Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
nº 12
Índice
Introdução 4
1. Geral 5
2. Efeitos térmicos 6
2.5. Proteção e qualidade das articulações relativas aos efeitos perigosos decorrentes do
serviço e correntes de curtos-circuitos. 9
2.7. Testes nos comportamento das articulações com seus condutores respeitando os efeitos
térmicos da corrente de curto-circuito. Testes nos isoladores seqüenciais e seus
hardwares correspondentes sob o efeito dos arcos de força. 10
3. Efeitos Dinâmicos. 10
3.3. Valor da força mecânica (Fp) da corrente de curto circuito e aplicada no condutor por
unidade de comprimento, levando em consideração os cálculos práticos dos sistemas de
conexões. 11
nº 12
Apêndice I - Qualidade e proteção das articulações quanto aos efeitos perigosos de serviço e
correntes de curto-circuito. 16
Apêndice II - Efeitos dos arcos de força nos isoladores de fio e seus hardwares; Meios de proteção. 17
5. Fator de “Dobra”. 23
7. Esforço no Barramento 24
8. Conclusão 24
9. Definições 27
Apêndice IV - Métodos de Cálculo das Forças as quais os Apoios dos Isoladores são Submetidos
Durante um Curto-Circuito. 27
1. O Oscilador de 2-Massas 28
2. O Feixe de Vibração 30
Bibliografia e referências 40
Artigo CIGRÉ – ELECTRA página 4
nº 12
Introdução
Fundada em 1967 com o objetivo de analisar e estudar os resultados levantados sobre os efeitos
*
das correntes de curtos-circuitos em subestações de alta voltagem , o Grupo de Trabalho 04 é composto
por:
M. Delis (França)
G. Hosemann (Alemanha)
G. Palante (Bélgica)
J. Parisy (França)
F. Parschalk (Alemanha)
G. Quilico (Itália)
*
Pesquisa sobre efeitos térmicos e dinâmicos de altas correntes de curtos-circuitos em estações de alta voltagem. G. Palante, Electra,
No. 4, Março de 1968, PP. 44-60
Artigo CIGRÉ – ELECTRA página 5
nº 12
1. Geral.
1.1 Intensidade máxima em R.M.S. das correntes simétricas de curtos-circuitos ocorridos,
levando em consideração o projeto de instalações de alta voltagem.
Pulso com
Voltagem máxima I.E.C. R.M.S. equivalente à corrente simétrica de curto-circuito em kA
tensão padrão
(para comutadores) (kV) (Classificação das instalações)
I.E.C. (kV)
380-450 100 16 20 25 31,5 40 - - -
450-550 123 16 20 25 31,5 40 - - -
450-650 145 16 20 25 31,5 40 50 - -
550-750 170 16 20 25 31,5 40 50 - -
750-1.050 245 - 20 25 31,5 40 50 63 70
900-1.175 300 - - 25 31,5 40 50 63 70
1.050-1.300 362 - - 25 31,5 40 50 63 70
1.300-1.675 420 - - - 31,5 40 50 63 70
1.425-1.800 525 - - - 31,5 40 50 63 70
765 - - - 31,5 40 50 63 70
Nota – embora não uniformizado pelos valores da corrente de curto-circuito do I.E.C., os valores de 25 e 70 kA foram introduzidos por
causa de serem usados ou providos por certos países e, por outro lado, os valores de 63-80 kA padronizados pelo I.E.C. pareceram ser
muito altos pelo Grupo de Trabalho, tendo o receio pelo fato deste efeito ser proporcional ao seu quadrado.
Os projetos de subestações de alta voltagem devem levar em consideração a duração dos curtos-
circuitos como um segundo.
O Grupo de Trabalho tomou notas do fato que religamento de uma ou três fases é bem
generalizada e é completamente satisfatória.
Contudo, se as precauções a respeito das distâncias entre certos pontos vivos não forem
tomadas (veja parágrafo 3.4) o rápido religamento pode ter perigosas conseqüências para a instalação:
*
a) Perigo de flashover entre os condutores nos períodos de desligamento e religamento, aonde
a duração entre um e outro vai de 0 a 3 segundos (condutor abrindo e fechando
repetidamente).
Por outro lado, não se deve fazer distinção entre o sistema com três fases e de uma fase no
religamento, particularmente por conta dos layouts de barramentos de fases separadas.
*
Flashover: Ignição súbita generalizada
Artigo CIGRÉ – ELECTRA página 6
nº 12
A escolha dos materiais usados para a composição dos condutores é independente do nível do
curto-circuito.
Até um isolamento de 1.050 kV, ligas de cobre e alumínio e aço/alumínio são empregadas
aleatoriamente.
Além deste nível de isolamento, tanto para cabos ou tubos, cobre não é mais utilizado.
2. Efeitos térmicos
2.1.1. Máxima temperatura de superfície em condutores rígidos e flexíveis em serviço
permanente (levando a temperatura ambiente em consideração).
b. Condutores de liga de alumínio (Al, Mg, Si, Fe, carga de rompimento de 30 à 35 daN/mm²).
Perigo de cristalização não presente para este material, as mesmas considerações que utilizadas
para cobre são aceitas, mas a máxima temperatura deve ser entre 85 e 100ºC.
*
Força de tensão fria = força de tensão residual depois do resfriamento do condutor para a temperatura ambiente depois deste ter
suportado a temperatura máxima durante 12 meses, correspondente à primeira coluna.
Artigo CIGRÉ – ELECTRA página 7
nº 12
c. Condutores de aço/alumínio
- O Grupo de Trabalho recomenda uma temperatura máxima de 85ºC, havendo ressalvas sobre
as graxas normalmente usadas na fabricação dos cabos. Esta temperatura pode até atingir 100ºC na
medida em que a graxa usada no cabo tem um ponto de gotejamento apropriado.
Observação:
- Se um aceitar temperaturas que ultrapassem os 75ºC para a liga de cobre, e os 85ºC para a liga
de alumínio, é conveniente que as ligações também possuam essas condições.
Nota: - Condutores de puro alumínio são de interesse de certos países e podem ser sujeitos a
futuros estudos.
- Para fazer isso, é necessário saber a força residual dependendo da temperatura máxima
escolhida para a duração cumulativa dos curtos-circuitos, de 1 a 5 minutos (por exemplo 5 minutos, ou
seja, 300 segundos correspondendo a 300 quedas de curtos-circuitos durante 1 segundo).
a. Condutores de cobre
- Para poucos fenômenos de cristalização, a temperatura limite não deve exceder 200ºC. Alguns
resultados são mostrados abaixo:
nº 12
*
- Para Aldrey, diferentes autores (Dasselto, Schimit, Behrens) mostram isso após a temperatura
de 200ºC com duração de 3 a 5 segundos, a força de tensão de tração fria diminuiu fortemente.
- Para outras ligas de alumínio (Almetec), testes recentes na força mecânica mostram que é
possível que a temperatura chegue à 200ºC.
- No caso de aço/alumínio, a temperatura máxima pode ser considerada igual à 200ºC, mas os
conceitos de tensão residual fria ou quente têm pouca importância neste caso.
b. As dimensões dos condutores podem ser determinadas como funções das condições mais
severas obtidas das hipóteses consideradas no caso de serviço permanente ou no final de um curto-
circuito.
Nenhuma recomendação pode ser feita baseada na noção da densidade de corrente porque a
densidade não é uniforme em todos os condutores.
*
Ver referências
Artigo CIGRÉ – ELECTRA página 9
nº 12
b. Articulação entre condutores e tubos: estas articulações são feitas através de parafusos ou
por estruturas soldadas.
2.5 Proteção e qualidade das articulações relativas aos efeitos perigosos decorrentes do
serviço e correntes de curtos-circuitos.
- Em geral, as articulações podem ser o centro de sérios problemas se certas precauções não
forem tomadas, não somente pela quantidade de articulações, mas também por sua instalação
apropriada.
O Grupo de Trabalho examinou os resumos dos testes feitos na França e no Reio Unido no que
diz respeito ao comportamento de diferentes componentes de hardwares sujeitos aos efeitos dos arcos de
força (veja o Apêndice II). As conclusões tiradas destes dois documentos são particularmente similares, e
foram confirmadas posteriormente, por outros testes realizados na Alemanha.
- os pinos da tampa e os pinos isoladores do tipo padrão 20 mm está aos arredores de 30.000
Ampères.
nº 12
2.7 Testes nos comportamento das articulações com seus condutores respeitando os
efeitos térmicos da corrente de curto-circuito. Testes nos isoladores seqüenciais e
seus hardwares correspondentes sob o efeito dos arcos de força.
- Até hoje, pode parecer que esses problemas foram superados pelas articulações entre eles e os
condutores, devem-se realizar testes para checar se qualquer novo caso ocorrer.
- Nesta mesma linha de pensamento, testes referentes aos arcos de força nos isoladores
seqüenciais com seus hardwares, ficam a serem realizados para níveis de curtos-circuitos iguais ou
superiores a 40 kA.
3. Efeitos Dinâmicos.
3.1 Valor da primeira amplitude da corrente de curto-circuito.
I a = b × I cc (1)
b = coeficiente de amortecimento para a corrente simétrica de 100% variável de acordo com o tempo
constante (a) do circuito.
T
−
b = 2 × (e 2a
+ 1) (2)
50 Hz 60 Hz
a=L sec.
R b b
∞ 2,83 2,83
0,105 2,70 2,72
0,0448 2,55 2,59
0,0382 2,50 2,55
0,030 2,43 2,48
0,020 2,33 2,35
0,010 1,94 2,03
0,00 1,41 1,41
Tendo ressalvas para a arquitetura e a estrutura da subestação, por exemplo, de acordo com o
*
layout do jogo de brocas com as fases associadas (4.8.12 + 4.8.12) ou com suas fases separadas (4.4 +
8.8 + 12.12), é conveniente adotar uma ou outra das fórmulas a seguir (curto-circuito de fase simples ou
curto-circuito de trifásico).
*
Nota: Designação em horas dos vetores de voltagem de um sistema trifásico.
Artigo CIGRÉ – ELECTRA página 11
nº 12
2
I
F = 2,04 × b × cc × 10 −8
2
(3)
d
2
I cc
F = m × 2,04 × b 2 × × 10 −8 (4)
d
m = 0,866.
3.3 Valor da força mecânica (Fp) da corrente de curto circuito e aplicada no condutor por
unidade de comprimento, levando em consideração os cálculos práticos dos sistemas
de conexões.
O Grupo de Trabalho considera que em ordem para determinar esta força, é conveniente a força
máxima F dada pela fórmula (3) ou (4) anterior, multiplicado por um coeficiente k.
- Desta forma, a força Fp levada em consideração no projeto dos condutores vai ser dada pela
fórmula:
Fp = k × F (5)
Em instalações nas quais a voltagem excede os 100kV, uma estrutura formada por condutores
rígidos suportados por postes isolados, forma uma montagem elástica. Esta montagem elástica possui
uma freqüência de oscilação inerente inclusa dentro do apoio de 0 a 25 Hz.
Métodos de determinação das forças nos isoladores supostos perfeitamente rígidos são, portanto,
não aplicáveis.
Artigo CIGRÉ – ELECTRA página 12
nº 12
Além disso, o religamento em caso de falha, no qual o tempo de queda é incluído entre 0,2 e 0,5
segundos, envolve forças adicionais aplicadas nos isoladores. Estes casos foram demonstrados por
testes feitos, principalmente, no Grã-Bretanha.
Atualmente, nenhum trabalho global, ou fórmula matemática, existe para a determinação destas
forças.
- Relação entre
Freqüência inerente da barra
- Relação entre
Massa da barra de extensão
Massa da estrutura de apoio, respeitando o cume
Por outro lado, estes parâmetros devem ser aplicados para três casos de diferentes estruturas:
Esta coleção de dados deve tornar possível fornecer uma família de curvas, dando o valor
f0
dinâmico k como função da relação .
f
O trabalho de Pilcher, Sieber e Mavromarcs não é aplicável porque eles se referem à estruturas
perfeitamente rígidas.
O trabalho de Schürig, Sayre, Attri e Edgar também não é aplicável porque eles não levam em
conta os religamentos nas falhas.
- Apêndice III
Cálculos e resultados de testes efetuados pela Central Eletricity Generating Board para um caso
particular. “Tensão Eletrodinâmica no Projeto de Arranjo de Condutores Rígidos”
nº 12
- Apêndice IV
- Apêndice V
Notas descriminando a forma na qual o estudo do problema das estruturas flexíveis podem ser
submetidas. “Comportamento Mecânico sob Condições de Curto-Circuito de um Conjunto de Barras
Erguidas em Apoio Flexível”.
Por G. Quilico.
- Testes têm mostrado que os esforços de tração desenvolvidos nos condutores durante os
primeiros instantes do curto-circuito são substancialmente menores que aqueles que podem derivar da
máxima força eletrodinâmica por unidade de comprimento, dado pelas fórmulas (3) e (4).
- Além disto, tem sido observado que a força real devido ao movimento de oscilação do arranjo
mecânico composto de condutores e suas estruturas só se tornam amortecidos depois de um período de
3 segundos.
Fp = k × F (daN/m)
1) cabo tensionado
por um sistema de k = 0,15
contrapeso
2) cabo esticado
com molas
compensadoras ou 0,15 < k < 0,30
entre estruturas
flexíveis
3) cabo esticado
entre duas k = 0,30
estruturas rígidas
Artigo CIGRÉ – ELECTRA página 14
nº 12
- Estes valores de k são válidos somente para condutores simples, testes ainda à serem
realizados por feixes de condutores compreendendo vários cabos. Neste caso, os valores de k podem ser
maiores que estes recomendados e iria depender do número de espaçadores instalados.
- Os testes anteriores têm também mostrado que durante um período máximo de 3 segundos, os
condutores se movem de maneira aleatória no volume de uma revolução gerada pela corda girando
entorno do eixo do vão.
- Decorrente deste fato. Dois condutores vizinhos de diferentes fases podem se aproximar
perigosamente um do outro depois de um curto-circuito, durante o período de desligamento e religamento
entre 0 e 3 segundos.
- O espaçamento mínimo entre condutores deve ser possível para evitar qualquer flashover
(incêndio de progresso rápido) entre eles, que pode originar de uma operação de comutação ou de
condições atmosféricas acontecendo no momento crítico, levando em conta a gravidade que uma falha
como esta pode causar é equivalente a uma falha entre barramentos.
Levando em conta do fato que contato acidental entre condutores de um feixe de mesma fase
não possui qualquer desvantagem mecânica ou elétrica, é recomendada, em ordem de reduzir as forças
de ancoragem, que a distância entre condutores de um mesmo feixe deve ser à menor possível, tendo em
conta as exigências decorrentes devido a outras causas (efeito corona, neve, possíveis articulações, etc.).
*
Distâncias no Ar em Subestações de Alta Voltagem, H.G. Müller, Electra, No. 4, Março de 1968, Tabela 2, p. 79.
Artigo CIGRÉ – ELECTRA página 15
nº 12
- A distância mínima entre espaçadores de efeito de que, sob certas condições, iria desenvolver
maiores forças de ancoragem, quando um curto-circuito ocorrer, é uma função do espaçamento entre os
condutores, do comprimento e retração do feixe, e do valor da corrente de curto-circuito.
- Para reduzir estas forças, a distância escolhida entre os espaçadores devem ser removidas
tanto quanto possível a esta distância crítica.
Além disso, este recurso para a colocação dos espaçadores na vizinhança imediata de tomadas e
de conexões para os terminais de aparelhos, assim como para unificar estes pontos na instalação.
que dá um fator de segurança de 1,25 no que diz respeito a carga máxima garantida pelo fabricante,
levando em conta todas as forças estáticas e dinâmicas as quais os isoladores são submetidas em carga
normal, peso inerente dos condutores, vento, gelo, neve, curto-circuito, etc., e 2 a 2,5 levando em conta a
carga normal de serviço.
O problema das características mecânicas dos isoladores será estudado com maiores detalhes
em um próximo estágio.
Artigo CIGRÉ – ELECTRA página 16
nº 12
Apêndice I
Qualidade e proteção das articulações quanto aos efeitos perigosos de serviço e correntes de
curto-circuito.
a. Testes confirmatórios
Elas devem:
2. Ter superfícies e pressões de contato suficientes não somente para a corrente normal, mas
também para a corrente de curto-circuito prevista a fim de evitar aumentos de temperatura
inesperados e sua soldagem.
3. Manter, durante o serviço permanente, um aumento de temperatura menor que aquele nos
condutores aos quais estão articulados.
4. Ter uma resistência de contato admissível (não causando nenhuma deterioração das
articulações ou dos condutores) após um alto número de ciclos de temperatura e após
envelhecimento.
c. Operação
2. Para parafusos de ligas leves, é obrigado usar chaves de torque limitando o torque exercido
ao valor fornecido pelo fabricante da articulação.
nº 12
Apêndice II
Meios de proteção.
- entre 20.000 e 30.000 ampères: somente o de 20 mm padrão pode ser usado, não somente
para isoladores como também para componentes de hardware. Uma checagem deve ser feita
visualmente no contato e no estribo fixado no enquadramento, verificando se não representa um ponto
fraco suscetível a derretimento ou soldagem. As seqüências possuem “telas” e chifres de proteção.
- entre 30.000 e 40.000 ampères, apenas isoladores e conexões padrão podem ser usados sob
as mesmas condições acima. Além disso, “telas” e chifres de proteção devem ter articulações superficiais
as quais tornam possível colocá-los nas conexões fornecidas com soquetes comprimidos, colocados,
respectivamente:
- entre o chifre e a estrutura metálica, por outro lado, de modo a derivar eletricamente todos os
componentes de hardware da seqüência.
Artigo CIGRÉ – ELECTRA página 18
nº 12
No Grã-Bretanha, foram realizados testes em cadeia de isoladores, com e sem cabos flexíveis
para derivação dos componentes com base no curto-circuito com duração de três segundos.
Os resultados destes testes deram indicações nos casos de um segundo curto-circuito e parece
corresponder ao teste francês para curtos-circuitos de mesma duração.
Curto-circuito de 1 segundo.
Apêndice III
As conexões e barramentos em subestações de alta voltagem (acima de 60 kV) muitas vezes tem
a forma de condutores rígidos como tubos suportados por isoladores rígidos (poste). O esforço ocorrido
nesses condutores e isoladores surge do peso próprio, gelo, vento, e corrente de curto-circuito e podem
ser calculados. Este relatório se refere apenas ao esforço eletrodinâmico das correntes de curto-circuito.
Um número de estudos (ver Referências) tem sido feitos do esforço em barramentos rígidos e
apoio de isoladores e testes realizados para confirmar os métodos de cálculo proposto pelos autores.
Todos estes testes foram realizados em modelos de laboratório ou em barramentos de tamanho real para
33 kV onde os apoios dos isoladores são muito rígidos, isto é, com freqüência natural de vibração na casa
de 45 a 300 Hz.
Em subestações de alta voltagem, os apoios dos isoladores são de baixa freqüência. No Grã-Bretanha,
por exemplo, os valores ficam entre 10 Hz e 5 Hz para subestações acima de 100 kV até 400 kV. Os
testes foram realizados com barramentos de tamanho real para 400 kV (veja fig. 1) que mostram que a
baixa freqüência natural dos apoios de isoladores de alta voltagem afeta significativamente o esforço nos
apoios dos barramentos resultando da corrente de curto-circuito e também que este esforço é maior que o
indicado pelos cálculos a fórmula proposta por alguns estudos.
Artigo CIGRÉ – ELECTRA página 19
nº 12
Fig. 1
É usual considerar a corrente para fins de projeto sendo a máxima corrente relativa a falha
ocorrida em dois condutores horizontais paralelos de comprimento infinito. A força mecânica máxima é
geralmente obtida através da equação:
2
I cc
F = 2,04 × b 2 × × 10 −8 (1)
d
Onde:
O valor de F dado pela fórmula (1) é um valor instantâneo correspondente ao pico da corrente de
curto-circuito. Sistemas parciais têm massa considerável e uma freqüência natural que é normalmente
menor que a freqüência prevista. É necessário determinar o valor k para modificar a equação (1) para
nº 12
Uma corrente constante Icc produz uma força eletro-magnética F, e uma deflexão, Dx, no apoio.
Se esta força é subitamente aplicada haverá a tendência de a deflexão ser dobrada 2 Dx. Na prática, o
amortecimento no barramento e no isolador reduz este valor (para aproximadamente 1,85 Ds do teste
evidenciado no Reino Unido).
A força aplicada por uma corrente falha subitamente aplicada, Ia, é maior que a corrente simétrica
aplicada subitamente Icc, e a deflexão Da também é maior que 1,85 Dx. Para barramentos de baixa
freqüência a componente c.c. decaiu completamente antes de ocorrer o pico da deflexão do barramento
ou do apoio. O acréscimo na deflexão devido à corrente assimétrica é uma função da freqüência do
sistema e da freqüência do barramento e é máxima quando corresponde a e.g. 100 Hz.
A fórmula (1) fornece a força aplicada no barramento, mas não o esforço no barramento que é
dependente de sua reação à força. Barramentos de alta voltagem reais têm freqüências naturais variando
por volta de 15 Hz, o esforço máximo ocorrido com o mais longo vão de barramentos, quando a
freqüência é tipicamente de 3 Hz. Além do mais, a força calculada a partir da fórmula (1) corresponde a
uma carga contínua e não subitamente aplicada.
Está claro que para calcular a reação de um barramento real para uma corrente assimétrica de
curto-circuito, uma nova aproximação é necessária que deve permitir o efeito de duplicação da força
subitamente aplicada e para a baixa freqüência de vibração do barramento.
Quando o curto-circuito ocorrer, o barramento está em repouso. Para mover o barramento, deve
ocorrer trabalho o qual energia é necessária. Para barramentos com freqüência natural muito menor que
100 Hz, a energia disponível é dependente do valor médio da corrente. O valor médio do primeiro loop de
corrente (assumindo total assimetria) é 3 vezes o valor médio da corrente simétrica e, portanto, a razão
das forças é aproximadamente 3. A força máxima teórica que pode ser aplicada ao barramento é 3
“dobrado”, isto é, 6.
Na prática, este valor de força máxima é menor que 6 desde que o fator “dobrado” é próximo a
1,85 devido ao amortecimento mecânico e o primeiro loop de corrente não é totalmente assimétrico.
Somente quando a ressonância entre o barramento e o sistema é próxima, o valor de 6 será excedido. A
fórmula (1) poderia fornecer os resultados em excesso dos máximos valores possíveis para o barramento
real e é, portanto, seguro, mas não possui base lógica. É proposto que a fórmula mais correta deve ser
derivada da fórmula acima, analisada a seguir:
2
I cc
F = 2,04 × K × × 10 −8 (2)
d
Artigo CIGRÉ – ELECTRA página 21
nº 12
Onde: K = Q⋅ p
f0
e Q : uma função de razão da freqüência natural de vibração do barramento para a
f
freqüência do sistema.
Na fórmula (2), a corrente r.m.s. contínua Icc é usada como base da força desde que a reação do
barramento para com a corrente possa ser precisamente calculada e um fator Q relativo a esta força
possa ser derivado. Esta base é mais lógica de usar a constante b2 (6,5 para sistema de 50 Hz) desde
que K = 1, na fórmula (1) não tem nenhum significado particular.
O valor da fórmula e as técnicas de cálculo são bem reforçados se testes provados confirmam os
resultados. Os resultados devido um número de testes são dados abaixo e valores para o fator K são
estabelecidos.
Na Grã-Bretanha, é a prática quando são especificadas as cargas para os apoios dos isoladores
para considerar o maior vão de barramentos e empregar a resultante dos apoios de todos os vãos até o
máximo. A freqüência natural de vibração do vão máximo é usualmente na casa dos 3 Hz, e muitos
estudos e testes de barramentos com estas características foram realizados.
Apoios adequados para isoladores para maiores vãos também são adequados para menores
vãos tendo a freqüência natural até 15 Hz. Isto pode ser visto a partir de curvas publicadas por Schürig e
Sayre que, embora K aumente com a freqüência deste efeito é mais do que compensada pela redução na
carga total dos barramentos.
A prática de escolher uma força do isolador não é a mais econômica e, no futuro, várias forças do
apoio podem ser usadas.
Um caso prático é considerado agora (ver figura 1) que é uma das plataformas de testes para o
projeto de CEGB barramento de 400 kV. A análise deste relatório está preocupada com poste isolador 5 e
o barramento, suportado entre os postes 3 e 5, que são fixados rigidamente em uma extremidade e com
uma junta deslizante na outra. Parte da carga no poste 5 foi devido à conexão a partir da planta-teste e
uma tolerância foi feita para este.
Diâmetro 141 mm
nº 12
Graus de
Assimetria Correção do Valor
Corrente r.m.s. Pico de Corrente
Test n° Valor de K de K para
(kA) (kA)
i pico Barramento Infinito
i r.m.s.
*
Fator de assimetria para estes testes: Primeiro fechamento: media 2,72; segundo fechamento: simétrico.
Notas:
O valor do fator K é a razão da força medida com a força calculada para uma corrente r.m.s.
simétrica de um curto-circuito Icc.
l
Para barramentos curtos, é substituído por:
d
l2
+ l −1
d2
l 1
−
d l2
+ l −1
d2
Artigo CIGRÉ – ELECTRA página 23
nº 12
Altura 3,84 m
Freqüência natural 7 Hz
-2
Deflexão (carga em daN – 21) x 4,75 x 10 mm
Altura 4,33 m
Freqüência natural 5 Hz
-2
Deflexão (carga em daN – 2,2) x 7,6 x 10 mm
5. Fator de “Dobra”
Para diversos testes, a corrente de curto-circuito foi desligada na deflexão máxima do poste do
isolador (ver figura 3. teste 11). A razão da amplitude de sucessivos balanços foi usada para calcular um
fator de amortecimento mecânico e, portanto, o fator efetivo de “dobra”. O valor médio disto foi de 1,85.
a. As evidências do fator de correção de 1,85 podem ser vistas a partir da figura 3, teste
11 na relação entre o primeiro e o segundo balanços.
b. A freqüência natural dos postes dos isoladores usados nos testes 9, 10 e 11 foi da
ordem de duas vezes a freqüência natural do barramento. Isso tende a produzir complexas
oscilações as quais podem ser vistas no poste 3 durante o teste 10 e no poste 5 durante o teste 9
na medida que a terceira oscilação completa é de maior magnitude que a segunda. Isto indica a
importância de levar em conta a freqüência natural dos postes dos isoladores em conta nos
cálculos teóricos.
nº 12
7. Esforço no Barramento
f0
É assumido, portanto, que é impossível desenhar curvas do fator de esforço por para o
f
caso geral de esforço no próprio condutor. O fator de esforço obtido através do método de Schürig e
Sayre (a) pode ser usado para modificar o carregamento por unidade de comprimento e um cálculo de
esforço feito para o pior caso individual, e.g. o maior vão.
8. Conclusão
b. A força no apoio dos isoladores é mais bem relacionada ao estado de força constante
Artigo CIGRÉ – ELECTRA página 25
nº 12
devido à corrente simétrica de curto-circuito. Esta relação deve ser expressa como um fator K.
Fig. 2
nº 12
Bührer e Küster
Fig. 4
Fatores dinâmicos para barramentos rígidos com correntes de curtos-circuitos
nº 12
9. Definições
−T
b = 2 e + 1 = 2,55
2a
Apêndice IV
Métodos de Cálculo das Forças as quais os Apoios dos Isoladores são Submetidos Durante um Curto-
Circuito
O engenheiro que quer calcular as forças as quais os isoladores do sistema de barramentos são
submetidos durante o curto-circuito se depara com alguns dos grandes problemas matemáticos. Estas
dificuldades aparecem quando os seguintes pontos são levados em conta:
Assim como na maioria dos campos de tecnologia, o problema pode ser resolvido pelo uso da
apropriada avaliação dos métodos ou métodos aproximados de análises.
A fórmula básica do campo cilíndrico de força pode ser considerada como um simples método de
aproximação de calcular a força F na parte exterior afetando um barramento longo com distâncias l iguais
entre os isoladores:
Artigo CIGRÉ – ELECTRA página 28
nº 12
µ0 l
F1 = i AiB (1)
2π d
Vs
µ 0 = 1,256 ⋅ 10 −8 (2)
A ⋅ cm
Mesmo se o maior valor instantâneo que pode ocorrer durante o curto-circuito for introduzido para
as correntes iA e iB na equação (1), o resultado não pode ser considerado confiável desde que os
barramentos assim como os apoios dos isoladores com suas estruturas básicas oscilando durante o
curto-circuito. É, contudo, conhecido que esta oscilação mecânica assim que os barramentos tenham
passado do estado elástico para o estado plástico. Por esta razão, a mais simples e mais confiável forma
é obtida se a força F1 da equação (1) é multiplicada por um fator dentro do alcance de σ < 0,8 σ0,2. Este
valor permite para a flexão máxima devida ao esforço σ de um barramento e uma força de rendimento 0,8
0,8σ 0, 2
F2 < F1 para σ < 0,8 σ0,2 (3a)
σ
Em muitos casos, o cálculo aproximado (3) pode não ser preciso o bastante, levando a um projeto
não-econômico.
Sempre que for necessário que os cálculos sejam mais precisos, uma das hipóteses listadas na
Tabela 1 deve ser aplicada. É óbvio que há uma variedade de diferentes métodos de cálculo. Por conta
da claridade física, o oscilador de 2 massas e o trajeto da deformação oscilante são de valor e merecem
atenção especial.
1. O Oscilador de 2 Massas
Oscilação do barramento:
du du
Cb b + s + ib = i f (t ) (4)
dt dt
Artigo CIGRÉ – ELECTRA página 29
nº 12
Oscilação do isolador:
du
C s u + i s = ib (5)
dt
Fig. 1
Durante processos muito lentos, as massas Cb e Cs não são efetivas: a força da corrente de curto-
circuito if(t) é idêntica a força do isolador is; as forças elásticas cedidas Lb e Ls somadas. Com a força da
corrente de curto-circuito na freqüência máxima, o fenômeno de ressonância é suscetível de ocorrer tanto
no barramento quando no apoio do isolador.
As seguintes conclusões podem, portanto, ser tiradas: Com pontos de apoio rígidos Ls = 0 isto é,
is = ib. Consistentemente, a função de transferência is/if sem atenuação depende somente de um
parâmetro, por exemplo, na freqüência natural relativa.
f0 1
=
f ϖ LbCb
O fator vF que é definido abaixo, fornece um ponto de ressonância para cada freqüência excitada
ocorrendo na força da corrente de curto-circuito if.
nº 12
Para levar em conta estes efeitos, o feixe de vibração pode ser considerado.
2. O Feixe de Vibração.
Fig. 2
Desenvolvimento da força do feixe de vibração para um curto-circuito de 2-pólos com pontos de apoio rígidos.
nº 12
∂u
' ∂ 4ψ
C b + EJ 4 = i 'f (t ) (6)
∂t ∂x
Fig. 3
Desenvolvimento das forças do oscilador de 2-massas para um curto-circuito de 2-pólos com pontos de apoio rígidos.
nº 12
∂u ψ − 4ψ r −1 + 6ψ r − 4ψ r +1 + ψ r + 2
Cb' + EJ r − 2 4
= ∆ ⋅ i 'fr (t ) (7)
∂t ∆
Da teoria das redes, pode ser concluído que um diagrama de circuito-equivalente composto de
elementos passivos sem amplificadores não existe para a equação (7). A diferença entre o oscilador de 2
massas e o feixe de vibração tem, portanto, nenhuma relação com a diferença entre uma rede e uma
linha homogênea conhecida para todo engenheiro elétrico. Isso é devido principalmente à 4ª derivada e
as condições de fronteira que aparecem na equação (6).
3. Comparação entre o Oscilador de 2-Massas e a Haste de Deflexão (no que diz respeito
aos pontos de apoio rígidos).
A solução completa da equação (6) no que diz respeito aos apoios rígidos, é a tangente horizontal
da curva deformada nos apoios e uma constante de amortecimento mecânico:
f u −1
λv = 20 s
50 Hz
3
F3− pólos =
2
[
Fm (e −βt − cos wt ) 2 − sin 2 wt ] (9)
onde
µ 0 2 '' l
Fm = 2l k d (10)
2π
β = 22,31sec −1
nº 12
abscissas. Assim como para um determinado curto-circuito de duração de 0,3 seg. é plotado nas
ordenadas.
Fig. 4
a: feixe de vibração com pontos de apoio rígidos b: oscilador de 2-massas com pontos de apoio rígidos
Artigo CIGRÉ – ELECTRA página 34
nº 12
Fig. 5
Fator vF para um curto-circuito tri-polar.
a: feixe de vibração com pontos de apoio rígidos b: oscilador de 2-massas com pontos de apoio rígidos
nº 12
Autores
Mavromaras / Sieber
Schürig / Sayre
Hipóteses básicas
Baltensperger
Attri / Edgar
Eigermann
Lehmann
Pilcher
Indicador
[7] [3] [6] [2] [4] [1] [5]
Arranjo Particular 0 0
Genérico X X X X X X X
Tabela 1.
Modelo Mecânico
Equivalente elétrico – Diagrama do circuito
Designações de acordo com [8]
Apêndice V
Estes problemas foram tratados dentro de uma maneira aproximada por O. R. Schürig e M. F.
Sayre, O. R. Schürig, C. W. Frik e M. F. Sayre, N. S. Attri e J. N. Edgar (ver referências). Todos estes
autores assumiram que a massa das barras são concentradas e se referem a uma forma mais ou menos
simplificada do formato no tempo da força eletrodinâmica. Portanto, eles não levam em conta o efeito da
Artigo CIGRÉ – ELECTRA página 36
nº 12
alta velocidade do re-fechamento dos disjuntores sob um curto-circuito. Finalmente, Attri e Edgar
consideram a força nos apoios sendo proporcional ao deslocamento, que vem a negligenciar a força de
inércia, devido à massa da última; eles também negligenciam o amortecimento.
O estudo realizado pelo Sr. Quilico indica uma maneira na qual – forças longitudinais sendo
normalmente negligenciadas – pode-se apropriadamente aproximar o problema mesmo no caso mais
comum de qualquer número de seções e para qualquer tipo de fixação das barras com o seu isolador. O
tratamento para este caso geral poderia, entretanto, ser muito complexo, levando em conta, dentre outras
coisas, para o fato que os valores de certos parâmetros importantes não são conhecidos com muita
precisão.
A primeira hipótese corresponde a negligenciar o fato que o esforço aplicado para as duas
extremidades do apoio são diferentes do esforço aplicado para o meio do apoio. Uma correção
aproximada para levar em conta este efeito é, entretanto, fornecida.
Levando em conta o tipo de fixação das barras para cada apoio, três casos fundamentais são
considerados:
I) caixa dupla;
III) caixa-apoio.
O sistema a ser estudado então vem reduzido a uma série indefinida de seções idênticas tais
como as apresentadas diagramicamente na figura para os três casos listados acima. Como se pode ver,
os apoios são caracterizados por sua rigidez (elasticidade), e por suas massas equivalentes (M)
referentes às cabeças dos isoladores, essas duas magnitudes definindo a freqüência inerente dos apoios
fs.
nº 12
M
µ=
m⋅l
fs
s=
f0
A introdução do fator δ tem o efeito de o fator de amortecimento para cada termo harmônico ficar
proporcional a sua freqüência; nós, portanto, descobrimos que o harmônico de uma maior ordenada
decresce mais rapidamente do que é mostrado pelos resultados experimentais.
Baseado nisso, o autor desenvolve o estudo das oscilações livres para o conjunto de barras, e
então, de oscilações forçadas determinadas pela aplicação das forças eletrodinâmicas correspondentes
para os três casos a seguir: curto-circuito de duas fases, curto-circuito de três fases para barras
intermediárias e para barras externas.
A solução é obtida em forma de uma série, resolvendo pela separação de duas variáveis, linear e
tempo, na abscissa, a equação de derivação parcial que governa a oscilação transversal da barra, sob a
condição de deslocamento de suas duas extremidades (ver figura) satisfazendo a lei dinâmica imposta
pelos apoios. Esta solução é mais complicada que no caso dos apoios rígidos, essencialmente devido ao
fato que as autofunções da equação não são ortogonais, não se pode determinar independentemente
uma ou outra das funções de tempo que figura em cada termo da solução.
A fórmula que torna possível o cálculo das forças mecânicas na cabeça do apoio dos isoladores,
que conseqüentemente produz uma oscilação forçada, é deduzida tanto para o caso de um sistema
iniciando do descanso (curto-circuito simples) ou para o caso no qual no instante inicial o sistema já tenha
sido deslocado da posição de descanso como conseqüência da oscilação anterior (re-fechamento) a
*
histerese – é a tendência de um material ou sistema de conservar suas propriedades na ausência de um estímulo que as gerou.
Artigo CIGRÉ – ELECTRA página 38
nº 12
caracterização deste deslocamento inicial não somente para os apoios, mas para as barras, que depende
ao mesmo tempo da duração do primeiro curto-circuito e do “tempo morto”, constitui de um ponto
delicado, mas, contudo, essencial para o cálculo das forças adicionais devido ao re-fechamento de alta
velocidade.
Fig. 1
Em caso de curto-circuito simples, pode-se descobrir que o fator dinâmico e as forças nos apoios
Ks (razão entre a força dinâmica máxima e a força estática correspondente ao valor máximo instantâneo
da força eletrodinâmica) continuam a serem determinadas para cada tipo de fixação de barra como
função dos seguintes parâmetros: µ e s (definidos anteriormente), o fator de perda da barra (δb) e dos
Artigo CIGRÉ – ELECTRA página 39
nº 12
apoios (δs), razão fundamental da freqüência f0 de uma barra montada em apoios rígidos / freqüência da
corrente, constante de tempo (τ) dos componentes aperiódicos da corrente de curto-circuito.
A fórmula que define o fator dinâmico Ks que é estabelecido para os diagramas dados para o
sistema barra-apoio sendo complexo, aparece valores de Ks em diferentes condições possíveis que
envolvem um grande volume de trabalho de calculadores eletrônicos, mesmo se uma auto-limitada à
consideração de um valor simples para cada um dos parâmetros δb, δs e τ.
No que diz respeito ao tipo de curto-circuito se considerada apenas o caso de barras de fora
sujeitas ao curto-circuito de três fases. Em fato, o conjunto de barras em que as primeiras freqüências
inerentes são pequenas em relação à freqüência da corrente, o que é essencialmente importante é o
valor médio da força eletrodinâmica, e este valor é muito maior para as barras de fora que para as barras
de dentro. Por outro lado, para curto-circuito de duas fases a força eletrodinâmica média é menor que no
caso considerado, devido ao fato que a corrente somente alcança aproximadamente 86% da corrente do
de três fases.
Artigo CIGRÉ – ELECTRA página 40
nº 12
Bibliografia e referências
1. Equipamentos – Características
Dasetto G. – Influência da Temperatura Sobre a Resistência dos Condutores de Linha. Alumínio, 34 de janeiro
1958, nº 6.
Dasetto G. – Resistência Térmica Específica dos Condutores. Boletim da Associação Suíça dos Eletricistas,
1959, nº 6.
Thomas A. G. e Rata P. J. H. – Barramentos de Alumínio. Hutchinson scientific and technical for Northern
Aluminium CO. (Ltd.). Bush House Aldwyck, Londres WC 2, 1ª Edição 1960.
Copper Development Association – Cobre para Barramentos. Rua South Andley, 33, Londres W. 1 – Cobre
Tenaz (ETP – Electrolytic Tough Pitch). Conselho Internacional para o Desenvolvimento do Cobre (CIDEC),
Rua do Mercado, 8, Genebra. Rua Data, nº A. 1 cu-ETP, 1968.
2. Métodos de Cálculo
Schürig O. R., Frick C. W. e Sayre M. F. – Cálculos Práticos de Esforço de Curto-Circuito para Barras
Condutoras Retas e Paralelas. Revisão General Electric, Vol. XXIX, nº 8, agosto de 1926, pp. 534-544.
Dunton W. F. – A Verdadeira Lei da Indução Eletromagnética. World Power, Vol. 17, 1932, p. 169.
Eigermann A. – Cálculo das Forças Internas Desenvolvidas em Sistemas Mecânicos Sob Esforço
Eletromagnético. Revisão Geral de Eletricidade, Vol. XXXV, nº 20, maio de 1934, pp. 677-688.
Stanley C. Killian – Forças Mecânicas nos Barramentos Devido a Correntes de Curtos-Circuitos. Electrical
World, dezembro de 1942, pp. 60-62.
Artigo CIGRÉ – ELECTRA página 41
nº 12
AIEE Committee Report. – Cálculo de Curtos-Circuitos de Sistemas de Energia Elétrica durante os Poucos
Primeiros Ciclos. Instituto Americano de Engenheiros Elétricos (Artigo), abril de 1956, pp. 120-127.
Owens R. J. Cálculo de Forças de Atração Entre Feixe de Condutores. Revista Electric Light and Power, 15 de
novembro de 1959, pp. 124-129.
Klotter K. – Estudo Técnico de Oscilações. Vol. 2, Editora Springer 1960, pp. 7-25.
Massa E. e Diana G. – Modos Principais de Vibrações Submetidas a Feixes de Condutores para uma Tensão
Mecânica: Freqüência Natural, Distorção, Esforço. L’Energia Elettrica, nº 4, 1969, pp. 272-282.
Ballus H. – Contribuições para o Cálculo de Forças Eletromagnéticas entre Condutores. ET2A, Bd 90 (1969),
Edição 21, pp. 539-544.
3. Ensaios.
Palante G. – Ensaio em Tamanho Real de uma Extensão de Subestação de 150 kV sob Esforço Eletrodinâmico
de uma Corrente de Curto-Circuito de Magnitude de 100.000 A. Boletim da Sociedade Real Belga de
Eletricistas, t. 77, nº 3, 1961, pp. 221-228.
Artigo CIGRÉ – ELECTRA página 42
nº 12
Atwood A. T., Mills M. H., Dows D. J., Stone H. M. – Comportamento Dinâmico de um Barramento de
Suspensão de 220 kV de Final de Linha Durante um Curto-circuito. Operações do Instituto Americano de
Engenheiros Elétricos, Vol. 81 (1962), pp. 152-169.
Koeppel G. – Severos Esforços Dinâmicos em Isoladores Pantográficos. BBC Milteilung, Vol. 49 (1962), nº 6,
pp. 226-229.
Wagner E. – Esforços Normais e de Curto-Circuito em Feixe de Condutores em Plantas de Alta voltagem. OZE
18 (1965), nº 1, pp. 18-25.
Korner G. – Cálculo de Condutores sob Esforço Mecânico devido a um Curto-Circuito. VDE, Relatório Técnico
1966, Vol. 24, pp. 154-161.
Pouard M. e Sohiber J. – Testes de Resistência dos Equipamentos de uma Subestação sob uma Corrente de
Curto-Circuito. Revisão Geral de Eletricidade, t. 75, nº 4, abril de 1966, pp. 467-470.
4. Recomendações.
V.D.E. 0103/1.61. – Dados para o Cálculo de Esforços Mecânicos e Térmicos de Curto-Circuito em Instalações
Sujeitas a Fortes Correntes.
Fournier H. – Ações Tomadas em Projetos de Plantas de Sistemas de Transmissão de 225 e 380 kV levando-
se em conta os Primeiros Resultados dos Testes de Curto-Circuito. Revisão Geral de Eletricidade, t. 75, nº 4,
abril de 1966, pp. 71-472.
Müller H. G. – Espaçamento Aéreo entre Isoladores. Electra, nº 4, março de 1968, pp. 76-81.