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CAPACITAÇÃO EM

AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA
COM ÊNFASE EM
TRANSTORNO DO
DESENVOLVIMETO
INTELECTUAL
PSICOSHOP - APAE
Ministrante: Clarice Kern Ruaro
Psicóloga – CRP 12/14.336
Especialista em Psicologia Clínica e Avaliação
Psicológica
DEFICIÊNCIA
INTELECTUAL
(TRANSTORNO DO
DESENVOLVIMENTO
INTELECTUAL)
AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION.
DSM-5: manual diagnóstico e estatístico de
transtornos mentais. 5. ed. Porto Alegre: Artmed,
2014. 992p.
DEFICIÊNCIA INTELECTUAL
(TRANSTORNO DO DESENVOLVIMENTO
INTELECTUAL)
 Caracteriza-se por déficits em capacidades mentais
genéricas, como: raciocínio, solução de problemas,
planejamento, pensamento abstrato, juízo, aprendizagem
formal e aprendizagem pela experiência;
 Os déficits resultam em prejuízos no funcionamento
adaptativo, de modo que o indivíduo não consegue
atingir padrões de independência pessoal e
responsabilidade social em um ou mais aspectos da vida
diária, incluindo comunicação, participação social,
funcionamento escolar/acadêmico e profissional;
DEFICIÊNCIA INTELECTUAL (TRANSTORNO DO
DESENVOLVIMENTO INTELECTUAL) –
CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS

 É um transtorno com início no período do


desenvolvimento que inclui déficits funcionais, tanto
intelectuais quanto adaptativos, nos domínios
conceitual, social e prático. Os 3 critérios a seguir devem
ser preenchidos:
 A) Déficits em funções intelectuais: raciocínio, solução
de problemas, planejamento, pensamento abstrato, juízo,
aprendizagem formal e aprendizagem pela experiência
confirmados tanto pela avaliação clínica quanto por
testes de inteligência padronizados e individualizados;
DEFICIÊNCIA INTELECTUAL (TRANSTORNO
DO DESENVOLVIMENTO INTELECTUAL) –
CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS

 B) Déficits em funções adaptativas que resultam em


fracasso para atingir padrões de desenvolvimento e
socioculturais em relação a independência pessoal e
responsabilidade social. Sem apoio continuado, os
déficits de adaptação limitam o funcionamento em uma
ou mais atividades diárias, como comunicação,
participação social e vida independente, e em múltiplos
ambientes, como em casa, na escola, no trabalho e na
comunidade;
 C) Início dos déficits intelectuais e adaptativos durante o
período do desenvolvimento.
DEFICIÊNCIA INTELECTUAL (TRANSTORNO
DO DESENVOLVIMENTO INTELECTUAL) –
CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS
 Como o critério A refere-se a funções intelectuais, o
funcionamento intelectual costuma ser mensurado com
testes de inteligência administrados individualmente,
com validade psicométrica, confiáveis, abrangentes e
culturalmente adequados;
 Indivíduos com deficiência intelectual apresentam
escores em torno de dois desvios-padrão ou mais abaixo
da média populacional, geralmente;
 Treinamento e julgamento clínico são necessários para a
interpretação dos resultados dos testes e avaliação do
desempenho intelectual.
DEFICIÊNCIA INTELECTUAL (TRANSTORNO
DO DESENVOLVIMENTO INTELECTUAL)
 Escores de QI são aproximações do funcionamento
conceitual, mas podem ser insuficientes para a avaliação
do raciocínio em situações de vida real e do domínio de
tarefas práticas (EX: uma pessoa com escore de QI
acima de 70 pode ter problemas de comportamento
adaptativo tão graves no juízo e entendimento social e
em outras áreas que seu funcionamento real pode ser
comparável ao de pessoas com um escore de QI mais
baixo);
DEFICIÊNCIA INTELECTUAL (TRANSTORNO
DO DESENVOLVIMENTO INTELECTUAL)

 Transtornos concomitantes que influenciem a


comunicação, a linguagem e/ou a função motora
ou sensorial podem também afetar os escores de
determinados testes;
 Assim, o julgamento clínico é necessário para
a interpretação dos resultados dos testes de
QI
DEFICIÊNCIA INTELECTUAL
(TRANSTORNO DO DESENVOLVIMENTO
INTELECTUAL)
 Já o critério B refere-se a déficits no funcionamento
adaptativo, que envolve raciocínio adaptativo em 3
domínios:
 1. Conceitual (acadêmico): envolve competência em termos de
linguagem, memória, leitura, escrita, raciocínio matemático,
aquisição de conhecimentos práticos, dentre outros;
 2. Social: envolve a percepção dos pensamentos, sentimentos e
experiência dos outros, empatia, habilidades de comunicação
interpessoal, de fazer amizades, dentre outros;
 3. Prático: envolve aprendizagem e autogestão em todos os
cenários da vida, inclusive cuidados pessoais, responsabilidades
profissionais, controle do dinheiro, autocontrole
comportamental, organização de tarefas, dentre outros.
DEFICIÊNCIA INTELECTUAL
(TRANSTORNO DO DESENVOLVIMENTO
INTELECTUAL)
 É importante lembrar que múltiplos fatores interferem,
tanto positivamente como negativamente, na capacidade
de funcionamento adaptativo de cada pessoa. Dentre
eles:
 Capacidade intelectual, educação, estimulação,
motivação, socialização, aspectos de personalidade,
oportunidades vocacionais, experiência cultural,
condições médicas gerais, transtornos mentais, por
exemplo, influenciam sobremaneira na capacidade de
adaptação de cada sujeito.
DEFICIÊNCIA INTELECTUAL
(TRANSTORNO DO DESENVOLVIMENTO
INTELECTUAL)
 O funcionamento adaptativo deve ser investigado pela
avaliação clínica e também através de medidas
individualizadas e culturalmente adequadas;
 Tais medidas podem ser utilizadas com informantes
(pais, professores, outros membros da família,
cuidadores, etc.);
 Outras fontes de informação incluem avaliações
educacionais, desenvolvimentais, médicas e de saúde
mental;
 Escores de medida padronizadas e fontes de entrevista
devem ser interpretados com uso de julgamento clínico.
DEFICIÊNCIA INTELECTUAL
(TRANSTORNO DO DESENVOLVIMENTO
INTELECTUAL)
 Quando a realização de um teste padronizado é difícil ou
impossível por uma variedade de fatores (prejuízo
sensorial, comportamento problemático grave, etc.), o
indivíduo pode ser diagnosticado com uma Deficiência
Intelectual não Especificada;
 O critério B é preenchido quando pelo menos um
domínio do funcionamento adaptativo – conceitual,
social ou prático – está suficientemente prejudicado a
ponto de ser necessário apoio contínuo em casa, escola,
trabalho ou comunidade.
DEFICIÊNCIA INTELECTUAL
(TRANSTORNO DO DESENVOLVIMENTO
INTELECTUAL)
 Uma avaliação abrangente inclui:
 avaliação da capacidade intelectual e do funcionamento
adaptativo, identificação de etiologias genéticas e não
genéticas, avaliação da existência ou não de condições
médicas associadas (p. ex: paralisia cerebral, epilepsia),
e avaliação de transtornos mentais, emocionais e
comportamentais comórbidos;
 Os componentes da avaliação podem incluir história
médica pré e perinatal, genograma familiar, exames
clínicos e de imagem, genéticos, e o que mais for
necessário conforme o caso.
DEFICIÊNCIA INTELECTUAL (TRANSTORNO DO
DESENVOLVIMENTO INTELECTUAL): FATORES
DE RISCO
 A deficiência intelectual é uma condição heterogênea
com múltiplas causas;
 Etiologias pré-natais incluem síndromes genéticas, erros
inatos do metabolismo, malformações encefálicas,
doença materna e influências ambientais (álcool, drogas,
toxinas). Causas perinatais incluem uma vasta gama de
eventos no trabalho de parto e no nascimento que levam
a encefalopatia neonatal. Causas pós natais incluem
lesão isquêmica, lesão cerebral traumática, infecções,
doenças convulsivas, privação social grave e crônica,
síndromes metabólicas e intoxicações.
DEFICIÊNCIA INTELECTUAL (TRANSTORNO
DO DESENVOLVIMENTO INTELECTUAL) –
ESPECIFICADORES

 Especificar a gravidade atual, que pode ser:


leve (317, F70), moderada (318.0, F71),
grave (318.1, F72) ou profunda (318.2, F73);
 Os vários níveis de gravidade são definidos
com base no funcionamento adaptativo, e não
apenas em escores de QI, uma vez que é o
funcionamento adaptativo que determina
o nível de apoio necessário.
Nível de Domínio conceitual Domínio social Domínio prático
gravidade
Leve Em pré escolares, pode Certa imaturidade nas Pode funcionar
não haver diferenças relações sociais quando adequadamente nos
óbvias. Para crianças em comparado à crianças da cuidados pessoais.
idade escolar e adultos, mesma idade. Pode Precisa de algum
existem dificuldades em haver dificuldade em apoio nas tarefas
aprender habilidades perceber pistas sociais complexas da vida
acadêmicas que dos pares. diária. Na vida
envolvam leitura, Comunicação, adulta, os apoios
escrita, matemática, conversação e costumam envolver
tempo ou dinheiro, linguagem são mais compras de itens
sendo necessário apoio concretas e imaturas do para a casa,
em uma ou mais áreas que seria esperado para transporte,
para o alcance das a idade. Podem existir organização do lar e
expectativas associadas dificuldades de cuidados com os
à idade. regulação da emoção e filhos, atividades
do comportamento, que bancárias e controle
são percebidas pelos do dinheiro.
colegas em situações
sociais.
Nível de Domínio conceitual Domínio social Domínio prático
gravidade
Leve Nos adultos, Há compreensão Na vida adulta, pode
pensamento abstrato, limitada do risco em conseguir um
funções executivas situações sociais; o emprego em funções
(planejamento, julgamento social é que não enfatizem
estratégias de ação, imaturo para a idade, e a habilidades
flexibilidade cognitiva) pessoa corre o risco de conceituais. Os
e memória de curto ser manipulada pelos indivíduos em geral
prazo, bem como uso outros (credulidade). necessitam de apoio
funcional de habilidades para tomar decisões
acadêmicas (leitura, de cuidados de saúde
controle do dinheiro), e decisões legais,
estão prejudicados. Há bem como para
uma abordagem um aprender a
tanto concreta das coisas desempenhar uma
em comparação com profissão de forma
pessoas da mesma faixa competente. Apoio
etária. costuma ser
necessário para criar
uma família.
Nível de Domínio conceitual Domínio social Domínio prático
gravidade
Moderada Durante todo o Mostra diferenças É capaz de dar conta
desenvolvimento, as marcadas em relação das necessidades
habilidades conceituais aos pares no pessoais como vestir-
ficam bastante atrás das comportamento social e se, alimentar-se,
dos companheiros. Nos na comunicação durante tarefas domésticas e
pré escolares, a o desenvolvimento. A higiene como adulto,
linguagem e as linguagem costuma ser ainda que haja
habilidades pré um recurso primário necessidade de
acadêmicas para a comunicação, período prolongado
desenvolvem-se embora com muito de ensino e de tempo
lentamente. Nos menos complexidade para que se torne
escolares, lento que a dos companheiros. independente nessas
progresso na leitura, Há capacidade de áreas, talvez com
escrita, matemática e relacionamento, necessidade de
compreensão do tempo podendo manter lembretes.
e do dinheiro, com amizades e, por vezes,
limitações marcadas na relacionamentos
comparação com amorosos.
colegas.
Nível de Domínio conceitual Domínio social Domínio prático
gravidade
Moderada Nos adultos, o Pode não perceber ou Emprego
desenvolvimento de interpretar com exatidão independente em
habilidades acadêmicas as pistas sociais. O tarefas que
costuma mostrar-se em julgamento social e necessitem de
um nível elementar, capacidade de tomar habilidades
havendo necessidade de decisões são limitados, conceituais e de
apoio para o emprego com cuidadores tendo comunicação
destas habilidades no que auxiliar. Há limitadas pode ser
trabalho e na vida necessidade de apoio conseguido, mas
pessoal. Assistência social e de comunicação com necessidade de
contínua diária é significativo para o apoio considerável
necessária para tarefas sucesso no local de de colegas e
conceituais cotidianas, trabalho. supervisores para o
sendo que outras manejo das
pessoas podem assumir complexidades do
integralmente essas trabalho,
responsabilidades pelo responsabilidades
indivíduo. como horário,
transporte, dinheiro.
Nível de Domínio conceitual Domínio social Domínio prático
gravidade
Grave Alcance limitado de A linguagem falada é Necessita de apoio
habilidades conceituais. bastante limitada em para todas as
Geralmente, o indivíduo termos de vocabulário e atividades cotidianas,
tem pouca compreensão gramática. A fala pode como refeições,
da linguagem escrita ou ser composta de vestimenta, banho e
de conceitos que palavras ou expressões eliminação. Precisa
envolvam números, isoladas. A linguagem é de supervisão em
quantidade, tempo e usada para a todos os momentos.
dinheiro. Os cuidadores comunicação social Não é capaz de
proporcionam grande mais do que para tomar decisões
apoio para a solução de explicações. Os responsáveis. A
problemas ao longo da indivíduos entendem aquisição de
vida. discursos e gestos habilidades em todos
simples. As relações os domínios envolve
com familiares e ensino prolongado e
pessoas próximas apoio contínuo.
constituem fonte de
prazer e ajuda.
Nível de Domínio conceitual Domínio social Domínio prático
gravidade
Profunda As habilidades Compreensão muito Depende de outros
conceituais costumam limitada da para todos os
envolver mais o mundo comunicação simbólica aspectos do cuidado
físico do que os na fala ou gestos. Há físico diário e saúde.
processos simbólicos. A ampla expressão dos Aqueles sem
pessoa pode usar objetos próprios desejos e prejuízos físicos
de maneira direcionada emoções pela graves podem ajudar
a metas para o comunicação não verbal em algumas tarefas
autocuidado, o trabalho e não simbólica. A diárias. Ações
e a recreação. Algumas ocorrência concomitante simples com objetos
habilidades de prejuízos sensoriais podem constituir a
visuoespaciais, como e físicos pode impedir base para a
combinar e classificar, muitas atividades participação em
baseadas em sociais. algumas atividades
características físicas, profissionais com
podem ser adquiridas. níveis elevados de
apoio continuado.
DEFICIÊNCIA INTELECTUAL (TRANSTORNO
DO DESENVOLVIMENTO INTELECTUAL) –
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
 O diagnóstico de deficiência intelectual deve ser feito sempre
que atendidos os critérios A, B e C; jamais deve ser
pressuposto em razão de determinada condição genética ou
médica. Uma síndrome genética associada à deficiência
intelectual deve ser registrada como um diagnóstico
concorrente com a deficiência intelectual.
 Transtornos Neurocognitivos maiores e leves: A deficiência
intelectual é definida como um transtorno do
neurodesenvolvimento e é diferente dos transtornos
neurocognitivos, que se caracterizam por perda do
funcionamento cognitivo. Um transtorno neurocognitivo maior
pode ocorrer concomitantemente com deficiência intelectual
(Ex: pessoa com síndrome de Down que desenvolve doença de
Alzheimer).
DEFICIÊNCIA INTELECTUAL (TRANSTORNO
DO DESENVOLVIMENTO INTELECTUAL) –
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
 Transtornos da Comunicação e Transtorno específico da
aprendizagem: esses transtornos do neurodesenvolvimento são
específicos do domínio da comunicação e da aprendizagem,
não exibindo déficits no comportamento intelectual e
adaptativo. Podem ser comórbidos com deficiência intelectual.
 Transtorno do espectro autista: a deficiência intelectual é
comum entre pessoas com transtorno do espectro autista. Sua
investigação pode ser complicada por déficits
sociocomunicacionais e comportamentais, que podem interferir
na compreensão e engajamento nos procedimentos dos testes.
Uma investigação adequada da função intelectual no autismo é
fundamental, com reavaliação ao longo do período do
desenvolvimento, uma vez que escores do QI no autismo
podem ser instáveis, particularmente na primeira infância.
DEFICIÊNCIA INTELECTUAL (TRANSTORNO
DO DESENVOLVIMENTO INTELECTUAL) –
COMORBIDADE
 Os transtornos mentais e do neurodesenvolvimento
comórbidos mais comuns são:
 transtorno de déficit de atenção/hiperatividade,
transtornos depressivo e bipolar, transtornos de
ansiedade, transtorno do espectro autista, transtorno no
movimento estereotipado (com ou sem comportamento
autolesivo) e transtornos do controle dos impulsos.
TÉCNICAS DE
ENTREVISTA COM
PACIENTE, PAIS E
FAMILIARES
ENTREVISTAS INICIAIS
 Entrevista semi-dirigida X entrevista livre
 Assinalar alguns vetores (como começar ou
continuar...)
 Assinalar situação de bloqueio ou paralização
(angústia) - cumprir objetivos
 Indagar aspectos da conduta: “lacunas”,
contradições, verbalizações “obscuras”;
 Determinar os aspectos adaptativos e
patológicos.
RECOMENDAÇÕES...
• Técnica diretiva no primeiro momento (apresentação,
esclarecimentos...)

• Técnica de entrevista livre: motivo da consulta

• Posteriormente - técnica diretiva: preencher nossas


“lacunas”

• Falar ou calar e escutar: Psicólogo definirá momento


oportuno em cada momento.
ENTREVISTA SEMI DIRIGIDA

 Conhecer exaustivamente o
paciente.

 Extrair dados que permitam


formular hipóteses, planejar bateria
de testes, interpretar os dados.
ENTREVISTA INICIAL:

 Observar o grau de coerência e discrepância do que foi


verbalizado e sua linguagem não-verbal.

 Planejar a bateria de testes mais adequados.

 Estabelecer bom rapport – reduzir bloqueios ou


paralizações, clima favorável para testagens.
COMPETÊNCIAS DO AVALIADOR:
 Estar presente: disponível, ouvir...
 Ajudar o paciente a se sentir a vontade – aliança de
trabalho.
 Facilitar a expressão dos motivos da busca de ajuda.

 Buscar esclarecimentos.
COMPETÊNCIAS DO AVALIADOR:

 Tolerar ansiedade dos temas evocados;

 Assumir iniciativa em momentos de impasse;

 Dominar as técnicas que utiliza;

 Bom conhecimento de desenvolvimento infantil


(o que é esperado para cada faixa evolutiva)
ENTREVISTAS COM OS PAIS:
1. Escutar atentamente e deixar que falem o que
quiserem, mas seguir Roteiro de entrevista de
anamnese questionando os pontos obscuros;
2. Entrevista então é Semidirigida;
3. Fazer genetograma;
4. Verificar casos de doenças clínicas e/ou psiquiátricas
diagnosticadas na família;
5. Reforçar vínculo de confiança pais-psicólogo para
obter o maior número de informações possível;
6. “A avaliação Psicológica é um processo de coleta de
dados”.
ENTREVISTAS COM OS PAIS
 Solicitar aos pais acesso a outros exames
realizados, inclusive a outras avaliações
psicológicas. Se necessário, contatar com outros
profissionais (médicos, neurologistas, professores,
pediatras, etc). Esses contatos devem ser feitos com
o conhecimento e consentimento dos pais;
 Considerar condições sócio-econômicas e
escolaridade dos pais para a coleta de dados;
 Buscar outras formas de obter os dados;
 A partir das entrevistas com os pais devemos poder
elaborar uma história clínica completa do paciente.
OS PAIS
 Observar o nível de angústia, de negação, de
capacidade de insight dos pais;
 Ver se a criança tem o respaldo de uma base segura,
ou se não há qualquer base afetiva que os cuidados
que ela requer;
 Quem se ocupa dos cuidados com a criança? De
que modo isso é feito? Como os pais se sentem
diante do diagnóstico do filho, caso já tenha?
ROTEIRO BÁSICO
1. Queixa Principal
2. Dados de identificação da criança e dos pais
(idade, profissão, etc).
3. Genetograma
4. História da criança desde a etapa anterior a
gestação
5. História da evolução física e emocional/Fatos
marcantes/Traumas
6. História atual/escolaridade
7. Em que áreas residem os principais déficits e
dificuldades: desde quando ocorrem?
REFERÊNCIAS:
 Cunha, J. A. (2000). Psicodiagnóstico – V. Porto Alegre:
Artmed.
 Ocampo, M. L. S.; Arzeno, M. E. G.; Piccolo, E. G. &
cols. (2003). O processo psicodiagnóstico e as técnicas
projetivas. São Paulo: Martins Fontes.
 Trinca, W. & cols. (1984). Diagnóstico psicológico – a
prática clínica. São Paulo: E.P.U.
EXEMPLO DE FICHA
DE ANAMNESE

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