Marx UC: História do Pensamento nas Relações Internacionais

2020
Plano da apresentação

I Introdução
Contexto Histórico

Manifesto do Partido Comunista

II Marx e o Capitalismo
Marx e as Relações Internacionais
Crítica à Teoria
II Conclusão

I
 3 Grandes Paradigmas

liberalismo, nacionalismo e marxismo

Destaca-se por ver na natureza humana um
ser maleável e facilmente corrompível
pelo capitalismo

algo que só terminará com a revolução inevitável para a

qual o próprio capitalismo se auto conduz
 Contexto Histórico
O movimento Marxista surge de forma sedimentada no âmago do séc. XIX

Ambiente social e político que absorve o impacto

da revolução francesa e rompe com a natureza de
governação aristocrática esta nova ordem
assinala profundas
alterações no tecido
Desloca o eixo da soberania, económico e social
anteriormente alicerçado numa
personalidade, para a própria nação
 Contexto Histórico
Karl Marx (1818-1883) e Friedrich • salários em constante queda;
Engels (1820-1895) encontram esta
sociedade profundamente • carga horária de trabalho cada vez maior;
transformada: • insegurança no posto de trabalho, etc.
• pela emergência produtiva,
• pela exploração desenfreada dos
recursos e tecnologias
• e, particularmente, pela Os trabalhadores tornam-se o
destabilização das relações de elemento incontornável da
trabalho e exploração dos produção ideológica de Marx
trabalhadores
Manifesto do Partido Comunista
O conflito político e a estratificação social radicam na distribuição de riqueza,
razão pela qual terão também o seu fim através da eliminação do mercado e da respetiva
sociedade distribuída em (duas) classes

Os autores condensam todo o É a abordagem dialética à

desenvolvimento social da sociedade, que marca a teoria
humanidade na “luta de marxista
classes”

O marxismo define a natureza da realidade como dinâmica e conflituosa

Manifesto do Partido Comunista
Fica patente o caráter
essencial que Marx atribui ao
capitalismo: ser cosmopolita
Há uma inseparabilidade
económica da esfera política
O capitalismo semeia a
própria implosão
O capitalismo precisa do acesso às economias
estrangeiras, i.e., de uma economia mundial aberta,
para exportar os seus bens e capitais e assim
aumentar as taxas globais de lucro.
As mudanças na sociedade decorrem das forças
dinâmicas internas, que são resultado das relações
de produção da sociedade, daí que Marx pretenda
operacionalizar a mudança política através da
economia
“a burguesia não forjou apenas as armas que lhe
trazem a morte; também gerou os homens que
manejarão essas armas, os operários modernos, os
proletários”
Manifesto do Partido Comunista

O autor aplica a dialética desenvolvida por

Hegel à realidade material, por influência
Ao mudar a base
de Feuerbach, defendendo que o económica,
proletariado, cada vez mais oprimido e revoluciona-se
«tiranizado» pelo crescimento da indústria,
encontrará a organização e força para toda a imensa
derrubar as relações de produção
instituídas, fazendo-o por via da violência
superestrutura
revolucionária erigida sobre ela
Marx e o Capitalismo
Marx acreditava que residia no capitalismo uma
contradição inerente ao seu próprio funcionamento

Através dos efeitos de acumulação

de capital, que conduziria a Ou seja,
recessões e estagnações o natural desenvolvimento do
económicas, o proletariado seria capitalismo
impelido a afastar aquele sistema
económico pela violência provocaria o socialismo
 Marx e o Capitalismo
3 leis económicas inevitáveis, que regiam a origem, evolução e eventual
desaparecimento do modo capitalista de produção:

Desproporção entre produção e consumo

A lei da desproporcionalidade
A evolução do capitalismo conduz ao
A lei da concentração (ou da aumento das concentrações de riqueza
acumulação) de capital
O aumento da produtividade e economia de mão-de-obra,
A lei da queda da taxa de lucro gera desemprego e diminui taxas de lucro
 Marx e as Relações Internacionais
A maior parte da produção marxista sobre política mundial
era dedicada às relações entre os Estados, no conjunto da
diplomacia, assuntos militares e coloniais

Os sucessos económicos do capitalismo levaram a uma

Marx não desenvolveu um
metamorfose do pensamento marxista, que culminou no
conjunto sistemático de imperialismo de Lenine
ideias sobre a economia nas
relações internacionais
Pelo colonialismo ultramarino, o capitalismo
ultrapassou as 3 leis inevitáveis, prolongando a
sua sobrevivência
 Marx e as Relações Internacionais
Lenine
Soma ao bloco de
leis marxistas As economias capitalistas são forçadas a apropriar-se de
colónias e criar dependências para servir os mercados,
a sua 4ª lei investimentos, fontes de alimentos e matérias primas,
dividindo as colónias de acordo com a sua força, no seio da
competição capitalista

A dialética transfere-se da luta de classes para a luta das nações.

Deste modo, a destruição do próprio sistema não seria devida à opressão do proletariado, mas antes pelas
consequências políticas e bélicas do expansionismo (e imperialismo) capitalista.
 Críticas à Teoria
A produção e respetiva distribuição da riqueza material pertence ao
Problema económico centro da vida política

Há sempre um fator social que se encontra por detrás de cada

Natureza e estrutura da
relação e divisão de trabalho, as quais implicam uma dependência
divisão de trabalho e, assim, uma relação política

O marxismo coloca a tónica dos desenvolvimentos tecnológicos e

Política Internacional económicos na explicação da dinâmica do sistema internacional

Abordagem ao plano Atribui às economias capitalistas um ímpeto de expansão por via

externo do comércio e exportação de capital
 Críticas à Teoria
Pontos fracos

A economia não é tudo. O Marxismo recusa (ou Ao contrário do que afirmava Lenine, as disputas
omite) qualquer influência da política e fatores territoriais determinantes para a eclosão da 1ª GM
estratégicos na explicação na dinâmica das relações foram protagonizadas no próprio território
internacionais europeu, sem referência a colónias estrangeiras

As colónias europeias, que hoje se classificam como

de terceiro Mundo, foram de pouca importância Lenine errou, na medida em que os conflitos entre
económica, tendo mesmo as próprias finanças as potências europeias eram predominantemente
internas sido reféns da política externa. políticos e estratégicos, e não de ordem
eminentemente económica
 Conclusão
O marxismo continua a exercer, ainda no nosso tempo, uma forte influência, muito embora a sua história
e teoria esteja repleta de tentativas de justificar os seus próprios fracassos, conjuntura na qual Lenine se
destacou (através da tese imperialista).

• A abordagem dialética ao conhecimento e à sociedade, enquanto realidade

dinâmica e conflituosa;

4 elementos • Uma visão materialista da história, cujo eixo de consubstancia da

estruturais do distribuição do produto social;
marxismo • Um entendimento do desenvolvimento capitalista, alicerçado num conjunto
de leis económicas que dinamizam a sociedade moderna;
• Um compromisso com socialismo, enquanto desejável fim da história do
desenvolvimento
Obrigado