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Memorial descritivo do Sistema de Microgeração

Fotovoltaica conectado à rede elétrica de Baixa Tensão

Boa Vista/Roraima – 1 JUNHO de 2023


SUMÁRIO
1 OBJETIVO ............................................................................................................................ 3
2 DESCRIÇÃO GERAL DO CONSUMIDOR...................................................................... 3
3 DESCRIÇÃO GERAL DA GERAÇÃO DISTRIBUÍDA .................................................. 4
3.1 Módulos Fotovoltaicos .......................................................................................................... 5
3.2 Inversores ............................................................................................................................... 6
3.3 Estruturas e suporte .............................................................................................................. 8
3.4 dispositivos de proteção......................................................................................................... 9
3.5 Aterramento ......................................................................................................................... 10
3.6 Sinalização de Segurança .................................................................................................... 10
4. PREVISÃO GERAÇÃO DE ENERGIA ........................................................................... 13
3

1 OBJETIVO

O projeto da usina solar fotovoltaica de PEDRO SANTOS FERREIRA em Boa Vista/


Roraima tem por finalidade atender seus consumos em KWh em suas unidades consumidoras por
intermédio da microgeração solar fotovoltaica, utilizando o sistema de compensação de crédito
em suas unidades consumidoras distantes do local da microgeração, porém dentro da área de
concessão da Roraima Energia. As normas utilizadas que embaseiam o projeto são : NBR 5410,
paía baixa tensão, e a NBR 14039, paía média tensão, NBR 14300, alé, da norma DT- DTE-
01/NT-001 de geração distribuida da Roraima energia.
O dimensionamento da usina fotovoltaica e projeto elétrico foi realizado pelo Engenheiro
Eletricista Thiago Ferreira Gallo de Moraes Santos registrado no CREA/RR sob o número
092096018-9, sendo este responsável pela execução do projeto.

2 DESCRIÇÃO GERAL DO CONSUMIDOR

Nome: PEDRO SANTOS FERREIRA


CPF: 403.063.305-00
Endereço da instalação para implantação da usina
Número do Cliente: 52339-9
Coordenadas: :LATITUDE 2°51 ’00 ’’ - LONGITUDE -60 ° 42 ‘ 43.2’’

Planta situacional:
O Local de instalação, apresentado no mapa acima possui as seguintes características: imóvel 4
residencial, localizado em área urbana, configuração esta que contribui com a geração pelos
módulos fotovoltaicos.

3 DESCRIÇÃO GERAL DA GERAÇÃO DISTRIBUÍDA

A usina será instalada na unidade consumidora localizada na RUA ESPANHA, 246,


CAUAMÉ, na cidade de Boa Vista - Roraima, a instalação é inscrita sob o número do cliente
52339-9, atualmente possui ligação TRIFÁSICA com tensão de fornecimento em 220 V com
disjuntor geral de proteção do padrão de 30 A trifásico.
A usina fotovoltaica projetada é composta por 13 módulos fotovoltaicos do tipo
Monocristalino de 550W cada. Todo o arranjo é protegido por dispositivos de proteção contra
surtos e disjuntores eletromagnéticos localizados na stringbox.
As saídas das stringbox serão conectadas à um inversor de 6 KWp com duas MPPT’s
contendo, uma contendo 7 e outra 6 módulos, totalizando 13 módulos, convertendo a energia
elétrica CC gerada pelos módulos em CA, entregando ao quadro geral da unidade consumidora
em paralelo com a rede.
Dados do Gerador:

Potência Instalada módulos:


Tipo de Geração: Solar Fotovoltaica
Instalação: Em telhado Colonial Cerâmica
Área de Instalação: 26 m²

3.1 Módulos Fotovoltaicos

Foi dimensionado neste projeto 16 módulos fotovoltaicos do fabricante RISEN , de


modelo RSM-8-550MR de de silício monocristalino. Os módulos serão arranjados em duas
mppt’s, uma contendo 7 e outra 6 módulos.

Dados técnicos dos módulos:


3.1 Módulo
3.2 InversoR

É o equipamento responsável por processar a energia elétrica proveniente da fonte


primária (CC) para energia em corrente alternada em sincronismo com a rede elétrica (CA).
No projeto será utilizado UM inversor do fabricante GROWATT, modelo
MIN6000TL-X
Dados técnicos do inversor:
6

3.3 Estruturas e suporte

Os módulos serão fixados através de estruturas metálicas de alumínio anodizado de alta


resistência e suportes de aço galvanizado com parafusos de inox. Estas estruturas serão montadas
diretamente sobre o telhado de telha colonial concreto, proporcionando uma alta resistência. Segue
abaixo algumas informações disponibilizadas pelo fabricante Solar Group:

 Dimensionamento segundo cargas de vento NBR 6123


 Aço zincado segundo norma NBR 6323
 Dimensionamento estrutural segundo NBR 8800
 Vigas e clamps em alumínio 6063-T6 de alta resistência
 Parafusos dos clamps em aço inox
 Transfere carga diretamente à pilastra

Figura 2- Esquemática do suporte dos módulos instalados no telhado da residência.

Figura 3 (figura imediatamente na página anterior)- Esquemática da disposição dos painéis no 7


telhado da residência.

3.4 dispositivos de proteção

O sistema é protegido pelo inversor quanto a parte CC do projeto, visto que o inversor
possui tais proteções, logo, não será utilizada stringbox cc.
Quanto à parte CA, contém um DPS por fase 275V/20kA, além de um disjuntor bifásico
de 30A .
3.5 Aterramento;

A instalação possui aterramento consoante às normas vigentes, dentre elas a NBR5410. O


aterramento possuirá uma malha com, no mínimo, 3 hastes de cobre do tipo Copperweld 5/8” x
2400mm, encravadas no solo com uma parte da extremidade superior acessível e com distância
mínima de 2,4m entre as hastes, formando uma malha triangular. Recomenda-se uma resistência
inferior a 10Ω (ohms) em qualquer época do ano. Cabe destacar que, a depender das características
do solo, poderão ser incluídas mais hastes de aterramento com distância mínima de 3m entre estas.
Destaca-se ainda que o sistema de medição deverá possuir uma haste de aterramento independente.
Deverá ser instalada uma caixa de medição em, pelo menos, uma haste de aterramento com a
finalidade de constatação da resistência do solo. Para interligação das malhas, deverão ser
utilizadas cordoalhas de cobre nu de 50mm2 conectadas com solda exotérmica ou, na
impossibilidade destas, um conector tipo cunha para conexão haste-cordoalha.

3.6 Sinalização de Segurança

Junto ao padrão de entrada de energia, próximo a caixa de medição e proteção será instalada
uma placa de advertência com os seguintes dizeres: “CUIDADO – RISCO DE CHOQUE
ELÉTRICO – GERAÇÃO PRÓPRIA”. A placa foi confeccionada em PVC conforme orientações
normativas contidas na norma ND 5.30, seguindo como exemplo a figura abaixo.

3.7 Condutores CC
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Os condutores que levarão a corrente CC dos módulos fotovoltaicos até o inversor foram
especificados conforme a norma ABNT NBR 16612:2017 e ABNT NBR 5410:2004, sendo os
trechos e dimensionamentos apresentados abaixo:

Trecho dos Módulos Fotovoltaicos até o Quadro de proteção CC:

Neste trecho os cabos CC são conduzidos dos módulos fotovoltaicos até o Quadro de
Proteção CC, por meio de eletrocalhas perfuradas e cabos unipolares, sendo as classificações e
fatores de correção:
 Seção Transversal do cabo: 6mm²;

 Isolação: HEPR – Composto termofixo 90° C;

 Cobertura : XLPO/HEPR;

 Método de instalação: B1(Cabos instlados ao ar livre – método 1);

 Temperatura ambiente: 40° C;

 Capacidade do cabo de 6mm² com isolação HEPR a 40° C : 44ª (Modo de instalação 1
exposto ao sol);

 Fator de Agrupamento: 0.8 (dois condutores carregados)

 Coeficiente de temperatura: 0,91 (40° C);

 Capacidade do cabo (A) = 44*0,8*0,91 = 32,032 A

Ao aplicar os fatores de correção necessários, a capacidade de condução do cabo de bitola 6


mm² será reduzida para 32,032 A. Sendo assim, apossui uma capacidade maior que a corrente de
curto-circuito dos módulos fotovoltaicos que é de 18 A. Desta forma, optou-se pelo condutor de
6mm² com isolação dupla (1,5 kV) e proteção UV.

3.8 Condutores CA

Todos os condutores deverão ser de cobre no sistema fotovoltaico para uso em intempéries 9
garantindo uma bitola adequada para a corrente nominal e a queda de tensão máxima inferior a 4%. Os
circuitos que realizam a associação dos módulos são cabos unipolares de 6,0mm2 específicos para ambientes
externos e resistentes às altas temperaturas. Tais cabos são formados por condutores de fios de cobre
eletrolítico, têmpera mole com isolação XLPE, cobertura termoplástica não halogenada, auto extinção do
fogo e proteção UV com tensão de trabalho 900/1.500V. Ademais, os cabos na parte CC não deverão
possuir emendas, sendo obrigatória a continuidade desde os painéis até a conexão com o inversor e a correta
identificação de cores, sendo vermelho para o polo positivo e preto para o polo negativo.
Os condutores na parte CA deverão ser de cobre com isolamento termoplástico para 750V do tipo
antichamas, quando em eletrodutos, e de isolamento para 1000V, quando enterrados e na presença de
umidade. De preferência, as cores de identificação das fases, neutro e terra devem ser seguidos consoante a
NBR5410, sendo:
 Azul Claro: para condutores neutro
 Verde: para condutores de proteção (terra)
 Marrom: para a fase R
 Preto: para a fase S
 Vermelho para a Fase T
Como a corrente máxima de saída do inversor é de 39A, serão utilizados cabos de 10mm2 com base
no critério da capacidade de condução de corrente (método de instalação B1 e 2 condutores carregados
(F+F+T) e queda de tensão se enquadrar no limite estabelecido inferior a 4%. Ademais, consoante a NBR-
5410, o responsável técnico pelo projeto assume que a temperatura limite de sobrecarga dos condutores não
será mantida por um tempo superior a 100 h durante 12 meses consecutivos, ou por 500 h ao longo da vida
útil do condutor.
Do medidor bidirecional até os ramais de entrada do eletroduto deverão ser usados
condutores de COBRE 10mm².

3.9 MEDIDOR BIDIRECIONAL


O sistema de medição a ser utilizado deverá ser um medidor bidirecional que irá contabilizar o
consumo e geração de energia para posterior compensação na fatura de energia elétrica correspondente. O
medidor bidirecional será fornecido e instalado pela Roraima Energia, sob condição da emissão do Parecer
de Acesso.
4. PREVISÃO GERAÇÃO DE ENERGIA 10

O gerador fotovoltaico foi dimensionado com base no consumo anual do cliente em suas
unidades consumidoras, foi concluído que uma geração média de 903KWh/mês irá suprir o
consumo do cliente em suas unidades consumidoras mais uma pequena quantia acima de seu
consumo médio para em casos de aumento de consumo proposital pelo cliente.
O dimensionamento utiliza como fonte de dados o portal da Cresesb para obtermos
informações sobre a irradiação e inclinação ideal dos módulos, por ele notamos uma irradiância
média diária de 4,68 kWh/m².dia em Boa Vista - Roraima, essas informações são necessárias
para podermos calcular e dimensionar corretamente o sistema fotovoltaico. Neste projeto foi
considerado percas por transformação, transmissão, temperatura, poeira e depreciação, o valor
total de eficiência do projeto encontrado é de 90%.

Dados Geração Usina Fotovoltaica:


Média potência diária gerada: 7.15 * 4,68 * 0,90 = 30.11 kWh/dia
Média potência mensal gerada: 30.11*30 = 903 KWh/mês

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