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Elaboração de trabalhos

acadêmicos e tipos de artigo


Os trabalhos acadêmicos produzidos devem
ser comunicados à sociedade e à
comunidade científica.

É preciso conhecer os fatores que o


pesquisador discutiu, que objetivou para si
quando da concepção e realização da
pesquisa.

Precisamos conhecer estes fatores para


poder avaliar a pesquisa e o valor de suas
conclusões.
O discurso científico precisa de regras para que a
comunicação aconteça da melhor forma.

A comunidade científica possui regras próprias de


como a comunicação deve ser feita, como deve passar
o sentido de objetividade dando ênfase ao conteúdo
apresentado.
Para esta comunicação ser realizada existe um
conjunto de procedimentos padronizados que são
aplicados à elaboração de documentos técnicos e
científicos de modo a organizar seu conteúdo.

Este conjunto chama-se Normalização.


A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT),
criada em 1940, é o órgão responsável pela
normalização técnica no país e fornece a base
necessária ao desenvolvimento tecnológico brasileiro.

Importante, portanto, conhecer as


normas da Associação Brasileira de
Normas Técnicas (ABNT) e sua relação
com o trabalho de pesquisa.
Existem diversas formas de apresentação do resultado
de uma pesquisa. Dependendo da modalidade do curso
e do grau de aprofundamento de uma pesquisa,
produziremos um tipo de documento.
Assim temos:

Graduação: relatório ou monografia


Pós-graduação lato sensu (especialização): monografia
ou artigo científico
Pós-graduação stricto sensu (mestrado): dissertação
Pós-graduação stricto sensu (doutorado): tese
Os tipos de apresentação gráfica do resultado de uma
pesquisa – artigo, monografia e outras modalidades –
bem como as regras que fundamentam a escrita do
texto – citação e referências - são fundamentais para a
comunicação da pesquisa à comunidade científica.

Fundamental também conhecer os elementos que


constituem esta apresentação: elementos pré-textuais,
elementos textuais e elementos pós-textuais.
ESQUEMA DE MONOGRAFIA
Um artigo científico, ou outro documento
acadêmico, visa comunicar à comunidade
informações resultantes de um processo de
investigação científica. Para tanto, fundamenta-se
em uma metodologia própria.

As utilização correta das regras de apresentação


gráfica em um trabalho acadêmico permite ao leitor
a compreensão do processo de pesquisa e a
análise crítica dos resultados e conclusões
disponibilizadas pelo pesquisador.
Nos cursos de pós-graduação de
nossa Universidade serão
produzidos, como trabalhos de
conclusão de curso, artigos
científicos.

O documento NBR 6022 da ABNT


normaliza os elementos que
constituem um artigo científico.
ESQUEMA DE ARTIGO CIENTÍFICO
A escrita de um trabalho acadêmico, seja artigo,
monografia, dissertação, tese ou projeto, que é
o documento que teremos que elaborar para a
disciplina Métodos e técnicas de pesquisa,
deverá seguir as normalizações da ABNT.

A escrita acadêmica é, na verdade, um diálogo


que estabelecemos com outros autores e com o
leitor. Neste diálogo, trazemos para o campo de
nossa argumentação outros pesquisadores que
também se ocuparam da temática de nossa
investigação.
As informações que recolhemos dos autores
que auxiliam na organização de nossas ideias
devem ser referenciadas, isto é, temos que
dizer de onde as retiramos. Isto permitirá ao
leitor refazer nossos passos, compreender
nossos objetivos e avaliar nossas conclusões.

Chamamos de citação apresentação das ideias


de outros autores utilizadas por nós na
elaboração de um texto acadêmico.
CITAÇÃO
Definição
"Menção de uma informação extraída de outra fonte.“
(ABNT, 2002, p.1).
Informar ao leitor a fonte da citação é uma obrigação
acadêmica.

Não podemos nos apropriar de uma ideia,


informação ou texto de outra pessoa e não informar
sua origem. Caso isto aconteça, incorremos no erro
conhecido como plágio.

No mundo acadêmico não há nenhum problema


em utilizarmos ideias e informações de outros
autores, desde que informemos que as ideias
originalmente não nos pertencem.
Sugerimos a leitura da Cartilha sobre plágio
acadêmico disponível em:
http://www.noticias.uff.br/arquivos/cartilha-sobre-
plagio-academico.pdf
CITAÇÃO

A citação pode ser uma paráfrase (citação indireta) ou


transcrição textual (citação direta – entre aspas).

Em qualquer um dos casos é imprescindível a menção


das fontes consultadas utilizadas no trabalho.
As citações podem aparecer:
1) No corpo do texto
2) Em nota de rodapé (recomenda-se evitar este
recurso. Utilize notas de rodapé apenas para
informações que possam interferir na dinâmica do texto)

Citações no corpo do texto.


a) Citação direta: Transcrição textual de parte da obra do
autor consultado. Indicar o sobrenome do autor, a data
(ano) e a página, volume, tomo da obra consultada
(quando houverem), após a citação do texto, ou antes, na
sua íntegra.
Caso 1: Citação direta curta (até três linhas):
incorporada ao parágrafo e entre aspas.

Exemplo:
Sarmento (2003, p. 143) afirma que “o paradigma crítico
procura articular a interpretação empírica dos dados
sociais com os contextos políticos e ideológicos em
que se geram as condições de ação social.”
Caso 2: Citação direta longa (com mais de três linhas):
forma um parágrafo separado, com fonte menor (11 ou
10), com 4 cm da margem esquerda e sem aspas.

Exemplo:
O estudo de caso pode ser definido como:
[...] uma investigação empírica que investiga um
fenômeno contemporâneo dentro do seu contexto
real de vida, especialmente quando as fronteiras
entre o fenômeno e o contexto não são
absolutamente evidentes. (YIN, 2001, p. 13).
Obs. 1: Dois a três autores: citar os respectivos
sobrenomes, separados por ponto e vírgula.
Mais de três autores: citar o primeiro autor, seguido da
expressão et al.

Obs. 2: Nome do autor fora de parêntese: apenas a


primeira letra em caixa alta (letra maiúscula).
Nome do autor dentro de parêntese: todo o nome em
caixa alta.
Obs. 3: Estes autores devem figurar nas Referências.
Todos os autores citados no corpo do texto devem
estar nas Referências.
Da mesma forma, todos os autores listados nas
Referências têm que estar citados no corpo do texto.
b) Citação indireta: Texto baseado na obra do autor
consultado, consistindo em transcrição não textual da(s)
ideia(s) do autor consultado.
Indicar o sobrenome do autor, seguido da data (ano) da
obra, não havendo necessidade de indicação da página.
Exemplos:

1)Tardif (2000) propõe uma epistemologia da prática


profissional, definida como o estudo do conjunto dos
saberes realmente utilizados pelos professores em suas
tarefas cotidianas.

2) Diversos autores salientam a importância do


“acontecimento desencadeador” no início de um
processo de aprendizagem (CROSS, l984; MEZIROW,
1991).
c) Citação de citação: Transcrição direta ou indireta de
um texto em que não se teve acesso ao original, ou seja,
retirada de fonte citada pelo autor da obra consultada.
Indicar o autor da citação, seguido da data (ano) da obra
original, a expressão latina apud (citado por), o nome do
autor consultado, a data (ano) da obra consultada e a
página onde consta a citação direta.
Este recurso somente deve ser utilizado quando não se
pode ter acesso a obra original. Deve-se evitar o uso
excessivo deste tipo de citação, pois pode indicar pouco
empenho na busca de material de pesquisa.
Exemplos:

1) Segundo Warde (1990 apud ALVES-MAZZOTTI, 2003,


p. 35), o conceito de pesquisa se ampliou tanto que hoje
tudo cabe: “os folclores, os sensos comuns, os relatos
de experiência, para não computar os desabafos
emocionais e os cabotinismos.”

2) De acordo com Silva (1983 apud ABREU, 1999), o


homem deve ser definido pelo que deseja ser.

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