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CIÊNCIAS E PROPRIEDADES

DOS MATERIAIS
AULA 13,14 – 07/04/2021

Docente: Rômulo Trindade da Silva

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Estrutura do Materiais

CARACTERÍSTICAS PROPIEDADES
ESTUTURA INTERNA
COMPORTAMENTO DOS MATERIAIS

ANÁLISE DA ESTRUTURA DOS MATERIAIS


• NÍVEL SUBATÔMICO: ÁTOMO INDIVIDUAL E COMPORTAMENTO DE SEU NÚCLEO E ELÉTRONS
• NÍVEL ATÔMICO: INTERAÇÃO ENTRE ÁTOMOS E A FORMAÇÃO DE LIGAÇÕES E MOLÉCULAS
• NÍVEL MICROSCÓPIO: ARRANJOS ATÔMICOS E MOLECULARES E A FORMAÇÃO DE ESTRUTURAS
CRISTALINAS, MOLECULARES E AMORFAS
• NÍVEL MACROSCÓPICO: COMPORTAMENTO DO MATERIAL EM SERVIÇO

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ENSAIOS MECÂNICOS
• Finalidade: Determinação das propriedades mecânicas
• Ensaios mecânicos padronizados que dependem:
– Natureza da carga aplicada;
– Duração da aplicação;
Ensaios normalizados
– Condições ambientais; (condições de uso)

- Utiliza-se Corpos de Prova;


- Conhecer os materiais e suas respostas a aplicação de cargas;

ASTM (Ammerican Society for Testing and Materials);


ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas);
ISO (International Standards Organization);
DIN (Deutsches Institut für Normung).
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ENSAIOS MECÂNICOS
Quanto à integridade geométrica e dimensional da peça ou
componente:
• Destrutivo: provocam inutilização parcial ou total da peça; ex.: tração,
dureza, fadiga, fluência.
• Não destrutivo: não comprometem a integridade da peça; ex.: raio X,
ultra-som.

Quanto à velocidade de aplicação da carga:


• Estático: carga aplicada de maneira suficientemente lenta, induzindo
a uma sucessão de estados de equilíbrio.
Ex.: tração, compressão, flexão, dureza.
• Dinâmico: carga aplicada rapidamente ou ciclicamente. Ex.: fadiga,
impacto.
• Carga constante: carga aplicada durante longo período. Ex.: fluência.
PROPRIEDADES MECÂNICAS
• O engenheiro deve conhecer e compreender como as várias propriedades mecânicas
são medidas e o que representam;

• Podem ser necessárias para o projeto de estruturas/componentes com o intuito de


evitar falhas tanto no uso quanto na fabricação;

• O comportamento mecânico do material reflete a relação entre sua resposta ou


deformação a uma carga aplicada;

• Dependem da microestrutura!

• Algumas propriedades importantes:


 Rigidez;
 Resistência;
 Dureza;
 Ductilidade;

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Ensaio de Tração Móvel
Acionamento:
elétrico, mecânico
ou hidráulico

•Um dos mais utilizados;

•Avaliar diversas propriedades;

•Carga gradativa; Fixo

•Alongamento;

Representação esquemática do ensaio de tração. Fonte: Callister, 2015.


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Ensaio de Tração
• Mede-se a variação no comprimento (L) em função da carga (P);

• Resultado: Curva tensão-deformação;

• Ensaio amplamente utilizado na indústria de componentes mecânicos;

Vantagens:

• Grande quantidade de resultados;

• Grande facilidade de aplicação e rapidez;

• Extensa flexibilidade do método (podendo ser utilizado desde tiras e arames até tarugos e
blocos);

• Pode ser utilizado em praticamente todos os materiais de aplicação em engenharia;

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Ensaios de Tração – Máquina Universal
de Ensaios

Fonte: Stevenson (2001)

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Ensaios de Tração – Corpo de Prova

NBR 6152
Região central
mais estreita

Fonte: Stevenson (2001)

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Ensaios de Compressão
• De modo geral, podemos dizer que a compressão é um esforço axial, que tende a provocar um
encurtamento do corpo submetido a este esforço.
• Nos ensaios de compressão, os corpos de prova são submetidos a uma força axial para dentro,
distribuída de modo uniforme em toda a seção transversal do corpo de prova.
• Relações que valem para tração também valem para compressão (deformação elástica e plástica);

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Ensaios de Compressão
Não é frequente seu uso em metais, pois a determinação das propriedades mecânicas por esse ensaio são
dificultadas pela:
•dificuldade de medidas dos valores numéricos do ensaio;
•existência de atrito entre o CP e a máquina;
•possibilidade de flambagem;

Normas
- ASTM E9-89 (metais)
- NBR 5739 (concreto)

Razões para o Ensaio:


• Análises Similares às do Ensaio de Tração;
• Alguns Materiais têm comportamento muito diferente: Resistência à Compressão é Maior;
• Materiais usados para suportar esforços compressivos;

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Ensaios de Torção
• Não é geralmente utilizado para especificações de materiais;
• É substituído pelo ensaio de tração por ter menos complicação de cálculo e ser de difícil confecção do
CP;
• É recomendado para peças que vão sofrer na prática os esforços de torção (molas em espira, barras de
torção, eixos e sistemas de transmissão);
• É mais utilizado em pesquisas do que ensaios de rotina;
• O esforço é aplicado no sentido da rotação e não longitudinal (tração) ou transversal (flexão)

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Ensaios de Dobramento e Flexão
• Fornece uma indicação qualitativa da ductilidade do material;
• Devido a simplicidade  muito utilizado em indústrias e laboratórios;

• É realizado em materiais frágeis e resistentes que em seu uso são submetidos ao esforço de flexão:

• ferro fundido
• aços – ferramenta
• estruturas de concreto e gesso;

• Para o caso de metais dúcteis não e indicado pois o CP se deforma continuamente sem ruptura
(Dobramento);

Uso:
• Industria da cerâmica;
• Metais duros;
• Industria de biomateriais;
• Construção;

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Ensaios de Dureza
Dureza Brinell
•Indexador esférico e duro forçado contra superfície do metal;

•Diâmetro de 10mm, cargas variam de 500 a 3000kg.

•Durante o ensaio a carga é mantida constante por tempo especificado (entre 10 e 30 s);

•Número de dureza Brinell - HB

Durômetro Brinell. Fonte: Soluções Aplicação de carga no ensaio de dureza 14


Industriais, 2016 Brinell. Fonte: Calliste, 2015.
Ensaios de Dureza
Dureza Brinell

Vantagens:
•Baixo custo de equipamentos;
•Baixo tempo de preparação da superfícies;
•Único aceito para materiais pouco homogêneos;

Desvantagens:
•Não linearidade carga-impressão;
•Recuperação elástica
•Dureza admissível baixa (500HB);

Defeito superficial no ensaio de dureza


Brinell. Fonte: Callister, 2015.

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Ensaios de Dureza
Dureza Rockwell
•Mais utilizado devido simplicidade;

•Várias escalas diferentes partindo de combinações de indentadores e cargas permitem ensaiar


praticamente qualquer liga;

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Ensaios de Dureza
Dureza Rockwell

Carga aplicada em duas etapas:


•Pré-Carga
•Carga do Ensaio
•Medida da dureza é a diferença na
profundidade de indentação;

Exemplo: 64HRC:

•HR indica que se trata de ensaio de dureza


Rockwell;
•A letra C indica a escala empregada;
•64 é o valor de dureza Rockwell Normal obtido no
ensaio; Tipos de penetradores do ensaio de dureza
Rockwell. Fonte: Callister, 2015.
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Ensaios de Dureza
Dureza Rockwell

Descrição do ensaio de dureza Rockwell. 18


Fonte: Lopes, 2010.
Ensaios de Dureza
Dureza Rockwell

Vantagens:
•Rapidez;
•Isenção de erros humanos;
•Pequeno tamanho de impressão;

Desvantagens:
•As escalas Rockwell (A, B, C...) não têm continuidade.
•Necessidade de usar muitas escalas e esferas diferentes para abranger toda a gama de materiais
possíveis.

•Cuidado ao fazer endentação muito próxima a borda, ou uma próxima a outra;

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Ensaios de Dureza
Dureza Knoop e Vickers
•Indentador de diamante muito pequeno e piramidal;
•Cargas menores, medição e preparação cuidadosos;
•Relação ideal entre o diâmetro da esfera do
penetrador Brinell e o diâmetro da calota esférica
obtida;

Exemplo: 296,7 HV 10/20

296,7 – Dureza
HV – Vickers
10 – Carga aplicada em Kgf
20 – Tempo de aplicação da carga
Impressão de Vickers. Fonte: Portal CIMM, 2016.

•HK = Knoop;

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Ensaios de Impacto
•Efeitos de cargas dinâmicas;
•Tendência do material  Fragilidade;
•Força brusca e repentina;

Curva típica obtida do ensaio de impacto. Fonte:


Souza, 2011.

Diagrama esquemático do dispositivo de 21


ensaios de impacto. Fonte: Flores, 2016.
Ensaios de Fadiga
•Solicitações cíclicas;
•Nucleação e propagação de trincas;
•Influência de características da peça e
do ambiente;

Amplitude de tensão em função do logaritmo do número de ciclos


até a falha por fadiga.. Fonte: Callister, 2015.

Diagrama esquemático de aparato para 22


testes de fadiga. Fonte: Chiaveniri, 1986.
Ensaios de Fluência
•Deformação plástica à tensão constante;
•Movimentação das falhas existentes;
•Influência da temperatura;

Ensaio de Fluência. Fonte: Portal CIMM, 2016.

Curva característica do ensaio de fluência. Fonte: Portal CIMM, 2016.


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