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Dispersão

Coloidal
O que é?
O que é?
Em química, colóides (ou sistemas coloidais ou ainda dispersões
coloidais) são sistemas nos quais um ou mais componentes apresentam
pelo menos uma de suas dimensões dentro do intervalo de 1nm a 1µm.
A ciência dos colóides se ocupa com sistemas nos quais um ou mais
componentes apresentam pelo menos uma de suas dimensões dentro do
intervalo de 1nm a 1µm (Shaw, 1975), ou seja, ela se refere a sistemas
contendo tanto moléculas grandes como partículas pequenas.
Coloquialmente, diz-se que as dispersões coloidais são dispersões
intermediárias entre as soluções verdadeiras e os sistemas heterogêneos,
em casos em que as partículas dispersas são maiores do que
as moléculas mas não suficientemente grandes para se depositar pela
ação da gravidade.
História
História
Em 1860, o químico britânico Thomas Graham descobriu
que substâncias como o amido, a gelatina, a cola e
a albumina do ovo difundiam-se muito lentamente quando colocadas
em água, ao contrário de outras substâncias como o açúcar e o sal de
cozinha. Além disso, aquelas substâncias eram muito diferentes destas
no que se refere à difusão através de membranas delgadas: enquanto
as moléculas de açúcar, por exemplo, difundiam-se com facilidade
através de muitas membranas, as moléculas grandes que constituíam
o amido, a gelatina, a cola e a albumina não se difundiam. Graham
descobriu, também, que estas últimas substâncias não
se cristalizavam enquanto era fácil cristalizar o açúcar, o sal de
cozinha e outros materiais que formavam soluções
verdadeiras (Kotz e Treichel, 1998).
Sabe-se, hoje, que ainda que haja algumas dificuldades,
certas substâncias coloidais podem ser cristalizadas, e que não
há, na realidade, fronteira nítida entre as soluções verdadeiras e
os sistemas coloidais. Para denominar a nova classe que era
identificada, Graham propôs o termo colóide (do grego kolla,
cola).
Os sistemas coloidais vêm sendo utilizados desde
os primórdios da humanidade. Os povos antigos utilizaram géis
de produtos naturais como alimento, as dispersões
de argilas para a fabricação de utensílios de cerâmica e as
dispersões coloidaticas de pigmentos para decorar
as paredes das cavernas com motivos de animais, peixes e
caças.
Utilização no Dia-a-dia
Utilização no Dia-a-dia
Sistemas coloidais estão presentes em nosso cotidiano,
na higiene pessoal, sabonete, xampu, cremes dentais, espuma, creme de
barbear, maquiagem, cosméticos, no leite, café, manteiga, cremes vegetais
e geléias de frutas. No caminho para o trabalho podemos
enfrentar neblina, poluição do ar ou ainda apreciar a cor azul do céu,
parcialmente explicada pelo espalhamento Rayleigh da luz do Sol ao entrar
na atmosfera contendo partículas de poeira cósmica atraídas pela Terra.
No almoço, temperos, cremes e maionese para saladas. No entardecer, ao
saborear cerveja, refrigerante ou sorvete estamos ingerindo colóides. Os
colóides também estão presentes em diversos processos
de produção de bens de consumo, incluindo o da água potável, nos
processos de separação nas indústrias de biotecnologia e no tratamento
do meio ambiente.
Os fenômenos coloidais são utilizados com freqüência em
processos industriais de produção
de polímeros,detergentes, papel, análise do solo, produtos
alimentícios, tecidos, precipitação, cromatografia, troca
iônica, flotação, catálise heterogênea. São também muito
importantes os colóides biológicos, tais como o sangue, o humor
vítreo e o cristalino. Em medicina terapêutica ortomolecular,
conhecimentos de propriedades de sistemas coloidais podem
auxiliar na elucidação de doenças, como o mal de Alzheimer, o mal
de Parkinson e o mal de Huntington. Acredita-se que o processo
de agregação de proteínas decorrente de alguma deformação em
sua estrutura protéica, quando ocorre na região cerebral, cause os
sintomas dessas doenças degenerativas.
Características
Características
Os fatores que mais contribuem para a natureza global sui-generis de
um sistema coloidal são:
○ As dimensões das partículas
○ A forma e a flexibilidade das partículas
○ Propriedades superficiais (inclusive elétrica)
○ Interações partícula-partícula
○ Interações partícula-solvente
Os colóides têm, em geral, características específicas como
possuir massa elevada, serem relativamente grandes e apresentarem
elevada relação área/volume de partícula. Nas superfícies de separação
(interfaces) entre fase dispersa e meio de dispersão, manifestam-se
fenômenos de superfície característicos, tais como efeitos
de adsorção e dupla camada elétrica, fenômenos esses, de grande
importância na determinação de propriedades físico-químicas do sistema
como um todo.
A dispersão coloidal é impropriamente denominada colóide.
As partículas do disperso podem
ser bolhas de gás, gotas líquidas ou partículas sólidas. Podem
ser diferenciadas de partículas numa solução ou
em suspensão por seu tamanho.
Exemplos: vidro temperado [69]; geléia ; pedra
pomes ; sangue ; leite ; chantilly (ar em
creme); fumaça (cinzas no ar) bruma ou nevoeiro(água em ar).
Muitos colóides são utilizados em nosso dia-a-dia como
a gelatina, a maionese, tintas, xampu , etc.
Mesmo que o colóide por excelência seja aquele cuja fase
contínua é um líquido e cuja fase dispersa seja composta
de partículas sólidas, podem ser encontrados colóides cujos
componentes se encontram em outros estados de agregação.
Colóide Micelar
Colóide Micelar
As partículas coloidaticos são muito
menores do que as que podem ser vistas
a olho nu, porém são maiores que
as moléculas grupais. Um colóide micelar é
um sistema coloidal formado por partículas
denominadas micela, que são aglomerados
de átomos, moléculas ou íons.
Exemplos de Dispersões Coloidais:
Exemplos de Dispersões Coloidais:
Exemplos de Dispersões Coloidais:

Leite,
Queijo,
Iorgute.
Exemplos de Dispersões Coloidais:

Leite,
Queijo,
Iorgute.
Exemplos de Dispersões Coloidais:

Leite,
Queijo,
Iorgute.

Geléia,
Gelatina.
Exemplos de Dispersões Coloidais:

Leite,
Queijo,
Iorgute.

Geléia,
Gelatina.
Exemplos de Dispersões Coloidais:

Leite,
Queijo,
Iorgute.

Creme
Hidratante.

Geléia,
Gelatina.
As fases de agregação do disperso e do
dispergente
As dispersões coloidais podem ser feitas utilizando o disperso e o
dispergente nas fases de agregação indicas  no quadro a seguir:
As fases de agregação do disperso e do
dispergente
As dispersões coloidais podem ser feitas utilizando o disperso e o
dispergente nas fases de agregação indicas  no quadro a seguir:
Classificação das Dispersões Coloidais
Classificação das Dispersões Coloidais
As dispersões coloidais podem ser classificadas quanto a dois
critérios principais: natureza das partículas do disperso e afinidade
entre o disperso e o dispergente.
Classificação das Dispersões Coloidais
As dispersões coloidais podem ser classificadas quanto a dois
critérios principais: natureza das partículas do disperso e afinidade
entre o disperso e o dispergente.

1. Natureza das partículas do disperso


a) Disperso Micelar: É constituído por aglomerados de átomos, íons
ou moléculas.
Exemplo: Dispersão de moléculas de enxofre, S8, em água.
b) Disperso Molecular: É constituído por macromoléculas,
normalmente polímeros.
Exemplo: Dispersão de amido (C6H10O5)n , em água.
c) Disperso Iônico:  É constituído de macro íons.
Exemplo: Dispersão de proteína em água.
2. Afinidade entre o disperso e o dispergente
2. Afinidade entre o disperso e o dispergente
a) Dispersão coloidal liófila: A palavra liófilo vem de lyo  (dissolver) e philo ( amigo);
indica portanto que há grande afinidade entre o disperso e o dispergente. É também
denominada dispersão coloidal reversível. Quando o dispergente for a água, a dispersão
coloidal é denominada hidrófila. Devido à afinidade entre as partículas do disperso e a
do dispergente ocorre um absorção ou fixação das partículas do dispergente na
superfície das partículas do disperso, formando uma película protetora que é
denominada camada que é denominada camada de solvatação. A camada de solvatação
permite que as partículas do disperso fiquem isoladas umas das outras. Com isso é
possível transformar a dispersão coloidal em sol ou gel, conforme se adicione ou se
retire dispergente. É por isso que esses colóides são ditos reversíveis.

A transformação de fase gel para a fase sol ocorre pela adição de dispergente e é
denominada peptização (peptos = digerido).
A transformação de fase sol para a fase gel ocorre pela adição de dispergente e é
denominada pectização (pektos = digerido).

Exemplo: Sabão em água, goma em água.


b) Dispersão coloidal liófoba: A palavra liófobo vem de lyo
(dissolver) e phóbos (aversão); indica portanto que praticamente não
existe afinidade entre o disperso e o dispergente. É também
denominada dispersão coloidal irreversível. Se a fase dispergente for
água, a dispersão coloidal é denominada hidrófoba. A formação de
uma dispersão coloidal liófoba não é espontânea e a passagem de gel
a sol é muito difícil.Para aumentar a estabilidade de uma dispersão
coloidal liófoba, podemos adicionar um colóide protetor, ou seja,
uma dispersão coloidal liófila adequada, que agiria como uma
camada de soltavação. Um exemplo importante de colóide protetor é
a gema de ovo, que estabiliza a mistura de azeite e vinagre ou ainda,
a mistura de gelatina em água que age como colóide protetor da tinta
nanquim (colóide liófobo).
Exemplos: Al (OH)3 , em água, AgCl em água.
Propriedades de uma dispersão coloidal
Propriedades de uma dispersão coloidal
As dispersões coloidais possuem as seguintes propriedades
principais: 
Propriedades de uma dispersão coloidal
As dispersões coloidais possuem as seguintes propriedades
principais: 

1. Movimento Browniano
O movimento browniano é resultante dos choques das
partículas (principalmente quando este se encontra na fase gasosa
ou líquida) com as partículas do disperso. Devido a estes choques
constantes, as partículas do disperso adquirem um movimento de
ziguezague ininterrupto que pode ser observado ao
ultramicroscópio. 
2. Efeito Tyndall
2. Efeito Tyndall

O efeito Tyndall é na verdade um efeito óptico


de espalhamento ou dispersão da luz, provocado
pelas partículas de uma dispersão coloidal do tipo
aerossol. O efeito Tyndall é o que torna possível,
por exemplo, observar as partículas de poeira
suspensas no ar através de uma réstia de luz, ou,
ainda, observar as gotículas de água que formam a
neblina através do farol do carro. 
3. Carga Elétrica
3. Carga Elétrica

Como normalmente todas as partículas do disperso de


uma dispersão coloidal apresentam a mesma carga elétrica,
elas ficam em suspensão devido à repulsão elétrica
contínua. A carga elétrica das partículas do disperso
depende diretamente da quantidade de cátions ou de ânions
presentes no sistema.
a) Sistemas com excesso de cátions: As partículas irão
adsorver esses cátions, adquirindo carga elétrica positiva.
Exemplo: Dispersão coloidal preparada em meio ácido. 
b) Sistemas com excesso de ânions: As partículas
irão adsorver esses cátions, adquirindo carga elétrica
negativa.

Exemplo: Dispersão coloidal preparada em meio


básico.
É importante observar que haverá um momento
durante essa transformação em que as micelas serão
neutras e a dispersão coloidal, descarregada; neste
momento dizemos que a dispersão coloidal atingiu seu
ponto isoelétrico.
4. Eletroforese
4. Eletroforese
Quando uma dispersão coloidal é submetida a um campo
elétrico, todas as partículas do disperso migram para um
mesmo pólo.
a)Cataforese: Em uma dispersão coloidal positiva, as partículas
do disperso migram para o pólo negativo, que é
denominado cátodo.
b)Anaforese: Em uma dispersão coloidal negativa, as
partículas do disperso migram para o pólo positivo, que é
denominado ânodo.
Quando uma dispersão coloidal se encontra no seu ponto
isoelétrico, as partículas do disperso não migram para nenhum
dos pólos, pois estão descarregados.
Bibliografia
Bibliografia
○ http://pt.wikipedia.org/wiki/Coloide

○ http://www.coladaweb.com/quimica/fisico-quimica/solucoes
Equipe:
Equipe:
○ Bárbara Garcia, 5

○ Marynara Barros, 34

○Ramon Viana, 44
Equipe:
○ Bárbara Garcia, 5

○ Marynara Barros, 34

○Ramon Viana, 44

Organização Educacional Farias Brito


2º ano 7 do Ensino Médio
Professor Carlos

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