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Introdução a Segurança com

Eletricidade

Principais conseqüências de acidentes elétricos

 Choque elétrico
 Queimaduras
 Incêndios

Todas essas ocorrências podem ser fatais!


Introdução a Segurança com
Eletricidade
Acidentes Elétricos Fatais no Trabalho

Período: 1997-2001, EUA


1997 – 2001 Média 2001 2013 %
Total 6.036 5.915 5.524 43
Transporte 2.593 2.524 2.381 15
Violência Urbana 964 908 840 16
Objetos/Equipamentos 995 962 873 16
Quedas 737 810 714 13
Eletricidade 291 285 289 5
Incêndios/Explosão 197 188 165 3
Fonte: Ministério do Trabalho dos EUA, Bureau of Labor Statistics.
Introdução a Segurança com
Eletricidade
Acidentes Elétricos Fatais no Trabalho

Ano: 2012, Brasil

Geral Típico Trajeto Empreiteiras Terceiros*


520 35 15 83 407
Fonte: Fundação COGE/Eletrobrás.

Terceiros são os membros da população que não são


empregados do setor de energia elétrica, mas que interagem
com as redes elétricas do setor.
Riscos em Instalações e Serviços com
Elétricidade
Riscos….
Riscos em Instalações e Serviços com
Elétricidade
…e as Consequências Fatais
Riscos em Instalações e Serviços com
Elétricidade
Características da Eletricidade

Sob o ponto de vista da segurança do trabalho

“PERIGOSA” “PREGUIÇOSA

INVISÍVEL I = V/R
LESÕES GRAVES OU MORTE CAMINHO DE MENOR RESISTÊNCIA

• RISCOS VISÍVEIS: trabalho em altura, operação de uma caldeira.


• MENOR RESISTÊNCIA: importância do aterramento; analogia
com água, rios, etc.
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Elétricidade

Choque Elétrico

Contato Direto:
É o contato de pessoas ou animais com partes normalmente
energizadas (partes vivas da instalação, condutores, conexões).
Riscos em Instalações e Serviços com
Elétricidade

Choque Elétrico

Contato Indireto:
É o contato de pessoas ou animais com partes metálicas das
estruturas, mas que não pertencem ao circuito elétrico e que se
encontram energizadas acidentalmente.
Riscos em Instalações e Serviços com
Elétricidade

Mecanismos e efeitos

Conjunto de perturbações de natureza e efeitos diversos que se


manifesta no organismo humano ou animal quando este é
percorrido por uma corrente elétrica.
Riscos em Instalações e Serviços com
Elétricidade
Mecanismos e efeitos

Efeitos da eletricidade no corpo humano:


• Danifica os tecidos e lesa os tecidos nervosos e cerebral
• Provoca paralisação dos músculos
• Provoca coágulos nos vasos sangüíneos
• Pode paralisar a respiração e os músculos cardíacos
• Pode causar fibrilação ventricular
• Provoca queimaduras
• Pode causar inconsciência ou morte
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Elétricidade
Mecanismos e efeitos

Maior potencial: CIRCUITO ENERGIZADO

CARGA
ELÉTRICA

Menor potencial: TERRA


Riscos em Instalações e Serviços com
Elétricidade

Percurso da Corrente

1. Passagem de corrente
pelo pé direito.

1 2 2. Passagem de corrente pelo


pé esquerdo; situação mais
grave (órgãos vitais).
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Elétricidade
A gravidade do choque elétrico depende do:

• Trajeto da corrente no corpo humano


• Tipo da corrente elétrica
• Tensão nominal
• Intensidade da corrente
• Duração do choque elétrico
• Resistência do circuito
• Freqüência da corrente
• Características físicas do acidentado
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Elétricidade
Efeitos da eletricidade no corpo humano

Limiar de sensação (percepção)


Corrente contínua > 5 mA: sensação de aquecimento
Corrente alternada > 1 mA: sensação de formigamento

Limiar de não largar (impede a vítima de se soltar do circuito)


Contrações musculares permanentes (60 ciclos por segundo)
• 9 a 23 mA: Homens
• 6 a 14 mA: Mulheres
Riscos em Instalações e Serviços com
Elétricidade

Intensidade Efeito

10 a 100 μA Fibrilação ventricular em pacientes


“eletricamente sensíveis”, cateterizados

1 mA Percepção cutânea
5 mA Contrações musculares dolorosas

Impossibilidade de se libertar da fonte de


10 mA
corrente (“Limiar de Não Largar”)

20 mA Possibilidade de asfixia, se t > 3 minutos


e se o trajeto atinge o diafragma
70 mA Fibrilação ventricular se t = 1 minuto

5A Queimaduras, asfixia, fibrilação


Riscos em Instalações e Serviços com
Elétricidade
Riscos em Instalações e Serviços com
Elétricidade

Duração máxima da tensão de contato – CA


Tensão de contato (V) Duração máxima (seg.)
<50 Infinito
50 5
75 0,60
90 0,45
110 0,36
150 0,27
220 0,17
280 0,12
Riscos em Instalações e Serviços com
Elétricidade

Duração máxima da tensão de contato – CC


Tensão de contato (V) Duração máxima (seg.)
<120 infinito
120 5
140 1
160 0,5
175 0,2
200 0,1
250 0,05
310 0,03
Riscos em Instalações e Serviços com
Elétricidade

Influência da freqüência

Freqüência (Hz) 50 - 60 500 1.000 5.000 10.000 100.000


Limiar de Sensação (mA) 1 1,5 2 7 14 150
Riscos em Instalações e Serviços com
Elétricidade
Chances de salvamento

Tempo após o choque para Chances de reanimação


iniciar respiração artificial da vítima
1 minuto 95%
2 minutos 90%
3 minutos 75%
4 minutos 50%
5 minutos 25%
6 minutos 1%
8 minutos 0,5%
Riscos em Instalações e Serviços com
Elétricidade
Arco Elétrico

Arco Elétrico é a descarga elétrica através do ar, ou seja, a


passagem de corrente elétrica através do ar ionizado.

Características:
 Grande dissipação de energia, com explosão e fogo;
 Dura menos de 1 segundo;
 As temperaturas geradas vão de 6.000oC até 30.000oC
(duas vezes superior a temperatura do Sol).
Riscos em Instalações e Serviços com
Elétricidade
Arco elétrico em baixa tensão
Riscos em Instalações e Serviços com
Elétricidade
Arco elétrico em alta tensão
Riscos em Instalações e Serviços com
Elétricidade
Conseqüências:

• Queimaduras de 2° e 3° graus, potencialmente fatais;


• Ferimentos por quedas de postes;
• Problemas na retina, devido à emissão de radiação
ultravioleta;
• Danos físicos devidos à onda de pressão originada
pela explosão;
• Ferimentos e queimaduras devidos à ação de partículas
derretidas de metal.
Riscos em Instalações e Serviços com
Elétricidade

Exposição ao arco elétrico

Exposição 1/10 segundos


• Queimadura curável.........................630C
• Morte das células.............................960C
• Arco elétrico..............................20.0000C
• Superfície do Sol.........................5.0000C
• Queima de roupas................370 a 7600C
• Fusão do metal............................1.0000
Riscos em Instalações e Serviços com
Elétricidade
Medidas de proteção:
• Procedimentos de trabalho;
• Utilização de EPIs:
Roupas de proteção térmica;
Óculos de segurança;
Cinto de segurança e talabartes;
Capacete com jugular classe “B”, para trabalhos em
eletricidade.
Riscos em Instalações e Serviços com
Elétricidade

Gravidade das conseqüências da exposição ao arco elétrico

Depende:
• da distância ao ponto de falha;
• da energia liberada;
• da vestimenta de proteção.
Riscos em Instalações e Serviços com
Elétricidade
Vestimenta de proteção

O que determina o tipo de proteção pessoal é o cálculo da


energia incidente a partir de um arco elétrico.
Riscos em Instalações e Serviços com
Elétricidade
Campo Eletromagnético

Uma corrente que percorra um condutor gera um campo


eletromagnético. Esse campo eletromagnético caracteriza-se
por um determinado número de linhas de força.

A lei de Faraday assim se enuncia: “A força eletromotriz (f.e.m.;


medida em volts) induzida é proporcional ao número de espiras
e à rapidez com que o fluxo magnético varia.”
Riscos em Instalações e Serviços com
Elétricidade
Campo Eletromagnético

Ao lembrarmos que a corrente alternada passando por um


condutor produzirá um campo eletromagnético variável, e se
existirem nas suas imediações outros condutores
desenergizados, neles será induzida uma tensão elétrica.
Descargas atmosféricas também geram campos
eletromagnéticos.
Riscos em Instalações e Serviços com
Elétricidade
Campo Eletromagnético

Desse modo teremos dois riscos relacionados às tensões


induzidas por campos eletromagnéticos:
• Acidente por choques elétricos em circuitos considerados
desenergizados, mas sob tensão induzida.
• Influência de campos eletromagnéticos em equipamentos de

comunicação, controle, medição, podendo gerar também


acidentes pela alteração de seu funcionamento
(perturbação eletromagnética).
Técnicas de Análise de Risco

Analise de Riscos

Analise de RISCO é um método simplificado utilizado para


identificar fontes de risco gerando tabelas de fácil entendimento

Objetivos da Analise de Risco:

• Identificar;
• Prevenir;
• Controlar;
• REDUZIR RISCOS
Técnicas de Análise de Risco

As medidas de controle do risco elétrico envolvem desde:


• Técnicas de análise de risco;
• Documentação sobre a instalação elétrica/unifilares;
• Resultados de testes em equipamentos;
• Testes de isolamento;
• Especificações de EPI e EPC;
• Procedimentos de segurança e medidas de proteção
coletiva.
As medidas de proteção coletiva envolvem técnicas de trabalho
e equipamentos de proteção coletiva.
Técnicas de Análise de Risco

Análise de riscos
Risco: Medida de perda econômica, e/ou de danos à vida
humana, resultante da combinação entre a frequência de
ocorrência e a magnitude das perdas danos (consequências).
.
Risco Exposição (Perigo)

Causa Fato Efeito

Danos
Origem Acidente (Humanos, Materiais,
(Humana, Material) Financeiros)
Técnicas de Análise de Risco

Análise de riscos

Atividade Responsável Riscos Controles


Abrir a chave corta Eletricista Descarga Elétrica •Usar luvas
circuito isolantes de
Descrição: Abrir as Entorse Muscular borracha para alta-
tensão, capacete
chaves utilizando a
de segurança,
vara de manobra e a
óculos e botas
seqüência correta, ou
de segurança;
seja:
• Manusear firme e
“Primeiro a chave da
corretamente a
extremidade mais
vara de manobra;
próxima da chave do
meio, depois a chave • Assumir posição
da extremidade mais e postura corretas.
distante da chave do
meio, e por último a
chave do meio.”
Medidas de Controle de Riscos
Elétricos

Desenergização
Sempre que possível os circuitos ou equipamentos energizados
devem ser seccionados do circuito de alimentação.
Medidas de Controle de Riscos
Elétricos

Aterramento
Sua função é escoar para a Terra as cargas elétricas
indesejáveis, que podem ser decorrentes de falta fase-massa,
indução eletromagnética, eletricidade estática e descargas
atmosféricas.
Compõe-se de condutores, barramento de eqüipotencialização
e eletrodos de aterramento que, interligados, formam a malha
de terra.
Pela própria função, deve possuir baixa resistência.
Medidas de Controle de Riscos
Elétricos

Tipos de aterramento

FUNCIONAL – Ligação à terra de um dos condutores,


(geralmente o neutro), para o funcionamento correto, seguro e
confiável da instalação.
PROTEÇÃO – Ligação à terra das massas e dos elementos
condutores estranhos à instalação, para proteção contra
choques elétricos por contatos indiretos.
Medidas de Controle de Riscos
Elétricos

Tipos de aterramento

ATERRAMENTO TEMPORÁRIO OU DE TRABALHO – É


utilizado em caráter provisório para proteger os trabalhadores
em atividades de manutenção contra reenergização de partes da
instalação, normalmente sob tensão. Possibilita também a
eqüipotencialização dos condutores.
Medidas de Controle de Riscos
Elétricos
Instalações e serviços em eletricidade – aterramento
Corrente de fuga (l1)
Causas:
• Indução

I
• Falha de
isolamento
I1
MOTO
R
Proteção:
• Manutenção
• Aterramento
Medidas de Controle de Riscos
Elétricos
Esquemas de aterramento
Condutor Neutro e condutor Terra distintos – TN - S
A
B
C
N
PE
T

MASSAS

TN – Condutor de Terra e Neutro


PEN – Condutor de Proteção e Neutro
PE – Condutor de Proteção
Medidas de Controle de Riscos
Elétricos
Esquemas de aterramento
Condutor Neutro e Terra combinados em um único condutor
numa parte do sistema – TN - C - S
A
B
C
PEN
TN T
N

MASSAS

TN – Condutor de Terra e Neutro


PEN – Condutor de Proteção e Neutro
PE – Condutor de Proteção
Medidas de Controle de Riscos
Elétricos
Esquemas de aterramento
Condutor Neutro e Terra combinados em um único condutor –
TN - C
A
B
C
PEN
TN

MASSAS

TN – Condutor de Terra e Neutro


PEN – Condutor de Proteção e Neutro
PE – Condutor de Proteção
Medidas de Controle de Riscos
Elétricos
Esquemas de aterramento
Neutro aterrado independentemente do aterramento de massa
– T-T
A
B
C
N

T
PE
MASSA

TN – Condutor de Terra e Neutro


PEN – Condutor de Proteção e Neutro
PE – Condutor de Proteção
Medidas de Controle de Riscos
Elétricos
Esquemas de aterramento
Não há ponto de aterramento diretamente aterrado;
Massa aterrada – I - T
A
B
C

IMPEDÂNCI
A T
PE
MASSA

TN – Condutor de Terra e Neutro


PEN – Condutor de Proteção e Neutro
PE – Condutor de Proteção
Medidas de Controle de Riscos
Elétricos
Eqüipotencialização

A eqüipotencialização evita que haja uma diferença de potencial


entre partes metálicas de uma estrutura que não pertencem ao
circuito elétrico, mas que se estiverem nessa situação causarão
um choque elétrico em pessoas que as tocarem
simultaneamente.

A ligação eqüipotencial principal interliga todas as estruturas


que não façam parte do circuito elétrico com o terminal de
aterramento principal. As ligações eqüipotenciais secundárias as
massas e partes condutoras da estrutura entre si, neutralizando
o risco de choque elétrico entre partes metálicas diferentes.
Medidas de Controle de Riscos
Elétricos
Seccionamento automático da alimentação (princípios
básicos)
Aterramento
• A circulação da corrente de falta aciona o dispositivo de
proteção e comanda o seccionamento da alimentação.
Tensão de contato limite
• (UL< 50 V CA; UL< 25 V CA)
Seccionamento da alimentação
• Tensão em Falta Parte Viva – Massa > UL
Medidas de Controle de Riscos
Elétricos
Dispositivo DR

Princípio de funcionamento:
• Detectar correntes de fuga do circuito elétrico;
• Atuar, interrompendo o circuito, dentro de parâmetros
predefinidos;

Parâmetros básicos:
• Corrente de fuga: 30 mA
• Tempo de interrupção: 30 ms
Medidas de Controle de Riscos
Elétricos
Dispositivo a corrente de fuga
F
N

A C

EQUIPAMENT
O
Medidas de Controle de Riscos
Elétricos
Dispositivo a corrente diferencial-residual – DR

Também chamados de dispositivos a corrente de fuga.


Medidas de Controle de Riscos
Elétricos

Tensão de segurança

Em casos de impossibilidade de desenergização, a tensão de


segurança (extrabaixa tensão: 50 V CA) deverá ser usada.
• Ferramentas elétricas de 24 V
Medidas de Controle de Riscos
Elétricos

Barreira
Dispositivo que impede todo e qualquer contato com partes
energizadas das instalações elétricas, como cercas metálicas,
armários, painéis elétricos.

Invólucro
Envoltório de partes energizadas destinado a impedir todo e
qualquer contato com partes internas.
Medidas de Controle de Riscos
Elétricos

Bloqueios e impedimentos
IMPEDIMENTO DE REENERGIZAÇÃO – Condição que
garante a não-energização do circuito através de recursos e
procedimentos apropriados, sob controle dos trabalhadores
envolvidos nos serviços (bloqueio por cadeados e outros meios
mecânicos).
Medidas de Controle de Riscos
Elétricos

Obstáculos e anteparos
Envoltório de partes energizadas destinado a impedir todo
e qualquer contato com partes internas.

Isolamento das partes vivas


ISOLAMENTO ELÉTRICO – Processo destinado a impedir a
passagem de corrente elétrica por interposição de materiais
isolantes, como por exemplo o isolamento de fios elétricos.
Medidas de Controle de Riscos
Elétricos
Isolação dupla ou reforçada
Muito utilizada em ferramentas elétricas manuais (furadeiras,
serras), propicia um maior grau de segurança à separação
entre suas partes energizadas e suas partes metálicas.

Colocação fora de alcance


Impede os contatos fortuitos com as partes vivas. Zona de
alcance normal: zona que se estende de qualquer ponto de
uma superfície em que pessoas podem permanecer ou se
movimentar habitualmente até os limites que uma
pessoa pode alcançar com a mão, em qualquer direção, sem
recurso auxiliar.
Medidas de Controle de Riscos
Elétricos
Separação elétrica
A separação elétrica deve ser individual, isto é, o circuito elétrico
separado alimenta um único equipamento/tomada.
Medidas de Controle de Riscos
Elétricos
Elétricidade Estática

Causas

• Tipos de materiais
• Atrito (escoamento)

Meios de Proteção
• Aterramento
• Pulseiras de aterramento
Medidas de Controle de Riscos
Elétricos
Elétricidade Estática
Locais de Geração

 Fabricação de componentes eletrônicos (perdas)


 Silos (cimento, cereais, particulados inflamáveis)
 Postos e distribuição de combustíveis
 Indústrias com atmosferas inflamáveis (pólvora, serrarias,
tecelagens)
 Turbilhonadores, misturadores
Regulamentações do Ministerio
do Trabalho e Emprego MTE
NR 10.8 Habilitação, Qualificação, Capacitação e Autorização
dos Trabalhadores

NR 10.8.1
É considerado trabalhador QUALIFICADO aquele que
comprovar conclusão de curso específico na área elétrica
reconhecido pelo Sistema Oficial de Ensino.

NR 10.8.2
É considerado profissional LEGALMENTE HABILITADO o
trabalhador previamente qualificado e com registro no
competente conselho de classe.
Regulamentações do Ministerio
do Trabalho e Emprego MTE
NR 10.8 Habilitação, Qualificação, Capacitação e Autorização
dos Trabalhadores

NR 10.8.3
É considerado trabalhador CAPACITADO aquele que atenda
às seguintes condições, simultaneamente:

a) receba capacitação sob orientação e responsabilidade de


profissional habilitado e autorizado; e

b) trabalhe sob a responsabilidade de profissional habilitado e


autorizado.
Regulamentações do Ministerio
do Trabalho e Emprego MTE
NR 10.8 Habilitação, Qualificação, Capacitação e Autorização
dos Trabalhadores

NR 10.8.3.1
A CAPACITAÇÃO só terá validade para a empresa que o
capacitou e nas condições estabelecidas pelo
profissional habilitado e autorizado responsável pela
capacitação.

NR 10.8.4
São considerados AUTORIZADOS os trabalhadores
qualificados ou capacitados e os profissionais habilitados,
com anuência formal da empresa.
Responsabilidades

NR 10.13.1
As responsabilidades quanto ao cumprimento desta NR são
solidárias aos contratantes e contratados envolvidos.

NR 10.13.2
É de responsabilidade dos contratantes manter os
trabalhadores informados sobre os riscos a que estão
expostos, instruindo-os quanto aos procedimentos e medidas
de controle contra os riscos elétricos a serem adotados.

NR 10.13.3
Cabe à empresa, na ocorrência de acidentes de trabalho
envolvendo instalações e serviços em eletricidade, propor e
adotar medidas preventivas e corretivas.
Responsabilidades

NR 10.13.4 Cabe aos trabalhadores:

a) zelar pela sua segurança e saúde e a de outras pessoas que


possam ser afetadas por suas ações ou omissões no
trabalho;

b) responsabilizar-se junto com a empresa pelo cumprimento


das disposições legais e regulamentares, inclusive
quanto aos procedimentos internos de segurança e saúde; e

c) comunicar, de imediato, ao responsável pela execução do


serviço as situações que considerar de risco para sua
segurança e saúde e a de outras pessoas..
Conceitos e Práticas Sobre
Equipamentos de Proteção Individual
Equipamentos de Proteção
Individual - EPI
Tipos de equipamento de segurança

a. EPI
Para os fins de aplicação da Norma Regulamentadora – NR 06,
considera-se Equipamento de Proteção Individual - EPI, todo
dispositivo ou produto, de uso individual utilizado pelo
trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetíveis de
ameaçar a segurança e a saúde no trabalho.
Equipamentos de Proteção
Individual - EPI
6.6. Cabe ao empregador

6.6.1. Cabe ao empregador quanto ao EPI :

a) adquirir o adequado ao risco de cada atividade;


b) exigir seu uso;
c) fornecer ao trabalhador somente o aprovado pelo órgão nacional
competente em matéria de segurança e saúde no trabalho;
d) orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado, guarda e
conservação;
e) substituir imediatamente, quando danificado ou extraviado;
f) responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica; e,
g) comunicar ao MTE qualquer irregularidade observada.
h) registrar o seu fornecimento ao trabalhador, podendo ser adotados
livros, fichas ou sistema eletrônico.
Equipamentos de Proteção
Individual - EPI
6.7. Cabe ao empregado

6.7.1. Cabe ao empregado quanto ao EPI:

a) usar, utilizando-o apenas para a finalidade a que se destina;


b) responsabilizar-se pela guarda e conservação;
c) comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio
para uso; e,
d) cumprir as determinações do empregador sobre o uso adequado.
Equipamentos de Proteção Coletiva -
EPC
Equipamentos de Proteção Coletiva (EPC): como o próprio nome já
diz, são equipamentos utilizados para proteção coletiva de
trabalhadores expostos a risco.

Os mais comuns são: enclausuramento acústico de fontes de ruído,


ventilação dos locais de trabalho, extintor de incêndio, proteção de
partes móveis de máquinas e equipamentos, cabine de segurança
biológica, capelas químicas, e cabine para manipulação de
radioisótopos.

Os Equipamentos de Proteção Coletiva – EPC´s são barreiras


instaladas entre o trabalhador e agente de Perigo, mantendo o
trabalhador distante e/ou impedindo que o mesmo se aproxime do
Risco.
Equipamentos de Proteção
Individual - EPI
Capacete

a) capacete de segurança para


proteção contra impactos de objetos
sobre o crânio;

b) capacete de segurança para


proteção contra choques elétricos;

c) capacete de segurança para proteção


do crânio e face contra riscos
provenientes de fontes geradoras de
calor nos trabalhos de combate a
incêndio.
Equipamentos de Proteção
Individual - EPI

Capuz

a) capuz de segurança para proteção do


crânio e pescoço contra riscos de origem
térmica;

b) capuz de segurança para proteção do


crânio e pescoço contra respingos de
produtos químicos.
Equipamentos de Proteção
Individual - EPI
Óculos

a) óculos de segurança para proteção dos


olhos contra impactos de partículas volantes;

b) óculos de segurança para proteção dos


olhos contra luminosidade intensa;

c) óculos de segurança para proteção dos


olhos contra radiação ultravioleta;

d) óculos de segurança para proteção dos


olhos contra radiação infravermelha;

e) óculos de segurança para proteção dos


olhos contra respingos de produtos químicos.
Equipamentos de Proteção
Individual - EPI
Protetor facial

a) protetor facial de segurança para


proteção da face contra impactos de
partículas volantes;

b) protetor facial de segurança para


proteção da face contra respingos de
produtos químicos;

c) protetor facial de segurança para


proteção da face contra radiação
infravermelha;

d) protetor facial de segurança para


proteção dos olhos contra
luminosidade intensa.
Equipamentos de Proteção
Individual - EPI
Máscara de Solda

a) máscara de solda de segurança para


proteção dos olhos e face contra
impactos de partículas volantes;

b) máscara de solda de segurança para


proteção dos olhos e face contra radiação
ultravioleta;

c) máscara de solda de segurança para


proteção dos olhos e face contra radiação
infravermelha;

d) máscara de solda de segurança para


proteção dos olhos e face contra
luminosidade intensa.
Equipamentos de Proteção
Individual - EPI

Protetor auditivo

a) protetor auditivo circum-auricular;

b) protetor auditivo de inserção;

c) protetor auditivo semi-auricular


Equipamentos de Proteção
Individual - EPI

Proteção Respiratória

Respirador Purificador de Ar
(Dependentes)
Equipamentos de Proteção
Individual - EPI

Proteção Respiratória

Respirador de Adução de Ar Mandado


(Dependentes / Independentes)
Equipamentos de Proteção
Individual - EPI

Proteção Respiratória

Respirador de Fuga
(Dependentes / Independentes)
Equipamentos de Proteção
Individual - EPI

Proteção do Tronco

Vestimentas de segurança que


ofereçam proteção ao tronco contra
riscos de origem térmica, mecânica,
química, radioativa e meteorológica e
umidade proveniente de operações
com uso de água.
Equipamentos de Proteção
Individual - EPI

Proteção do Tronco

Colete à prova de balas de uso permitido para


vigilantes que trabalhem portando arma de
fogo, para proteção do tronco contra riscos de
origem mecânica.
Equipamentos de Proteção
Individual - EPI

Proteção dos Membros Superiores

Luva de proteção contra abrasivos,


microorganismos, temperatura,
eletricidade, químicos.
Equipamentos de Proteção
Individual - EPI

Proteção dos Membros Superiores

Creme protetor
Equipamentos de Proteção
Individual - EPI

Proteção dos Membros Superiores

Manga
Equipamentos de Proteção
Individual - EPI

Proteção dos Membros Superiores

Braçadeira
Equipamentos de Proteção
Individual - EPI

Proteção dos Membros Superiores

Dedeira
Equipamentos de Proteção
Individual - EPI

Proteção dos Membros Inferiores

Calçado
Equipamentos de Proteção
Individual - EPI

Proteção dos Membros Inferiores

Meia de segurança para proteção dos pés


contra baixas temperaturas.
Equipamentos de Proteção
Individual - EPI

Proteção dos Membros Inferiores

Perneira
Equipamentos de Proteção
Individual - EPI

Proteção dos Membros Inferiores

Calça
Equipamentos de Proteção
Individual - EPI
Proteção do Corpo Inteiro

Vestimenta de corpo inteiro


Equipamentos de Proteção Coletiva -
EPC
Equipamento de Proteção Coletiva
Rotina de Trabalho
Procedimentos
NR 10.5.1

Somente serão consideradas desenergizadas as instalações


elétricas liberadas para trabalho, mediante os
procedimentos apropriados, obedecida a seqüência abaixo:

a) Seccionamento;
b) Impedimento de reenergização;
c) Constatação da ausência de tensão;
d) Instalação de aterramento temporário com
equipotencialização dos condutores dos circuitos;
e) Proteção dos elementos energizados existentes na zona
controlada;
f) Instalação da sinalização de impedimento de reenergização.
Rotina de Trabalho
Procedimentos
a) Seccionamento:
Chaves seccionadoras, disjuntores ou outros dispositivos são
acionados para a desenergização dos circuitos;

b) Impedimento de reenergização:
Através de dispositivos de bloqueios mecânicos e cadeados é
garantida a impossibilidade de reenergização dos circuitos, o
que fica facultado apenas ao responsável pelo bloqueio;
Rotina de Trabalho
Procedimentos
Exemplos de Utilização – Bloqueio Multiplo
Rotina de Trabalho
Procedimentos
Exemplos de Utilização – Bloqueio Multiplo

1. Passe o cabo do dispositivo de


bloqueio através dos orifícios das
chaves das portas dos referidos
painéis
Rotina de Trabalho
Procedimentos
Exemplos de Utilização – Bloqueio Multiplo

2. Insira a ponta do cabo na forca


existente na outro extremidade do
mesmo
Rotina de Trabalho
Procedimentos
Exemplos de Utilização – Bloqueio Multiplo

3.Trave o cabo no orifício de


bloqueio da haste metálica da
garra múltipla
Rotina de Trabalho
Procedimentos
Exemplos de Utilização – Bloqueio Multiplo

4. Comprima a haste metálica contra


o corpo plástico e o cabo de modo a
travar todo o conjunto
Rotina de Trabalho
Procedimentos
Exemplos de Utilização – Bloqueio Multiplo

5. Insira até 6 cadeados/etiquetas


na garra de bloqueio múltiplo
Rotina de Trabalho
Procedimentos
Bloqueios e Etiquetagem

220 V
1

1 – Bloqueio e etiquetagem
4
2 – Equipamento em manutenção 3
3 – Aterramentos provisórios 3
4 – Detector de tensão
Rotina de Trabalho
Procedimentos
c) Constatação da ausência de tensão:
Através de dispositivos de “Detecção de Tensão” é garantida a
desenergização dos circuitos;

d) Instalação de aterramento temporário com


equipotencialização dos condutores dos circuitos
É a eqüipotencialização de condutores trifásicos, curto
circuitados na mesma ligação de aterramento temporário, o
que garante a proteção completa do trabalhador em situações
de energização dos circuitos já seccionados, provocados por
indução, contatos acidentais com outros condutores
energizados, etc.;
Rotina de Trabalho
Procedimentos
c) Constatação da ausência de tensão:
Através de dispositivos de “Detecção de Tensão” é garantida a
desenergização dos circuitos;

d) Proteção dos elementos energizados existentes na


Zona Controlada:
É a colocação de barreiras, obstáculos, que visem proteger o
trabalhador contra contatos acidentais com outros circuitos
energizados presentes na “Zona Controlada”;
Rotina de Trabalho
Procedimentos
e) Instalação da sinalização de impedimento de
reenergização:
É a utilização de Etiquetas de Identificação de Bloqueio
fixadas junto aos dispositivos de Bloqueio.
Rotina de Trabalho
Procedimentos
NR 10.5.2
O estado de instalação desenergizada deve ser mantido até a
autorização para reenergização, devendo ser reenergizada
respeitando a seqüência de procedimentos abaixo:

a) Retirada das ferramentas, utensílios e equipamentos;


b) Retirada da zona controlada de todos os trabalhadores não
envolvidos no processo de reenergização;
c) Remoção do aterramento temporário, da equipotencialização
e das proteções adicionais;
d) Remoção da sinalização de impedimento de reenergização;
e) Destravamento, se houver, e religação dos dispositivos de
seccionamento.
Documentação de Instalações
Elétricas
NR 10.2.3 As empresas estão obrigadas a manter esquemas
unifilares atualizados das instalações elétricas dos seus
estabelecimentos com as especificações do sistema de
aterramento e demais equipamentos e dispositivos de
proteção.
Documentação de Instalações
Elétricas
NR 10.2.4 Os estabelecimentos com carga instalada superior
a 75 kW devem constituir e manter o Prontuário de Instalações
Elétricas, contendo, além do disposto no subitem 10.2.3, no
mínimo:

a) Conjunto de procedimentos e instruções técnicas e


administrativas de segurança e saúde, implantadas e
relacionadas a esta NR e descrição das medidas de controle
existentes;

b) Documentação das inspeções e medições do sistema de


proteção contra descargas atmosféricas e aterramentos
elétricos;
Documentação de Instalações
Elétricas
NR 10.2.4 Os estabelecimentos com carga instalada superior
a 75 kW devem constituir e manter o Prontuário de Instalações
Elétricas, contendo, além do disposto no subitem 10.2.3, no
mínimo:

c) Especificação dos equipamentos de proteção coletiva e


individual e o ferramental, aplicáveis conforme
determina esta NR;

d) Documentação comprobatória da qualificação, habilitação,


capacitação, autorização dos trabalhadores e dos
treinamentos realizados;
Documentação de Instalações
Elétricas
NR 10.2.4 Os estabelecimentos com carga instalada superior
a 75 kW devem constituir e manter o Prontuário de Instalações
Elétricas, contendo, além do disposto no subitem 10.2.3, no
mínimo:

e) Resultados dos testes de isolação elétrica realizados em


equipamentos de proteção individual e coletiva;

f) Certificações dos equipamentos e materiais elétricos em


áreas classificadas;

g) Relatório técnico das inspeções atualizadas com


recomendações, cronogramas de adequações, contemplando
as alíneas de “a” a “f”.
Documentação de Instalações
Elétricas
NR 10.2.5 As empresas que operam em instalações ou
equipamentos integrantes do “Sistema Elétrico de Potência” ou
nas suas proximidades devem acrescentar ao prontuário os
documentos relacionados no item 10.2.4 e os a seguir listados:
a) Descrição dos procedimentos para emergências;
b) Certificados dos equipamentos de proteção coletiva e
individual.
Documentação de Instalações
Elétricas
NR 10.2.6

O Prontuário de Instalações Elétricas deve ser organizado e


mantido atualizado pelo empregador ou pessoa formalmente
designada pela empresa, devendo permanecer à disposição
dos trabalhadores envolvidos nas instalações e serviços em
eletricidade.
Documentação de Instalações
Elétricas
NR 10.2.7

Os documentos técnicos previstos no Prontuário de


Instalações Elétricas devem ser elaborados por profissional
legalmente habilitado.

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