Você está na página 1de 17

•AFOGAMENTO

• OBJETIVOS
• Proporcionar aos participantes conhecimentos e habilidades que os
capacitem a:
• 1. Definir a fisiopatologia do afogamento;
• 2. Executar o atendimento pré-hospitalar pr uma vítima de
afogamento, inconsciente e com sinais vitais;
• 3. Executar o atendimento pré-hospitalar para uma vítima de
afogamento com parada cardiorrespiratória.
AFOGAMENTO
• Definição:
• Aspiração de líquido não corporal por submersão ou imersão.
PRINCIPAIS CAUSAS DE
AFOGAMENTO
• 1. Uso de drogas....................................................32,2%
• 2. Epilepsia (crise convulsiva)................................18,1%
• 3. Traumatismos.....................................................16,3%
• 4. Doenças cardíacas e/ou pulmonares.................14,1%
• 5. Acidentes de mergulho........................................3,7%
• 6. Não especificadas...............................................11,6%

• Fonte : 17º GB – 2006.


FISIOPATOLOGIA DO
AFOGAMENTO
• O órgão alvo de maior comprometimento no afogamento
é o pulmão.

• A função respiratória fica prejudicada pela entrada de


líquido nas vias aéreas, interferindo na troca de oxigênio
(O2) por gás carbônico (CO2) de duas formas
principais :
• Pela obstrução parciais (frequente) das vias aéreas
superiores por uma coluna de líquido;

• Pela inundação dos alvéolos com este líquido.


FASES DO AFOGAMENTO
• 1. Medo ou pânico de afogar;

• 2. Luta para manter-se na superfície;

• 3. Apnéia voluntária na hora da submersão, cujo tempo dependerá da


capacidade fisíca de cada indivíduo;

• 4. Aspiração inicial de líquido durnte a submersão que pode provocar irritação


nas vias aéreas, suficiente para promover, em certos casos (menos de 2%,
um espasmo da glote tão forte a ponto de impedir uma nova entrada de água
(afogamento do tipo seco, água nos pulmões, provavelmente não existe);

• 5. Em mais de 98% dos casos não ocorre espasmo glótico, havendo entrada
de água em vias aéreas, inundando o pulmão (afogamento clássico).
AFOGAMENTO PRIMÁRIO
• É tipo mais comum, não apresentando em seu
mecanismo nenhum fator incidental ou patológico que
possa ter desencadeado o afogamento.

• AFOGAMENTO SECUNDÁRIO
• É a denominação utilizada para o afogamento causado por
patologia ou incidente associado que o precipita.
CLASSIFICAÇÃO DE ACORDO
COM A GRAVIDADE
• A classificação Clínica do Afogado tem como objetivo facilitar a
avaliação e a conduta médica da vítimas deste tipo de acidente. A
classificação não tem caráter evolutivo, portanto deve ser
estabelecida no local do afogamento ou no primeiro atendimento,
relatando se houve melhora ou agravamento do quadro clínico.

• Exemplo: O paciente encontrado em grau VI, e que for reanimado,


continuará a merecer essa classificação durante todo o tempo em
que permanecer internado.
AFOGAMENTO GRAU I
• 1. A vítima encontra-se responsiva.
• 2. É representado pelas vítimas que aspiram quantidade
mínima de água, suficiente para produzir tosse.
• 3. Presença de tosse sem espuma na boca/ nariz.
AFOGAMENTO GRAU II

• 1. Vítimas que aspiram uma pequena quantidade de


água, suficiente para alterar a troca de O2 - CO2
pulmonar;

• 2. Apresentam-se lúcidas, com tosse e pequena


quantidade de espuma no nariz/boca.

• 3. Necessitam de atendimento de Suporte Avançado de


Vida, oxigenioterapia, prevenção de hipotermia e apoio
psicológico.
AFOGAMENTO GRAU III
• 1. Vítimas que aspiram quantidade importante de água (geralmente mais do
que 2 a 3 ml/Kg de peso);

• 2. Apresentam tosse, grande quantidade de espuma na boca/nariz e


presença de pulso radial palpável;

• 3. Por sua gravidade os casos grau III necessitam de cuidados de Suporte


Avançado de Vida imediatos.

• AFOGAMENTO GRAU IV
• 1. A vítima nestes casos se apresenta em coma (não desperta nem com
estímulos fortes);

• 2. Apresenta-se com grande quantidade de espuma na boca/nariz e pulso


radial não palpável.
AFOGAMENTO GRAU V
• 1. A vítima nestes casos se apresenta em parada
respiratória (apnéia), mas com pulso arterial
carotídeo presente, indicando atividade cardíaca;

• 2. Encontra-se em coma leve a profundo (inconsciente),


com cianose intensa, grande quantidade de secreção
oral e/ou nasal, e distensão abdominal frequente por
ingestão excessiva de água;

• 3. Pode ser reanimado, se for atendido precocemente


(de imediato) com o restabelecimento de sua função
respiratória, através dos métodos de ventilação artificial.
QUASE AFOGAMENTO GRAU VI
• É a parada cardiorrespiratória (PCR), representada pela
apnéia (parada respiratória), e pela ausência de batimentos
cardíacos (pulsos arteriais ausentes). Encontram-se
inconscientes.
• Fatores que juntos ou isolados podem explicar os casos de
sucesso na renimação cardiopulmonar de vítimas
submersas por tempo maior do que cinco minutos:
• 1. Redução das necessidades metabólica devido a
hipotermia nos acidentes em água fria;
• 2. A continuação da troca gasosa de O2 e CO2 apesar da
presença de líquido no alvéolo até ocorrer à interrupção da
atividade cardíaca;
• 3. Em crianças, se houver o reflexo de mergulho (reflexo
que reduz o consumo de oxigênio em mamíferos que
entram dentro d’ água reduzindo o metabolismo a níveis
basais), haverá uma reserva maior de oxigênio para se
consumir , portanto, maior possibilidade de sobrevivência.
SALVAMENTO DE VÍTIMA DE
ACIDENTE AQUÁTICO
• 1. Utilizar a técnica e apropriados para realizar o
salvamento, removendo-a para local seguro;
• 2. Tomar cuidado com a região cervical ao manusear
vítimas de afogamento, pois podem apresentar lesão
raquimedular;
• 3. Nos acidentes, em local raso, aplicar o colar cervical,
a prancha longa e o apoio lateral de cabeça antes de
removê-la da água.
• OBS: O afogado deglute alimentos até 3 horas antes do
incidente em 83.5% dos casos, o que somado a
constante deglutição de água e ar durante o incidente
provoca grande risco de vômitos espontaneamente ou
com a ressuscitação. O vômito é a complicação pré-
ABORDAGEM, IMOBILIZAÇÃO E
REMOÇÃO DE VÍTIMAS DE
TRAUMA EM ÁGUA RASA
TRATAMENTO PRÉ HOSPITALAR
PARA VÍTIMAS DE
AFOGAMENTO
• COM SINAIS VITAIS
• 1. Realizar a análise primária e secundária e tratar os
problemas encontrados em ordem de prioridade;
• 2. Verificar se a situação se enquadra no POP 02-04 –
Acionamento de SAV ou 02-10 - Transporte Imediato;
• 3. Retirar as vestes molhadas e secar imediatamente
todo o corpo da vítima;
• 4. Mantê-la aquecida com cobertor ou manta
aluminizada, mantendo apenas a face exposta e
conduzi-la para ambiente aquecido. Ex. interior da UR;
• 5. Se não há indícios de que tenha sofrido lesão de
coluna, posicioná-la e mantê-la na posição de drenagem
ATENÇÃO
• Não tentar drenar fluído dos pulmões ou do estômago
através da utilização de manobras de compressão
abdominal (Manobra de Heimlich). A tentativa de
esvaziar o estômago distendido só aumenta o risco de
bronco-aspiração na ausência de intubação
endotraqueal (medida realizada pelo SAV), portanto é
contra-indicada.
TRATAMENTO PARA VÍTIMAS DE
AFOGAMENTO
• COM PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA
• 1. Na ausência de pulso carotídeo, iniciar a
REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR;
• (melhor prognóstico – possibilidade de recuperação –
quando as vítimas estiverem submersas por menos de
60 minutos em água com temperatura inferior a 21º);
• 2. Empregar o POP 02-04 - Acionamento de SAV ou o
POP 02-10 - Transporte Imediato;
• 3. Prevenir o aumento da hipotermia durante a
reanimação cardiopulmonar , removendo as vestes
molhadas, secando o corpo da vítima tão logo seja
possível, cobrindo-a de forma a deixar exposta somente
a face e o tórax, conduzindo-a para o interior de

Você também pode gostar