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REVISÃO DO ARTIGO

“CORRELATION EROSION
BEHAVIOR WITH
MECHANICAL PROPERTIES
OF METALS”
JULIANA LIMA BARBARIOLI
INTRODUÇÃO
 Mecanismos de dano na erosão Ainda não é possível
especificar as propriedades dos
cavitacional são pouco materiais que garantam uma
compreendidos boa resistência à erosão
cavitacional

 A escolha de ligas resistentes e revestimentos: baseada em experiências anteriores

Testes realizados (Hammit) : Dureza, resistência à tração,


Relacionam propriedades de material energia de deformação,
ou combinação de propriedades com os resiliência final,ductilidade,
dados encontrados nos ensaios de etc.
erosão cavitacional
INTRODUÇÃO
 Remoção de material na erosão cavitacional:
 Não é consequência apenas de impulsos ou impactos
 Consequência de danos acumulados por milhares de impactos antes da
partícula ser deslocada

 Modo de falha Fadiga

Objetivo do artigo: demonstrar que as propriedades de materiais provenientes


de ensaios de fadiga correlacionam-se bem com comportamento da erosão
cavitacional
ESCOPO DA ANÁLISE
 Necessidade de correlacionar: Comportamento da erosão cavitacional e
Parâmetros de deformações cíclicas
 Correlações não estão restritas à metais puros
 Propriedades termofísicas e mecânicas de metais puros não são independentes
entre si
 Informações sobre ligas devem ser estudadas
ESCOPO DA ANÁLISE
PARÂMETROS DE DEFORMAÇÕES CÍCLICAS
 Curva de Tensão – Deformação:
Descreve bem a resistência de metais e ligas à resistência a deformação cíclica
em regime permanente
ESCOPO DA ANÁLISE
PARÂMETROS DE DEFORMAÇÕES CÍCLICAS
Relação entre amplitude de tensão e amplitude de deformação plástica:

Eq.1

Onde K’ é o coeficiente cíclico de resistência e n’ é o expoente de encruamento


Tensão de escoamento Comparação mais significativa
com as propriedades monoatômicas

Pode ser calculada pela eq.1


ESCOPO DA ANÁLISE
•PARÂMETROS
  DE DEFORMAÇÕES
CÍCLICAS
Relação entre deformação total e número
de ciclos até a falha

Onde é o coeficiente de resistência à fadiga,


o coeficiente de fadiga dúctil, b o expoente
de resistência à fadiga e c o expoente de
fadiga dúctil.
ESCOPO DA ANÁLISE
Através de um argumento baseado em energia Morrow mostrou a relação entre c e b com
o expoente de encruamento cíclico n’:

 Curva S-N Historicamente usada para caracterizar as


propriedades na fadiga

Testes de resistência à tensão > Testes de resistência à deformação


ESCOPO DA ANÁLISE
•  Gráfico do logaritmo da tensão
real X log(2Nf)

 Relação entre a amplitude de


tensão verdadeira e o número
de ciclos até a falha

Onde e b são os mesmos da


deformação cíclica
ESCOPO DA ANÁLISE
 Fadigas de alto ciclo (efeitos plásticos  É possível obter estimativas razoáveis de e b de
são mínimos) ensaios de tensão na literatura.

Colapsos na cavitação Altas taxas de deformação


Efeitos significantes podem ocorrer

Identificação inicial das Uso de parâmetros cíclicos de deformação


derivados de ensaios de amplitude constante
propriedades críticas dos
Ensaios: baixa a moderada taxa de deformação
materiais na erosão cavitacional
ESCOPO DA ANÁLISE
Acumulação de danos sob Relacionado com a
carregamento aleatório deformação de
amplitude constante e
calculado a partir de
uma deformação de Grande quantidade
amplitude constante. de informação
Comportamento de tensão- disponível a partir
deformação cíclica das ligas de ensaios
de aluminio, latão , cobre e convencionais de
aço tratado termicamente AISI fadiga
4340, medido sobre a faixa de Não apresentaram
taxas de deformação de 0,003 dependência da taxa de
a 0,3 s-l deformação
ESCOPO DA ANÁLISE
PARÂMETROS DA EROSÃO CAVITACIONAL
Dois conjuntos de medições foram selecionados para correlacionar fadiga e EC.
Critério de seleção das medições
Abrangem uma ampla gama de
materiais, incluindo ligas
Todos os membros de cada grupo
foram medido pelos mesmos
métodos nas mesmas condições.
 Investigação de Feller e Kharrazi:
10 metais puros
11 ligas (3 ligas foram ensaiadas em duas condições diferentes de tratamento térmico)
ESCOPO DA ANÁLISE
 Erosão cavitacional : Determinada pela perda de massa
 O tempo de incubação foi tomado como a intercepção no abscissa de uma
extrapolação da curva de perda de massa
 As taxas máximas de erosão foram tiradas das curvas plotadas da taxa de
erosão cavitacional X tempo de exposição
 As propriedades de deformação cíclica nas Tabelas 3 e 4 foram comparadas,
primeiro sozinhas e depois em combinação, com os parâmetros da EC
 As propriedades Monotônicas ou "padrão" nas Tabelas 1 e 2 também foram
correlacionadas com a EC
CORRELAÇÃO ENTRE PROPRIEDADES
MECÂNICAS E TAXAS DE EROSÃO
CAVITACIONAL
PROPRIEDADES MONOTÔNICAS
• A correlação entre o tempo de incubação e a microdureza é quase inexistente
• Limite de escoamento dado por Feller e Kharrazi está aproximadamente
correlacionado com o tempo de incubação

• O coeficiente r da relação mostrada é 0.860


CORRELAÇÃO ENTRE PROPRIEDADES
MECÂNICAS E TAXAS DE EROSÃO CAVITACIONAL
PROPRIEDADES MONOTÔNICAS

log MDP X Dureza Melhor correlação: Dureza (r=-0,813)


log MDP X Limite de escoamento
log MDP X Resistência a tração Pior correlação: Limite resiliência (r=-0,693)
log MDP X Limite resiliência
CORRELAÇÃO ENTRE PROPRIEDADES
MECÂNICAS E TAXAS DE EROSÃO CAVITACIONAL
PROPRIEDADES DE DEFORMAÇÃO CÍCLICA
 Coeficiente de resistência à fadiga Mais contribui no comportamento da EC
Responsável pela maior parte da variação
dos dados do tempo de incubação e MDP
 Coeficientes pelo método do mínimo quadrado:
Tempo de incubação – r = 0,965
MDP – r = -0,953
CORRELAÇÃO ENTRE PROPRIEDADES MECÂNICAS E
TAXAS DE EROSÃO CAVITACIONAL
Regressão de segunda ordem: Coeficiente de correlação maior

Exclusão do Ferro: r = 0,980 (aumenta)


CORRELAÇÃO ENTRE PROPRIEDADES MECÂNICAS E
TAXAS DE EROSÃO CAVITACIONAL
 Todas as variáveis principais falharam nos testes de
correlação com os parâmetros da EC, exceto o limite
de escoamento
Correlação entre tempo de incubação X coef.
Resistência à fadiga:
Ruim r = 0,759
 Boa correlação entre máxima taxa de recessão X
coef. Resistência À fadiga:
R = -0,916
 Taxa de recessão máxima de Feller e Kharrazi é r=-0,906
menos bem sucedida que para o tempo de
incubação.
CORRELAÇÃO ENTRE PROPRIEDADES MECÂNICAS
E TAXAS DE EROSÃO CAVITACIONAL
• Incorporação do expoente de Melhoria substancial na
encruamento cíclico n’ como descrição das taxas de
um multiplicador de remoção de materiais
 Dois valores de n’ para o cobre
foram plotados no gráfico
Maior valor: 0,263
 A correlação para o menor valor
foi melhor: r= -0,989 Menor valor: 0,15

 98% da variabilidade na taxa


máxima de erosão da cavitação
é explicada pela equação acima
CORRELAÇÃO ENTRE PROPRIEDADES
MECÂNICAS E TAXAS DE EROSÃO CAVITACIONAL
•  Interação entre e n’ Pouco aumento na correlação com a máxima taxa de
recessão. ( r=-0,916 para r=-0,927)
Não será
Aumento nas dispersões residuais
mais
avaliado

R= - 0,977
MDP X .n
Com o níquel excluído, a correlação se torna -0.987
Menor valor de n’ para o cobre (0,15) foi utilizado

Não é melhorado pela incorporação o expoente de


encruamento cíclico
Relação entre o tempo de r= 0,936 para r= 0,964.
incubação na EC
A correlação anterior é pouco diminuída pela incorporação do
expoente encruamento cíclico
CORRELAÇÃO ENTRE PROPRIEDADES
MECÂNICAS E TAXAS DE EROSÃO CAVITACIONAL

Tempo depende principalmente da


Diferença entre correlações com n’ e
resistência à tensão cíclica
sem n’
Taxas de remoção de material dependem
significativamente da resistência à
deformação cíclica
DISCUSSÃO
 
•RELAÇÃO ENTRE COEFICIENTE DE RESISTÊNCIA
À FAGIGA E PROPRIEDADES MONOTONICAS
 Baseado em
estudos em aços
Relação entre e (limite resistência à tração):
 Aços de médio carbono temperados : relação linear
entre e
 Relação entre e e a EC : válida apenas para r entre
0,80-0,85
DISCUSSÃO
•Para
  aços é verdadeiro para tensão de ruptura verdadeira até 2000 Mpa
Para tensões de ruptura > 2000 Mpa aumenta mais rápido do que
Aços inoxidáveis austeníticos:
 População separada
 Paralela aos aços temperados
 Deslocados para valores altos de
 não varia regularmente com nos aços
Inoxidáveis da série 300
 não é verdadeiro
DISCUSSÃO
 
•Estimar
pelos ensaios de tensão  Pela curva dominante no
monotonica gráfico
O comportamento da liga
deve ser bem conhecido
Tensão de ruptura de engenharia se
correlaciona de forma complexa
com a EC
Em cada classe as correlações são
bem definidas
Propriedade que uniformiza a
relação entre tensão de ruptura e a
EC é que é mediada pelo
encruamento cíclico
DISCUSSÃO
•O PAPEL DA ENERGIA DE FALHA DE EMPILHAMENTO
Materiais mais resistentes à EC Deformam por maclagem mecânica
Sofrem transformação de fase
induzida por deformação

Boa correlação (r = -0,967) obtida entre a EFE e correspondente excluindo o Nitronic 40


Manipulações de para normalizar os efeitos do endurecimento por solução sólida não
melhoraram nem diminuíram a correlação significativamente
DISCUSSÃO
• Melhor correlação (r=-0,967) EFE com a correspondente
excluindo Nitronic 40
Resultados
da exclusão do Nitronic 40 EFE pode não ser sempre o
principal determinante no
comportamento da deformação cíclica
A medição da EFE do Nitronic foi
realizada incorretamente
CONCLUSÃO
 O processo de EC é descrito Processo de Fadiga
por parâmetros de deformação
cíclica
Coeficiente de resistência à Determinante da resistência à EC predominante
fadiga medido por tempo de incubação ou pela taxa de
remoção de material
Explica 99% da variação do tempo de incubação
Considerado um índice de resistência à tensão cíclica

Expoente cíclico de
Considerado um índice de resistência à deformação
encruamento cíclica
CONCLUSÃO
•n’
  se correlaciona muito bem com EFE

Taxa de erosão cavitacional


Tese de que a EC é um processo de deformação cíclica controlado por propriedades microscópicas
do material
Maclagem mecânica Conferem resitência à EC
Transformação de fase Tese corroborada pela excelente
induzida por deformação correlação entre EFE e n’
 Incapacidadade das propriedades mecânicas monotonicas para explicar a EC:
 é fortemente influenciada pelo endurecimento cíclico
 Não está simplesmente relacionada com as medições de resistência monotônicas

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