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 O QUE É PROLOTERAPIA?

Proloterapia é um método biológico de cura de lesões tendíneas e ligamentatares que

causam dores crônicas. Esta técnica envolve uma série de injeções nas áreas
dolorosas onde os ligamentos e tendões se inserem nos ossos, conhecidas como
junção fibro-óssea ou ênteses. Nestas injeções são aplicadas soluções que
estimulam o processo natural de cicatrização, levando à regeneração e
fortalecimento tecidual que culminam no alívio e cura das dores.

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 O QUE PODE SER TRATADO COM
PROLOTERAPIA?

Como dito antes, a proloterapia é um tratamento de ligamentos e tendões.

Tendinopatias e lesões ligamentares crônicas na coluna, ombros, joelhos,
cotovelos e tornozelos podem ser tratados com sucesso. Algumas lesões
ligamentares como rupturas de LCA e LCP no joelho e rupturas completas de
manguito rotador do ombro em pacientes jovens são pouco efetivas nesta
terapia, e frequentemente indicamos cirurgia. Existem evidências científicas de
que lesões degenerativas de cartilagem e meniscos também possam responder
positivamente à proloterapia, sendo uma boa indicação sobretudo ao fato da
cirurgia ter pouco eficácia nestas lesões. Como forma de auto-avaliação: se você
é capaz de identificar com o dedo o local da dor, há uma chance excelente de ser
beneficiado com a proloterapia.

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 A PROLOTERAPIA FUNCIONA?

Esta é uma técnica de tratamento, não uma cura milagrosa. Assim como outras
terapias ela depende de um diagnóstico correto e indicação precisa. Quando bem
indicada, diversos estudos mostram taxa de sucesso em até 80 a 90% dos
pacientes tratados. Existem controvérsias quanto às soluções, dosagens e
técnicas de aplicações que geram resultados diversos. A maioria dos que adotam
esta técnica preferem utilizar o dextrosol. Um médico devidamente instruído na
técnica também é essencial para que bons resultados sejam alcançados.

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 QUAL É A SUBSTÂNCIA INJETADA?

Várias soluções proliferantes podem ser utilizadas. A solução mais comumente

utilizada contém dextrosol, que é um carboidrato em forma líquida derivado do
milho, misturado com lidocaína, um anestésico comum que diminui ou elimina a
dor durante o processo de aplicação. Esta solução possui ainda a vantagem de
ser natural e isenta de efeitos nocivos, podendo ser usada até mesmo em
pacientes diabéticos sem gerar alterações na glicemia. Não engorda pois a
quantidade utilizada é pequena e, portanto, de irrelevante carga calórica.

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 PROLOTERAPIA É O MESMO QUE INFILTRAÇÃO
COM CORTICÓIDE?

Não. A injeção com corticosteróides (antinflamatório hormonal), conhecida

popularmente como infiltração, é utilizada para eliminar inflamação. Ao
eliminar a inflamação há uma diminuição da capacidade natural de cicatrização
das lesões. Por isso vemos muitos pacientes que, mesmo após terem sido
submetidos a inúmeras infiltrações com corticosteróides, permanecem com as
lesões originais e os sintomas dolorosos.
As soluções proliferantes causam uma “inflamação controlada” destinada a
estimular o organismo a cicatrizar naturalmente e por definitivo essas lesões.
Portanto podemos dizer que essas substâncias são utilizadas com propósitos
opostos e bem definidos.

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 COMO UM AÇÚCAR PODE RESOLVER UMA
CONDIÇÃO DOLOROSA QUE O ANTINFLAMATÓRIO
NÃO RESOLVEU?
O nome do medicamento já diz tudo: O antinflamatório atua em inflamação. Vários
estudos demonstraram que pouca ou nenhuma inflamação está presente nas
lesões crônicas de ligamentos e tendões. Como todo antinflamatório possui ação
analgésica (alivia as dores) o paciente com dor crônica sente alívio temporário,
mas basta ficar sem o remédio para que as dores retornem. O problema da lesão
crônica é degeneração do tecido. A regeneração ocorre caso haja uma
“irritação” no local, disparando o processo de cicatrização.
O dextrosol é realmente muito irritante nos 50% de concentração padrão. Este é
então diluído com água ou anestésico (lidocaína) a uma concentração de 12-15%.
Esta solução é hiperosmolar e portanto desidrata os tecidos injetados, causando
um sinal de lesão para o corpo, e iniciando o processo de cicatrização. Dextrose
tem demonstrado ser um estimulante do crescimento celular local e sem efeitos
nocivos para o organismo.
 

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 AS INJEÇÕES SÃO DOLOROSAS?

São consideradas ligeiramente dolorosas, afinal se tratam de injeções. Para tornar

as aplicações toleráveis, as aplicações são feitas após a anestesia local, o que
diminui até 90% da dor. Pacientes com pouca resistência a injeções são
estimulados a tomarem medicamentos para dor como tylex, ultracet , dipirona
ou paracetamol antes das aplicações. Em casos extremos o procedimento pode
ser feito sob sedação. Um medicamento para dor será prescrito para evitar dores
em casa. De um modo geral os pacientes referem o procedimento como
"tranquilo" e "um pouco desconfortável", mas que vale a pena para ficar livre
das dores crônicas.

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 E APÓS A APLICAÇÃO?

Imediatamente após a aplicação o paciente não sentirá nenhum tipo de dor devido a
anestesia. Também por causa da anestesia, alguns pacientes sentem ligeira
“tonteira” ou “sensação de cabeça leve” que passa após cerca de 15 a 20
minutos. Mal estar e vômitos podem ocorrer em alguns pacientes, sobretudo os
mais ansiosos, mas passa rapidamente e, se necessário, respondem rapidamente
aos medicamentos como plasil ou dramin.
Como estimulamos uma inflamação, os pacientes descrevem um incremento variável
nas dores durante 2 a 3 dias. Para evitar que o paciente sinta desconforto neste
período, indicamos o uso de analgésicos.

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 POSSO TOMAR MEDICAMENTOS DURANTE O
TRATAMENTO?

Como o objetivo da proloterapia é iniciar uma "cascata de cicatrização", que requer

a inflamação ,o paciente é aconselhado a evitar medicação anti-inflamatória. Os
resultados da proloterapia enquanto se toma estes medicamentos podem ser
mais lentos e menos consistentes do que se o paciente evitar o uso desses
medicamentos. Analgésicos sem ação antinflamatória como dipirona,
paracetamol, codeína e tramadol podem ser usados sem problemas. Antibióticos
também podem ser usados.
A aspirina também pode interferir com o processo até certo ponto, mas se o paciente
estiver utilizando aspirina para reduzir risco de derrame ou ataque cardíaco,
uma pequena quantidade de aspirina, como o "AAS infantil" (80-100 mg) é
aceitável e o paciente deve continuar esta medicação para evitar complicações
mais sérias.
 

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 A PROLOTERAPIA É SEGURA?
Usando as técnicas e soluções atuais, não houveram relatos de efeitos colaterais
significativos deste tratamento em mais de 35 anos. Há, ocasionalmente, alguns
hematomas . O procedimento tem sido utilizado por mais de 60 anos. No final
dos anos 50, algumas soluções foram utilizadas, que foram muito mais potentes e
aplicadas de forma inadequada para a região da coluna, o que levou à lesão do
nervo e até mesmo reações letais. Essas complicações com o uso de soluções
antiquadas contribuíram para que o tratamento proloterápico fosse deixado em
"segundo plano". Graças a estudiosos persistentes, que procuraram soluções
que levassem à regeneração e ao mesmo tempo sem risco, chegamos ao uso das
substâncias atuais (principalmente o dextrosol) que podem ser utilizados com
uma margem de segurança espetacular. A proloterapia moderna utiliza-se de
técnica correta e soluções seguras para o tratamento de lesões crônicas. O
dextrosol é o mais comum hoje em dia e tem o benefício de ser natural e isento
de contra-indicações (alergia ao milho é uma contra-indicação relativa), porém
por ser menos irritante as aplicações são de resultados mais lentos.

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 QUANTAS SESSÕES E QUAL FREQUÊNCIA SÃO
USADAS NA PROLOTERAPIA

O número de sessões varia de acordo com a extensão das lesões, do tempo de dor e
da capacidade de cicatrização de cada indivíduo. Quanto maior a extensão e
quanto mais tempo tem a mesma, maior o número de sessões. A capacidade
cicatricial depende da ausência de outras doenças que interferem no sistema
imune além de outros fatores como idade, alimentação e nível de atividade Em
média são 4 a 6 sessões realizadas a cada 2-4 semanas. Tempo para que o corpo
inicie o processo de cura.

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 OS EFEITOS DA PROLOTERAPIA SÃO
DURADOUROS?

Sim, uma vez que as estruturas tratadas estejam regeneradas e fortalecidas você
poderá se considerar curado e menos propenso a lesões da região. Obviamente
você pode se machucar novamente com traumas ou movimentos repetitivos.
Uma vida saudável (boa alimentação e prática regular de esportes) após o
tratamento é fundamental para evitar recorrências e novas lesões.

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 OS PLANOS DE SAÚDE COBREM O
TRATAMENTO?

No momento nenhuma seguradora de saúde no Brasil cobre o tratamento. Isso se

deve ao fato da terapia ser nova no país e ainda termos poucos médicos
familiarizados com a técnica. Por ser uma opção eficaz, segura e de menor custo
que outros tratamentos, acredito que em breve os convênios irão cobrir esta
terapia. Os pacientes são orientados a solicitar reembolso quando o contrato
entre os mesmos e suas seguradoras permitir. O tratamento também pode ser
reembolsados como custo de saúde na declaração anual de impostos do governo
federal.

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 O TRATAMENTO COM A PROLOTERAPIA É
CARO?

Segundo orientações dos conselhos médico valores de tratamentos não podem ser
expostos. Podemos dizer que o tratamento custa uma fração de um
procedimento cirúrgico e praticamente o mesmo que o doente gasta
mensalmente com a compra de medicamentos para dor. Em nossa clínica, o
valor é o mesmo da consulta (que após a primeira sessão não é cobrada junto
com o procedimento). Com isso ajudamos a todos que necessitam, tornando o
custo do tratamento acessível a qualquer um, como uma forma de ajudar a
quem precisa e divulgar a proloterapia no Brasil.

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 O QUE POSSO FAZER PARA ACELERAR MINHA
CICATRIZAÇÃO?
O mais importante é não usar nenhum tipo de antinflamatório. O repouso relativo
por 4 a 6 semanas, evitando atividades de impacto como esportes de contato
também permite uma resposta mais eficiente na proloterapia . A imobilização
do membro em tratamento pode ser recomendada (tipóias, joelheiras e muletas),
mas não é a regra. Uma alimentação saudável, rica em fibras e vitamina A e C, é
primordial. Aconselho evitar caféina em excesso (1 a 2 xícaras de café está bom),
frituras e gorduras saturadas, pois estes estimulam a produção do ácido
araquidônico capaz de diminuir a cicatrização e estimular as dores. Em alguns
pacientes com deficiência alimentar, podemos prescrever suplementos
alimentares.
Estudos demonstram que uma pessoa tranquila e serena possui uma imunidade mais
competente. Procure relaxar, meditar ou ter um descanso merecido. Evite
estresse emocional desnecessário sempre que possível.

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 FIZ A PRIMEIRA SESSÃO E NÃO SENTI
DIFERENÇA. DEVO PARAR?
Não !!! É comum os pacientes sentirem pouca ou nenhuma diferença logo após a
primeira sessão. Isso se deve ao fato de que a cicatrização natural é um processo
lento, principalmente no início do tratamento. Obviamente algumas
considerações devem ser feitas para que o tratamento seja bem sucedido e o mais
rápido possível:
1. Você evitou o uso de antinflamatórios?
2. Fez repouso, evitando atividades de alto impacto?
3. Tem alimentado corretamente?
4. Esteve doente durante este período?

Se tiver seguido as orientações corretamente, você pode se acalmar e seguir o

tratamento confiante de que está ainda em um processo de cura.

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 E SE O TRATAMENTO NÃO FUNCIONAR?

Como dito antes, diante de uma diagnóstico correto e indicação precisa as chances
disso acontecer são pequenas. Em nossa prática, após 2 a 3 sessões sem resposta
reavaliamos o diagnóstico, fazemos exames para avaliar a possibilidade de
alguma doença oculta como diabetes, tireoideopatias ou deficiências vitamínicas
ou minerais. Se alguma alteração não indentificada previamente estiver
presente, alteramos o tratamento ou modificamos a solução (acrescentado outros
estimulantes ou aumentando a concentração) . Caso não sejam detectadas
alterações devemos continuar o tratamento junto com suplementos alimentares
ou imobilização provisória da articulação em tratamento. Poucos casos não
respondem à essa abordagem e se isso ocorrer a proloterapia deve ser
descartada como opção terapêutica.

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 QUER SABER MAIS?

Para saber mais sobre a proloterapia você pode acessar o site:

WWW.VIDEOARTROSCOPIA.ORG

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