MIBEL

Mercados de Energia Elétrica

Empresas operantes no setor - Geração

• Incentivo para a produção em regime especial

- fontes renováveis.

• Destaque em âmbito Ibérico para as empresas

EDP (portugal) e Endesa e Iberdrola (espanha).

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Empresas operantes no setor - Transmissão

• Portugal: A Rede Nacional de Transporte (RNT)

é propriedade do governo e operada pela
Rede Energética Nacional (REN).

• Espanha: realizado em regime de monopólio

pela Red Eléctrica Española (REE), que
também é o operador do sistema elétrico.

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Empresas operantes no setor - Distribuição

Portugal
• É realizada em 99% pela empresa Energias de Portugal (EDP), que era
detentora do monopólio natural do setor antes da reestruturação.

• Essa empresa foi desverticalizada e hoje atua em todas as atividades

do setor e em diversos países, mas com bastante peso no Brasil e na
Espanha, além de Portugal.

• No Brasil, atua nas atividades de comercialização e possui algumas

concessões de transmissão (Maranhão, São Paulo, Rio Grande do Sul
e Santa Catarina). É uma sociedade anônima com 8 subsidiárias, onde
21% do seu capital social é Chinês.

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Empresas operantes no setor - Distribuição

Espanha
• Existe 5 grandes distribuidores de eletricidade em território
espanhol que operam de acordo com áreas geográficas. 

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Fonte: https://www.enchufados.com/detalle/distribuidoras-de-energa-a-en-espaa-a
Empresas operantes no setor - Distribuição
• Dos 27 milhões de consumidores no mercado de eletricidade, cerca
de um milhão tem a energia fornecida por um dos 326 pequenos
distribuidores de eletricidade.

• Entre as maiores distribuidoras de energia na Espanha, está a

Endesa, empresa espanhola fundada em 1944, que em 2009 passou
a ser controlada pela empresa estatal Italiana Enel. Além de atuar
na Espanha e em Portugal (1993), a Endesa atua também no Brasil
(2005) e mantém ativos nos estados do Rio de Janeiro, Minas
Gerais, Ceará, Goiás e Rio Grande do Sul.

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 Empresas operantes no setor -
Comercialização
• O grupo EDP também se destaca em território português, mas
as empresas espanholas Endesa e Iberdrola estão ganhando
cada vez mais espaço. Considerando Espanha e Brasil, a EDP
conta com aproximadamente 9,8milhões de clientes.

• Durante anos, o setor elétrico na Espanha funcionou como

um oligopólio no qual o preço da luz dependia de poucas
empresas. Atualmente, cerca de 40 comerciantes vendem luz
na Espanha.

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 Empresas Operantes no Setor – Integração
Vertical
• Apesar da desintegração vertical dos monopólios, observa-se que
ainda há empresas verticalmente integradas nos setores de geração e
comercialização.

• A integração vertical destas atividades não está sujeita a limitações

normativas. Um exemplo disso é a fusão das empresas Union Fenosa e
Gas Natural em 2009, resultando na Gas Natural Fenosa.

• A integração vertical geração-comercialização diminui os incentivos

para atuar estrategicamente no mercado de geração. Os contratos de
fornecimento elétrico costumam ter duração anual, de forma que,
durante o período do contrato, o preço do fornecimento já está fixado.

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 Empresas Operantes no Setor – Operador
Dominante

• Em função dessa integração vertical, em 2007 o

Conselho de reguladores definiu o Operador
dominante.

• É considerado operador dominante qualquer

empresa que detenha uma quota de mercado
superior a 10 % da energia elétrica produzida no
âmbito do MIBEL (regime ordinário).
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 Empresas Operantes no Setor – Operador
Dominante
Os operadores dominantes devem seguir uma série de limitações e
obrigações impostas pelo MIBEL, entre elas:

• Realizar leilões da capacidade de produção;

• Restrições de acesso à compra de capacidade nos leilões de
capacidade;
• Limitações de participação nos leilões de aquisição de capacidade
de interligação;
• Limitações do acesso às licenças de novas instalações de produção e
à gestão local de congestionamentos;
• Restrição à representação de instalações de produção no regime
especial.

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 Principais Entidades

• REN: Operador do Sistema elétrico português;

• REE: Operador do sistema elétrico espanhol;
• OMIP: Operador do mercado a prazo, polo português;
• OMIE: Operador do mercado spot, polo espanhol;
• CR MIBEL: Conselho de reguladores do MIBEL;
• ERSE: Entidade Reguladora de Serviços Energéticos;
• CMVM: Comissão do Mercado de Valores Mobiliários;
• CNE: Comissão Nacional de Energia;
• CNMV: Comissão Nacional do Mercado de Valores.

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Sistema Elétrico

Fonte: CARACTERIZAÇÃO DO RNT.REN, Novembro 2016 12

 Operação do Sistema
ARTICULAÇÃO ENTRE OPERADORES DE SISTEMA

• Troca de participações entre a REE/REN: os Governos de Portugal e Espanha apoiam a

realização de uma troca de capital entre a REN e a REE.
– REE possui 5% do capital da REN
– REN possui 1% do capital da REE

• Reforço das interligações entre Portugal e Espanha: Os Governos de Portugal e

Espanha solicitaram aos operadores de sistema REN e REE um plano acelerado de
construção dos reforços de interligação para reduzir significativamente as restrições e
congestionamentos na interligação .

• Reforço da articulação entre o OMI e os Operadores de Sistema: os Governos de

Portugal e Espanha acordaram autorizar a participação dos operadores de sistema
(REN e REE) em cada uma das holdings acionistas em que se estrutura o OMl até um
máximo de 10%.

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 Operação do mercado
O mercado grossista do MIBEL é composto por
quatro tipos de mercado:

• Mercado de contratação a prazo;

• Mercado de contratação a vista;
• Mercado de serviços de sistema;
• Mercado de contratação bilateral.

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 Mercado a Prazo
• Para atuação direta nesse mercado é necessária a obtenção da qualidade de
Membro Negociador, atribuída pelo OMIP. Esta entidade é constituída em
90% por membros da REN e 10% pela OMIE.

• A OMIP é responsável:
– pela definição das regras de mercado;
– pela admissão, suspensão ou exclusão de membros negociadores;
– pela fiscalização do cumprimento das regras;
– pelo controle das operações efetuadas no mercado;
– pela definição dos contratos admitidos e elegíveis para negociação.

• Em coordenação com a OMIClear é responsável pelo registo das operações

realizadas em mercado a prazo. A OMIClear atua como câmara de
compensação e ainda, é a entidade gestora do sistema de liquidação.

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 Mercado a Prazo
A OMIP disponibiliza, atualmente, três tipos de contratos:

• Contratos Futuros: com entrega física e/ou financeira, encontram-se admitidos à

negociação em mercado, sendo igualmente passíveis de registo na plataforma, para
efeitos de compensação. A liquidação financeira corresponde à diferença entre o
preço de referência spot e o preço de referência de negociação do contrato de
futuros do último dia de negociação.

• Contratos Forward: com entrega meramente física, a liquidação financeira

corresponde à diferença entre o preço de referência spot e o preço de cada
operação.

• Contratos Swap SPEL Base: com entrega meramente financeira, a liquidação

financeira corresponde à diferença entre o preço de referência spot e o preço de
cada operação.

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 Mercado a Prazo
Além de contratos, existem outros mecanismos de contratação no mercado a prazo:
os leilões.

• Leilões obrigatórios: para garantir a liquidez do mercado a prazo, ficou decidido

que por período transitório as distribuidoras espanholas e os comercializadores
de último recurso são obrigados a adquirir energia por meio de leilões.

• Leilões virtuais de capacidade de âmbito ibérico: tem por objetivo, entre outros,
reduzir o poder do mercado, fomentar o aparecimento de novos
comercializadores no MIBEL, desenvolver o mercado a prazo de âmbito ibérico.

• Leilões CESUR: instituir leilões físicos ou financeiros para aquisição de energia por
parte dos fornecedores de último recurso, e garantir o desenvolvimento dos
mecanismos coordenados de aquisição de energia definidos no âmbito do MIBEL.

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 Mercado Diário

• Fechamento 10:00h
• Programa diário base 12:00h
• Programa diário definitivo 16:00h

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 Preço de equilíbrio

FONTE: CARACTERIZAÇÃO MENSAL DO MIBEL. CONSELHO DE REGULADORES, Outubro de 2015.

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 Market Spliting
• Se houver viabilidade econômica e técnica, o
preço do mercado é único para todo sistema
Ibérico.

• Se o preço de encontro resultar em um trânsito

nas interligações superior a sua capacidade, as
duas áreas são tratadas separadamente com
curvas específicas para cada área.

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 Market Spliting

FONTE: CARACTERIZAÇÃO MENSAL DO MIBEL. CONSELHO DE REGULADORES, Outubro de 2015

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 Mercado Intradiário
• Mercado de ajustes estruturado em 6 sessões;

• Visa solucionar desajustes entre oferta e

procura;

• Agentes de natureza natural compradora

podem vender energia e agentes vendedores
podem comprar energia.
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 Mercado de Serviços do Sistema
• Tem por finalidade garantir o cumprimento das
condições de qualidade e segurança requeridas
para o fornecimento de energia elétrica.

• O mercado de serviços de sistema é

responsabilidade do Operador do sistema em
ambos países.
– REN em Portugal
– REE na Espanha.
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 Mercado de Serviços do Sistema
ESPANHA

Os serviços de sistema na Espanha compreendem:

• A resolução de restrições técnicas;

• Os serviços complementares: associados à regulação
frequência-potência, controle da tensão da rede de transporte
e a reposição do serviço;
• O processo de gestão dos desvios entre produção e consumo,
para garantir a disponibilidade, em todo o momento, das
reservas de regulação requeridas.

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 Mercado de Serviços do Sistema
PORTUGAL

Os serviços de sistema em Portugal encontram-se divididos em:

• Serviços obrigatórios: não são remunerados e onde estão

englobados a regulação de tensão, a regulação de frequência e
a manutenção da estabilidade.

• Serviços complementares: são passíveis de remuneração, que

engloba a compensação síncrona e estática, a reserva, a
regulação secundária e a interruptibilidade rápida.

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 Preço
A tarifa portuguesa é composta por três
componentes:

• A Energia;
• A Rede;
• Os Custos de Interesse Econômico Geral
(CIEG).

26
 Preços

FONTE: CARACTERIZAÇÃO MENSAL DO MIBEL. CONSELHO DE REGULADORES, Outubro de 2015

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 Eficiência Econômica
• Quanto a produção e investimentos;

• Quanto ao uso;

• Quanto a alocação.

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 Eficiência Econômica
Alocação

FONTE: SILVA M. A segurança nas redes energéticas e o caso de Portugal. Lisboa, Jun. 2015.

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 Referências
• CONSELHO DE REGULADORES. Informação Mensal do Mibel -
Outubro de 2015, MIBEL 2015.
• CONSELHO DE REGULADORES. Descrição de funcionamento
do MIBEL, Nov 2009.
• SILVA M. A segurança nas redes energéticas e o caso de
Portugal, Liboa 2015.
• LAMEIRA V. O Setor Elétrico português: Uma visão crítica.
Revista eletrônica Sistema & Gestão, 2011.
• MIBEL. +MIBEL. Disponível em:<http://mibel.com/index.php?
mod=pags&mem=detalle&relmenu=9&relcategoria=1026&id
pag=67> Acesso em: 05 out. 2017.

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