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EXPERIÊNCIA E FORMAÇÃO: O TORNAR-SE DOCENTE PELO O

SER E FAZER MEDIADOS PELA PRÁTICA


 “Alice: Would you tell me, please, which way I ought to go from here?
 The Cheshire Cat: That depends a good deal on where you want to get to.
 Alice: I don't much care where.
 The Cheshire Cat: Then it doesn't much matter which way you go.
 Alice: ...So long as I get somewhere.
 The Cheshire Cat: Oh, you're sure to do that, if only you walk long enough.”

 ― Lewis Carroll, Alice in Wonderland


 O QUE ME CONSTITUI HOJE:

DIVERSOS CAMINHOS
Atualmente, a perspectiva é de que a formação docente se alinhe a
um modelo formativo que contemple a formação de
profissionais que tenham como meta a aprendizagem constante,
renovada, com disposição para a pesquisa, para o diálogo com a
comunidade escolar, particularmente com os alunos e com os
pares e que na sua trajetória formativa e de prática pedagógica
valorize e invista em seu desenvolvimento profissional.
A formação inicial é caracterizada pela formação acadêmico-formal,
cujo contexto de ocorrência é a universidade, nos cursos de graduação.

Compreende a formação específica do futuro professor, configurando-se


como o momento em que o aluno se beneficia não só de conhecimentos
no campo geral, mas especialmente de conhecimentos pedagógicos e
das disciplinas necessárias à formação profissional.
 Conhecimento do conteúdo;

 Conhecimento pedagógico geral: princípios, estratégias de gestão e organização da classe;

 Conhecimento do currículo, dos materiais e dos programas;

 Conhecimento do conteúdo pedagógico: combinação entre conhecimento da matéria e

conhecimento do modo de ensinar;

 Conhecimento do contexto educativo;

 Conhecimento dos fins, propósitos e valores educativos.


O professor deve, desde o princípio de sua formação, assumir-se como
sujeito produtor de saberes, conscientizando-se de que ensinar
implica mais que “transferir conhecimentos”.
Ensinar e aprender são ações que envolvem reciprocidade, e é no
cotidiano social, escolar inclusive, que homens e mulheres vão
aprendendo, socializando seus saberes, construindo-se social e
historicamente.
O professor deve ser um Eterno pesquisador/aprendiz. A tarefa de
ensinar exige busca, indagação, pesquisa, propiciando-lhe ultrapassar o
estágio da consciência ingênua, passando para o estágio da curiosidade
epistemológica.
[...] o inacabamento do ser ou sua inconclusão é próprio da experiência
vital. Onde há vida, há inacabamento (FREIRE, 1999, p. 50).
Para desempenhar bem suas atividades, os professores necessitam de
uma sólida formação inicial e ter abertura para a formação continuada
(NÓVOA, 1998)
A primeira disposição reporta ao conhecimento sobre o que ensinar e para quem ensinar,
tido como fundamental pelo autor. Já a segunda disposição, refere-se à apropriação da
profissão, na qual “ser professor é compreender os sentidos da instituição escolar, integrar-
se numa profissão, aprender com os colegas mais experientes. É na escola e no diálogo com
outros professores que se aprende a profissão” (NÓVOA, 2009, p. 30). A terceira seria o
tato pedagógico, expresso pela relação e pela comunicação com o aluno para conduzi-lo no
processo de ensino e aprendizagem. A penúltima disposição refere-se ao trabalho
colaborativo na escola. Por fim, a última disposição refere-se à visão além da escola pela
abordagem de princípios, valores, entre outros.
A partir dessas disposições, que definem o bom professor, Nóvoa (2009)
sugere cinco propostas que poderiam integrar programas de formação de
professores. Dentre elas estão: assumir a prática como uma tônica no
processo de formação; apropriar-se da cultura profissional; atentar
para a dimensão pessoal do docente; valorizar o trabalho em equipe e
acentuar o princípio de responsabilidade social nos processos
formativos.
A Prática nas DCN = 800 horas

ESTÁGIO = EIXO ARTICULADOR DA FORMAÇÃO

Estágio como e com pesquisa supera dicotomia teoria e


prática e contribui para formação de melhor qualidade de
professores.
Estágio estatuto de campo de conhecimento:

Se produz na interação entre os cursos de formação e o campo


social no qual de desenvolvem as práticas educativas. Por isso,
pode se constituir em atividade de pesquisa (e não ficar reduzido
a atividade técnica).
ENVOLVE:

estudos, análise, problematização,


reflexão e proposição de soluções
para o ensinar e o aprender.
COMPREENDE

Reflexão sobre as práticas pedagógicas, o trabalho


docente e as práticas institucionais, situados em
contextos sociais, históricos e culturais.
Se justifica quando lembramos que os problemas encontrados na escola
são janelas abertas para a reflexão e para a pesquisa.
Eixo central e articulador nos cursos de
formação

Aspectos indispensáveis
à construção do
profissional docente:

• identidade;
• saberes;
• posturas.
ESTÁGIO COMO MEDIAÇÃO
FORMADORES – FORMANDOS -
PROFESSORES

atentos aos nexos e relações que se estabelecem


poderão realizar as articulações pedagógicas que os
tornem sempre estagiários de novas experiências.
Podemos pensar em uma proposta de formação de professores voltada
para o ensino reflexivo. Essa proposta requer algumas características:
a) mentalidade aberta - ausência de preconceitos, de parcialidades,
requerendo, dentre outros, a habilidade de escutar e de respeitar
diferentes perspectivas;
b) reflexão acerca de formas e alternativas de melhorar sempre mais o
que já existe;
c) responsabilidade – atitude que assegura integridade, coerência,
harmonia do objeto defendido;
d) entusiasmo - predisposição para enfrentar as atividades propostas
com certo grau de curiosidade, energia e capacidade de renovação,
batalhando incessantemente contra a rotina (NÓVOA, 1992).

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