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Prof.

Roberto
Primeiro Reinado
Cavalcante

09 O PROCESSO DE
INDEPENDÊNCIA DO
BRASIL E O PRIMEIRO
REINADO
Prof. Roberto
independência do Brasil e Primeiro Reinado
Cavalcante

Portugal no contexto internacional


do século XVIII
 No século XVIII, apesar da descoberta de ouro e
diamantes em sua colônia
americana, Portugal enfrentava sérias dificuldades
econômicas em razão:
• da grande dívida com a Grã-Bretanha;
• dos elevados custos da Corte portuguesa;
• da perda do monopólio do comércio com as Índias;
• da perda de possessões no Oriente;
• da queda do preço do açúcar.

Medidas para aumentar a arrecadação nas colônias


por meio do combate ao contrabando e da
ampliação dos lucros com o comércio e a
mineração.
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Reformas pombalinas
 Expoente do despotismo esclarecido em Portugal, o marquês de Pombal
foi nomeado ministro dos Negócios Estrangeiros e da Guerra, e tinha
como missão modernizar o Estado e recuperar a economia portuguesa.
 Principais medidas do governo pombalino:

Em Portugal Na América

 Fundação do Erário Régio para


 Instituição de novos impostos
controlar os gastos públicos. sobre a produção aurífera.

 Transferência da capital de
 Criação de novas companhias de Salvadorpara o
comércio para dinamizar e Rio de Janeiro.
aumentar o fluxo mercantil entre
colônia e metrópole.  Expulsão dos jesuítas (1759).
 Reforma educacional para acabar como
controle clerical sobre oensino.
 Estabelecimento do Diretório na
região amazônica.
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Conjuração Mineira
 Contexto:
• Os colonos estavam muito insatisfeitos com o aumento dos impostos
implementado pela política econômica metropolitana.
• Os intelectuais mineiros foram influenciados pelas ideias iluministas e
da
independência dos Estados Unidos.
 Envolvidos:
• Em geral, membros da elite – mineradores, fazendeiros, padres,
funcionários públicos, advogados e militares de alta patente.
Muitos deles haviam estudado em universidades na Europa, onde
conheceram as ideias iluministas.
 Objetivos:
• Proclamação de uma república constitucional na capitania de Minas
Gerais.
• Extinção do monopólio estatal sobre a extração de diamantes.
• Concessão de anistia das dívidas com a Coroa portuguesa.
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 Desfecho:
• Em 1789, o governador de Minas Gerais convocou algumas pessoas
para efetuar os pagamentos do quinto atrasados na Junta da Real
Fazenda.
O inconfidente Joaquim Silvério dos Reis delatou os companheiros
em troca do perdão da dívida e de um prêmio por sua lealdade à
Coroa.

• Em maio, os réus foram condenados pelo crime de lesa-majestade.

• Tiradentes (Joaquim José da Silva Xavier) foi executado e esquartejado,


e seus restos foram expostos ao público para servir de exemplo. Um
homem e dois personagens – O Alferes e o “Cristo Herói”.

• Os demais condenados foram degredados, presos temporariamente


e/ou tiveram seus bens confiscados.
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Conjuração Baiana
 Contexto:
• A associação maçônica Cavaleiros da Luz disseminou as ideias iluministas
em Salvador. Ideias revolucionárias repercutiram nas camadas mais
pobres da população.
• Em 12 de agosto de 1798, os revoltosos afixaram pasquins e
manuscritos por Salvador convocando o povo a fazer uma revolução.
 Envolvidos:
• Membros da elite e das camadas populares (mulatos, escravos, negros
libertos e indivíduos brancos de baixa renda). A conjuração
adquiriu caráter social (soldados e alfaiates – João de Deus, Manuel Faustino, Luís Gonzaga das Virgens e Lucas
Dantas)

 Objetivos:
• Fim da escravidão e das diferenças baseadas na cor da pele.
• Proclamação de uma república igualitária na Bahia.
• Mudanças no sistema tributário e aumento dos soldos militares.
• Liberdade de comércio e representação popular.
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 Desfecho:
• Os intelectuais se afastaram do movimento, que passou a ser
conduzido por soldados, alfaiates, negros e mulatos.

• Com base em denúncias, investigações realizadas pelas


autoridades levaram aos elaboradores dos cartazes afixados nas
ruas de Salvador.

• Os participantes da Conjuração Baiana foram presos.

• O processo culminou na condenação à morte de dois soldados e


dois alfaiates, que, em 8 de novembro de 1799, foram enforcados
e
esquartejados, e tiveram seus restos espalhados pela capitania
para servir
de exemplo.
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Bastidores da independência
 Como resultado das Guerras Napoleônicas, a Corte portuguesa foi
transferida para o Brasil em 1808. O evento marcou o início
do processo que culminou na independência do Brasil.

Napoleão Portugal Em novembro Em janeiro de


descumpriu de 1807, o 1808, a Corte
Bonapart o decreto e príncipe portuguesa
e impôs seu regente Dom chegou a Salvador.
o território foi João e uma
Bloqueio invadido pela grande comitiva
Continental França. deixaram
à Grã- Lisboa e
Bretanha. seguiram para
o Brasil sob
proteção da
Marinha britânica.
A transferência já havia sido cogitada
em outros momentos da história em
que a Coroa portuguesa se sentira
ameaçada.
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Chegada da família real portuguesa

Foi decretada a abertura dos portos às nações


amigas (Grã-Bretanha), chegando ao fim o
pacto colonial.

A colônia foi
transformad
Foi revogado o Alvará de 1785, que proibia
a com a
a instalação de manufaturas na
presença da
colônia.
Corte.

Foram assinados, em 1810, dois tratados que


concederam privilégios comerciais aos britânicos.
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Mudanças no Brasil

Mudanças
promovidas após a
chegada da Corte:

1808 1808 1809 1810 1815 1816


Abertura Fundação Invasão Transferênci Elevação Ocupação
dos do Banco do da a da do Brasil da Banda
portos Brasil e da Guiana Biblioteca à Oriental
brasileiros Gazeta do Francesa. Real categoria do
às nações Rio Portuguesa de Reino Uruguai:
amigas. de Janeiro, para o Rio Unido a Província
o primeiro de Janeiro. Portugal Cisplatina.
jornal a e
funcionar Algarves.
no Brasil.

O padrão de consumo também se modificou: produtos de luxo


europeus passaram a fazer parte do cotidiano da elite do Rio de Janeiro.

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