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TOMOGRAFIA

COMPUTADORIZADA

Homero José de Farias e Melo


homero.ddi@epm.com.br
Definição

 É um método diagnóstico, no qual


são utilizados feixes colimadores,
muito finos, de Raios X, acoplados a
computadores que favoreçam
imagens detalhadas de seguimentos
corporais.
 Além de método diagnóstico a
TC também vem sendo utilizada
com freqüência como método
localizador para:
• Biópsia
• Punção
• Marcador(esterotacxia)
• Radiofreqüência
Histórico

 Roentgen 1895
1a observação do R X (observou
sem conseguir explicar).
Aparelho que causava emissão de R X
SALA ESCURA

Papelão revestido por produtos


químicos

Papelão fluorescente

Forma de energia radiante e invisível no


qual podiam causar florescência e
atravessar materiais opacos a luz

Raio X
Aparelho que emite raio X

Mão

Papelão florescente

Imagem da mão em positivo


Papel fica mais branco onde
chega mais raio X

Mais branco = mais


fluorescente

Mais negro = pouca reação


do papelão
 1901 1o premio
nobel em física foi dado a
Roentgen
 1972 Após 72 anos da descoberta
do RX o físico Golldfrey Hounsfield
e o médico Cormack, inventaram
um novo método de formação da
imagem a partir da aplicação do
RX, denominaram de
TOMOGRAFIA
COMPUTADORIZADA.
Evolução
 Aparelhos :
• 1a geração 1 detector
cortes de vários minutos
• 2a geração 5 a 50 detectores

cortes de 6 a 20 segundos
• 3a geração 200 a 600 detectores
cortes de 3 a 8 segundos
• 4a geração 300 a 1000 detectores
cortes de 1 a 4 segundos
 Os aparelhos de última geração
chamados de multi-slice. Estes são
compostos por mais de 1000
detectores, com tempos de cortes
baixíssimos, e resoluções de imagem
aumentadas, reduzindo os artefatos
causados pelos movimentos
respiratórios, peristaltismo e até
batimentos cardíacos.
Princípios básicos na
formação de imagem por TC
Tubo com feixe de raio X;
GANTRY

Movimento continuamente em círculo ao redor do


paciente;

RX atravessam a superfície corpórea da região


examinada;

Parte do RX é absorvida (sendo que tecidos


corporais apresentam diferentes níveis de absorção
e atenuação desses raios) , e parte restante incide
sobre os detectores de radiação que se encontram
localizadas do lado oposto ao momento do tubo de
raio X;
 Originam-se nestes detectores , sinais
elétricos diretamente proporcional ao
numero de feixes do raio X;

 Estes sinais são quantificados e gravados


nos computadores;

 Produção de imagens formadas por


múltiplos pontos (pixels) em diferentes
tons de cinzas (escala de Hounsfield).
• 1000 = branco  tecido ósseo (radiopaco)
•0 = agua
• -1000 = negro  ar (radiotranparente)
Tubo de
Raio X

Detectores
Radiodensidade como
Função de Composição
chumbo osso sangue água gordura

Sulfato músculo fígado lipidios ar


De bário

radiopaco radiotransparente
TC axial
TC helicoidal ou espiral
 AXIAL
• Imagens em um plano transversal ao objeto a
partir de um giro de 360 graus do feixe de raio
X em torno de si (mesa estática).

 HELICOIDAL OU ESPIRAL
• Rotação contínua da ampola de raio X acoplada
em movimento continuo e regular em torno do
paciente em cima da mesa (aquisição
volumétrica) cortes de 1,0 a 10,0 mm de
espessura.
 Reconstrução em planos diversos do
transversal são também mais fidedignos.
“ PITCH ”
 O termo pitch é definido na
TC helicoidal como distância
percorrida pela mesa durante
um giro de 360o dividido
pela colimação do feixe de
raio X.
Mesa deslocando 10 mm por segundo
Espessura corte 10 mm
Pitch 1:1

Mesa deslocando 20 mm por segundo


Espessura corte 10 mm
Pitch 2:1
Sendo assim :

Pitch  menor tempo de exame ou


maior a área a ser estudada, porém uma
redução na qualidade da imagem.
Protocolos

 Na maioria dos serviços


radiológicos, protocolos de TC
são redigidos e seguidos,
detalhando a técnica mais
adequada para examinar
varias regiões do corpo.
•Espessura/Incremento

•Extensão do estudo
•Documentação
•(Primeiro ao último co

•Ângulo da mesa
•Dose de RX
•PROTOCOLO

•Janelas
•Contraste necessário
•(osso/fígado/pulmão
•(Oral/ev/retal)
•Cerebro,etc)
Limitação da TC
 Mulheres grávidas;
 Pessoas muito obesas (superior a 180 kg);
 Pessoas alérgicas ao contraste (só se submete a
fase sem contraste);
 Pessoas que se submeteram a exames
contrastados recentemente com a utilização de
sulfato de bário;
 Distúrbios neurológicos (Parkinson ou outras
afecções que causam movimentos involuntários);
 Distúrbios psiquiátricos;
 Crianças ou adultos senil (dificuldade de
compreensão quanto a necessidade de
imobilização prolongada).
Tomógrafo
 Composto por um conjunto de sistemas :
• Sistema de emissão de raio X;
(Gantry)
• Sistema de detectores de radiação;
• Sistema de reconstrução de imagem;
• Sistema de armazenamento e apresentação
de imagens (HD/teclado /monitor);
• Mesa de exame;
• Sistema de documentação (impressora
multi-formato ou laser comum ou seca).
Imagem na tela ou no filme
 Convencionou-se examinar a TC
produzida como se estivesse
olhando para ela de baixo para
cima (a partir dos pés do
paciente), assim é importante
lembrar que as estruturas vistas
a sua direita são aquelas do lado
esquerdo do corpo do paciente.
 Voltagem
• Maior voltagem produz uma maior
penetração em corpos grandes e reduz o
ruído da imagem;
• Menor voltagem produz uma melhora o
resolução de contraste em corpos médios e
pequenos.

 mAs
• Configura a exposição durante a varredura;
• Um fator de mAs maior diminui o ruído da
imagem,melhora o contraste, mas aumenta
a dosagem de radiação que o paciente
recebe e sobrecarrega o tubo de raio X.
 Ângulo de varredura (cortes axiais)

• Ex: 223o , 360o ou 403o graus

• 223o – varredura parcial que permite


cortes de 0,6 segundos

• 360o – volta completa (recomendado)

• 403o – 1 volta + 43o graus, onde permite


uma sobrevarredura e ajuda a atenuar
movimentos inconcientes do paciente
(peristaltismo)
 Espessura
• Fatia de 1,0 mm é usado em alta
resolução (ex: ouvido);
• Fatia de 2,5 mm é usada como exemplo
para base do crânio e varredura de
fossa posterior (para minimizar o
volume parcial de listras ,devido a
estruturas óssea pequena e de alto
contraste);

 Incremento
• Distância entre duas varreduras
consecutivas.
 Scan time
• Tempo de varredura (corte) da aquisição
de uma fatia ,tempos de 1,0 a 1,3 seg é
adaptado à maioria dos casos padrões
atualmente. Tempos maiores que 1,0
segundo são usados para alta exposição
especiais (fatia fina com 500 mAs).
 Filtros
• Adequado para cada tipo de estudo
(filtros moles a filtros duros).
 Matrix
• Numero de pontos (pixels) que a
reconstrução da imagem conterá (3402,
5122,7682,10242) quanto menor a
matriz,menos espaço em arquivo ao
armazenar,mais rápida a reconstrução,
porém menos número de pixels ,menor a
qualidade de imagem.
Pixel
Contraste na TC
 Via oral (v.o)

 Endovenosa (e.v)

 Via retal (v.r)


 Via oral ou via retal – contraste
hidrossolúvel (a base de iodo) ou
baritado diluído
• Serve para aumentar a atenuação entre
duas estruturas (analise de vísceras
ocas).

 Via oral – administrado 1 hora antes


do exame em sala

 Via retal – fazer direto em sala (para


doenças pélvicas)
 Contraste endovenoso –
administrado para o realce das estruturas
vasculares e para aumentar o contraste
entre as estruturas parenquimatosas:
vascularizadas, hipovascularizadas
avascularizadas.

 O contraste iodado não-iônico vem


progressivamente aumentando, devido à
diminuição de numero de reações
alérgicas adversas comparado ao iônico.
Procedimentos Especiais
 3D
 MIP (angio)
 MPR (2 D)
 4D

Todas as aquisições devem ter espessura


finas e incremento de 50 a 70 % da
espessura (quanto mais informação, mais
fidedigna será a reconstrução multiplanar)

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