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Período Plioceno

Plioceno ou pliocénico é a última época do antigo período Terciário da era Cenozoica. Está


compreendido entre há cerca de 5 e 2 milhões de anos.
Principais eventos
Geomorfológicos
Os continentes se localizavam a no máximo 70 km das posições
atuais. Com a formação do Istmo do Panamá (uma estreita
porção de terra entre o mar das Caraíbas e o oceano
Pacífico que liga a América do Norte e a América do Sul), há 3
milhões de anos, tem início o chamado Grande Intercâmbio
Americano, assim como o cessamento da troca de correntes
entre os oceanos Atlântico e Pacífico, o que resultou em um
esfriamento das águas do primeiro, que contribuiu para o
aumento das calotas polares, tanto do Ártico como da Antártida,
e diminuiu o nível dos oceanos. Alguns especialistas acreditam
que esta também foi a causa do início das glaciações (Idades do
Gelo) do Pleistoceno, que marcam o fim do Plioceno e o início
desta nova época.
De certa forma, o Plioceno pode ser considerado a uma fase de
transição entre o Mioceno mais quente e o Pleistoceno com
suas glaciações.
Grande Intercâmbio Americano
O Grande Intercâmbio Americano foi um importante
evento paleozoogeográfico no qual a fauna terrestre e
de água doce migrou da América do Norte através
da América Central para a América do Sul e vice-versa,
quando o Istmo do Panamá se formou e uniu
os continentes antes separados. A migração atingiu seu
ápice por volta de três milhões de anos (Ma) atrás,
no Piacenziano, a primeira metade do Plioceno superior.
Resultou na junção das ecozonas Neotropical (grosso
modo, a América do Sul) com a Neoártica (grosso modo, a
América do Norte), dando origem definitiva às Américas. O
intercâmbio é visível a partir da observação tanto
da estratigrafia quanto da natureza (neontologia). Seu
efeito mais dramático foi sobre
a zoogeografia dos mamíferos, mas também possibilitou
que aves ápteras, artrópodes, répteis, anfíbios e até
mesmo peixes de água doce, migrassem.
Clima no Plioceno
Durante a época do Plioceno o clima se tornou mais frio e seco após o Mioceno, e
sazonal, semelhante aos climas modernos. No entanto, a temperatura média global
no meio do Plioceno (3,3 Ma – 3 Ma) era 2–3 ° C mais alta do que hoje, mesmo
assim esse clima seco e frio fez as florestas tropicais diminuiram, dando espaço
para pastagens e savanas nas zonas tropicais, as temperaturas continuaram
diminuindo no plioceno, que culminaria na grande glaciação do Pleistoceno.
Flora no plioceno
A mudança para um clima mais frio, seco e sazonal teve impactos
consideráveis ​na vegetação do Plioceno, reduzindo as espécies tropicais
em todo o mundo. As florestas decíduas proliferaram, as florestas de
coníferas e a tundra cobriram grande parte do norte e as pastagens se
espalharam em todos os continentes (exceto na Antártica). As florestas
tropicais eram limitadas a uma faixa estreita ao redor do equador e,
além das savanas secas, surgiram desertos na Ásia e na África.
Principais eventos Biológicos
A fauna pliocênica já está muito parecida com a atual,
com a proliferação de muitos gêneros e famílias que
sobreviveram até a atualidade e dos ancestrais diretos da
fauna atual. Possivelmente o maior destaque desta época
seja o desenvolvimento dos hominídeos, os ancestrais
dos seres humanos, no leste da África.
Nas Américas, merece destaque o Grande Intercâmbio
Americano, que causou consideráveis mudanças
nas biotas. Embora tenha existido uma considerável Australopithecus, um primata da família dos
superioridade da fauna do norte adentrando o continente hominídeos
do sul, houve alguns casos de animais sulistas que
conseguiram atingir e se adaptar as condições
da América do Norte (como tatus, Gambá, preguiças-
gigantes e até algumas das aves do terror).
• Em 2002, Narciso Benítez et al. calculou que cerca de 2 milhões de
anos atrás, por volta do final da época do Plioceno, um grupo de
estrelas brilhantes a 130 anos-luz da Terra e que uma ou mais
explosões de supernova poderia ter danificado a camada de ozônio
da Terra e causado a extinção de alguma vida nos oceanos Isótopos
radioativos de ferro-60 que foram encontrados em depósitos antigos
do fundo do mar mais atrás dessa descoberta, já que não há fontes
naturais para este isótopo radioativo na Terra, mas eles podem ser
produzidos em supernovas.

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