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Curso: Técnico em Segurança do Trabalho

Componente Curricular: Fundamentos e técnicas para segurança do trabalho

Educação Ambiental

Professor: Fernando Rodrigues Tavares

Pedras de Fogo
2021
Estágios Históricos da Relação do Homem
com o Meio Ambiente

1º- Reduzidíssima população e baixa interferência nos


ecossistemas.

2º- Início do crescimento populacional aliado a uma pequena


degradação ambiental.

3°- Evolução do conhecimento e do antropocentrismo. Natureza e


Homem num mesmo nível.

4º- Conhecimento sobre os fenômenos naturais e adaptação do


meio às necessidades humanas. Grande degradação ambiental.

5º- Mudança comportamental que vem se


apresentando na forma de lidarmos com as questões
ambientais.
Estágios de Desenvolvimento das Políticas Ambientais

Yellowstone
 Criação de Parques Nacionais: no
EUA, no século 19, Yellowstone; no
Brasil, na década de 1930, Itatiaia.

Itatiaia
Estágios de Desenvolvimento das Políticas Ambientais

Surgimento de Políticas Públicas sobre


Gestão Ambiental:

ANTES DOS ANOS 70

Estágio de RECONHECIMENTO

Impactos transfronteiriços

Atitudes

1. Saneamento básico
2. Pouco conhecimento relativo a impactos ambientais e resíduos
perigosos.
3. Existência limitada de requisitos e padrões ambientais.
Estágios de Desenvolvimento das Políticas Ambientais

ANTES DOS ANOS 70


Os efeitos do smog (acúmulo da poluição do ar nas
cidades que forma uma grande neblina de fumaça no
ambiente atmosférico próximo à superfície. ) podem ser
fatais. Na Inglaterra em meados do século XX, misturas
letais de smog mataram 600 pessoas em 1948, cerca
de quatro mil em 1952, mais mil em 1956, e 750 em
1962.
Cenários e Tendências Ambientais
Evolução da Proteção Ambiental

 Conferência da ONU sobre Meio Ambiente:


marco mundial no controle e minimização de
impactos ambientais.

A conferência de Estocolmo,
realizada em 1972 foi a primeira
atitude mundial em tentar
organizar as relações do Homem
e o Meio Ambiente.

Na capital da Suécia, a sociedade


científica já detectava graves problemas
futuros por razão da poluição atmosférica
provocada pelas indústrias.
Cenários e Tendências Ambientais
Evolução da Proteção Ambiental

• 1976 - Seveso – Itália. Nuvem de dioxina


escapou de uma indústria química, a
ICMESA.
• Por volta das 12h30 do dia 10/06/1976, ocorreu
a ruptura do disco de segurança de um reator, que
resultou na emissão para a atmosfera de uma
grande nuvem tóxica.
• Foram evacuadas 736 pessoas da região, sendo que 511 retornaram para as suas
casas no final de 1977;
•Toda a vegetação e solo contaminados foram removidos e as edificações tiveram
que ser descontaminadas;
• Os custos estimados na operação de evacuação das pessoas e na remediação
das áreas contaminadas foram da ordem de US$ 10 milhões.
• Os efeitos imediatos à saúde das pessoas se limitaram ao surgimento de
193 casos de cloroacne (doença de pele atribuída ao contato com a
dioxina). Os efeitos à saúde de longo prazo ainda são monitorados.
Cenários e Tendências Ambientais
Evolução da Proteção Ambiental

1979 - Three Mile Island – Pensilvânia - Estados Unidos.


Reator atômico avariado descarregou no ar gás radiativo
e provocou a retirada de 300 mil pessoas de suas casas.

Foi causado por falha do equipamento devido o mau


estado do sistema técnico e erro operacional.

Um dia depois foi medido a radioatividade em volta da usina que alcançava até 16
quilômetros com intensidade de até 8 vezes maior que a letal.
Estágios de Desenvolvimento das Políticas Ambientais

ANOS 80

Atitudes

1. Estudos de Impactos Ambientais


2. Gestão de resíduos sólidos e controle da poluição do
Solo.
3. Monitoramento da qualidade ambiental e das
principais fontes poluidoras
4. Gestões ambientais preventivas - empresarial e
pública.
Cenários e Tendências Ambientais
Evolução da Proteção Ambiental

• 1984: Comissão Mundial de Meio


Ambiente e Desenvolvimento - Relatório
Brundtland, publicado em 1987: conceito
de desenvolvimento sustentável.

• 1984: Programa de Atuação Responsável


da Industria Química.
Cenários e Tendências Ambientais
Evolução da Proteção Ambiental

• 1984 – Bhopal – Índia. A Union Carbide,


descarregou no ar 25 mil toneladas de
isocianato de metila – gás letal.

O isocianato de metila é um produto utilizado na


síntese de produtos inseticidas, utilizados como
substitutos de praguicidas organoclorados,
como o DDT(diclorodifeniltricloroetano).

A causa provável do aumento da pressão e da temperatura foi atribuída à entrada


de água num dos tanques.
Estima-se que ocorreram cerca de 200.000 pessoas intoxicadas, caracterizando
assim a maior catástrofe da indústria química.

Aproximadamente 4000 pessoas morreram.


Vídeo
Cenários e Tendências Ambientais
Evolução da Proteção Ambiental

• 1986 – Chernobyl – Rússia. Explosão de um


dos quatro reatores da usina nuclear
soviética de Chernobyl, lançando na
atmosfera uma nuvem radioativa.
Cenários e Tendências Ambientais
Evolução da Proteção Ambiental

ANOS 80

• 1989 – Exxon Valdez – Álaska. Navio


superpetroleiro, o Valdez, a serviço
da Exxon, bateu na costa do Alasca,
deixando escapar 260 mil barris de
petróleo.
Cenários e Tendências Ambientais
Evolução da Proteção Ambiental

ANOS 80- No Brasil

• 1984 - Vila Socó – Cubatão – Brasil.


Duto da Petrobrás deixou vazar
gasolina provocando um incêndio que
matou 93 pessoas.
Cenários e Tendências Ambientais
Evolução da Proteção Ambiental

ANOS 80- No Brasil

• 1987- acidente radiológico de Goiânia


13 de setembro, um aparelho utilizado em
radioterapias foi encontrado nas
instalações de um hospital abandonado na
zona central de Goiânia.

O Instrumento, foi encontrado por


catadores de papel, que entenderam
tratar-se de sucata.
Cenários e Tendências Ambientais
Evolução da Proteção Ambiental

ANOS 80- No Brasil

Os trabalhos de descontaminação dos locais afetados produziram 13,4


toneladas de lixo contaminado com césio-137: roupas, utensílios, plantas,
restos de solo e materiais de construção. O lixo do maior acidente radiológico
do Brasil.

Está armazenado em cerca de 1.200 caixas, 2.900 tambores e 14


contêineres em um depósito construído na cidade de Abadia de Goiás,
vizinha a Goiânia, onde deverá ficar, pelo menos 180 anos.
Estágios de Desenvolvimento das Políticas Ambientais

ANOS 90 e 2000
Atitudes

1. Atuação responsável,

2. Sustentabilidade Empresarial
3. Sistemas de Gerenciamento Ambiental e Integrado (Meio
Ambiente + Segurança + Saúde)

4. Avaliação do Ciclo de Vida do Produto

5. Agenda 21 Local

6. Convenções de Biodiversidade e de Mudanças Climáticas

7. Gestão Ambiental Sustentável - empresarial e pública


LICENCIAMENTO AMBIENTAL DEFINIÇÃO

LICENCIAMENTO AMBIENTAL DEFINIÇÃO É o procedimento administrativo realizado


pelo órgão ambiental competente, que pode ser federal, estadual ou municipal,
para licenciar a instalação, ampliação, modificação e operação de atividades e
empreendimentos que utilizam recursos naturais, ou que sejam potencialmente
poluidores ou que possam causar degradação ambiental.

(Lei Federal 6939/81 – Resolução CONAMA 237/97) ⇒ COMPETÊNCIAS União -


IBAMA empreendimentos e atividades com significativo impacto ambiental de
âmbito nacional ou regional. Órgão Ambiental Estadual (FEPAM – RS) Órgão
Ambiental Municipal Os empreendimentos e atividades serão licenciados em um
único nível de competência, conforme estabelecido nos artigos anteriores.
TIPOS DE LICENÇAS

TIPOS DE LICENÇAS

Licença Prévia (LP) concedida na fase preliminar do planejamento do empreendimento ou atividade


aprovando sua localização e concepção, atestando a viabilidade ambiental e estabelecendo os
requisitos básicos e condicionantes a serem atendidos nas próximas fases de sua implementação;

⇒ Licença de Instalação (LI) autoriza a instalação do empreendimento ou atividade de acordo com as


especificações constantes dos planos, programas e projetos aprovados, incluindo as medidas de
controle ambiental e demais condicionantes, da qual constituem motivo determinante;

⇒ Licença de Operação (LO) autoriza a operação da atividade ou empreendimento, após a verificação


do efetivo cumprimento do que consta das licenças anteriores, com as medidas de controle ambiental
e condicionantes determinados para a operação.
LICENCIAMENTO AMBIENTAL NECESSIDADE DE LICENCIAMENTO AMBIENTAL

Extração e tratamento de minerais Indústrias diversas (produtos minerais não metálicos,


metalúrgica, mecânica, material de transporte, madeira, papel e celulose, borracha, couros e peles,
química, produtos de matéria plástica, têxtil, de vestuário, calçados e artefatos de tecidos, produtos
alimentares e bebidas, fumo, usinas de produção de concreto, asfalto, serviços de galvanoplastia
⇒ Obras civis (rodovias, ferrovias, hidrovias, metropolitanos, barragens e diques, canais para
drenagem, retificação de curso de água, abertura de barras, embocaduras e canais, transposição de
bacias hidrográficas, outras obras de arte)
⇒ Serviços de utilidade (produção de energia termoelétrica, transmissão de energia elétrica,
estações de tratamento de água, interceptores, emissários, estação elevatória e tratamento de
esgoto sanitário, tratamento de destinação de resíduos industriais líquidos e sólidos,
tratamento/disposição de resíduos especiais tais como: de agroquímicos e suas embalagens e de
serviço de saúde, entre outros, tratamento e destinação de resíduos sólidos urbanos, inclusive
aqueles provenientes de fossas, dragagem e derrocamentos em corpos d'água, recuperação de áreas
contaminadas ou degradadas
⇒ Transporte, terminais e depósitos
⇒ Turismo
⇒ Atividades diversas (parcelamento do solo, distrito e polo industrial)
⇒ Atividades agropecuárias (projeto agrícola, criação de animais, projetos de assentamentos e de
colonização)
⇒ Uso de recursos naturais (silvicultura, exploração econômica da madeira ou lenha e subprodutos
florestais, atividade de manejo de fauna exótica e criadouro de fauna silvestre, utilização do
patrimônio genético natural, manejo de recursos aquáticos vivos, introdução de espécies exóticas
e/ou geneticamente modificadas, uso da diversidade biológica pela biotecnologia)
LICENCIAMENTO AMBIENTAL

OBJETIVOS Seu objetivo é controlar os impactos ambientais provocados por atividades e


empreendimentos que utilizam recursos naturais, ou que sejam considerados efetiva ou
potencialmente poluidores, podendo causar degradação ambiental e inconvenientes ao bem
estar público.
EXIGÊNCIAS ⇒ EIA/RIMA empreendimentos e atividades consideradas efetiva ou potencialmente
causadoras de significativa degradação do meio dependerá de prévio estudo de impacto
ambiental e respectivo relatório de impacto sobre o meio ambiente, ao qual dar-se-á publicidade,
garantida a realização de audiências públicas, quando couber, de acordo com a regulamentação.

⇒ O órgão ambiental competente, verificando que a atividade ou empreendimento não é


potencialmente causador de significativa degradação do meio ambiente, definirá os estudos
ambientais pertinentes ao respectivo processo de licenciamento
LICENCIAMENTO AMBIENTAL ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL

LICENCIAMENTO AMBIENTAL ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL

(EIA) Identificação e avaliação das consequências de uma atividade humana sobre os


meios físico, biótico e antrópico, no sentido de propor medidas mitigadoras para os
impactos negativos, promovendo o aumento de seus benefícios.

RELATÓRIO DE IMPACTO AMBIENTAL (RIMA) Documento que apresenta os resultados


técnicos e científicos de avaliação de impacto ambiental. Constitui um documento de
avaliação de impacto ambiental e deve esclarecer todos os elementos da proposta em
estudo, de modo que possam ser divulgados e apreciados pelos grupos sociais
interessados e por todas as instituições, na tomada de decisão. EIA/RIMA
LICENCIAMENTO AMBIENTAL ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL

(EIA) ⇒ DIRETRIZES

Diagnóstico ambiental da área de influência do projeto completa descrição e análise dos


recursos ambientais e suas interações, tal como existem, de modo a caracterizar a
situação ambiental da área, antes da implantação do projeto, considerando:

o meio físico;
o meio biológico e os ecossistemas naturais;
o meio sócio-econômico - o uso e ocupação do solo, os usos da água e a sócio-
economia,
Análise dos impactos ambientais do projeto e de suas alternativas
Definição das medidas mitigadoras dos impactos negativos
Elaboração do programa de acompanhamento e monitoramento
Cenários e Tendências Ambientais
Evolução da Proteção Ambiental

• 1990: O primeiro informe com base na colaboração científica de nível internacional


foi o IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática), onde os cientistas
advertem que para estabilizar os crescentes níveis de dióxido de carbono (CO2) – o
principal gás-estufa – na atmosfera, seria necessário reduzir as emissões de 1990 em
60%.

• 1991: divulgado pela Câmara Internacional de Comércio (ICC), 16 Princípios da Carta


Empresarial para o Desenvolvimento Sustentável.

• 1991: SAGE - Strategic Action Group on the Environment, criado pela ISO, serviu de
base para a formação do Comitê Técnico 207, encarregado de realizar um primeiro
levantamento do que seria necessário para o desenvolvimento de procedimentos
ambientalmente corretos em empresas.
Cenários e Tendências Ambientais
Evolução da Proteção Ambiental

• 1992: Conferência da ONU sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento onde mais de


160 governos assinam a Convenção, marco sobre Mudança Climática na Rio-92. O
objetivo era “evitar interferências antropogênicas perigosas no sistema climático”.

• 1992: São divulgados 27 Princípios da “Carta da Terra”. (Pesquisar sobre a carta da


terra).
Cenários e Tendências Ambientais
Evolução da Proteção Ambiental

• 1997: Em Kyoto, Japão, é assinado o Protocolo de Kyoto, um novo componente da


Convenção, que contém, pela primeira vez, um acordo mundial que compromete os
países do Norte a reduzir suas emissões de CO2. (Pesquisar: O que é e qual o
objetivo do Protocolo de Kyoto)

• 2002: Conferência de Johannesburgo (Rio +10): não houve um retrocesso em


relação à ECO 92, apesar das posições bloqueadoras e retrógradas norte-
americanas.
Degradação da Terra no Brasil
• A degradação de terras é entendida como a redução da capacidade
do solo de gerar, em termos qualitativos e quantitativos, bens e
serviços em função do declínio de seu potencial produtivo e de sua
capacidade de regulação do ambiente. (LAL, 2001, citado por
DONAGEMMA, 2015).
Existem terras degradadas no Brasil?

• Há grande quantidade de terras degradadas ou em processo de


degradação ou desertificação no Brasil. Entretanto, existe
discrepância quanto ao seu quantitativo, especialmente no tocante às
pastagens. Se, de um lado, o conceito de degradação de terras é
relativamente fácil de ser apreendido, de outro lado, há dificuldades
para medir o fenômeno. Os parágrafos seguintes mostram algumas
dessas discrepâncias, que variam conforme as fontes utilizadas e a
definição sobre o que se considera degradação de terras.
O Brasil dispõe de conhecimentos e tecnologias para recuperar
terras degradadas?

• O Brasil dispõe de conhecimentos e tecnologias sobre


aproveitamento de terras degradadas que podem ser aplicados, tanto
para a produção agrícola e pecuária como para a restauração de
ecossistemas. Esses conhecimentos e essas tecnologias estão
disponíveis em instituições de pesquisa e desenvolvimento, como a
Embrapa e universidades, e já são utilizados em larga escala.
Há, no Brasil, políticas, programas e experiências de
recuperação de áreas degradadas ou desertificadas?

• O Brasil dispõe de várias iniciativas exitosas de uso sustentável dos


solos e de recuperação de áreas degradadas (TCU, 2015). Em relação
ao uso sustentável do solo, destacam-se o Zoneamento Ecológico
Econômico (ZEE) e o Zoneamento Agroecológico (ZAE), coordenados
pelo MMA, e o Zoneamento de Risco Climático (Zarc), coordenado
pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
Noções de Tratamento de resíduos

• O controle do manuseio na gestão de resíduos é essencial para o


meio ambiente e para a proteção da saúde e segurança dos
colaboradores.
• Para evitar acidentes, contaminações e outros riscos a saúde é
essencial que o colaborador siga as devidas normas de segurança e
proteção. O fornecimento de equipamentos de proteção é dever da
empresa, enquanto o colaborador deve se comprometer a utilizar os
dispositivos protetores corretamente e sempre manusear resíduos
com cuidado e responsabilidade.
Controle do manuseio seguro de resíduos

• A operação de manuseio de resíduos envolve risco potencial de


acidente, principalmente para os profissionais que realizam a coleta, o
transporte e a disposição final dos resíduos.
• Para evitar tais riscos os funcionários devem proteger as áreas do
corpo expostas ao contato com os resíduos. Os EPI’s, Equipamentos
de Proteção Individual, são dispositivos que protegem os funcionários
do contato com os resíduos e, é de uso obrigatório conforme previsto
na NR-6 do Manual de Segurança e Medicina do Trabalho, e também
a NR-32, sobre Segurança e Saúde no Trabalho em Serviços de
Saúde.
A segurança aplicada no controle de manuseio de resíduos

• O resíduo deve ser coletado e depositado em locais adequados.   O


manuseio deve ser conduzido por profissionais destinados a esta
função. No caso de resíduos hospitalares, devido a
sua periculosidade, exige um tratamento diferente e jamais pode ser
despejado em aterros sanitários.
• Os riscos ocupacionais ao qual o coletor de resíduos está exposto
afetam diretamente sua saúde e segurança, neste caso, recomenda-se
o uso correto dos EPI’s.
Algumas orientações específicas ao manuseio de resíduos

• Alguns resíduos, devido ao risco a saúde do colaborador e ao meio


ambiente, exigem orientações específicas com relação ao manuseio.
Por essas razões as orientações a seguir precisam ser seguidas à risca:
Instrumentos de Gestão Ambiental

• Na medida em que aumenta a preocupação por parte das empre­sas


com as questões ambientais, surge a necessidade da adoção de
instrumentos de gestão ambiental que, aliados ao modelo de gestão
da organização, possam orientar as atividades, processos e pessoas
para o alcance dos objetivos ambientais.
Ecoeficiência

• Ecoeficiência é um modelo de gestão ambiental empresarial que surgiu,


em 1992, uma coligação de 150 empresas internacionais preo­cupadas
com o desenvolvimento sustentável. Em 1993, em um workshop foi
definido o seu conceito:
• A ecoeficiência atinge-se através da oferta de bens e serviços a preços
competitivos, que, por um lado, satisfaçam as neces­sidades humanas e
contribuam para a qualidade de vida e, por outro, reduzam
progressivamente o impacto ecológico e a intensidade de utilização de
recursos ao longo do ciclo de vida, até atingirem um nível, que, pelo
menos, respeite a capacidade de sustentação estimada para o planeta
Terra (WBCSD, 2000, s./p.).
Identificaram sete elementos que os negócios podem utilizar para
melhorar a ecoeficiência:

• Redução da intensidade material;


• Redução da intensidade energética;
• Redução da dispersão de substâncias tóxicas;
• Otimização do uso de materiais renováveis;
• Prolongamento do ciclo de vida dos produtos; e
• Aumento da intensidade do serviço.
 
Responsabilidade Social Ambiental
Corporativa
• Garantir produtos com qualidade, que atendam às necessidades dos
clientes, a um menor preço e com boas condições de entrega, é
fundamental. Mas, segundo Moura (2002), há produtos que os
consumidores não procuram para comprar, no entanto, são impostos
pelas empresas, como os poluentes, resíduos de várias espécies,
odores, ruídos, matérias que incomodam e preju­dicam a qualidade de
vida. No intuito de manter a satisfação com os clientes é que as
empresas estão se estruturando para melhorar seu atendimento.
As soluções devem ser escolhidas a partir de
abordagens distintas, conforme sugerido por Valle
(2002):
• Reduzir – abordagem preventiva, orientada para diminuir o volume e o
impacto causado pelos resíduos.
• Reaproveitar – abordagem correta, direcionada para trazer de volta ao ciclo
produtivo matérias-primas, substâncias e produtos extraídos dos resíduos
depois que eles já foram gerados.
• Tratar – abordagem técnica e de cunho econômico, que visa alterar as
características de um resíduo, neutralizando seus efeitos nocivos e
conduzindo‑o a uma valorização.
• Dispor – abordagem passiva, orientada para conter os efeitos dos resíduos,
mantendo-os sob controle, em locais que devem ser monitorados.
 
O reaproveitamento, por sua vez, ressalta três aspectos:

• Reciclagem, quando há o reaproveitamento cíclico de maté­rias-


primas de fácil purificação.
• Recuperação, no caso da extração de algumas substâncias dos
resíduos.
• Reutilização e reúso, quando o reaproveitamento é direto, na forma
de um produto; e reúso, depois de utilizado no processo.
Existem diversas razões para as empresas se
preocuparem em melhorar os processos e o
desempenho ambiental.
• Harrington e Knight (2001) citam como essa melhoria ajuda no
desempenho da organização.
Cenários e Tendências Ambientais

Para conhecer “Gestão


Ambiental”, é preciso
compreender como o meio se
organiza.
Cenários e Tendências Ambientais

• Meio Ambiente:
Constituído por sistemas (biosfera,
litosfera, hidrosfera e atmosfera)
interligados, interdependentes e auto-
reguladores, que estão em constante inter-
relacionamento, influenciando-se.
Sistemas de Gestão Ambiental ISO 14001
Cenários e Tendências Ambientais

• De acordo com a ISO 14001:

1. Meio Ambiente é:
“Circunvizinhança em que uma
organização opera, incluindo ar,
água, solo, recursos naturais, flora,
fauna, seres humanos e suas inter-
relações.”
Impactos sobre o Meio Ambiente

A interferência do homem nos mais diversos


sistemas que compõem o meio ambiente levanta
questões relativas aos aspectos e impactos
ambientais relacionados às atividades desenvolvidas,
que precisam ser analisados e avaliados.
Impactos sobre o Meio Ambiente

No meio científico, o termo impacto ambiental


negativo é usado para designar os efeitos
adversos ao meio ambiente causados por
interações físicas, químicas, biológicas ou
técnicas, das atividades, dos produtos e serviços
de uma organização.
Conceitos Básicos para Avaliação de Impactos
Ambientais

 Impactos sobre o Meio Ambiente, atmosfera:


 As emissões atmosféricas podem ser
de três tipos: gasosas (dióxido de
carbono), materiais particulados
(fumaça) e aerossóis (pequenas
gotículas).
Conceitos Básicos para Avaliação de Impactos
Ambientais
 Impactos sobre o Meio Ambiente, hidrosfera:
 O petróleo (óleos e graxas), efluentes
domésticos e industriais, fertilizantes,
pesticidas e metais pesados são os
principais contaminantes da água
potável.

 Os principais problemas ambientais


associados ao uso de águas superficiais
são: assoreamento, aterro de margens.
Conceitos Básicos para Avaliação de Impactos
Ambientais

 Impactos sobre o Meio Ambiente, litosfera:

• Desde a antiguidade, os solos vêm sofrendo com o seu


mal uso, caracterizado em processos erosivos,
decorrentes da retirada de cobertura vegetal e de
práticas agro-pastoris desapropriadas.

• Existem diversos exemplos de casos de desertificação Erosão em nascentes do rio


e salinização de solos. ARAGUAIA

• O processo de salinização (concentração de sais na


solução do solo).
• Desertificação é o processo de transformação e
empobrecimento dos solos, fazendo com que eles
fiquem semelhantes ou iguais ao ambiente de um
deserto. Esse processo é resultado da ação humana
sobre a natureza.  Desertificação em Pernambúco
Conceitos Básicos para Avaliação de Impactos
Ambientais

 Impactos sobre o Meio Ambiente, litosfera:

1. Antes da era industrial, a


degradação de solos estava
restrita à mineração, metalurgia
e disposição de resíduos
domésticos e esgotos.

Agrotóxicos 2. Hoje, existem novas


substâncias, com acentuados
efeitos toxicológicos sobre a
fauna, a flora e o próprio
homem.
Conceitos Básicos para Avaliação de Impactos
Ambientais

 Impactos sobre o Meio Ambiente, litosfera:


Os principais impactos causados aos solos são: impermeabilização,
erosão, desertificação, salinização, contaminação de solos por metais
pesados e mal disposição de resíduos sólidos.

Processo de impermeabilização do Mal disposição de resíduos sólidos


solo
Destruição de Ambientes Naturais

O desmatamento (queimadas) de:


florestas, cerrados, campos, pradarias,
vegetação marginal para atividades
agropastoris...

Ocupação de restingas, Perda da biodiversidade e por


florestas, etc para loteamento... inúmeros desequilíbrios de
ecossistemas.

O aterramento de margens de rios, baías e


mares para a construção de estradas e
expansão urbana, construção de áreas
comerciais e industriais...
Riscos, Aspectos e Impactos Ambientais

• O que é risco ambiental?


É a possibilidade de qualquer fenômeno ou dinâmica fenomenológica ameaçar
o equilíbrio do meio ambiente.
Ele está intimamente ligado ao potencial de danos que representa para as
populações humanas e para o meio ambiente.
Classificam-se em:

Eventos naturais não


influenciados pela ação
humana
Eventos Naturais
influenciados pela ação
humana
Eventos gerados pela
ação humana
Riscos, Aspectos e Impactos Ambientais
Aspectos Ambientais
• Veja agora como a norma NBR ISO 14001 define aspectos e impactos ambientais.

Aspecto ambiental:

Elemento das atividades,


produtos ou serviços de
uma organização que
pode interagir com o
meio ambiente.
Riscos, Aspectos e Impactos Ambientais

Impacto ambiental: Qualquer modificação no meio ambiente, adversa ou benéfica,


que resulta, no todo ou em parte, das atividades, produtos ou serviços de uma
organização.
Riscos, Aspectos e Impactos Ambientais
Tabela Exemplo de Causa x Efeito
Fiscalização Ambiental

• A fiscalização ambiental é o exercício o poder de polícia em relação à


legislação ambiental. Ela consiste no dever que o poder público tem
de fiscalizar as condutas daqueles que se apresentem como
potenciais ou efetivos poluidores e utilizadores dos recursos naturais,
de forma a garantir a preservação do meio ambiente para a
coletividade. As atribuições de polícia ambiental foram concedidas ao
Ibama pela Lei nº 7.735, de 22 de fevereiro de 1989.
Como funciona?

• A fiscalização ambiental busca induzir a mudança do comportamento


das pessoas por meio da coerção e do uso de sanções, pecuniárias e
não-pecuniárias, para induzirem o comportamento social de
conformidade com a legislação e de dissuasão na prática de danos
ambientais.
Por que fiscalizamos?

• A fiscalização ambiental é necessária para reprimir e para prevenir a


ocorrência de condutas lesivas ao meio ambiente. Ao punir aqueles
que causam danos ambientais, a fiscalização ambiental promove a
dissuasão. A aplicação de multas, apreensões, embargos, interdições,
etc., visa desencorajar não só os indivíduos punidos de cometer
futuras infrações, mas também outros que possam cometer infrações
ambientais.
Quem fiscaliza?

• O Ibama é competente para lavrar auto de infração ambiental e


instaurar o processo administrativo de apuração da infração na esfera
federal, conforme a Lei de Crimes Ambientais, Lei no 9.605, de 12 de
fevereiro de 1998. No entanto, para garantir a ampla defesa do meio
ambiente, a competência de fiscalização ambiental é compartilhada
com os demais entes da federação, estados, municípios e distrito
federal, integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente
(Sisnama).
Auditoria Ambiental

• As auditorias ambientais surgiram em meados do Século XX, se­gundo


Barbieri (2007), como parte dos trabalhos de avaliação de desastres
de grandes proporções, envolvendo explosões e vazamentos seguidos
de contaminações em fábricas, refinarias, gasodutos, terminais
portuários etc, mas somente em 1970 é que se tornaram um
instrumento autônomo de gestão ambiental. No Brasil, elas surgiram
pela primeira vez, legalmente, no início da década de 1990.
No Brasil, a Associação Brasileira de Normas Técnicas
(ABNT) apresentou, em dezembro de 1996, as NBR ISO
14010, 14011 e 14012, referentes à auditoria ambiental.
• NBR ISO 14010 – Diretrizes para Auditoria Ambiental: apresenta fundamentos teóricos do
processo de auditoria, contendo terminologias e considerações gerais a respeito dos
objetivos, escopo e procedimentos de auditorias ambientais, e qualificação dos auditores
(ABNT, 1996c).
• NBR ISO 14011 – Diretrizes para Auditoria – Procedimen­tos de Auditoria para Auditoria
de Sistemas de Gestão Ambiental: trata de forma detalhada dos procedimentos de
auditoria do Sistema de Gerenciamento Ambiental, definindo o papel dos envolvidos
(auditores, auditados e cliente), e apre­senta passo a passo o processo de auditoria (ABNT,
1996d).
• NBR ISO 14012 – Diretrizes para Auditoria Ambiental – Critérios de Qualificação para
Auditores Ambientais: define critérios de qualificação de auditores ambientais para
auditorias do Sistema de Gerenciamento Ambiental, discorrendo sobre requisitos da
formação, experiência, treinamento, qualidades pessoais e credenciamento (ABNT, 1996e).
• De acordo com a NBR ISO 14010 (ABNT, 1996c), auditoria am­biental é
o processo sistemático e documentado de verificação, executado para
obter e avaliar, de forma objetiva, evidências para determinar se as
atividades, eventos, sistema de gestão e condições ambientais
especificados ou as informações relacionadas a eles estão em
conformidade com os crité­rios de auditoria; e para comunicar os
resultados desse processo ao cliente.
De acordo com Barbieri (2007), as auditorias ambientais podem ser aplicadas em
organizações, locais, produtos, processos e sistemas de gestão, sendo seus principais tipos:

• Auditoria de conformidade: para verificar o grau de con­formidade com a legislação ambiental.


• Auditoria pós-acidente: para verificar as causas de acidentes, identificar as responsabilidades e
avaliar os danos.
• Auditoria de desempenho ambiental: para avaliar o de­sempenho de unidades produtivas em
relação à geração de poluentes e ao consumo de energia e materiais, bem como aos objetivos
definidos pela organização.
• Auditoria de desperdícios e emissões: para avaliar os desperdícios e seus impactos ambientais
e econômicos com vista às melhorias em processos ou equipamentos específicos.
• Auditoria de fornecedor: para avaliar o desempenho de for­necedores atuais e selecionar
novos; e selecionar fornecedores para projetos conjuntos.
• Auditoria de sistema de gestão ambiental: para avaliar o desempenho do sistema de gestão
ambiental, seu grau de conformidade com os requisitos da norma utilizada e se está de acordo
com a política da empresa.
Análise de Riscos e Medidas Emergenciais

• Uma das fases do processo que gerencia os riscos de uma empresa é


a análise de risco, a qual avalia possibilidade de um perigo acontecer
e qual o cálculo deve ser utilizado para analisar o impacto e prejuízo
que ele pode causar à empresa.
O que é um risco?

• Um risco é a possibilidade de ocorrer um evento que pode vir a


causar alguns danos a essa empresa. Alguns exemplos são acidentes
envolvendo funcionários, patrimoniais, de imagem etc.
Os riscos são divididos em duas categorias: os riscos puros e os
riscos especulativos:

• Riscos especulativos
• Os riscos especulativos são aqueles pertinentes ao processo de
tomada de decisão que podem resultar em ganhos e em perdas.
• Riscos puros
• Os riscos puros são aqueles que não abrem margem para que a
empresa possa lucrar. Dessa forma, essa categoria sempre irá trazer
consequências negativas para a empresa.
A análise de risco será classificada de duas formas diferentes: a
probabilidade de risco e a gravidade dos riscos.

• Probabilidade do risco

• Gravidade dos riscos


O PPRA – PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS (NR-9)

Dentre as Normas Regulamentadoras de Segurança e Saúde do


Trabalhador do Ministério do Trabalho e Emprego, uma de grande
importância para a análise dos riscos nos locais de trabalho é a NR-9. Ela
estabelece “a obrigatoriedade da elaboração e implementação, por
parte de todos os empregadores e instituições que admitam
trabalhadores como empregados, do Programa de Prevenção de Riscos
Ambientais - PPRA, visando à preservação da saúde e da integridade dos
trabalhadores, através da antecipação, reconhecimento, avaliação e
consequente controle da ocorrência de riscos ambientais existentes ou
que venham a existir no ambiente de trabalho, tendo em consideração a
proteção do meio ambiente e dos recursos naturais”.

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