículas: É o método mais apropriado para o
levantamento de curvas de nível do terreno. A área a ser terraplanada deve ser
locada e, em seguida, quadriculada. Os lados do quadrado tem seu comprimento
estabelecido em função da extensão da área e da sinuosidade do terreno.

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