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PROBLEMAS

MUSCULOESQUELÉTICOS

SAÚDE DA PESSOA IDOSA


PREVENÇÃO DE PROBLEMAS
PROBLEMAS
MUSCULARES
PROBLEMAS MUSCULARES

 O sistema muscular produz uma infinita


variedade de acções, utilizando os músculos
como equipas coordenadas;
 O tecido muscular cria os movimentos do
corpo e também dá força a processos
internos, desde o bater do coração até ao
movimento dos alimentos através dos
intestinos, até à focagem do olho;
PROBLEMAS MUSCULARES

 O sistema muscular tem uma existência muito


física, na qual a utilização regular previne a
atrofia;
 A lesão é mais comum do que a doença;
 Os músculos são a “carne” do corpo;
 Aumentam e ondulam sob a pele e estão
dispostos em camadas até aos ossos;
PROBLEMAS MUSCULARES
 A sua função é contrair e puxar os ossos a que
estão presos;
 O corpo humano tem aproximadamente 640
músculos;
 As lesões dos músculos são habitualmente
resultado de esforço físico em actividades diárias
ou devido a um puxão ou torção repentinos, tais
como os que ocorrem no desporto ou nos
acidentes;
PROBLEMAS MUSCULARES

 Acções repetidas, com o tempo, também pode


danificar os músculos, por ex. acções
profissionais;
 Alguns problemas musculares graves podem
ser responsáveis por fraqueza muscular.
DISTENSÕES E
ROTURAS
MUSCULARES
DISTENSÕES E ROTURAS
 Uma pequena lesão causada por um músculo
hiperestendido chama-se distensão;
 A mesma lesão mais grave é uma rotura;
 A distensão muscular é habitualmente causada
por movimentos repentinos e exagerados;
 Uma hemorragia limitada dentro do músculo
causa dor e inchaço, que podem ser
acompanhados de espasmos ou contracções
dolorosas;
DISTENSÕES E ROTURAS

 Um músculo rompido (rotura), provoca muitas


dores e inchaço;
 Após um exame médico para avaliar a
gravidade, o tratamento habitual consiste em
repouso, medicação anti-inflamatória e,
talvez, fisioterapia;
 Em casos raros, pode ser necessária cirurgia
para reparação do músculo com rotura grave.
DISTENSÕES E ROTURAS
INFLAMAÇÃO
DOS TECIDOS
MOLES
INFLAMAÇÃO DOS TECIDOS

 Como qualquer outro tecido mole, o músculo


reage aos danos (como os causados por uma
pancada), com inflamação;
 A zona afectada torna-se quente, vermelha e
inchada quando o sangue e os líquidos das
células e capilares se acumulam;
 Mexer músculo provoca desconforto ou dor;
INFLAMAÇÃO DOS TECIDOS

 Causas mais prolongadas de inflamação do


tecido muscular são o grupo de problemas
denominados lesões de fadiga;
 A causa básica é um movimento ou acção
repetida muitas vezes, durante um longo
período;
INFLAMAÇÃO DOS TECIDOS

 Movimentos rápidos e que requerem força


aumentam o risco;
 As lesões de fadiga estão relacionadas com
muitas e variadas actividades diárias.
MIASTENIA
GRAVIS
MIASTENIA GRAVIS

 A miastenia gravis é provocada por anticorpos


que atacam e destroem gradualmente os
receptores dos músculos que recebem sinais
nervosos;
 Consequentemente, os músculos não são
estimulados a contrair-se, ou reagem muito
fracamente;
MIASTENIA GRAVIS
 Os músculos afectados incluem os músculos da
face, da garganta e dos olhos, o que pode
acarretar problemas na fala e na visão;
 Os sintomas iniciais incluem pálpebras caídas,
quando os músculos enfraquecem;
 Os músculos envolvidos na mastigação e
deglutição também são afectados;
 Os músculos dos braços, das pernas e os
respiratórios são afectados mais raramente.
MIASTENIA GRAVIS
DISTROFIA
MUSCULAR
DISTROFIA MUSCULAR

 As distrofias musculares são doenças


hereditárias que causam alterações dos
músculos;
 Estas alterações dão origem a fraqueza e
dificuldade de movimentos;
 Sintomas comuns de diversos tipos de distrofia
são a atrofia progressiva dos músculos e a perda
de movimentos;
DISTROFIA MUSCULAR

 Não existe tratamento eficaz para interromper


este processo de distrofia;
 Contudo, exercícios de alongamento e cirurgia
para soltar músculos e tendões encurtados
pode beneficiar alguns pacientes.
DISTROFIA MUSCULAR
PROBLEMAS
ESQUELÉTICOS
PROBLEMAS ESQUELÉTICOS

 Com as suas articulações de engenharia


avançada, o esqueleto humano constitui uma
estrutura de alavancas rígidas e placas estáveis
que permitem uma grande variedade de
movimentos;
 Intimamente ligado ao sistema muscular, o
esqueleto também se integra funcionalmente
com o aparelho cardiovascular;
PROBLEMAS ESQUELÉTICOS

 A cada segundo, milhões de novas células de


sangue saem da medula óssea;
 Uma dieta saudável com minerais suficientes,
especialmente cálcio, juntamente com
exercício moderado, pode reduzir os riscos de
muitos problemas ósseos e articulares;
 O esqueleto médio tem 206 ossos;
PROBLEMAS ESQUELÉTICOS
 Existem variações naturais, aproximadamente
um em cada 20 indivíduos têm uma costela
extra;
 Embora o osso seja cerca de 22% de água, tem
uma estrutura extremamente forte, apesar de
leve e flexível;
 O esqueleto tem ainda a vantagem de se
conseguir reparar a si próprio quando danificado;
PROBLEMAS ESQUELÉTICOS

 Pode remodelar os seus ossos para ficarem


mais grossos e mais resistentes em zonas de
maior tensão, como se pode ver em algumas
actividades como a equitação e levantamento
de pesos.
FRACTURA
FRACTURA

 Os ossos partidos – fracturas – vão desde uma


pequena fissura na superfície óssea a uma
separação parcial através do osso, ou a uma
fractura completa;
 As fracturas podem ser causadas por um
impacto repentino, por compressão, ou por
tensão repetida;
FRACTURA

 As carências alimentares ou certas doenças


crónicas, como a osteoporose, podem
aumentar a probabilidade de fracturas;
 Se um osso partido permanecer sob a pele, a
fractura é descrita como fechada e existe um
risco reduzido de infecção;
FRACTURA

 Se as extremidades dos ossos fracturados se


projectarem através da pele, a lesão é
considerada exposta e existe o perigo de
infecção;
FRACTURA

Fractura
FRACTURA FECHADA
FRACTURA ABERTA
FRACTURA

 As fracturas mais comuns variam consoante a


idade e o grau de actividade;
 A fractura do cotovelo é comum na infância, o
osso do braço parte imediatamente acima do
cotovelo, devido a uma queda ao brincar;
 Uma pessoa jovem pode lesionar um osso da
perna nos desportos de equipa;
FRACTURA

 Com a idade, os ossos tornam-se mais finos –


mais fracos e quebradiços – e com maior
probabilidade de fractura sob uma força
mínima;
 A articulação da anca é especialmente
vulnerável, e a fractura frequentemente é
consequência de uma queda;
FRACTURA
FRACTURAS DA
COLUNA
FRACTURAS DA COLUNA

 A maior parte das lesões da coluna ocorrem


devido a forças intensas de compressão,
rotação ou flexão para além da gama normal
de movimentos da coluna;
 Muitas lesões da coluna são de pouca
importância e causam apenas uma ligeira
contusão;
FRACTURAS DA COLUNA

 Contudo, uma queda grave ou acidente


podem deslocar ou fracturar uma ou mais
vértebras;
 Se a medula espinal ou nervos sofrerem lesão,
pode resultar um perda de sensibilidade ou de
função;
 Pode surgir paralisia se os danos forem graves,
especialmente na região do pescoço;
FRACTURAS DA COLUNA

 As doenças ósseas (por ex. osteoporose),


podem afectar a coluna e aumentar a
probabilidade de fracturas;
 O prognóstico de uma fractura da coluna
depende de estar estável (pouco provável que
exista desvio) ou instável.
FRACTURAS DA COLUNA
FRACTURAS DA COLUNA
CURVATURA DA
COLUNA
CURVATURA DA COLUNA

 A coluna vertebral tem duas curvas naturais


principais;
 São a curva dorsal para trás na região dorsal, e
a curvatura lombar para a frente, na parte
inferior das costas;
 O aumento da curva dorsal, que provoca uma
corcunda nas costas, chama-se cifose;
CURVATURA DA COLUNA

 A lordose é uma curvatura exagerada da


coluna lombar;
 Os dois problemas podem ocorrer juntos, uma
vez que um tende a compensar o outro;
 As causas incluem problemas ósseos ou
articulares, má postura e excesso de peso.
CURVATURA DA COLUNA
OSTEOPOROSE
OSTEOPOROSE

 Mais comum com o avanço da idade, a


osteoporose, consiste na perda ou
enfraquecimento de tecido ósseo, o que torna
os ossos mais fracos, mais quebradiços;
 Para o crescimento e reparação óssea
saudáveis, o tecido ósseo está
constantemente a ser decomposto e
substituído;
OSTEOPOROSE

 As hormonas sexuais são essenciais para


iniciar e manter este processo e com a
diminuição da sua produção, os ossos ficam
visivelmente mais finos e mais porosos;
 As hormonas baixam rapidamente nas
mulheres após a menopausa, o que pode levar
a uma grande diminuição de densidade óssea,
ou osteoporose;
OSTEOPOROSE

 Em geral, os homens são menos vulneráveis à


doença;
 O exercício é um componente essencial para a
manutenção da saúde dos ossos;
 A redução da densidade dos ossos, com
osteoporose, torna-os mais vulneráveis a
fracturas.
OSTEOPOROSE
FACTORES DE RISCO

 São chamados “factores de risco” a certos


factores que estão ligados ao
desenvolvimento da osteoporose ou
contribuem para uma maior probabilidade do
indivíduo desenvolver a doença;
FACTORES DE RISCO

 A osteoporose é uma doença que resulta de


factores, quer intrínsecos – sobre os quais não
temos capacidade de intervenção, quer
extrínsecos – em que podemos interferir com
o objectivo de minorar o seu impacto sobre o
organismo;
FACTORES DE RISCO

 Sexo feminino;
 Baixa massa óssea;
 Fractura prévia;
 Raça branca ou amarela;
 Idade avançada em ambos os sexos;
 História familiar com osteoporose;
 Menopausa precoce, não tratada;
FACTORES DE RISCO

 Amenorreia primária ou secundária;


 Hipogonadismo primário ou secundário, em
homens;
 Estrutura óssea pequena e baixo peso;
 Tabagismo;
 Alcoolismo;
 Sedentarismo;
FACTORES DE RISCO

 Imobilização prolongada;
 Dieta pobre em cálcio;
 Uso de bebidas contendo cafeína;
 Baixa exposição solar;
 Uso de medicamentos ou drogas que induzem
à perda de massa óssea: corticoesteróides,
heparina, anticoagulantes, e
anticonvulsivantes;
FACTORES DE RISCO

 Doenças que induzem à perda de massa


óssea, como a insuficiência renal,
hipertiroidismo, mieloma múltiplo, entre
outras.
OSTEOPOROSE NO HOMEM

 No decorrer da vida, a densidade óssea é


influenciada pela hereditariedade, dieta,
hormonas sexuais, actividade física, estilo de
vida e uso de certos medicamentos;
 Os homens têm ossos maiores e mais largos
que as mulheres, logo a osteoporose é menos
comum;
OSTEOPOROSE NO HOMEM

 Estima-se que 1/5 a 1/3 das fracturas do colo


do fémur aconteçam em indivíduos do sexo
masculino;
 Dos homens que atingem a idade de 90 anos,
17% podem ter uma fractura do colo do
fémur.
QUAIS OS SINTOMAS?

 A osteoporose é uma “doença silenciosa”,


normalmente o seu desenvolvimento é lento –
durante vários anos progride, sem apresentar
sintomas;
 É comum a dor nas costas por micro fracturas
(pequenos achatamentos das vértebras não
visíveis no RX), ou até mesmo uma fractura
por compressão;
QUAIS OS SINTOMAS?
 Por vezes, a primeira manifestação é uma
fractura;
 Os ossos que fracturam com maior facilidade são
as vértebras, o fémur, as costelas e os ossos do
punho;
 É frequente existir deformidade progressiva da
coluna vertebral: a corcunda com diminuição da
altura da pessoa, devido ao achatamento
progressivo das vértebras;
SOFRE DE OSTEOPOROSE?

 Se apresentar factores de risco para o


desenvolvimento de osteoporose, deve:
 Procurar o médico para exame físico, que pode
ser normal ou demonstrar, por exemplo,
deformidades da coluna vertebral;
 Fazer exames complementares (exames de
sangue e urina, RX, densiometria óssea);
SOFRE DE OSTEOPOROSE?
 O exame complementar actualmente solicitado para
se avaliar a osteoporose é a densiometria óssea:
 É um exame simples, com baixa exposição a radiação
e que não provoca dor ou desconforto;
 É o melhor preditor de fracturas;
 O diagnóstico e planeamento terapêutico são
baseados na densiometria óssea e na dosagem
laboratorial dos marcadores de formação e
reabsorção óssea.
TRATAMENTO

 Existem vários medicamentos que podem ser


utilizados no tratamento da osteoporose:
reposição hormonal, bifosfonatos,
suplementos contendo cálcio, vitamina D e
calcitonina;
 No tratamento com medicamentos actua-se
sobre a reabsorção óssea;
TRATAMENTO
 Vitamina D:
 É sintetizada na pele pela acção dos raios solares
ultravioleta e sofre transformações no fígado e
rins para se transformar na sua forma activa;
 Favorece a formação óssea e facilita a absorção
intestinal do cálcio;
 É encontrada em alimentos: leite, queijos, óleo
de fígado de bacalhau, ostras, camarões e peixes
(cavalinha, salmão, sardinha e atum);
TRATAMENTO
 Cálcio:
 O esqueleto contém 99% do cálcio do
organismo;
 Quando falta, o cálcio, é extraído dos ossos
para manter os níveis sanguíneos dentro dos
valores normais;
 A principal fonte de cálcio, na dieta, é o leite e
seus derivados, mas existe também em
vegetais como espinafre, agrião, etc;
TRATAMENTO

 Procure ter um estilo de vida saudável,


evitando o álcool e fumo e praticando
exercícios físicos;
 Exercícios: os exercícios fortalecem os
músculos para que estes actuem sobre os
ossos.
PREVENÇÃO

 Lembre-se que a osteoporose pode acontecer


por:
 Falta de formação suficiente de massa óssea
durante o crescimento e maturidade;
 Excesso de perda óssea;
 Combinação dos dois factores;
PREVENÇÃO

 Como ainda não existe uma maneira eficaz de


se reconstruir o esqueleto, a estratégia
fundamental é a prevenção da osteoporose;
 O principal objectivo da prevenção e do
tratamento é evitar que ocorram as fracturas;
 É conveniente que se adoptem hábitos de vida
saudáveis que aumentem a resistência óssea
desde a infância;
PREVENÇÃO

 Pelo facto da população feminina apresentar


maior risco no desenvolvimento da
osteoporose, principalmente após a
menopausa, deve reduzir ou suspender o
fumo, limitar a ingestão de bebidas alcoólicas
e café e praticar regularmente alguma
actividade física;
PREVENÇÃO

 A alimentação deve ser balanceada e conter


adequada quantidade de cálcio e vitamina D;
 A exposição aos raios solares nas primeiras
horas da manhã e no final da tarde também
está indicada;
 Evite movimentos bruscos e de torção do
corpo;
PREVENÇÃO

 Não permaneça por tempo prolongado na


mesma posição;
 Endireite o seu corpo e ande o mais erecto
possível;
 Ao sentar-se, mantenha as costas e os pés
bem apoiados;
 Não mantenha as pernas cruzadas por longos
períodos;
PREVENÇÃO

 Ao realizar qualquer tarefa de pé (por


exemplo: fazer uma massa de bolo), procure
fazê-la com a mesa na altura da cintura;
 Dê preferência a cadeiras com apoio para os
braços;
 Não se sente em lugares muito baixos e
“moles”;
PREVENÇÃO

 Ao dormir, procure deitar-se de lado, com um


travesseiro entre as pernas;
 Verifique se o colchão é de boa qualidade: ele
deve ser firme, mas confortável;
 Para se levantar da cama, primeiro fique
deitado, tire as pernas para fora do colchão,
erga o corpo usando o cotovelo e a mão como
apoios;
PREVENÇÃO

 Quando já estiver sentado, vá para a beira da


cama e só quando estiver com os pés
apoiados no chão e não se sentir tonto,
levante-se com cuidado;
 Ao levantar um objecto do chão, não dobre as
costas;
 Procure apoiar um dos joelhos no chão;
PREVENÇÃO

 Mantenha-se nessa posição pelo menor


tempo possível;
 Levante o objecto bem junto ao corpo;
 Não gire o corpo para varrer: traga a vassoura
na direcção do corpo ou empurre-a para a
frente;
 As estender roupa, deixe-a num balde sobre
uma cadeira e baixe a altura dos estendais.
CONCLUÍNDO
 Dieta (rica em cálcio e vitamina D);
 Correcção postural e exercícios físicos
adequados;
 Exposição à luz solar;
 Eliminar o fumo;
 Uso moderado de bebidas alcoólicas e café;
 Evitar medicamentos que propiciem as
quedas;
CONCLUÍNDO

 Somente usar medicamentos sob prescrição


médica;
 Exames de densiometria óssea;
 Cuidados domésticos para evitar quedas
(retirar tapetes…)
CONCLUÍNDO

 Conselhos alimentares:
 A dieta dos doentes com osteoporose deve conter
1 a 1,5 gramas de cálcio por dia;
 Recomenda-se a ingestão de 1 litro de leite magro
por dia, queijo magro e 1 ou 2 iogurtes diários;
 Com a finalidade de prevenir esta doença deve
encorajar-se a ingestão de leite pelos jovens,
sobretudo os do sexo feminino.
CANCRO ÓSSEO
CANCRO ÓSSEO

 O cancro pode ser primário, ou seja, com


origem no próprio osso;
 Mas, frequentemente é secundário, tendo-se
dispersado de outro local do corpo;
 Os cancros que têm origem no osso
(primários), são mais comuns nas crianças e
adolescentes;
CANCRO ÓSSEO

 Em geral, os homens são menos vulneráveis à


doença;
 O exercício é um componente essencial para a
manutenção da saúde dos ossos;
 A redução da densidade dos ossos, com
osteoporose, torna-os mais vulneráveis a
fracturas;
CANCRO ÓSSEO

 O osteosarcoma é o tipo mais comum de


cancro ósseo primário;
 A perna afectada pode ficar com dor e inchada
e vulnerável a fracturas;
 Outro cancro ósseo primário, o
condrosarcoma, surge principalmente na
pelve, nas costelas e no esterno;
CANCRO ÓSSEO
CANCRO ÓSSEO
 Mais frequentes que os cancros primários, os
secundários, são resultantes da disseminação de
células de um tumor primário noutra parte do
corpo;
 As células cancerosas viajam para os ossos pela
corrente sanguínea;
 O cancro secundário nos ossos é mais comum
nos idosos, sobretudo porque este grupo etário
tem maior incidência de cancros noutros locais;
CANCRO ÓSSEO

 Os cancros que se espalham para os ossos são


o da mama, do pulmão, da tiróide, do rim e da
próstata, mas por vezes o local primário é
desconhecido;
 Os sintomas incluem dor tipo mordedura que
piora de noite, inchaço e sensibilidade no
local;
CANCRO ÓSSEO

 As zonas mais afectadas são o crânio, o


esterno, a pelve, as vértebras, as costelas e
com menos frequência, a parte superior do
fémur e do úmero.
PROBLEMAS
ARTICULARES
ARTRITE
ARTRITE

 Popularmente a artrite é sinónimo de


reumatismo, designação genérica para a dor,
rigidez ou deformidade de articulações e
estruturas vizinhas aos músculos;
ARTRITE

 A artrite á uma designação genérica de várias


doenças onde ocorre um processo
inflamatório nas articulações caracterizado
por dor, inchaço, rigidez e rubor;
 A artrite não é uma doença individualizada,
mas sim um conjunto de doenças que podem
ter diversas causas, podendo atingir uma ou
mais articulações;
ARTRITE
 Embora as articulações sejam as zonas mais
afectadas, também os tendões, ligamentos,
músculos e até a pele podem ser lesados;
 A gravidade da artrite pode variar imenso, desde
uma ligeira dor até à dificuldade de executar
movimentos, dor intensa e deformação da
própria articulação;
 O diagnóstico é feito sobretudo com recurso a
exames clínicos, laboratoriais e radiológicos.
CLASSIFICAÇÃO DA ARTRITE

 A artrite pode manifestar-se como:


 Espondilite anquilosante;
 Artrite gotosa (ou gota);
 Osteoartrite (ou artrose, ou doença articular
degenerativa);
 Artrite reumatóide (ou doença reumatóide);
 Etc.
CLASSIFICAÇÃO DA ARTRITE

 Na espondilite anquilosante, as articulações


que unem as vértebras inflamam e estas
acabam por se fundir;
 A gota é o resultado da acumulação de cristais
de ácido úrico nas articulações, o que provoca
o processo inflamatório;
CLASSIFICAÇÃO DA ARTRITE

 A artrose, é a destruição que atinge


fundamentalmente a cartilagem das
articulações, levando à instalação progressiva
de dor, deformação e limitação dos
movimentos;
CLASSIFICAÇÃO DA ARTRITE

 A artrite reumatóide consiste na inflamação


simétrica das articulações (mãos e pés),
podendo evoluir para uma destruição
progressiva dessas articulações com
deformação e limitação funcional;
A ARTRITE…

 A artrite afecta um número cada vez maior de


pessoas, não só devido ao envelhecimento
global da população, mas também porque é
cada vez mais frequente haver crianças com
queixas reumáticas;
 Estima-se que só na Europa existam 103
milhões de pessoas com problemas músculo-
esqueléticos;
A ARTRITE…

 Em Portugal, cerca de 700 mil pessoas sofrem


de osteoartrite;
 A artrite apresenta-se sob múltiplas formas,
variando consideravelmente nos seus efeitos;
 Apesar de todas as formas assumirem um
carácter crónico, poucos doentes tornar-se-ão
incapacitados;
A ARTRITE…

 A maior parte das pessoas pode levar uma


vida activa, embora a actividade possa vir a
ser alterada a fim de se preservar a
articulação.
MEDIDAS PREVENTIVAS

 Tenha um maior cuidado com o desempenho


de actividades domésticas e recreativas,
nomeadamente procurando manter a coluna
sempre direita;
 Se passar muito tempo sentado tenha o
cuidado de manter sempre as costas e o
pescoço devidamente apoiados;
MEDIDAS PREVENTIVAS

 Durma num colchão duro e com uma


almofada macia e não muito alta;
 Tenha uma alimentação equilibrada e, se
necessário, recorra à toma de suplementos
alimentares;
 Siga estritamente todas as recomendações
dadas pelo seu médico ou por outro técnico
de saúde.
ARTROSE
ARTROSE

 A artrose é uma das doenças mais frequentes


na espécie humana, atingindo cerca de 90%
dos indivíduos com mais de 60 anos;
 É um dos principais factores determinantes de
incapacidade física no indivíduo idoso;
 A sua prevalência aumenta com a idade e com
o excesso de peso;
ARTROSE

 É a destruição progressiva dos tecidos que


compõem as articulações (parte do corpo que
permite a mobilidade dos ossos), levando à
instalação progressiva de dor, deformação e
limitação dos movimentos;
 As áreas do corpo mais comprometidas são as
que suportam mais peso.
ARTICULAÇÃO

 Numa articulação normal, os topos dos ossos


estão cobertos por um material elástico
esbranquiçado – a cartilagem;
 A cartilagem permite o deslizamento suave
dos ossos e actua como uma almofada que
absorve o impacto no movimento;
 Esta região não tem nervos, por isso a dor não
está presente;
ARTICULAÇÃO

 O líquido sinovial nutre e lubrifica a


cartilagem, tornando os movimentos mais
fáceis, uma vez que permite o deslizamento
suave entre as cartilagens com o mínimo atrito
possível, ou seja, sem desgaste.
DESENVOLVIMENTO DA
ARTROSE

 Começa por existir uma destruição da


cartilagem do osso, até que a certa altura
começa a haver fricção de osso contra osso
devido ao desaparecimento do efeito de
“almofada” que a cartilagem normalmente
exerce, surgindo úlceras na sua superfície;
DESENVOLVIMENTO DA
ARTROSE

 A articulação começa então a deformar-se e a


desalinhar-se, e as extremidades ósseas
situadas sob a cartilagem reagem,
aumentando a sua espessura e formando
zonas de crescimento anormal chamadas
osteófitos (os famosos “bicos de papagaio”);
DESENVOLVIMENTO DA
ARTROSE

 Os constantes traumatismos na articulação –


peso excessivo e movimentos repetitivos
levam ao desgaste completo da cartilagem;
 Este desgaste vai comprometer a interacção
dos ossos que compõem a articulação,
podendo haver dor, vermelhidão e edema;
DESENVOLVIMENTO DA
ARTROSE

 Na ausência completa da “almofada de


cartilagem”, os ossos roçam directamente entre
si, causando atrito, dor e limitação de
movimentos;
 Esta situação pode vir a afectar ossos e
músculos adjacentes, resultando em
consideráveis modificações visíveis (com
exames radiológicos);
DESENVOLVIMENTO DA
ARTROSE

 Em casos mais graves, fragmentos de


cartilagem ou do osso soltam-se para o
interior da articulação, podendo bloquear os
movimentos;
 Os tendões e ligamentos que sustentam a
articulação podem romper ou inflamar.
ARTROSE

 A doença pode atingir qualquer articulação,


porém as regiões mais afectadas são:
 Pescoço;
 Joelho;
 Coluna vertebral;
 Ancas;
 Mãos;
 Pés.
CAUSAS DA ARTROSE

 Trata-se indubitavelmente de uma doença


relacionada com o envelhecimento, sendo
rara antes dos 50 anos;
 Embora o envelhecimento seja o principal
factor relacionado com o aparecimento desta
doença, existem outros factores que a podem
desencadear;
CAUSAS DA ARTROSE

 Obesidade;
 Traumatismos das articulações;
 Profissões que exijam grande esforço físico ou
actividades repetitivas com esforço das
articulações;
CAUSAS DA ARTROSE

 Má alimentação, sobretudo a carência de


alguns minerais, vitaminas e anti-oxidantes
que previnem o aparecimento e o
desenvolvimento da artrose;
 Hereditariedade, sobretudo relacionada com
malformações ou desalinhamento dos
membros.
SINAIS E SINTOMAS
 Dor e dificuldade em realizar movimentos pela
manhã ou após um largo período de tempo de
imobilidade;
 Diminuição dos movimentos articulares;
 Ruído na articulação;
 Aumento do volume articular (inchaço);
 Alguns sinais de inflamação (calor, rubor);
 Rigidez articular;
 Falta de firmeza na execução dos movimentos;
SINAIS E SINTOMAS

 A conjugação destes factores pode tornar a


realização de pequenas tarefas diárias numa
experiência particularmente dolorosa e difícil,
nomeadamente, baixar-se ou levantar-se,
subir ou descer escadas, escrever uma carta à
mão, etc.
TRATAMENTO

 Não tem cura e não existem tratamentos que


permitam reverter a artrose;
 No entanto, é possível diminuir a dor e a
rigidez das articulações, e também melhorar
os movimentos;
TRATAMENTO

 O tratamento é individualizado para cada caso


e depende da gravidade da situação, da
natureza dos sintomas e da idade da pessoa;
 Adopção de medidas de protecção articular;
 Utilização de auxiliares de marcha (talas e
bengalas);
 Medidas de correcção postural;
 Exercícios dirigidos;
TRATAMENTO

 Tratamento físico:
 Radiação: infra vermelhos;
 Condensação: areia quente, parafina, roupas
isolantes;
 Diatermia: ondas curtas, micro ondas, ultra
sons;
 Tratamento cirúrgico – artroplastia (ex. anca).
OBJECTIVOS DO TRATAMENTO

 Desta forma, o principal objectivo á melhorar


e prolongar o máximo possível a qualidade de
vida do idoso;
 Atenuar, e se possível suprimir as dores,
administrando analgésicos, anti-inflamatórios
e relaxantes musculares;
 Melhorar a capacidade funcional;
 Impedir o aparecimento de novas lesões.
REGRAS PARA O DOENTE

 Dormir em cama dura, sem almofada;


 Não permanecer muito tempo na mesma
posição, de pé ou sentado;
 Não deve sentar-se em sofás ou almofadas;
 Doentes com artroses nos joelhos não devem
ficar muito tempo sentados;
 Na artrose cervical, o pescoço deve estar em
hiperextensão;
REGRAS PARA O DOENTE

 Evitar flexão da coluna vertebral;


 O vestuário deve ser simples e prático,
evitando roupas apertadas e os sapatos com
saltos altos;
 Em viagens longas, devem fazer-se curtos
períodos de repouso e frequentes;
 Incentivar os exercícios físicos em piscina de
água quente.
MEDIDAS PREVENTIVAS

 De modo a poder controlar melhor a dor e a


inflamação na articulação afectada, existem
alguns comportamentos que podem ser
bastante úteis:
 Tome um duche quente;
 Pratique técnicas de relaxamento,
preferencialmente com orientação adequada;
MEDIDAS PREVENTIVAS
 Pratique exercício físico moderado, sempre com
indicação de um técnico qualificado;
 Aplique gelo na região dorida;
 Procure não esforçar a articulação afectada;
 Mantenha um peso adequado, uma vez que o excesso
de peso causa um esforço adicional às articulações,
sobretudo às do joelho, ancas e pés;
 Opte por desportos que permitam uma
movimentação regular e moderada das articulações,
nomeadamente a natação.
ARTRITE
REUMATÓIDE
ARTRITE REUMATÓIDE

 É uma doença crónica de origem


desconhecida;
 É uma doença auto-imune, na qual o sistema
imunitário do organismo vira-se contra si
próprio, atacando o próprio tecido que reveste
e protege as articulações;
ARTRITE REUMATÓIDE

 Finalmente, a cartilagem, o osso e os


ligamentos da articulação, deterioram-se,
provocando a formação de cicatrizes dentro
da articulação, que se detiora a um ritmo
muito variável;
ARTRITE REUMATÓIDE

 É uma doença em que as articulações


(habitualmente das mãos e dos pés) inflamam
simetricamente, originando inchaço, dor e
muitas vezes levando à destruição definitiva
do interior da articulação com deformação e
limitação funcional;
 É uma doença que pode envolver outros
órgãos e sistemas.
QUAL A INCIDÊNCIA

 Esta doença incide mais nas mulheres do que


nos homens;
 A idade mais frequente do aparecimento da
artrite reumatóide, encontra-se entre os 40 e
os 50 anos;
 No entanto, pode surgir em qualquer idade e
com características particulares nas crianças e
nos idosos.
FACTORES DESENCADEANTES

 Factores genéticos;
 Factores iniciadores ou perpetuadores:
 Agentes infecciosos;
 Auto-anticorpos;
 Factores imuno-reguladores.
SINTOMAS

 Rigidez matinal superior a uma hora;


 Dor e tumefacção poliarticular simétrica,
sobretudo nas mãos e pés;
 A artrite reumatóide pode atingir qualquer
articulação periférica e a coluna cervical;
 As articulações mais atingidas são: mãos,
punhos, cotovelos, ombros, ancas, joelhos,
tornozelos e pés;
SINTOMAS

 Informação mantida – lesão a nível dos ossos,


ligamentos e tendões;
 Destruição – deformidade articular e limitação
funcional;
 A artrite reumatóide também pode
desencadear uma variedade de sintomas em
todo o corpo, tais como:
 Anemia;
SINTOMAS

 Nódulos subcutâneos;
 Vasculite;
 Envolvimento pulmonar;
 Envolvimento cardíaco;
 Envolvimento ocular;
 Envolvimento renal;
 Etc.
TRATAMENTO

 Um princípio básico do tratamento é o


repouso da articulação afectada, dado que
usá-la piora a inflamação;
 Os períodos regulares de repouso servem para
aliviar a dor;
 Por vezes, um breve repouso absoluto na
cama ajuda a aliviar um surto grave na sua
etapa mais activa e dolorosa;
TRATAMENTO

 Podem usar-se talas para imobilizar e


proporcionar descanso a uma ou várias
articulações, mas serão necessários alguns
movimentos sistemáticos das mesmas para
prevenir a rigidez;
 É aconselhável seguir uma dieta regular e
saudável;
TRATAMENTO

 O aumento dos sintomas aparece em alguns


casos depois do consumo de certos alimentos;
 Uma dieta rica em peixe e óleos vegetais, mas
pobre em carne vermelha, pode ter leves
efeitos benéficos sobre a inflamação;
 Medicamento para reduzir a inflamação das
articulações;
TRATAMENTO

 Em geral, quanto mais forte é o medicamento,


maiores são os seus efeitos secundários
potenciais;
 Por este motivo, exige-se um
acompanhamento muito rigoroso;
TRATAMENTO

 Um programa de tratamento para a artrite


reumatóide, pode incluir exercício,
fisioterapia, aplicação de calor nas
articulações inflamadas e por vezes cirurgia;
 O exercício suave evita a rigidez das
articulações inflamadas;
TRATAMENTO

 Ao diminuir a inflamação, os exercícios activos e


regulares podem ser úteis, sem que a pessoa
chegue ao extremo de se cansar;
 Em alguns casos, a prática de exercícios na água
pode ser mais fácil;
 O tratamento das articulações rígidas consiste na
prática de exercícios intensivos e em algumas
ocasiões no uso de talas para estender
gradualmente a articulação;
TRATAMENTO

 Se esta abordagem não for eficaz, a cirurgia


pode ser necessária;
 A substituição cirúrgica das articulações do
joelho ou da anca é o modo mais eficaz para
restaurar a mobilidade e o funcionamento,
quando a doença articular se encontra num
estado avançado;
TRATAMENTO

 As pessoas incapacitadas por uma artrite


reumatóide podem usar uma variedade de
ajudas para levar a cabo as tarefas diárias;
 Exemplo: existe calçado ortopédico
especialmente modificado que pode ajudar a
caminhar com menos dor e dispositivos com
empunhaduras que reduzem a necessidade de
apertar demasiado a mão.
CONSELHOS ALIMENTARES

 Os doentes com artrite reumatóide estão


frequentemente emagrecidos e carenciados
em ácido fólico, ferro, zinco e outros sais
minerais, bem como em vitamina B6 e
vitamina C;
 A dieta destes doentes deve ser rica e variada,
com uma quantidade suficiente de proteínas
sais minerais e vitaminas;
CONSELHOS ALIMENTARES

 O que na prática se traduz por 140 – 200 gramas


de carne ou peixe por dia e abundante ingestão
de vegetais e frutos;
 Os doentes com artrite reumatóide a tomar
corticoesteróides devem evitar o uso de sal,
ingerir alimentos ricos em potássio (verduras,
laranjas, bananas), não ingerir demasiados
hidratos de carbono e comer alimentos ricos em
cálcio (leite, queijo, iogurtes).
GOTA
GOTA

 A gota é uma perturbação caracterizada por


ataques repentinos e recidivantes de artrite
muito dolorosa, causados pela acumulação de
cristais de urato monossódico, que se verifica
nas articulações devido a um valor de ácido
úrico anormalmente alto no sangue
(hiperuricemia);
GOTA

 Outro risco para hiperuricemia é desenvolver


cálculos renais de ácido úrico ou, raramente,
doença renal;
 A gota é um tipo de artrite aguda que se
manifesta por dores agudas e inflamação nas
articulações, sobretudo ao nível do dedo
grande do pé;
GOTA
 Os homens adultos com idades entre os 35 e os
55 anos são os mais afectados;
 As mulheres poderão ter crise de gota após a
menopausa;
 Pode haver diagnóstico de gota em homem e
mulher jovem, mas são situações raras;
 A gota tende a ser mais aguda nos indivíduos que
desenvolvem os sintomas antes dos 30 anos.
ÁCIDO ÚRICO
 O ácido úrico é o produto final do metabolismo
das purinas (substância presente em muitos
alimentos);
 Cerca de 10% das purinas provêm da alimentação
e o restante é sintetizado pelo nosso organismo;
 No nosso corpo há uma produção e destruição
constante de células, de onde resulta grande
quantidade de purinas;
ÁCIDO ÚRICO

 As purinas em excesso são degradadas e dão


origem ao ácido úrico, que será eliminado na
urina, através dos rins;
 O sangue contem normalmente uma certa
quantidade de ácido úrico (um subproduto da
decomposição celular), devido:
 À constante decomposição e formação de
células por parte do organismo;
ÁCIDO ÚRICO

 Aos alimentos comuns conterem precursores


do ácido úrico;
 A concentração normal de ácido úrico no
sangue até 7,0mg/100ml;
ÁCIDO ÚRICO

 Quando o ácido úrico não é eliminado


eficazmente e fica retido, aumenta a sua
concentração no sangue;
 Quando isto acontece, o ácido úrico pode
formar cristais de uratos que se vão acumular
nos tecidos e nas articulações;
 No entanto, ter ácido úrico elevado não é
igual a gota.
CAUSAS DA GOTA

 Os valores de ácido úrico aumentam de forma


anormal quando:
 O organismo produz uma grande quantidade
de ácido úrico, devido a uma anomalia
enzimática hereditária ou doença como cancro
do sangue, que se caracteriza pela
multiplicação e destruição rápida das células;
CAUSAS DA GOTA

 Alguns tipos de doenças do rim, assim como


certos medicamentos, deterioram a
capacidade dos rins para eliminar o ácido
úrico.
AS CRISES SURGEM…

 De forma súbita e podem ser desencadeadas


por:
 Lesão insignificante;
 Intervenção cirúrgica;
 Consumo de grandes quantidades de álcool;
 Consumo de alimentos ricos em proteínas;
 Cansaço, stress emocional;
 Doença.
SINTOMAS

 Dores intensas e repentinas numa ou mais


articulações (sobretudo durante a noite), que
aumentam progressivamente e são, muitas
vezes, insuportáveis;
 A articulação incha e a pele circundante torna-
se vermelha ou púrpura, tensa e brilhante,
com uma sensação de calor;
 Produz muita dor ao tacto;
SINTOMAS
 75% dos casos ocorrem na articulação da base
do dedo grande do pé, mas também pode
afectar outras articulações: tornozelo,
calcanhar, joelho, cotovelo, pulso, dedos, etc.;
 Os cristais podem formar-se nestas articulações
situadas perifericamente, porque são mais frias
do que a parte central do corpo e os uratos
tendem a cristalizar-se a baixas temperaturas;
SINTOMAS

 Apesar de ser pouco comum, os cristais


também se podem formar nas orelhas e
noutros tecidos relativamente frios;
 Por outro lado, a gota raramente afecta a
coluna vertebral, as ancas ou os ombros;
 Nalguns casos podem formar-se pedras de
ácido úrico nos rins;
SINTOMAS
 Febre, calafrios, sensação de mal estar geral e
aumento dos batimentos do coração
(taquicardia);
 As primeiras crises costumam afectar apenas
uma articulação e durar poucos dias, os sintomas
desaparecem de forma gradual, restabelece-se o
funcionamento da articulação e não aparece
qualquer sintoma até à crise seguinte;
SINTOMAS

 Contudo, a doença progride, os ataques que


não foram tratados têm uma duração maior,
manifestam-se com maior frequência e
afectam várias articulações;
 As articulações afectadas podem ficar lesadas
de modo permanente;
 Pode manifestar-se de forma crónica, grave e
deformante;
SINTOMAS

 O depósito continuo de cristais de urato nas


articulações e nos tendões provoca lesões que
limitam cada vez mais o movimento;
 Os depósitos de cristais de urato (tofos)
acumulam-se por baixo da pele à volta das
articulações;
SINTOMAS

 Sem um tratamento adequado, os tofos das


mãos e dos pés podem rebentar e segregar
uma massa esbranquiçada de cristais
semelhantes ao gesso.
COMO SE DIGNOSTICA?

 O diagnostico da gota baseia-se na observação


dos sintomas característicos e no exame da
articulação;
 Um excesso de ácido úrico no sangue apoia o
diagnóstico, contudo, os valores são
frequentemente normais durante uma crise
de gota;
COMO SE DIGNOSTICA?

 O diagnóstico confirma-se mediante a


identificação dos cristais de urato em forma de
agulha numa amostra de líquido articular
extraída por sucção (aspirada) com uma agulha;
 Na primeira crise, o diagnóstico definitivo da
gota só é feito se forem encontrados cristais de
ácido úrico no líquido aspirado da articulação;
COMO SE DIGNOSTICA?
 Na ausência de líquido articular, mesmo sendo no
dedo grande do pé, a primeira crise não deve ser
rotulada antes de um período de
acompanhamento, pois há outras causas de
inflamação neste local;
 Apenas 20% dos hiperuricêmicos terão gota;
 Se os exames e a evolução não definirem outra
doença o paciente deve ser seguido como
portador de gota;
COMO SE DIGNOSTICA?

 Pode ser muito fácil quando houver uma


história clássica: repetição de inflamação
aguda de uma articulação acompanhada de
dor intensa e ácido úrico elevado, mas este
pode ser normal durante a crise;
 Quando a suspeita for grande, repetir a
dosagem após 2 semanas;
COMO SE DIGNOSTICA?

 Alterações radiológicas podem ser típicas;


 Nos doentes com doença crónica já com
deformidades e Rx alterado não há
dificuldades no diagnóstico, mas
provavelmente haverá no tratamento.
A GOTA TEM CURA?

 A gota não tem cura, mas o tratamento é


garantido;
 O ácido úrico aumenta devido a defeitos na
sua produção e/ou eliminação, em ambas as
situações os defeitos são genéticos, isto é, são
definitivos;
A GOTA TEM CURA?

 Se não for respeitada a dieta e, na grande


maioria das vezes, o tratamento medicamentoso,
o ácido úrico volta a subir e mais cedo ou mais
tarde surgirá mais uma crise de gota;
 A consequência não é apenas mais uma crise
muito dolorosa, mas o risco de desenvolver
deformidades articulares que poderão ser
bastante incomodas.
QUAL O TRATAMENTO?

 1º Passo – aliviar a dor, por meio de controlo


da inflamação;
 2º Passo – prevenir as ocorrências;
 Pode ser suficiente beber muitos líquidos,
evitar as bebidas alcoólicas e ingerir pequenas
quantidades de alimentos ricos em proteínas;
QUAL O TRATAMENTO?

 Muitas pessoas que sofrem de gota têm peso


a mais;
 Com a perda de peso, os valores de ácido
úrico no sangue voltam à normalidade ou a
valores perto do normal.
A GOTA E A ALIMENTAÇÃO

 A alimentação é um dos aspectos a considerar


no tratamento da gota;
 As pessoas que sofrem desta doença devem
evitar consumir alimentos muito ricos em
purinas, na medida em que estas contribuem
para o aumento do ácido úrico no sangue.
ALIMENTOS PROIBIDOS

 Alimentos com elevado teor de purinas:


 Carne de porco;
 Caça;
 Carne de animais jovens;
 Enchidos;
 Miudezas e vísceras (fígado, rins, mioleira,
etc.);
ALIMENTOS PROIBIDOS

 Peixes gordos (sardinha, salmão, truta, cavala,


bacalhau, ovas, caviar);
 Anchovas;
 Conservas;
 Feijão, grão, lentilhas, ervilhas;
 Espinafres;
 Bebidas alcoólicas (em especial e cerveja).
ALIMENTOS CONDICIONADOS

 Alimentos com teor moderado de purinas:


 Carne de vaca e novilho;
 Aves (frango, peru, pato);
 Coelho;
 Carne de borrego;
 Marisco e crustáceos;
 Espargos, couve-flor e cogumelos.
ALIMENTOS CONDICIONADOS

 A melhor técnica culinária a utilizar nos


alimentos com teor moderado de purina é
cozer em água, uma vez que a carne, o peixe e
os legumes cozidos perdem grande parte das
suas purinas na fervura.
ALIMENTOS PERMITIDOS
 Alimentos com baixo teor (ou ausência) de purinas:
 Todas as frutas e sumos de frutas (mesmo as ácidas);
 Frutos secos;
 Lacticínios;
 A maioria dos legumes (com excepção dos
espinafres, dos cogumelos, dos espargos e da couve-
flor);
 Arroz e outros cereais, massa, batata, pão.
ALIMENTOS RECOMENDADOS

 Existem determinados frutos e legumes cujo


elevado consumo é recomendado:
 As cerejas, os morangos, o melão, a melancia, o
alho francês, a alcachofra e o nabo;
 Estes alimentos ajudam a eliminar o ácido úrico;
 Para assegurar uma elevada eliminação de ácido
úrico através da urina, o doente deve beber
bastantes líquidos.
FALSAS CRENÇAS
 Relacionar o sabor ácido de alguns alimentos
com a gota;
 O termo “ácido” pode levar a confusões, mas que
fique bem claro que: o sabor ácido do tomate,
laranjas e citrinos em geral, sumos de fruta,
iogurtes, etc., não têm qualquer relação com o
ácido úrico;
 Estes alimentos podem e devem ser consumidos
à vontade.

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