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Nutrição em geriatria

Profa. Me. LILIA MONTEIRO.

NUTRIÇÃO EM GERIATRIA

Aula 02: Políticas e assistência à saúde


do
idoso

AULA 02: POLÍTICAS E ASSISTÊNCIA À SAÚDE DO IDOS


Nutrição em geriatria
Saúde e cidadania do idoso

Segundo Chaimowiez (2013), o século XXI foi marcado por


profundas transformações da estrutura populacional em diversos
países, inclusive o BRASIL.

As modificações de padrões de morbidade, invalidez e morte, que


são características de uma população  Transição Demográfica.

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Nutrição em geriatria
Saúde e cidadania do idoso

Essas transmutações envolvem algumas mudanças que ocorrem


nessa população, como:

1 Mais casos de DCNT ao invés de Doenças infecciosas

2 Maior morbimortalidade em pessoas mais jovens do que


nos
idosos.
Assim, o perfil de saúde da população vai se modificando,
como também a procura pelo Sistema de Saúde.

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Nutrição em geriatria
Base legal para a política de atenção prioritária ao idoso

Portaria de nº 2528 de 19 de outubro de 2006


Aprova a Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa
Objetivo: Recuperar, manter e promover autonomia e a independência
dos idosos traçando metas para que essa população possa
alcançar
melhorias na sua qualidade de vida.
Público- alvo: Todo cidadão e cidadã brasileiros com 60 anos
ou mais de
idade
Dessa maneira, as políticas públicas devem oferecer cuidados
sistematizados e adequados para minimizar as incapacidades que
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Nutrição em geriatria
Base legal para a política de atenção prioritária ao idoso

Portaria de nº 2528 de 19 de outubro de 2006

A necessidade de enfrentamento de desafios como:

 Escassez de estruturas de cuidado intermediário ao idoso no SUS


 Número insuficiente de serviços de cuidado domiciliar ao idoso
frágil
previsto no estatuto do idoso.
 Escassez de equipes multiprofissionais e interdisciplinares
com conhecimento em envelhecimento e saúde da pessoa idosa;
 Implementação insuficiente ou mesmo a falta de implementação das redes
de assistência à saúde do idoso.
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Nutrição em geriatria
Base legal para a política de atenção prioritária ao idoso

Diretrizes da saúde da pessoa idosa

Envelhecimento ativo e saudável;

Atenção integral, integrada à saúde da pessoa idosa;

Estímulo às ações intersetoriais, visando à integralidade da


atenção;

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Nutrição em geriatria
Base legal para a política de atenção prioritária ao idoso

Diretrizes da saúde da pessoa idosa

Recursos capazes de assegurar qualidade da atenção à saúde da


pessoa idosa;

Participação e fortalecimento do controle social;

Formação e educação permanente dos profissionais de saúde do


SUS na área de saúde da pessoa idosa;

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Nutrição em geriatria
Base legal para a política de atenção prioritária ao idoso

Diretrizes da saúde da pessoa idosa

Divulgação e informação sobre a PNSPI para profissionais de


saúde, gestores e usuários do SUS;

Promoção de cooperação nacional e internacional das


experiências na atenção à saúde da pessoa idosa; e

Apoio ao desenvolvimento de estudos e pesquisas.

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Nutrição em geriatria

Ciclo da fragilidade

O envelhecimento um processo heterogêneo, alguns indivíduos podem envelhecer


se mantendo robustos, mas, à medida que o tempo passa, a probabilidade de
desenvolver fragilidade aumenta.
A idade sozinha não é um bom indicador de fragilidade. Uma pessoa pode ter uma
idade muito avançada cronologicamente e ser robusta, ativa, independente e autônoma.
Por isso, há um gradiente que vai além de fatores como independência, idade e robustez;
trata-se do grau de fragilidade.

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Ciclo da fragilidade

Para Macedo, Gazzola e Naja (2008), fragilidade é considerada, na prática com


os idosos, naqueles que apresentam características do envelhecimento e
também comorbidades, como a diminuição da massa e força muscular,
alteração na marcha e do equilíbrio, falta de apetite e perda de peso.

Ainda de acordo com esses autores, a fragilidade é uma condição instável e


assim é considerada por outros pesquisadores como um estado clínico de
vulnerabilidade aos fatores que influenciam o declínio das alterações
fisiológicas.

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Classificação do idoso
Idoso robusto

Aquele capaz de gerenciar sua vida de forma independente e


autônoma e não apresenta condição crônica de saúde associada
a maior vulnerabilidade.
O conceito de idoso robusto não implica na ausência de doenças.
Condições crônicas não comprometem a funcionalidade do
indivíduo, porém devem ser acompanhadas ao longo do tempo.

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Classificação do idoso
Idoso em risco de fragilização
Aquele capaz de gerenciar sua vida de forma independente e autônoma, todavia se
encontra em um estado dinâmico entre senescência e senilidade, resultando na presença
de limitações funcionais (declínio funcional iminente), mas sem dependência funcional.

Apresenta uma ou mais condições crônicas de saúde preditoras de desfechos adversos,


como:
•evidências de sarcopenia: presença de alterações da massa e da função muscular (força e
desempenho muscular);
•presença de comorbidades múltiplas representadas por polipatologia (presença simultânea
de cinco ou mais condições crônicas de saúde, acometendo sistemas fisiológicos diferentes),
polifarmácia (uso regular e concomitante de cinco ou mais medicamentos por dia para
condições crônicas diferentes) ou história de internações recentes (seis meses) e/ou pós-
alta hospitalar.
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Classificação do idoso

Idoso frágil

Aquele com declínio funcional estabelecido e incapaz de


gerenciar sua vida, em virtude da presença de incapacidades
únicas ou múltiplas.

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De acordo com Jacob e Kikuchi (2011), pode-se definir fragilidade como


uma síndrome multidimensional, considerando as alterações funcionais
como fator patológico.

Acreditam também que esse aumento da vulnerabilidade está associado


diretamente à idade, embora seja de forma individual.

A fragilidade é considerada um mau prognóstico e essas condições levam


aos idosos uma maior tendência a quedas, hospitalizações e óbitos.

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Nutrição em geriatria
Ciclo da fragilidade
Entre as lesões resultantes do
trauma
observou-se que:

• 34 idosos (22,4%) sofreram lesões de


superfície externa;
• 23 (15,1%) traumatismos
cranioencefálicos leves; e
• 20 (13,1%) traumas de membros
inferiores, dos quais 16 (10,5%) foram
fraturas de fêmur.

(LIMA; CAMPOS, 2011)


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Nutrição em geriatria
Ciclo da fragilidade

Em relação à natureza do evento traumático,


predominaram aqueles decorrentes de
mecanismo não intencional e as quedas da
própria altura apresentaram-se
principal causa de trauma, 9,3% dos idosos
como a
sofreram atropelamento.

Merece destaque, apesar da baixa incidência, a


presença de idosos vitimados por quedas que
não foram da própria altura, 6,5% sofreram
quedas de altura (andaimes, telhados, escadas)
e 3,7% queda dentro de ônibus.

(LIMA; CAMPOS, 2011)

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Nutrição em geriatria

A CADERNETA DE SAÚDE DA PESSOA IDOSA integra um


conjunto de iniciativas que tem por objetivo qualificar a
atenção ofertada às pessoas idosas no Sistema Único de
Saúde, instrumento proposto para auxiliar no bom manejo
da saúde da pessoa idosa, sendo usada tanto pelas equipes
de saúde quanto pelos idosos, por seus familiares e
cuidadores.

Instrumento utilizado pelos profissionais de saúde para


acompanhar a população idosa identificando os riscos e
priorizando as ações de recuperação, de promoção saúde.

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Nutrição em geriatria
Caderneta de pessoa idosa

A caderneta do idoso é um banco de dados que


ajuda na tomada de decisões pela equipe
multidisciplinar, pois contém os dados de
acompanhamento para uma análise melhor da
situação em que o idoso se encontra.

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Nutrição em geriatria
Caderno de atenção básica (19) saúde do idoso

O Secretário de atenção básica à saúde, João Gomes Temporão


(2006), define o caderno de atenção básica:

“O Caderno de Atenção Básica – Envelhecimento e Saúde da Pessoa Idosa foi


construído tendo como referência o Pacto pela Vida 2006 e as Políticas Nacionais de:
Atenção Básica, Atenção à Saúde da Pessoa Idosa, Promoção da Saúde e Humanização
no SUS. Também foi levada em consideração a realidade do envelhecimento
populacional. O objetivo deste Caderno é dar uma maior resolutividade às
necessidades da população idosa na Atenção Básica.”

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Nutrição em geriatria
Caderno de atenção básica (19) saúde do idoso

Esse caderno foi elaborado


auxiliarpara
tecnicamente os profissionais
de saúde que atuam na Atenção
Básica, auxiliando nas suas condutas
relativas à população idosa e às suas
demandas, quando se relaciona à
prática.

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Nutrição em geriatria

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Nutrição em geriatria

O custo médio da internação no SUS é maior entre os


idosos, o que é compatível com os estudos sobre o
tema.
A mudança no perfil demográfico e epidemiológico
da população aumenta as despesas com
tratamentos médico e hospitalar.

O idoso consome mais os serviços de saúde, as


internações hospitalares são mais frequentes e o
tempo de ocupação do leito é maior devido à
multiplicidade de patologias, quando comparado a
outras faixas etárias (VERAS, 1994).

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Nutrição em geriatria
Capítulo CID-10 Nº de %
óbitos
1) IX. Doenças do aparelho circulatório 236.731 37,7

Fonte: BRASIL. Ministério da Saúde. 2008. Disponível em:


2) II. Neoplasias (tumores) 105.129 16,7

http://datasus.saude.gov.br/. Acesso em 21 ago. 2009.


3) X. Doenças do aparelho respiratório 81.777 13,0
4) XVIII. Sintomas, sinais e achados anormais de exames clínicos e de 52.504 8,4
laboratório
5) IV. Doenças endócrinas nutricionais e metabólicas 46.837 7,5
6) XI. Doenças do aparelho digestivo 29.428 4,7
7) XX. Causas externas de morbidade e mortalidade 18.946 3,0
8) I. Algumas doenças infecciosas e parasitárias 18.827 3,0
9) XIV. Doenças do aparelho geniturinário 13.717 2,2
10) VI. Doenças do sistema nervoso 12.827 2,0

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Nutrição em geriatria

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ATIVIDADE PARA PROXIMA AULA 18-03
PESQUISAR ARTIGO SOBRE FRAGILIDADES EM IDOSOS. ARTIGOS
DE 5 ANOS (2017 a 2021).

FAZER UM RESUMO DO ARTIGO E PREPARAR APRESENTAÇÃO EM


PAWERPOINT

ATIVIDADE INDIVIDUAL
SERÃO SORTEADOS NA HORA PARA APRESENTAÇÃO

ATIVIDADE PONTUATIVA

OBS: OS ALUNOS QUE NÃO FOREM SORTEADOS PARA


APRESENTAÇÃO DEVERÃO APÓS A AULA FAZER ENVIO PARA O E-
MAIL: LILIA.MONTEIRO@YAHOO.COM.BR(artigo e apresentação)

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