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UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA

CAMPUS VIII
CENTRO DE CIÊNCIAS, TECNOLOGIA E SAÚDE - CCTS
CURSO DE ENGENHARIA CIVIL

ESTABILIDADE DAS CONSTRUÇÕES


AULA 2.1 – MÉTODO DAS FORÇAS

Prof. Thomaz Figueiredo


Mestrando em Estruturas e Materiais

1
TIPOS DE ESTRUTURAS

• Hipostática;

• Hiperestática;

• Isostática.
HIPOSTÁTICA

• Estrutura geralmente instável (não apresenta o equilíbrio estático).


• O número de reações de apoio é normalmente menor que o
número de equações de equilíbrio.
• Uma estrutura hipostática pode se manter estável (em equilíbrio
instável) desde que não haja forças atuantes no sentido que o
movimento é permitido.
Exceção
ISOSTÁTICA

• É uma estrutura estável estaticamente determinada.


• O número de reações de apoio é normalmente igual ao
número de equações de equilíbrio.
• Uma estrutura isostática poderá ter mais reações de apoio que
o número de equações de equilíbrio estático desde que seja
inserido graus de liberdade na estrutura por meio de rótulas,
tal inserção deve ser feita com muito critério, caso contrário
poderá gerar uma estrutura hipostática. 

Exceção
HIPERESTÁTICA

• É uma estrutura estável estaticamente indeterminada.

• O número de reações de apoio é maior que o número de


equações de equilíbrio, mas nem toda estrutura que tem mais
reações de apoio que equações de equilíbrio é uma estrutura
hiperestática.
ESTRUTURAS ESTATICAMENTE INDETERMINADAS

• Uma estrutura de qualquer tipo é classificada


como estaticamente indeterminada quando o
número de reações desconhecidas ou forças
internas excede o número de equações de
equilíbrio.
• N° de reações desconhecidas > N° de equações de equilíbrio.
ESTRUTURAS ESTATICAMENTE INDETERMINADAS
• Os nós ligados fixos destes pórticos de concreto a
tornam uma estrutura estaticamente
indeterminada.
ESTRUTURAS ESTATICAMENTE INDETERMINADAS
ESTRUTURAS ESTATICAMENTE INDETERMINADAS
• A maioria das estruturas projetadas atualmente
são indeterminadas estaticamente.

• Existe várias razões para escolher este tipo de


estruturas em projetos:

• O momento máxima de uma estrutura indeterminada


são em geral menores do que aquelas da sua
equivalente determinada estaticamente.
ESTRUTURAS ESTATICAMENTE DETERMINADA
ESTRUTURAS ESTATICAMENTE INDETERMINADAS
ESTRUTURAS ESTATICAMENTE INDETERMINADAS

FTOOL
MÉTODO DAS FORÇAS
• Ao analisar qualquer estrutura indeterminada, é
necessário satisfazer exigências de equilíbrio e
compatibilidade.

• O equilíbrio é satisfeito quando as forças reativas


mantêm a estrutura em repouso;

• A compatibilidade é satisfeita quando os vários


segmentos da estrutura se encaixam sem
rompimentos ou sobreposições intencionais;
MÉTODO DAS FORÇAS
A metodologia utilizada pelo Método das Forças para analisar uma
estrutura hiperestática é:

• Determinar uma série de soluções básicas que satisfazem as


condições de equilíbrio, mas não satisfazem as condições de
compatibilidade da estrutura original, para fazer uma
superposição e nela restabelecer as condições de compatibilidade.

• Cada solução básica (chamada de caso básico) não satisfaz


isoladamente todas as condições de compatibilidade da estrutura
original, as quais ficam restabelecidas quando se superpõem todos
os casos básicos.
MÉTODO DAS FORÇAS
• A estrutura utilizada para a superposição de soluções
básicas é, em geral, uma estrutura isostática auxiliar
obtida a partir da estrutura original pela eliminação de
vínculos.

• Essa estrutura isostática é chamada Sistema Principal (SP).

• As forças ou os momentos associados aos


vínculos liberados são as incógnitas do
problema e são denominados hiperestáticos.
Hiperestáticos e Sistema Principal
• Para analisar a estrutura com respeito às condições de
equilíbrio, é identificado na figura abaixo, cinco componentes
de reações de apoio na estrutura.

• Logo, são três as equações do equilíbrio global da estrutura


no plano.
Hiperestáticos e Sistema Principal
• A estrutura é hiperestática, assim não é possível determinar
os valores das reações de apoio da estrutura utilizando
apenas as três equações de equilíbrio que são disponíveis.
• O número de incógnitas excedentes ao número de equações
de equilíbrio é definido como:

• g (grau de hiperestaticidade) = 2
Hiperestáticos e Sistema Principal
• A solução do problema hiperestático pelo Método das Forças é
feita pela superposição de soluções básicas isostáticas.
• Para isso cria-se uma estrutura isostática auxiliar, chamada
Sistema Principal (SP), que é obtida da estrutura original
hiperestática pela eliminação de vínculos externos (vínculos de
apoio) ou eliminando vínculos internos (continuidade de
rotação).

• Para esta estrutura 

• O SP adotado foi a
estrutura isostática 
Hiperestáticos e Sistema Principal
• Os esforços associados aos vínculos eliminados são as reações
de apoio X1 e X2. Esses esforços são chamados de
hiperestáticos e são as incógnitas da solução pelo Método das
Forças.

• Para esta estrutura 

• O SP adotado foi a
estrutura isostática 
Hiperestáticos e Sistema Principal
• A solução pelo Método das Forças recai em determinar os
valores que as reações de apoio X1 e X2 devem ter para que,
juntamente com o carregamento atuante, os deslocamentos
verticais dos pontos dos apoios eliminados sejam nulos.

• Desta forma ficam restabelecidas as condições de


compatibilidade externas eliminadas com a criação do SP.
CASOS BÁSICOS
• A metodologia utilizada para impor as condições de
compatibilidade consiste em fazer uma superposição de casos
básicos utilizando o SP como estrutura auxiliar.

• Como a estrutura original é duas vezes hiperestática, existem


três casos básicos, tal como mostrado a seguir (CB=g+1).
• Neste caso somente a solicitação externa atua no SP e os
Caso (0) – Solicitação externa (carregamento) isolada no SP

valores dos hiperestáticos são nulos (X1 = 0 e X2 = 0).


• Os termos de carga (deslocamento na direção do vínculo
eliminado associado ao hiperestático) δ10 e δ20 são
indicados, juntamente com o diagrama de momentos fletores,
M0, para este caso.
Caso (0) – Solicitação externa (carregamento) isolada no SP
• Termo de carga:
• δ10 →Deslocamento vertical no ponto do apoio eliminado associado a
X1 provocado pelo o carregamento externo no caso (0);
• δ20 →Deslocamento vertical no ponto do apoio eliminado associado a
X2 provocado pelo carregamento externo no caso (0).
Caso (1) – Hiperestático X1 isolado no SP

• Neste caso somente o hiperestático X1 atua no SP, sem a


solicitação externa e com X2 = 0.
• Considera-se X1=1
• Configuração deformada e o diagrama de momentos fletores,
M1 (para X1 = 1), do caso (1):
Caso (1) – Hiperestático X1 isolado no SP

• Os coeficientes de flexibilidade no caso (1) são interpretados


fisicamente como:
• δ11→deslocamento vertical no ponto do apoio eliminado
associado a X1 provocado por X1 = 1 no caso (1);
• δ21→deslocamento vertical no ponto do apoio eliminado
associado a X2 provocado por X1 = 1 no caso (1).
Caso (2) – Hiperestático X2 isolado no SP

• Neste caso somente o hiperestático X2 atua no SP, sem a


solicitação externa e com X1 = 0.
• Considera-se X2=1
• Configuração deformada e o diagrama de momentos fletores,
M2 (para X2 = 1), do caso (2):
Caso (2) – Hiperestático X1 isolado no SP

• Os coeficientes de flexibilidade no caso (2) são interpretados


fisicamente como:
• δ 12→deslocamento vertical no ponto do apoio eliminado
associado a X1 provocado por X2 = 1 no caso (2);
• δ 22→deslocamento vertical no ponto do apoio eliminado
associado a X2 provocado por X2 = 1 no caso (2).

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