Personagens Leonardo ou Leonardinho - o anti-herói ou herói picaresco do romance, vadio, malandro, que adora fazer estripulias e criar problemas. Mulherengo, quase perde seu amor, por ser inconsciente. É criado pelo padrinho, já que os pais se separam e não têm paciência para lhe suportar as traquinagens. Chega a ser preso, torna-se granadeiro e Sargento de Milícias. Casa-se e torna-se assentado. Luisinha - moça com a qual Leonardo se casa. Em princípio é desengonçada e estranha, depois melhora. Casa-se com José Manuel, por influência da tia, arranjando um marido que só deseja seus bens. É órfã. Fica viúva e une-se a Leonardo. Vidinha - mulata jovem, bonita e animada, toca viola e canta modinhas. Cativa Leonardo, que vive em sua casa por algum tempo. O Compadre - barbeiro de profissão, cria Leonardo, protege-o e acaba deixando-lhe uma herança que surrupiou do comandante de um navio. A Comadre - defende e acompanha Leonardo em qualquer circunstância. Adora o afilhado. D. Maria - doida por uma demanda judicial, ganha a guarda de Luisinha, quando ela perde os pais. José Manuel - salafrário e calculista, casa-se com Luisinha por dinheiro e morre. Major Vidigal - militar que persegue Leonardo, até conseguir integrá-lo às forças milicianas. Calcado em uma figura real. Leonardo Pataca - pai de Leonardo, acaba casado com Chiquinha, depois que abandona o filho com o compadre. Maria da Hortaliça - mãe do personagem, portuguesa, trai o Pataca e foge com outro para Portugal. Chiquinha - casa-se com Leonardo Pataca. É filha da Comadre.
Há ainda, o toma-largura, sua esposa, Maria Regalada, as
viúvas... Tema: Retrata as classes baixa, média e alta, traçando um painel da sociedade carioca do séc. XIX. Mostra o grupo dos portugueses que povoam o Rio de Janeiro da época, com seus costumes e peculiaridades. Época - cenário
O romance tem início no começo do
século XIX, em uma viagem de navio Período Fala-se do período da vinda da família real para o Brasil, do tempo em que D.João VI refugiou-se no Rio de Janeiro, ou seja, do início do século XIX. Espaços Apresenta-se a vida suburbana do Rio de Janeiro, os subúrbios cariocas constituem o espaço estilizado, em contraste com a vida da corte. Linguagem A linguagem é popular, coloquial, mais de acordo com pessoas de nível cultural inferior, pertencente a camadas sociais simples. Uso da linguagem conotativa ou figurada. Metalinguagem Aparecem diversas explicações sobre a obra na própria obra, o que demonstra o uso da metalinguagem pelo autor. São tentativas de explicar o porquê de se contar essa história. Foco narrativo O foco narrativo é em terceira pessoa, com um narrador onisciente que interfere no texto, faz observações e busca contato com o leitor (tentativa de diálogo). Humor na obra Forte presença do humor na obra. O caricatural, o que faz rir, a ironia, misturam-se em um conjunto que retrata o ridículo de diversas situações retratadas. “Filho de uma pisadela e de um beliscão!” Não-linear
Não há o predomínio da linearidade na
obra, pois acontecem digressões e a quebra do enredo para comentários. Estilo de texto
O autor se vale de um estilo objetivo e
realista, semelhantes ao das crônicas históricas e de costumes.