Você está na página 1de 33

Pesquisa com usuários e

Diagnóstico da rede SUS de Petrópolis

Recomendações aprovadas na
1ª Conferência Municipal
Extraordinária de Saúde, 14/12/2019
Emenda parlamentar 30990020
Nº processo SMS: 911129/16-003
2. Pesquisa com usuários
Pesquisa com usuários – Resultados

Gráfico 9 – Tempo na fila de espera, por local. Petrópolis, 2019.


Pesquisa com usuários – Resultados

Gráfico 11 – Dificuldades para ir à consulta nas unidades de


atenção secundária. Petrópolis, 2019.
Pesquisa com usuários – Resultados
74% fazem
consulta
Gráfico 13 – Tempo de acompanhamento regular nas unidades de
regular na
atenção secundária, por local. Petrópolis, 2019. atenção
secundária
Pesquisa com usuários – Resultados

Gráfico 15 – Percepção dos usuários sobre a qualidade do atendimento nas


unidades de atenção secundária, por local. Petrópolis, 2019.
3. Diagnóstico da rede
Perfil demográfico da população

População em
envelhecimento Gráfico 1: Petrópolis, Pirâmide Etária da
População, 2012
Baixo crescimento
relativo

Município 1980 1990 2000 2010 Evolução


% 2010/
1980
Petrópolis 242.017 252.916 286.537 295.917 122,27
Rio de Janeiro 5.090.723 5.442.424 5.857.904 6.320.446 124,16
Volta Redonda 183.620 216.701 242.063 257.803 140,40
Total ERJ 11.291.631 12.658.679 14.391.282 15.989.929 141,61
Petrópolis s/
2,14 2,00 1,99 1,85 -
ERJ %
O espaço e a população

 Município extenso, com topografia muito acidentada:


• Dispersão espacial da população
• Grandes distâncias entre bairros
Mortalidade por Condições Sensíveis à APS (CSAPS) e
Teto financeiro de MAC, Petrópolis x Volta Redonda
Pior que a média do ERJ
em todas as CSAPs
selecionadas

Fonte: https://sismac.saude.gov.br/teto_financeiro_annual;
01/09/19
Atenção primária - Estrutura • O ideal seria ter menos unidades com
mais equipes e
• Localizadas nos centros de bairro,
■ Distribuição espacial inadequada: sempre que possível
 Existência de vazios sanitários, exemplos:
• Alto Independência
Exemplo
• Correas – Glória, Castelo, Frias...
• Retiro -
 Difícil acesso a diversas unidades
 Isolamento de equipes de APS
 Linhas de logística longas e de alto custo
 Barreiras arquitetônicas para acesso a pessoas
com necessidades especiais
■ Frágil integração entre unidades da SMS e da FMP/FASE
Atenção primária - Resultados

■ Baixa resolutividade
 Taxas de mortalidade por CSAP superiores Taxa de Mortalidade por CSAP, 2012-2016
às médias do ERJ
 Baixa produtividade
■ Vínculos frágeis da população com as equipes
■ Itinerários próprios
■ Diagnósticos locais deficientes
■ Fraca participação popular
Atenção secundária - Estrutura

■ Rede fragmentada e pouco integrada


 Número elevado de unidades
 Frágil definição dos perfis das unidades
 Central de marcação de consultas restringe os encaminhamentos à regras que não levam em
consideração o local de moradia do usuário
■ Localização espacial inadequada
 Dispersão espacial
 Concentração no Sul do Município
■ Competição do setor privado com serviços públicos
 Aumento da fragmentação
 Maior dificuldade de regulação
Dispersão espacial gera deslocamentos excessivos
Fluxos da APS para ASS
Atenção secundária - resultados
 Taxas de mortalidade por CSAP superiores às médias do ERJ
Falta de
 Ineficientes sistema de regulação:
planejamento
• Longas filas de espera
• Ausência de controle da fila
• Descontentamento dos usuários com o sistema de agendamento
Psiquiatria Ortopedia;
Cardiologia; Urologia; e
• ‘Fura fila’ por QI e outros Oftalmologia
• Itinerários próprios
 Usuário como despachantes do Sistema USG; RMN; Endoscopia;
Colonoscopia
 Dificuldades para continuidade do cuidado nos hospitais
 Ausência de contrarreferência
Pesquisa com usuários:
 Setor privado criador de demandas 74% fazem consulta
regular na ASS
Atenção de urgência/ emergência - estrutura
Frágil integração
 Número exagerado de portas de entrada com a rede
• Hospital Santa Teresa (HST)
• Hospital Alcides Carneiro (HAC)
• Hospital Municipal Nelson Sá Earp (HMNSE) Expansão ao longo do
tempo por interesses
• PS Leônidas Sampaio (PSLS) – governo Leandro Sampaio eleitorais
• UPA Centro – governo Paulo Mustrangi
• UPA Cascatinha – governo Paulo Mustrangi Emergência: risco de vida ou
• SPA Pedro do Rio – governo Rubens Bom Tempo sequela imediato que exige
atendimento hospitalar
• SPA Posse – governo Rubens Bom Tempo
• UPA Itaipava – governo Bernardo Rossi Urgência: situação de
 Falta de diferenciação entre emergência e urgência sofrimento sem risco de
vida ou sequela imediato
– atendimento primário
ou secundário
Atenção de urgência/ emergência - resultados

■ Elevado custo da atenção de urgência/ emergência


■ Atração de usuários da atenção primária:
50% dos problemas que chegam às UPAS poderiam ser solucionados na APS
 UPAS
 Utilizadas como porta de entrada para os hospitais
■ Queixas de demora para o atendimento do SAMU
 Usuários
 Equipes de APS
■ Baixo investimento em APS
Atenção terciária - estrutura
Jul. 2019

■ Extensa rede de serviços


 Norte: 4 hospitais
 Sul: 2 hospitais com possibilidade de mais
um
■ Grande número de leitos e baixa proporção
de leitos cirúrgicos e de Hospital-dia:
 N. leitos totais: 1.245
 % de leitos cirúrgicos: 6,8 (85) Média de permanência
■ Padrões físico-estruturais muito diferenciados
 Extremos:
• > HST
• < HMNSE, SOC, HSM
Leitos disponíveis para o SUS
2º quadrimestre de 2019
Os hospitais municipais apesar
de contarem com apenas
26,7% dos leitos, realizaram a
grande maioria das
internações

Os hospitais públicos
faturaram menos AIH e
receberam ainda menos
pelas mesmas, apesar de
realizarem a maior parte
das internações.

Grande proporção de
faturamento do HCC
Fonte: sobre o total (21,1%),
Petrópolis, embora seja responsável
2019, p. 75 por apenas 15,9% das
e 77. internações
Atenção terciária - resultados

■ Taxas de mortalidade por CSAP superiores às médias do ERJ


■ Média de permanência muito superiores às do ERJ
 Média Petrópolis:
 Média Volta Redonda:
 Média ERJ
■ Padrões muito diversos de qualidade da atenção
■ Setor privado criador de demandas
 Ex: Internação no CTI do HCC
Fluxos esquemáticos atuais entre APS e
Atenção Secundária à Saúde (ASS)

Deslocamentos entre
todas as unidades de
APS e todas as
unidades de ASS

Unidades com
Atenção secundária
4. Proposições
Estabelecer plano de adequação gradual da rede

■ Conclusão do sistema de gestão dos indicadores da rede, para utilização por:


 Secretária de Saúde

 Superintendentes

 Gestores das principais unidades

 ...

■ Adoção de sistema de custos por centros de resultado

■ Informatização de toda a rede para facilitar RCR

■ Organização de linhas de cuidado


Proposições em relação à rede

■ Atenção primária:
 Criação gradual de ‘Clínicas de Família’:
• Com várias equipes na mesma unidade
• Priorizando localização nos centros de bairro
 Transformação gradual das UBS em USF

■ Atenção secundária:
 Redução do atual número de unidades e de sua dispersão pelo território
 Criação de uma policlínica em cada um dos distritos propostos
 Planejamento da oferta de serviços de:
• Análises clínicas e
• Imagens
Proposições em relação à rede

■ Urgência e emergência:
 O fechamento das unidades de pronto atendimento do Alto da Serra, Pedro do Rio e Posse;
 A implantação de serviço de urgência 24h nas duas policlínicas propostas;
 Reorganização das emergências no HAC e HMNSE.
■ Atenção hospitalar:
 Ampliação dos leitos cirúrgicos na rede
 Organizar oferta de cirurgias ortopédicas eletivas no HAC
 Revisão do perfil e dos processos de trabalho no HMNSE
 Integração progressiva entre HST e HMNSE
 Consolidar a transformação do HAC em UNACOM
 Rever papel dos hospitais privados em Correas na rede
Mapeamento digital para a organização da rede

Regiões como mosaicos


Setores censitários de setores censitários

Fonte:
Mapeamento
digital para o
sistema
georreferenciado
de indicadores de
gestão da rede.
Criação de dois distritos para reorganização da rede –
Norte e Sul

Pop.:
84.160
(27,5%)

Pop.:
221.526
(72,5%)
Racionalização dos fluxos esquemáticos
reorganizados da APS para policlínicas por Distrito

Desconsiderados:
CAPS, Renale, Oncologia e
ambulatórios de hospitais

Policlínicas propostas
Redução estimada do tempo médio de deslocamento
após racionalização da rede – Distrito Norte

Policlínic Policlínic Tempo Tempo Redução


a de a Itaipava espera médio + estimada
USF/USB Região Itaipava - - tempo espera
N viagem

USF Águas Lindas VI 2 29 10 39,00 -14,17


UBS Araras VI 2 23 10 33,00 -24,33
Redução média
USF Boa Esperança VI 1 28 10 38,00 -45,17 nos deslocamentos
USF Bonfim VI 2 33 10 43,00 -9,00 de 35,7 minutos
USF Comunidade 1° de Maio VI 1 7 10 17,00 -48,00
UBS Itaipava VI 0 0 10 10,00 -49,17
USF Lajinha VI 1 8 10 18,00 -50,67
USF Vale das Videiras VI 2 123 10 133,00 10,17
USF Brejal VII 2 86 10 96,00 -29,67
UBS Pedro do Rio VII 1 21 10 31,00 -41,83
UBS Posse I e II VII 1 53 10 63,00 -49,00
USF Secretário VII 1 31 10 41,00 -56,00
USF Vila Rica VII 1 12 10 22,00 -57,50
Redução estimada do tempo médio de deslocamento
após racionalização da rede – Distrito Sul
USF/USB Região Centro Centro Tempo Tempo Redução
de Saúde de Saúde espera médio + estimada
-N - tempo espera
viagem
USF Alto da Independência I 2 31 10 41,00 -12,83
USF Alto Siméria I 1 27 10 37,00 -14,17
USF Amazonas I e II I 1 29 10 39,00 -15,33
USF Drº Thouzet I 1 24 10 34,00 -15,00
UBS Quitandinha I 1 20 10 30,00 -19,83 Redução média
USF Santíssima Trindade I 1 13 10 23,00 -13,67
USF São Sebastião I e II I 1 22 10 32,00 -12,17
nos deslocamentos
USF Vila Saúde I 1 31 10 41,00 -15,00 de 12,4 minutos
UBS Retiro I 1 18 10 28,00 -2,83
USF Alto da Serra I, II e III II 1 9 10 19,00 -15,50
USF Caxambu II 1 11 10 21,00 -23,17
USF Comunidade 24 de Maio II 1 7 10 17,00 -17,00
USF Meio da Serra I II 1 11 10 21,00 -20,33
USF Meio da Serra II II 2 18 10 28,00 -15,17
UBS Morin II 1 10 10 20,00 -18,00
USF Sargento Boening II 1 18 10 28,00 -18,00
... ...
Criação de uma policlínica por distrito (Norte e Sul)
- perfil
Criação de uma policlínica por distrito (Norte e Sul)
estimativa de nº de consultas e médicos

Parâmetros da Portaria
GM/MS 1.631/2015

Total de
médicos: 32,3
Rede SUS – pontos fortes e fracos

■ Pontos fortes ■ Pontos fracos


 Formação local de recursos humanos  Planejamento

 Parceria com FMP/FASE  Regulação

 Existência de pessoal estatutário  Integralidade – Linha de cuidado

 Volume de recursos  Participação popular

• Humanos  Parcerias extra limites do município e


• Físicos setor privado
• Financeiros  Relação público x privado

Você também pode gostar