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Objetivos específicos:
dissertar a respeito dos “Semiáridos” que tendem a ser distintos dos pontos de vista natural e
socioeconômico a fim de compreender como surgiram as afirmações que tratam destes como
sinônimo de região de atraso, “castigada” pelas secas.
expor o SAB como um espaço heterogêneo quanto às suas relações socioculturais e analisar o
papel da Geografia na preparação do sujeito cidadão que se identifica com seu espaço vivido.
tenciona-se revelar metodologias alternativas sob a perspectiva de uma educação
contextualizada que seja capaz de auxiliar os alunos a partirem da sala de aula para práticas
produtivas e adequadas à natureza do território de modo que estes observem, analisem e
explorem o lugar onde vivem.
*A distinção entre os Semiáridos está descrita no Capítulo II.
Metodologia:
[...] esta presume-se de cunho qualitativo e alicerça-se à consultas bibliográficas que nos
direcionam à temática abordada a partir de renomadas fontes como Durval Muniz
Albuquerque Júnior (2011), Nycollas Santos Albuquerque (2012), Instituto Nacional do
Semiárido – INSA (2017), Sônia Castellar (2010), Eneida Rabêlo Cavalcanti (2015),
Articulação no Semiárido Brasileiro (ASA) e Rede de Educação para o Semiárido (RESAB)
entre outras.
Esta monografia encontra-se dividida em cinco capítulos que se seguem.
Capítulo I – Introdução;
Capítulo II – “O contexto entre “Semiáridos”: do clima à Identidade Regional”;
Capítulo III – “Ensinar-aprender Geografia: compreender e pertencer ao lugar”;
Capítulo IV – “A Educação Contextualizada com o Semiárido: (re)significando o
chão que se pisa”;
Capítulo V – Considerações Finais;
2. O CONTEXTO ENTRE “SEMIÁRIDOS”: DO CLIMA Á IDENTIDADE
REGIONAL
Por outro lado, se considerarmos o Semiárido Brasileiro pelo seu processo de ocupação,
vemos que este favoreceu um leque de relações sociais assimétricas que deu destaque a
uma cultura única, mesclada entre colonizadores europeus, indígenas e africanos, resultando
em um acervo folclorístico muito peculiar [...]
2.1 A IMAGEM SEMIÁRIDA TRADUZIDA EM OBRAS “REGIONALISTAS E
TRADICIONALISTAS”
USO DA SENSIBILIDADE DA MEMÓRIA
[...] considerando que o lugar é a realidade concreta do espaço vivido, [...] os primeiros sinais do
“fazer geografia” aparecem quando a criança percebe o que está em sua volta, analisando as
paisagens e compreendendo a história que vai acontecendo através das marcas deixadas nesse
espaço, haja vista que, […] “essas marcas refletem toda uma história, e escondem atrás de si
as relações e o jogo de força que foi travado para finalmente assumirem estas feições [e] a
organização espacial representa muitas coisas que, por não estarem visíveis, precisam ser
descortinadas” (CALLAI, 2012, p. 238).
Educação
Geográfica
Consciência
espacial
Alfabetização/
Letramento
espacial
Raciocínio
espacial
Fonte: Elaborado pelo autor.
4. AEDUCAÇÃO CONTEXTUALIZADA COM O SEMIÁRIDO: (RE)SIGNIFICANDO O
CHÃO QUE SE PISA
EDUCAÇÃO
CONTRATEMPOS: CONTEXTUALIZADA:
Favorecer a construção da
cidadania; OBJETIVAÇÃO
Garantir o elo entre Geografia,
escola, comunidade, educador,
aluno, currículo e sustentabilidade;
Fonte: Elaborado pelo autor.
4.2 LIVRO DIDÁTICO E SEMIÁRIDO: UM DIÁLOGO POSSÍVEL
EDUCAÇÃO
EDUCAÇÃO METODOLOGIA
CONTEXTUA ALTERNATIVA
GEOGRÁFICA
LIZADA
[...] esta metodologia vai além do simples trabalho de campo porque engloba, além da visita
aos lugares, a discussão de textos acerca do assunto a ser trabalhado em sala de aula, a saída a
campo propriamente dita, o levantamento de sujeitos sociais a serem contatados para a
elaboração de entrevistas, a produção de fontes e documentos (anotações escritas, desenhos,
fotografias, etc.) e, principalmente, o compartilhamento das diferentes visões das pessoas que
participaram do projeto o que favorece a discussão e o diálogo, ambos imprescindíveis à
Educação Contextualizada com o Semiárido.
Figura 4: Fases para elaboração do Estudo do Meio
[...] trazemos a Educação Contextualizada com o Semiárido como um suporte à Geografia, [...]
[...] não é uma temática inédita nas monografias de Geografia. Porém, sentimos a necessidade
de trazer este assunto para discussão no ascender das novas conversas que se estabeleceram sobre
a Base Nacional Comum Curricular porque, ao destacar a necessidade do raciocínio espacial
numa construção progressiva para a resolução de problemas do dia a dia, esta vem ao nosso
sistema educacional com a pretensão de (re)contextualizar nossos currículos da Educação Básica
[...]
É aí onde torna-se pertinente retomarmos o debate sobre um novo olhar para com a Educação
Contextualizada que seja significativa à crianças, jovens e adultos, enquanto habitantes do
Semiárido nordestino a fim de que consigamos currículos adequados à nossa realidade,
professores capacitados e alunos atuantes em suas comunidades no sentido de conhecerem e
aprenderem a gerir estratégias para melhor convivência no SAB, o que será possível quando nos
dispormos a sair das quatro paredes da sala de aula.
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