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Fichamento: SOCIEDADE E NATUREZA, (Bernardes, Júlia Adão; Ferreira, Francico Pontes de

Miranda,2005.)
Disciplina: 6POLUAMB – Poluição Ambiental
Docente: Taisa Comerlato

Jorge Osvaldo Neris Pereira

Texto: Capítulo 1, Sociedade e Natureza, (Bernardes, Júlia Adão; Ferreira, Francico Pontes de
Miranda,2005.)

INFORMAÇÕES SOBRE OS AUTORES


Bernardes, Júlia Adão, graduada em Geografia pela UFRJ (1974), mestrado em Geografia pela
UFRJ (1983), doutorado em Geografia Humana pela Universidad de Barcelona (1993) e pós-
doutorado pela Universidad Nacional de San Martín, Argentina . Atualmente é Professora
Permanente do Programa de Pós-Graduação em Geografia da UFRJ, Bolsista nível 1C do
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, professor-colaborador da
UFRJ, Cientista do Nosso Estado da FAPERJ desde 2012. Coordenadora do Núcleo de Estudos
Geoambientais (NUCLAMB) na UFRJ e pesquisadora da Rede de Pesquisas sobre Regiões
Agrícolas (REAGRI), envolvendo pesquisadores da UFRJ, UNICAMP, UNESP - Rio Claro, UECE,
UFMT, UFG - Campus Jataí, UFJF, UFRRJ, USP e UFU.
Ferreira, Francico Pontes de Miranda, graduado em Comunicação Social pela Pontifícia UCRJ
(1992), graduação em Geografia pela UFRJ (1994), Pós-Graduação em Desenvolvimento
Territorial (2020) e mestrado em Sociologia e Antropologia pela UFRJ (2000). Experiencia na
área de comunicação, projetos ambientais e pesquisas.

RESUMO DO TEXTO
Os autores discutem as relações sociedade e natureza utilizando a metodologia do
materialismo histórico e dialético, bem como essas relações e a questão ambiental mediante
o conhecimento do processo de produção de espaço, já que a devastação do planeta pela
técnica leva o homem a pensar na produção do espaço pela técnica.

LISTA DE CITAÇÕES E COMENTÁRIOS

Citações Comentários
Natureza e espaço A dialética está na base do processo de
desenvolvimento e transformação das
sociedades humanas.
Nesse processo de metabolismo, a natureza
se humaniza e o homem se naturaliza.
À medida que os homens incorporam suas
forças à natureza trabalhada, esta adquire
uma nova qualidade social enquanto valores
de uso.
Os homens são condicionados por um
determinado nível de desenvolvimento das
suas forças produtivas e do modo de relação
que lhes correspondem.
Quadro sugere uma unidade geral da
natureza com a sociedade, no qual as
relações limitadas do homem com a
natureza.
Técnica e produção do Espaço O aparelho produtivo dos países
industrializados vem gestando mudanças
econômicas e tecnológicas, que mantem
aberto questões fundamentais que devem
ser postas em xeque, entre as quais a ciência
e a técnica.
Estamos diante de uma relação homem e
natureza de absoluta externalidade.
A natureza vista como um meio para atingir
um fim, consagrando a capacidade humana
de dominar a natureza.
O incremento técnico acumulativo vem
intensificando o domínio sobre a natureza,
na substituição das restrições naturais pelas
restrições impostas pelo espaço modificado.
O espaço modificado é um dos produtos
desses processos de toda diferenciação
social precede e predetermina toda
diferenciação ecológica.
Crise ambiental no século XX A “Revolução Ambiental” promoveu
significantes transformações no
comportamento da sociedade e na
organização política e econômica.
A questão ambiental emergiu após a 2ª
Guerra Mundial.
Pela 1ª vez a humanidade percebeu que os
recursos naturais são finitos.
Com o surgimento da consciência ambiental,
a ciência e a tecnologia passaram a ser
questionadas.
A natureza coloca como obstáculo para o
desenvolvimento de uma determinada
sociedade.
O nascimento das ONGs é um fator
marcante, por ser organizações atreladas ao
movimento ambientalista e das ideias de
autogestão.
No Brasil, a atenção do fato de que a
burguesia em geral, tem rejeitado o discurso
ecológico a favor do padrão de acumulação.

PESQUISA AMPLIADA
Os autores mencionam, a importância deste capítulo em pensar os problemas ambientais a
partir de uma visão em que os processos particulares, geradores deles, são determinados pela
dinâmica de produção do capitalismo e sua articulação geral. É igualmente importante a
ligação estabelecida entre o processo de exploração e acumulação e as formas assumidas
espacialmente.
E que a visão dialética marxistas, sustentava que a relação do homem com a natureza, medida
pelo trabalho, era o aspecto fundamental da atividade humana.
Observam também que a medida em que se rebaixa a natureza, uma vez que o propósito da
ciência é praticamente a sua dominação e controle, em lugar de se buscar um conhecimento
de cooperação ciência e natureza, caminha-se para uma separação.
Afirmam que nesta linha de pensamento, que a crise do atual modelo de desenvolvimento
capitalista, a ameaça do esgotamento dos recursos naturais do planeta, o crescimento da
população e do consumo, os elevados níveis de poluição da atmosfera e das águas.
Que a ciência moderna, com seus métodos e conceitos, gerou um universo em que a
dominação da natureza está estreitamente vinculada à dominação dos homens.
Como constata Casini (1975), não existe uma solução final, e não é a simples condenação da
ciência nem da tecnologia que evitará a autodestruição da espécie pela destruição da
natureza.
E que a salvação do planeta e dos homens depende, a mudança da relação entre os homens,
com eficácia, de uma inteligência crítica que descubra as reais formas de organização política
da vida.

CONSIDERAÇÕES
Os autores concluem que a salvação do planeta e dos homens dependem, das mudanças nas
relações entre os homens, e só podera ser eficaz, se constituir um atitude consciente,
resultante de uma inteligência crítica que descubra as reais formas de organizações politícas
da vida, que institua uma nova sociedade no processo de produção, na organização do
trabalho, que se estabeleça em novas bases de cooperação.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
 A Questão Ambiental: Diferentes abordagem, Organizadores: Sandra Batista da Cunha
e Antonio José Teixeira Guerra, 2ª ed., 2005.

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