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ACIDENTES
Acidentes
Com lesões Leves Sem lesões
incapacitantes
Freqüência
1 100 500
Custo $ $
Quadro 1:
Algumas outras abordagens do Problema de custo de Acidentes
I. Custo quantificável X Custo não quantificável.
II. Controle total de Perdas
III. Análise de sistemas em função dos riscos potenciais. Teoria
do custo total dos sistemas.
- O assunto poderia ser, entretanto, abordado sobre
outros aspectos:
1) Custo não quantificável.
2) Controle total de perdas.
3) Teoria do risco potencial.
I. Custo Quantificável x custo não quantificável
- Além do custo quantificável, que analisamos, existe
também para a empresa um custo não quantificável
(ou pelo menos não quantificado até agora por
nenhum autor).
- Citaremos apenas em poucos aspectos este
problema.
1) Aspectos Psicológicos:
Acidente
Queda
progressiva
Trauma da
Psicológico Comprometimento eficiência
Stress do Estado Físico individual
Incidente
Tensão / Medo Diminuição Ausentismo
momentânea
da eficiência
Condições de Trabalho
Queda da produtividade global
3) Aspectos Orgânicos e Laborativos:
(Processo de 1
Lesão Cura ano)
Acidente
Afastamento Reintegração ?
?
?
(Cerca de 20% dos
Qual a produtividade de um acidentado acidentados não se
após a reintegração no serviço? consideram aptos)
4) Imagem Externa no Mercado:
crédito
idade
5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60
Punições
Faltas
Absenteísmo
Atrasos
Acidentes
Doenças
O elemento
humano como
fator de perdas Conhecimentos Gerais, Conhecimentos
Preparação Específicos, Experiência, Habilidade,
Deficiente Destreza
Descoordenação do processo;
Na seleção
Deficiências no Controle de
Falhas de abastecimento Estoques;
Deficiências no Armazenamento.
O material
como fator de
perdas
Falhas no controle de qualidade
Limitações de recursos
Má utilização
Controle Total de Perdas – Quadro 8:
Planejamento;
O equipamento como Seleção;
fator de perdas
Manutenção;
Substituição
Controle Total de Perdas – Quadro 9:
Localização;
Seqüencialidade;
O processo como fator
de perdas Deficiências de Sensores;
Supervisão;
Descoordenação.
III. Análise de Sistemas em Função dos
Riscos Potenciais – Teoria do Custo Total
dos Sistemas
Concepção
Projeto
Construção
Operação
Desmontagem
ou Inativação
Análises de Riscos Potenciais
Custo total
Custos
operacionais
Riscos
Potenciais
-É interessante notar:
1. O aspecto parabólico destas curvas: Quando nos aproximamos
dos extremos estas curvas tendem para o infinito.
2. Isto não acontece com o risco potencial, ele na realidade é
finito e é o Custo total do sistema.
-Com efeito, se a prevenção é zero o risco é máximo e põe em
jogo a própria existência do sistema.
-Estes estudos pareceriam inteiramente teóricos se não fossem
já estabelecidos vários métodos para o cálculo do risco potencial.
-Fundamentalmente estes métodos se dividem em dois tipos:
Métodos Dedutivos e Métodos Indutivos.
-Os dedutivos são os estatísticos,mas evidentemente não são as
estatísticas do sistema que está sendo estudado.
-Porque ele ainda não existe mas, sim o acervo de outras
empresas.
-Este acervo pode referir-se ao sistema, enquanto um todo, ou a
um subsistema dentro do sistema, ou mesmo a algumas
operações dentro do subsistema.
-Esses dois últimos casos são aliás os mais comuns.
-Pois, com o avanço da tecnologia, é difícil idealizar um sistema
que seja uma repetição de um já pre-existente (pelo menos nas
áreas em que fazem algum estudo deste tipo).
-É claro que tudo isto pressupõe sistemas bem sofisticados de
cadastramento de dados através de computadores eletrônicos e
uma ampla troca de informações e experiências entre as diversas
empresas.
-Em alguns casos se consegue extrapolar de um sistema para
outro, o risco de uma operação ou de um subsistema.
-Em outros, esta extrapolação, é mais complexa e é necessário
desmembrar o risco em dois componentes fundamentais, ou seja,
a freqüência e a gravidade (é interpolar a freqüência de um
sistema e a gravidade de outro).
-Neste caso, o risco potencial do subsistema (ou da tarefa ou da
operação) estudado seria dado pela fórmula: R= P x D
-Onde: P = probabilidade ou freqüência e D = dano, custo ou
gravidade.
-Dos métodos indutivos, o mais simples consiste em analisar todas
as fases, tarefas, operações e até movimentos de um processo e
classificar, em cada caso, a probabilidade de ocorrer uma distorção
(acidente) e a gravidade presumível.
-Um critério, para isto, seria classificar as probabilidades em:
Alta = 0,9;Média = 0,5;Baixa = 0,2 e a gravidade em: Séria = 6;
Moderada = 3; Mínima = 1.
-Poderíamos, entretanto, fazer uma conjugação de um método
dedutivo e de um indutivo. Seria através da chamada Árvore das
Falhas (“Fault Tree”).
-Analisamos os sucessivos níveis de falhas ou erros possíveis de um
processo, poderemos avaliar pelo menos, aproximadamente, o seu
Risco Potencial.
-Alguns acidentes só ocorrerão pela confluência de dois ou mais
erros na Árvore das Falhas.
-Esses acidentes serão introduzidos pela entrada “AND”
(representada simbolicamente por X). Em outros casos numa
operação ou tarefa teremos 2 possibilidades de erro. A Entrada lógica
é representada por “OR” e a gráfica por +.
-Se dispusermos de estatísticas, poderemos quantificar a
probabilidade e a gravidade destes “erros”. E então, teremos
avaliado o risco potencial total do processo analisado.
-O cálculo pode referir-se a um processo pré-existente ou de um
ainda na simples fase de concepção ou projeto.
-Esse cálculo quantitativo só poderá ser feito evidentemente através
de Álgebra de Boole, na qual o “AND” tem o valor de um produto e
“OR” tem o valor de uma adição.
-Para compreensão do assunto apresentaremos um exemplo
sumário. É o exemplo citado por Harold Roland no seu artigo. “A
Fresh Look at System Safety”.
Criança come produto para
limpeza de forno
X And
Possui em
Possui no
casa Gosto bom Gosto suave Gosto doce
estoque
Recipiente está
aberto
+ Or
Árvore Lógica
Capítulo III
A) Dificuldades
- As dificuldades desse estudo resultam, em parte, da
complexidade própria do assunto, em parte, da falta de
informação das fontes oficiais e privadas ligadas aos
problemas e, em parte de peculiaridades relacionadas com o
tipo de trabalho realizado na empresa.
1.O método de Heinrich não é um método rigorosamente
científico pois a fórmula CI = K x CD, sendo K = 4, não pode
ser aplicada indistintamente em qualquer indústria uma vez
que o valor de K, como é óbvio, deve variar conforme o tipo
de atividade industrial.
2. O método de Simond é bom, mas apresenta um custo
operacional alto, pois exige a contratação de várias técnicas para
executá-lo.
3. No Brasil, devido a carência de Serviços Especializados em
estatísticas de acidentes, é muito difícil quantificarmos os Riscos
Potenciais ou calcularmos o “Risco investido” em acidentes de
baixa freqüência e alta gravidade.
B) Problemas Práticos dos Serviços Especializados em
Engenharia de Segurança do Trabalho e em Medicina do
Trabalho (SEESMT)
-Por outro lado, tanto em empresas privadas como públicas,
frequentemente os serviços especializados em Eng. de Segurança
do Trabalho e em Medicina do Trabalho são obrigados a colocar
de lado argumentos humanitários e sociais, para tentar
conquistar, no campo econômico, maiores investimentos para os
assuntos relativos às condições e meio ambiente de trabalho.
- Muitas vezes, entretanto, eles se detêm diante do
seguinte círculo vicioso:
Falta de Importância de
Conscientização análises científicas
Círculo
Vicioso
-Ao nosso ver uma boa fórmula para sair desse círculo vicioso
seria apresentar à direção da empresa um primeiro estudo
sobre o problema baseado na fórmula de Heinrich, isto poderia
servir:
-1) Para motivar o escalão mais elevado quanto à importância
do assunto.
-2) Para justificar a necessidade de implantação de medidas
preventivas.
-3) Para estudar e propor modificação do sistema tarifário, com
vistas à diminuição do custo direto e indireto dos acidentes
com danos à propriedade.
-Essas medidas poderiam atrair novos investimentos para a
área da Engenharia de Segurança do Trabalho.
- Os investimentos assim captados poderiam, então abrir
campo para estudos mais profundos de custos.
Preparar
Atrair estudos
Mostrar a
científicos
magnitude investi-
do problema mentos
Segunda Opção: O método de Heinrich modificado
-Cremos, entretanto, que os procedimentos que têm sido usados, no
Brasil para avaliação do custo indireto dos acidentes gerais pela
Fórmula de Heinrich são completamente falhos.
-E isso, muitas vezes, tem barrado, ainda no seu início, por falta de
confiabilidade, o processo ascencional dos estudos de prevenção.
-A) Falhas correntes na aplicação da fórmula de Heinrich para cálculo
do custo indireto de acidentes com afastamento e danos materiais.
-Em muitos serviços costuma se identificar o seguro pago pela
empresa ao INSS com o custo direto dos acidentes com afastamento.
-A multiplicação do custo segurado por quatro, daria então, pela
fórmula de Heinrich, o valor aproximado do custo indireto.
-Consideramos esse procedimento completamente falho,
pelas seguintes razões:
Falhas correntes:
1) CS=CD
2) K=4
3) CI = 4CS
Modificações propostas:
1) K – pesquisa bibliográfica
2) CS – compensação salarial - Fichas A.T
3) Tm – Tratamento médico - Tabela US do INSS
4) Fórmula: CI = K(CS + Tm).
Capítulo IV: Intrepretação e Cálculo do Custo de
Acidentes