Você está na página 1de 401

APRESENTAÇÕES

Licurci ( Instrutor )
SSI # 70.673 / PADI #385.040

Mergulho desde 2000

Cave & Tek Diving Trimix

Mergulhei em mais de 10 países Open Water


Caverna ( Flórida, México, Sardenha, República Dominicana , Portugal)

Meta “Rumo ao Mílesimo mergulho” e “Escrever um livro sobre


Mergulho
APRESENTAÇÕES

• Não houve revisão


Ortográfica do
conteúdo...
Providenciaremos em
breve!
APRESENTAÇÕES

• Contrato
• Datas do curso
• Equipe Dinâmica
APRESENTAÇÕES

• Contrato
• Datas do curso
• Equipe Dinâmica
APRESENTAÇÕES

• Contrato
• Datas do curso
• Equipe Dinâmica
Para se tornar um
mergulhador seguro e
confiante, é necessário 4
ingredientes:

CONHECIMENTO
HABILIDADES
EQUIPAMENTO
EXPERIÊNCIA
CIÊNCIA DO MERGULHO

CÓDIGO DO MERGULHADOR RESPONSÁVEL


Deveres de um mergulhador SSI:

⮚ Mergulhar dentro dos limites de sua capacidade e treinamento

⮚ Avaliar as condições antes de cada mergulho e verificar se elas estão dentro dos limites de
habilidades pessoais e de treinamento

⮚ Familiarizar-se e verificar o equipamento antes e durante cada mergulho

⮚ Respeitar e usar o sistema de duplas durante cada mergulho ( EXCETO Independent


Diving )

⮚ Aceitar a responsabilidade do bem estar pessoal a todo momento

⮚ Possuir consciência ambiental o tempo todo


INTRODUÇÃO - CIÊNCIA DO MERGULHO

Esse curso foca primeiramente os princípios científicos gerais e as


leis usadas no mergulho recreativo SCUBA. Aumentaremos o nível
de compreensão científica e apresentaremos novos conceitos,
equipamentos e ambientes para a prática do mergulho.
CIÊNCIA DO MERGULHO

OBJETIVOS

⮚ Ter uma certificação Open Water Diver abre as portas para um novo mundo subaquático,
cheio de oportunidades para aprender sobre física, fisiologia e química, e como afetam o
corpo humano durante o mergulho.

⮚ Sua aprendizagem não precisa acabar com a certificação de nível de entrada. O curso de
Ciência do Mergulho SSI aumenta seu entendimento nestes tópicos, e traz informações
adicionais sobre a teoria da descompressão, e os componentes do Sistema Total de
Mergulho e seus acessórios.

⮚ Os bons mergulhadores estão sempre aprendendo. Nosso objetivo é melhorar seu


conhecimento sobre o ambiente aquático e o mergulho recreativo, e garantir que você
aproveite cada aspecto de sua experiência de mergulho.
CIÊNCIA DO MERGULHO

Certificação e Credenciais de Reconhecimento

⮚ Após seu instrutor verificar que você concluiu o programa de treinamento da SSI, sua
certificação digital ou credencial de reconhecimento estarão visíveis no aplicativo

⮚ Após realizar a prova escrita e acertar no mínimo 80% das questões

⮚ Os espaços apropriados do Registro de Treinamento e do Total DiveLog devem ser datados e


assinados pelo instrutor e aluno.

⮚ Você também pode adquirir a certificação impressa em seu Centro SSI ( Preço de custo )
SEJAM BEM-VINDOS SEÇÃO 1 – A FÍSICA DO MERGULHO

CIÊNCIA DO
MERGULHO SEÇÃO 2 – FISIOLOGIA DO MERGULHO

SEÇÃO 3 – TEORIA DA DESCOMPRESSÃO

SEÇÃO 4 – COMPONENTES DO SISTEMA


TOTAL DE MERGULHO E ACESSÓRIOS

SEÇÃO 5 – AMBIENTE AQUÁTICO


CIÊNCIA DO MERGULHO

TORNE-SE UM ÍCONE
Continue Mergulhando

⮚ Ganhe o respeito dos seu duplas e torne-se um embaixador do mergulho. O menu de


treinamento de especialidades da SSI foi desenvolvido para ajudar a melhorar suas
habilidades atuais, e também treiná-lo para todos os tipos de mergulho, preparando-o para
cuidar de outras pessoas, acima e abaixo da superfície.

⮚ Independente do seu objetivo final, o melhor caminho para alcançar este treinamento é o
Pacote Divemaster, que inclui Nitrox, Mergulho Profundo, Navegação, Mergulho Noturno &
Visibilidade Limitada, Ciência do Mergulho, Diver Stress & Rescue, React Right e Dive Guide.
CIÊNCIA DO MERGULHO

TORNE-SE UM ÍCONE
Continue Mergulhando

⮚ Independente se seu interesse for guiar mergulhadores, auxiliar instrutores ou até mesmo ter
uma carreira no mergulho, o primeiro passo é o reconhecimento de Divemaster. Caso o seu
interesse vá além do mergulho recreativo, a SSI oferece outras opções de treinamento
profissional, como o Extended Range ou Freediving. Seu único limite é sua ambição.
CIÊNCIA DO MERGULHO

TORNE-SE UM ÍCONE
Líderes de Mergulho

⮚ 70% da superfície da Terra é coberta por água e este pode ser o seu "escritório!" Existem
milhares de oportunidades de emprego em todo o mundo, para a próxima geração de
profissionais SSI altamente qualificados, prontos para encantar seus clientes com a primeira
experiência de mergulho. Não espere mais para transformar sua paixão em uma carreira,
comece a viver seu sonho!
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 1

A FÍSICA DO MERGULHO
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 1

A FÍSICA DO MERGULHO
Objetivos

Depois de completar esta seção, você irá entender:

⮚ Os princípios da física
⮚ As unidades usadas na física e sua conversão
⮚ Os gases relacionados com o mergulho
⮚ As Leis dos Gases
⮚ A flutuabilidade e o princípio de Arquimedes
⮚ As fórmulas de consumo de ar
⮚ A energia no meio subaquático
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 1

OS PRINCÍPIOS DA FÍSICA
O que é Física?

⮚ Basicamente, física é o estudo das caraterísticas e das interações da matéria e da energia.


No meio subaquático, existem vários tipos de materiais e de energia.

⮚ Como seres humanos, estamos adaptados fisicamente ao meio ambiente. O que significa
que a "física" da vida do dia-a-dia é instintiva. Como espécie, a nossa curiosidade inata e o
desejo de descobrir e explorar o universo em torno de nós é insaciável

⮚ As leis da física também se aplicam aos processos do corpo humano quando nos
aventuramos nestes ambientes diferentes. Quanto menos familiar o ambiente for, mais
importante é a aplicação da física.
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 1

A FÍSICA DO MERGULHO
UNIDADES DE MEDIDA

Existem várias categorias gerais de unidades que são utilizadas na física:

⮚ Pressão
⮚ Temperatura
⮚ Volume
⮚ Distância ou comprimento
⮚ Área
⮚ Peso
⮚ Densidade

Sistema Internacional ( Métrico ) e Sistema Imperial ( pés, polegadas e libras )


CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 1

DEFINIÇÃO DE PRESSÃO
• Pressão
⮚ Definição
⮚ A pressão e o mergulho

• Pressão Atmosférica
• 760 mmHg (milímetros de mercúrio) ou 1 atm
• 1kg/f cm2 (atmosfera)

• Pressão Ambiente
⮚ Água mais pesada que o ar
⮚ Mais fundo, maior a pressão
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 1

DEFINIÇÃO DE PRESSÃO
Pressão representa força por unidade de área, ou seja força sobre
área.
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 1

PRESSÃO
A força de 1 BAR equivale aproximadamente 1 kgf sobre 1 cm 2
Se você está a 40 m de profundidade, então está recebendo 5 ATA (5
BAR) de pressão.

Se a ponta do seu dedo indicador tem aprox. 1 cm 2, coloque 5 kg de


peso nessa área.
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 1

TEMPERATURA

Temperatura é uma grandeza física escalar que mensura a 


energia cinética média de cada grau de liberdade[nota 1] de cada uma
das partículas de um sistema em equilíbrio térmico.

 Determina o grau de agitação das moléculas de um corpo, indicando


se ele está quente ou frio.
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 1

TEMPERATURA
A escala Celsius (unidade °C), também conhecida como a escala
centígrada, é uma escala termométrica do sistema métrico[1] usada na
maioria dos países do mundo. Teve origem a partir do modelo proposto
pelo astrônomo sueco Anders Celsius (1701-1744).As duas escalas de
temperatura mais comuns usadas no dia a dia são a Celsius e a
Fahrenheit.

Fahrenheit é uma escala de temperatura proposta por 


Daniel Gabriel Fahrenheit em 1724. Sua unidade é o grau
Fahrenheit (símbolo: °F). Nesta escala o ponto de fusão da água é de
32 °F e o ponto de ebulição é de 212 °F. Uma diferença de 1,8 °F é igual a
uma diferença de 1 °C
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 1

TEMPERATURA
A escala kelvin foi proposta em 1848 por William Thomson (
Lorde Kelvin), que escreveu em seu artigo, On an Absolute
Thermometric Scale, a necessidade de uma escala em que "frio
infinito" (zero absoluto) fosse o ponto nulo da escala. Thomson
calculou que o zero absoluto é equivalente a -273 °C.[2] Esta escala
absoluta é conhecida hoje como a escala de temperatura
termodinâmica kelvin.
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 1

TEMPERATURA
A escala Rankine (símbolo R, Ra) é uma escala de temperatura absoluta assim chamada em
homenagem ao engenheiro e físico escocês William John Macquorn Rankine, que a propôs
em 1859.

Assim como a escala absoluta Kelvin, o 0 Ra é o zero absoluto, porém a variação do Rankine


é definida como sendo igual a um grau Fahrenheit. Assim, a variação de um Ra equivale à
variação de um °F. Então a temperatura de -459,67 °F é exatamente igual a 0 Ra.[2]

Assim como a escala absoluta Kelvin,a escala absoluta Rankine também não é grafada com o
termo "grau" desde decisão do CGPM em 1967.

Apesar de não ser tão popular, a escala Rankine é usada em alguns campos da engenharia
 nos Estados Unidos,[3] entretanto o Instituto Nacional de Padrões e Tecnologia recomenda
não usar essa escala em publicações NIST.[4]
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 1

TEMPERATURA
Quando se trabalha com as Leis dos Gases, a temperatura deve ser
convertida para temperatura absoluta.

As duas escalas de temperatura mais comuns usadas no dia a dia são a


Celsius e a Fahrenheit.

Na escala Celsius, a água congela a 0 graus e ferve a 100 graus. Na escala


Fahrenheit, a água congela a 32 graus e ferve a 212 graus.

A temperatura absoluta é baseada numa escala que começa em zero


absoluto. O zero absoluto é a temperatura mais baixa possível, na qual não
existe mais movimento molecular.
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 1

TEMPERATURA
30°C + 273 = 303K
(86°F - 32) / 1.8
54 / 1.8 = 30°C

(30 C x 1.8) + 32
54 +32 = 86°F 86°F + 460°F = 546 Ra
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 1

VOLUME
Muitas das leis dos gases lidam com variações de volume. O volume também
pode ser utilizado para nos referirmos à densidade ou ao peso.

O volume é tridimensional (comprimento, largura e altura).

O termo volume às vezes pode ser substituído pelo termo capacidade. Para
medir o volume, usa-se a mesma unidade de medida para as três dimensões, ou
a dimensão em questão "elevada ao cubo".

Por exemplo, o volume pode ser expresso em metros cúbicos - que é


equivalente a um cubo de um metro de altura, um metro de largura e um metro
de comprimento.
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 1

VOLUME
Unidades de Volume e Equivalências
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 1

A medida de distância é unidimensional. Podemos dizer longitude, comprimento,


largura, altura ou profundidade. Só consideramos uma destas dimensões por
vez quando falamos de distância.
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 1

Unidades de Distância e Equivalências


CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 1

Esta unidade é bidimensional. Multiplicamos o comprimento e a largura da


mesma unidade para obter a área. Uma vez que isto pode descrever um
quadrado, a unidade é normalmente descrita como a dimensão em questão
"elevada ao quadrado". As unidades de área são normalmente usadas na física
do mergulho, quando nos referimos à pressão exercida sobre uma área
específica.
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 1

Unidades de Distância e Equivalências


CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 1

O peso ou massa é usado para muitos cálculos relacionados com a


flutuabilidade. A unidade métrica padrão do peso é o quilograma.
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 1

Unidades de Distância e Equivalências


CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 1

A densidade é definida simplesmente como a quantidade de massa por unidade


de volume.
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 1

Unidades de Distância e Equivalências

A densidade é importante e tem várias aplicações na física do mergulho


- a principal delas é no Princípio de Arquimedes. 
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 1

Entre os 0.02% dos outros gases que compõem o ar podemos incluir: monóxido de carbono, hélio, hidrogênio,
criptônio, neônio e radônio. As porcentagens podem variar ligeiramente de um local para outro, mas, em geral,
permanecem constantes. Para efeitos de cálculos, só vamos considerar os dois principais componentes do ar,
o nitrogênio e o oxigênio. Vamos arredondá-los para 21% de oxigênio e para 79% de nitrogênio.
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 1

O nitrogênio é o principal diluente do oxigênio no ar que respiramos. Ele aparece no seu estado livre como
uma molécula diatômica, ou seja, formada por dois átomos de nitrogênio. Ele é pouco reativo, logo não se
combina facilmente com outros elementos químicos, e não é metabolizado no processo respiratório. Ele é
inerte na superfície, mas pode ter um efeito anestésico no mergulhador medida que a profundidade aumenta.

O efeito anestésico no mergulho é conhecido como narcose por nitrogênio. Iremos falar mais tarde sobre a
narcose por nitrogênio, na seção Filosofia do Mergulho. Uma outra preocupação para o mergulhador, relativa
ao nitrogênio na mistura respirável, é a sua difusão nos tecidos do corpo.

O nitrogênio não é metabolizado pelo corpo. Se a pressão parcial do nitrogênio dissolvido nos tecidos é maior
do que a pressão externa, este gás pode deixar a solução ou o tecido na forma de bolhas. As bolhas de
nitrogênio podem causar doença descompressiva, se forem suficientemente grandes.
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 1

Enquanto outros gases podem ser utilizados para diminuir a pressão parcial de oxigênio na mistura respirável
do mergulhador, o oxigênio é crucial. É o oxigênio metabolizado que sustenta a vida. Tal como o nitrogênio, é
uma molécula diatômica.

Com relação ao oxigênio, o mergulhador deve estar atento a vários cenários, como:

Hipóxia - quando não existe oxigênio suficiente para sustentar a vida, com baixas pressões parciais. Isto pode
levar à perda de consciência e à morte.

Hiperóxia - quando existe muito oxigênio, a altas pressões parciais. Pode ser tóxico para o sistema nervoso
central ou pulmão.
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 1

O hélio é normalmente usado em mergulhos técnicos e comerciais. Tem um baixo peso molecular em relação
a outros gases, o que torna a sua respiração mais fácil em grandes profundidades. O hélio também tem
pouquíssimo efeito narcótico sobre o mergulhador em profundidades maiores e, por isso, é utilizado na mistura
para diminuir a narcose.

Quando combinado apenas com o oxigênio (HELIOX), o mergulhador numa profundidades de 120m ou mais
fundo, pode experimentar uma SNAP (Síndrome Neurológica de Alta Pressão), que pode ser fatal. Uma
maneira comum de se evitar, é usar uma mistura respirável que combine hélio, nitrogênio e oxigênio. Esta
mistura é conhecida como TRIMIX.
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 1

O uso mais comum do argônio, durante o mergulho, não é na mistura respirável, mas sim como um gás para
inflar a roupa seca. A baixa densidade e o baixo custo do Argônio fazem com que ele seja um dos mais
acessíveis isolantes para uso com roupa seca.

Se for utilizado numa mistura respirável, o argônio tem um efeito narcótico muito grande. É tão narcótico, que
tem sido utilizado em estudos experimentais sobre o efeito da narcose no mergulhador.

O argônio é ocasionalmente usado em experimentos como parte da mistura respirável. Um desses


experimentos envolveu a introdução de quantidades minúsculas de argônio para compensar o SNAP
(Síndrome Neurológica de Alta Pressão) em profundidades extremas. Geralmente, a utilização de argônio em
misturas respiráveis é apenas experimental.
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 1

O hidrogênio pode ser um outro gás diluente na mistura respirável para profundidades extremas (aplicações
técnicas, comerciais e militares). O maior problema do hidrogênio é que ele pode ser extremamente explosivo
quando combinado com o oxigênio. Porém, se a quantidade de oxigênio for mantida a menos de 4% na
mistura, não há nenhum risco de explosão. Níveis de oxigênio de apenas 4% significam que a mistura só seria
respirável em profundidades superiores aos limites do mergulho recreativo.

Têm havido vários recordes de profundidade obtidos na indústria comercial e científica, usando misturas
respiráveis que contêm hidrogênio, que ajuda a eliminar os efeitos de SNAP (Síndrome Neurológica de Alta
Pressão) e a diminuir a densidade da mistura respirável.
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 1

O Neônio é outro gás que está sendo testado como diluente na mistura respirável. Existem vários grupos
técnicos e comerciais que pesquisam sobre os possíveis benefícios do uso de Neônio. Para o mergulho com
mistura de gases, uma das maiores vantagens ao usar Neônio, é ajudar a diminuir a quantidade de
descompressões obrigatórias em mergulhos extremamente profundos, quer seja como parte da mistura de
fundo e / ou como parte de misturas de descompressão.
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 1

O dióxido de carbono é um gás que queremos eliminar das nossas misturas respiráveis. Alguns dos efeitos de
altas concentrações de dióxido de carbono incluem: pânico, perda de consciência, convulsões e morte.

O dióxido de carbono é um gás sinérgico, ou seja “produzido por sinergia”, e pode aumentar a
probabilidade de um mergulhador desenvolver uma doença descompressiva, toxicidade do oxigênio e narcose
por nitrogênio. É um subproduto natural da respiração e do metabolismo. O dióxido de carbono pode ser
introduzido na mistura respirável do mergulhador de várias formas:

Pelo uso inadequado de um compressor e/ou do sistema de filtragem, o purificador de dióxido de carbono em
um rebreather pode não estar funcionado corretamente.

O dióxido de carbono pode ser problemático se o mergulhador não respirar de forma total e completa. Uma
respiração inadequada, pode aumentar a concentração de CO2 nos pulmões e no sangue. Um sistema de
Suprimento de Ar de alta qualidade e desempenho é extremamente importante na gestão de CO2.
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 1

O monóxido de carbono é um gás extremamente venenoso. É muito difícil de detectar, pois é incolor, inodoro e
insípido. É introduzido na mistura respirável de um mergulhador pelos seguintes meios:

Vapores de óleo em um compressor lubrificado a óleo, sem a devida manutenção ou usado incorretamente.

Entrada de ar para o compressor que é colocada perto de gases de escape (carros, forno, etc.) e/ou um filtro
mal embalado, em mau estado ou molhado. Os efeitos do monóxido de carbono debaixo d'água geralmente
são difíceis de serem notados e podem ser fatais. O monóxido de carbono tira do sangue a sua capacidade de
transportar oxigênio.

Quantidades relativamente pequenas de CO, de pouco efeito na superfície, podem ser mortais na
profundidade, já que a sua pressão parcial aumenta.
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 1

Os cilindros de mergulho normalmente contêm algum vapor de água. Na maioria dos casos, a quantidade de
vapor de água é mantida muito baixa devido ao uso de filtros de ar modernos nos compressores.

Se o vapor de água não for controlado, a mistura pode condensar e congelar no Sistema de Suprimento de
Gás, devido ao efeito de refrigeração causado por gases em expansão.

O congelamento do vapor de água pode causar falhas no interior do Sistema de Suprimento de Gás e deve de
ser evitado. O congelamento do regulador é ainda mais grave e é especialmente comum em águas frias. Um
gás respirável, que tenha um baixo teor de umidade, pode causar a irritação das membranas mucosas da
garganta e dos seios sinusais, e pode levar à desidratação.
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 1
LEIS DOS GASES RELACIONADAS AO MERGULHO

Há quatro leis básicas dos gases importantes para o mergulhador


avançado. Essas leis são:

⮚ Lei de Boyle

⮚ Lei de Charles (lei de Gay-Lussac)

⮚ Lei de Henry

⮚ Lei de Dalton
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 1
LEIS DOS GASES RELACIONADAS AO MERGULHO
Lei de Boyle-Mariotte (geralmente citada somente como Lei de Boyle) enuncia que a pressão absoluta e o 
volume de uma certa quantidade de gás confinado são inversamente proporcionais se a temperatura
 permanece constante em um sistema fechado.[1][2] Em outras palavras, ela afirma que o produto da pressão e
do volume é uma constante para uma devida massa de gás confinado enquanto a temperatura for constante. A
lei recebe o nome de Robert Boyle, que publicou a lei original em 1662[3], e de Edme Mariotte, que
posteriormente realizou o mesmo experimento e publicou seus resultados na França em 1676.
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 1
LEIS DOS GASES RELACIONADAS AO MERGULHO
PRESSÃO X VARIAÇÃO DE VOLUME

As lesões causadas por hiperdistensão pulmonar, compressões e velocidades de


subida e descida mal controladas, estão relacionadas ao desconhecimento da
relação entre a profundidade e a variação do volume dos gases.

A maior expansão/compressão por metro ocorre nos primeiros 10 metros do


mergulho.

Na realidade, nós realizamos as aulas de mergulho na região menos desejável


com relação ao nível das variações de pressão.
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 1
LEIS DOS GASES RELACIONADAS AO MERGULHO

Ao trabalhar com as leis dos gases, deve-se lembrar das seguintes regras:

"P" refere-se sempre à pressão absoluta, expressa em bar. Isto significa que devemos adicionar
à pressão da água, mais 1 bar, que é a pressão atmosférica ao nível do mar.

Se o valor "P" em bar, tiver que ser determinado a partir de uma certa profundidade em metros
de água salgada, deve-se então usar seguinte fórmula:

P = (Profundidade / 10) + 1

Ex: 40 metros / 10 + 1 Bar = 5 ATA


CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 1
LEIS DOS GASES RELACIONADAS AO MERGULHO

Se quisermos o inverso, ou seja, determinar uma profundidade (em metros de água do mar) a
partir de uma dada pressão "P", usamos a seguinte fórmula:

Profundidade = (P – 1) x 10

Ex: (5 ATA – 1 ) x 10 = 40 Metros


CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 1
LEIS DOS GASES RELACIONADAS AO MERGULHO
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 1
LEIS DOS GASES RELACIONADAS AO MERGULHO
⮚ Lei de Boyle

A relação entre pressão e volume é expressa pela seguinte equação:

P1 × V1 = P2 × V2

P1 = pressão inicial


V1 = volume inicial
P2 = pressão final
V2 = volume final

"V" refere-se sempre ao volume do gás em metros cúbicos.


CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 1
LEIS DOS GASES RELACIONADAS AO MERGULHO
A relação entre pressão e volume é expressa pela seguinte equação:
P1 × V1 = P2 × V2

Para determinar a variação do volume, usamos a fórmula da seguinte maneira:


V2 = (P1 × V1) / P2

P1 = pressão inicial


V1 = volume inicial
P2 = pressão final
V2 = volume final
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 1
LEIS DOS GASES RELACIONADAS AO MERGULHO
PRESSÃO X VARIAÇÃO DE VOLUME

Exemplo:
Um mergulhador tem um lift bag cheio com 120 litros de ar, a uma profundidade
de 30 metros de profundidade. Qual será o volume de ar, uma vez que atinja a
superfície?
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 1
LEIS DOS GASES RELACIONADAS AO MERGULHO
PRESSÃO X VARIAÇÃO DE VOLUME

Exemplo:
Um mergulhador tem um lift bag cheio com 120 litros de ar, a uma profundidade
de 30 metros de profundidade. Qual será o volume de ar, uma vez que atinja a
superfície?

V1 = 120 litros ar


P1 = (30m / 10m/bar) + 1 bar = 4 bar
P2 = 1 bar
V2 = ?
P1 = pressão inicial
V1 = volume inicial
P2 = pressão final
V2 = volume final
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 1
LEIS DOS GASES RELACIONADAS AO MERGULHO
PRESSÃO X VARIAÇÃO DE VOLUME

Exemplo:
V1 = 120 litros ar
P1 = (30m / 10m/bar) + 1 bar = 4 bar
P2 = 1 bar
V2 = ?

Aplicando a fórmula: V2 = (P1 × V1) / P2


V2 = (4 bar x 120 litros) / 1 bar
V2 = 480 litros
P1 = pressão inicial
V1 = volume inicial
P2 = pressão final
V2 = volume final
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 1
LEIS DOS GASES RELACIONADAS AO MERGULHO

Lei de Charles (lei de Gay-Lussac)

Em 1801-1802, Joseph Louis Gay-Lussac concluiu que o mesmo volume de gás se expande de igual modo
com o mesmo aumento de temperatura: Esta conclusão é normalmente chamada de "Lei de Charles", em
homenagem a Jacques Charles, que tinha chegado à mesma conclusão 15 anos mais cedo, mas não a tinha
publicado.
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 1
LEIS DOS GASES RELACIONADAS AO MERGULHO

Nestas fórmulas, as pressões e as temperaturas são absolutas

V 1 = VOLUME ORIGINAL

PRESSÃO CONSTANTE T1 = TEMPERATURA ORIGINAL


P1 = PRESSÃO ORIGINAL
V2 = VOLUME FINAL
T2 = TEMPERATURA FINAL
P2 = PRESSÃO FINAL
VOLUME CONSTANTE
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 1
LEIS DOS GASES RELACIONADAS AO MERGULHO

Para determinar uma variação de volume, usamos a fórmula da seguinte maneira:

V2 = (V1 × T2) / T1


Nestas fórmulas, as pressões e as temperaturas são absolutas

V 1 = VOLUME ORIGINAL
T1 = TEMPERATURA ORIGINAL
P1 = PRESSÃO ORIGINAL
V2 = VOLUME FINAL
T2 = TEMPERATURA FINAL
P2 = PRESSÃO FINAL
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 1
LEIS DOS GASES RELACIONADAS AO MERGULHO

Um mergulhador tem um recipiente flexível na superfície que acaba de retirar do


seu armário de mergulho. A temperatura é de 10ºC. O volume do recipiente é
inicialmente de 10 litros. O mergulhador coloca o recipiente debaixo do sol, no
convés do barco. Ao chegar no ponto de mergulho a temperatura sobe para 25ºC.

Qual será o volume final do recipiente flexível? Nestas fórmulas, as pressões e as temperaturas são absolutas

V 1 = VOLUME ORIGINAL
T1 = 10 graus Celsius + 273 = 283 graus Kelvin T1 = TEMPERATURA ORIGINAL
V1 = 10 litros P1 = PRESSÃO ORIGINAL
T2 = 25 graus Celsius + 273 = 298 graus Kelvin V2 = VOLUME FINAL
V2 = ? T2 = TEMPERATURA FINAL
P2 = PRESSÃO FINAL
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 1
LEIS DOS GASES RELACIONADAS AO MERGULHO

EXEMPLO:
T1 = 10 graus Celsius + 273 = 283 graus Kelvin
V1 = 10 litros
T2 = 25 graus Celsius + 273 = 298 graus Kelvin
V2 = ?
Nestas fórmulas, as pressões e as temperaturas são absolutas

V 1 = VOLUME ORIGINAL
Aplicando a fórmula: V2 = (V1 × T2) / T1
T1 = TEMPERATURA ORIGINAL

V2 = (10 x 298) / 283 P1 = PRESSÃO ORIGINAL


V2 = VOLUME FINAL
V2 = 10.53 litros é o volume final T2 = TEMPERATURA FINAL
P2 = PRESSÃO FINAL
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 1
LEIS DOS GASES RELACIONADAS AO MERGULHO

Ao combinar o que sabemos da Lei de Boyle com a Lei de Charles, podemos obter
a chamada Lei Geral dos Gases.

A fórmula utiliza as mesmas variáveis definidas nas duas leis anteriores, além
disso as pressões e temperaturas continuam sendo expressas em medidas
absolutas.

A fórmula da Lei Geral dos Gases é:


(P1 × V1) / T1 = (P2 × V2) / T2
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 1
LEIS DOS GASES RELACIONADAS AO MERGULHO

Um mergulhador que atravessa uma área de termoclina pode notar uma


diminuição na flutuabilidade, já que o gás que se encontra no sistema de controle
de flutuabilidade e na roupa resfria rapidamente e o volume é reduzido.

A pressão no cilindro de mergulho baixa quando o gás respirável esfria, devido à


água fria.

A pressão no cilindro de mergulho é diretamente afetada pela velocidade de


enchimento.

Enchimento rápido gera calor devido a fricção entre moléculas, o que faz com que
a pressão suba e o cilindro esquente.
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 1
LEIS DOS GASES RELACIONADAS AO MERGULHO

A Lei de Henry estabelece:

Foi proposta em 1802 a fim de esclarecer a solubilidade dos gases em líquidos. A solubilidade de um gás
 dissolvido em um líquido é diretamente proporcional à pressão parcial do gás acima do líquido. Por volta de
1802 foi proposto por Dalton, o qual era amigo de Henry, que a solubilidade dos gases em mistura dependem
de suas respectivas pressões parciais, e a partir destas proporcionalidades define-se a constante de Henry.
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 1
LEIS DOS GASES RELACIONADAS AO MERGULHO

Alguns gases são mais solúveis que outros, assim como alguns líquidos são melhores
solventes que outros. Sabemos que o nitrogênio é cinco vezes mais solúvel em lipídios
(gorduras) do que é na água. Portanto, os lipídios são um melhor solvente para o
nitrogênio.

A saturação total de um gás acontece durante o período de tempo em que o gás demora
para se diluir num líquido. Gases diferentes e diferentes líquidos variam quanto ao tempo
necessário para alcançar a saturação total. Conforme um gás se aproxima da saturação
total, a sua taxa de dissolução também diminui. O gráfico de saturação de um gás ao
longo do tempo é representado por uma curva exponencial, que varia de acordo com o
tipo de gás e de líquido. A fórmula da lei de Henry contém o que é chamado de coeficiente
de solubilidade de Bunsen, que leva em conta as diferenças de solubilidade de gases e
líquidos.
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 1
LEIS DOS GASES RELACIONADAS AO MERGULHO

Devemos lembrar que a lei de Henry presume que a temperatura é mantida constante. O
coeficiente de solubilidade varia com diferentes temperaturas. Em geral, quanto mais frio o
líquido, mais gás será dissolvido nele.

É importante compreender a lei de Henry ao se considerar a fisiologia de um mergulhador


num ambiente hiperbárico. Quanto maior o volume dissolvido de um gás ou gases, mais
efeitos fisiológicos um mergulhador pode sentir ao se aumentar as pressões parciais.

A hipersaturação de um gás em solução, que ocorre numa subida, pode ter outros efeitos
fisiológicos, como por exemplo a doença descompressiva ou o desmaio em águas
profundas. Iremos ver alguns destes efeitos na próxima seção, na Fisiologia do Mergulho.
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 1
LEIS DOS GASES RELACIONADAS AO MERGULHO

A Lei de Dalton

John Dalton (Eaglesfield, 6 de setembro de 1766- 1844 — Manchester, 27 de julho de 1844[1]) foi um químico, 
meteorologista e físico britânico [2] Foi um dos primeiros cientistas a defender que a matéria é feita de
pequenas partículas, os átomos. É também um dos pioneiros na meteorologia, iniciando suas observações em
1787 com instrumentos confeccionados por ele mesmo e publicando, seis anos mais tarde, o
livro Meteorological Observations and Essays (Observações e Ensaios Meteorológicos), um dos primeiros
concernentes à ciência meteorológica.[3]

Entre elas está a contribuição para a Química e a Física referente à sua lei estabelecida em 1801 que
relaciona as pressões parciais dos gases em misturas gasosas.

Numa mistura de gases, a pressão total (P) da mistura é igual à soma das pressões parciais dos gases que a
compõem.
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 1
LEIS DOS GASES RELACIONADAS AO MERGULHO

Expressada matematicamente, a fórmula da Lei de Dalton é:


ppgas = P × fgas

ppgas = pressão parcial (absoluta) de um gás na mistura


P = pressão total absoluta da mistura de gases
fgas = A fração do gás na mistura, expressa em decimais
EFEITOS DA RESPIRAÇÃO DE GÁS COMPRIMIDO
PRESSÕES PARCIAIS:

AR 1 ATM 2 ATA 3 ATA 4 ATA


O² - 21% 0,21 0,42 0,63 0,84
N² - 79% 0,79 1,58 2,37 3,16
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 1
LEIS DOS GASES RELACIONADAS AO MERGULHO

Exemplo: um mergulhador usa ar a 30 m.


Qual é a pressão parcial de oxigênio no ar? fórmula ppgas = P × fgas

P = (30 / 10) + 1 ppgas = pressão parcial (absoluta) de um gás


P = 4 ATA na mistura

P = pressão total absoluta da mistura de gases


FO2 = 0.21 para o ar
fgas = A fração do gás na mistura, expressa em
ppO2 = ? decimais

ppO2 = 4 × 0.21

ppO2 = 0.84 bar

A pressão parcial do oxigênio no ar a 30m é de 0.84 bar


CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 1
LEIS DOS GASES RELACIONADAS AO MERGULHO

Exemplo: um mergulhador usa ar a 30 m. Qual é a pressão parcial de oxigênio no ar?

TESÃO DE DALTON TESÃO DE DALTON

? 0,84 PPO2
4 (ATA) 4 (ATA)
0.21 0.21
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 1
LEIS DOS GASES RELACIONADAS AO MERGULHO

Para encontrar a fração decimal de um gás numa mistura, conhecendo a pressão parcial (absoluta) e
a pressão total (absoluta), temos que organizar a fórmula para ficar da seguinte maneira:

fgas = ppgas / P
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 1
LEIS DOS GASES RELACIONADAS AO MERGULHO

Exemplo: um mergulhador usa ar a 30 m. Qual é a pressão parcial de oxigênio no ar?

TESÃO DE DALTON TESÃO DE DALTON

? 0,84 PPO2
4 (ATA) 4 (ATA)
0.21 0.21
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 1
LEIS DOS GASES RELACIONADAS AO MERGULHO

Para encontrar a fração decimal de um gás numa mistura, conhecendo a pressão parcial (absoluta)
e a pressão total (absoluta), temos que organizar a fórmula para ficar da seguinte maneira:

fgas = ppgas / P

ppgas = pressão parcial (absoluta) de um gás


na mistura

P = pressão total absoluta da mistura de gases

fgas = A fração do gás na mistura, expressa em


decimais
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 1
LEIS DOS GASES RELACIONADAS AO MERGULHO

Exemplo: A pressão parcial do oxigênio numa mistura a 32m é 1.55 bar. Qual é a fração do
oxigênio nessa mistura?
TESÃO DE DALTON TESÃO DE DALTON

1,55 PPO2 1,55 PPO2


4.2 P(ATA) 4.2 P(ATA)
? 0,37 F02
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 1
LEIS DOS GASES RELACIONADAS AO MERGULHO

Exemplo: A pressão parcial do oxigênio numa mistura a 32m é 1.55 bar. Qual é a fração do oxigênio
nessa mistura?

P = (32 / 10) + 1
fgas = ppgas / P
P = 4.20
ppO2 = 1.55 bar ppgas = pressão parcial (absoluta) de um gás
FO2 = ? na mistura
FO2 = 1.55 / 4.20
P = pressão total absoluta da mistura de gases
FO2 = 0.37
fgas = A fração do gás na mistura, expressa em
A fração de oxigênio na mistura é de 0.37 ou 37%. decimais
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 1
LEIS DOS GASES RELACIONADAS AO MERGULHO

Quem sabe faz ao Vivo!!!


Questão 1:
Qual a profundidade máxima para eu não entrar em Narcose, com uma mistura de Nitrogênio
de 0,79, considerando a PPN2 de 3,16 máxima?

Questão 2:
Qual a melhor mistura de EAN para um mergulho de 40 metros, considerando PPO2 de 1.5?

Questão 3:
Considerando uma PPo2 acima de 1.4 que é tóxico e perigoso, qual a profundidade máxima
para uma mistura de oxigênio de 0,21?

Questão 4:
Considerando uma PPo2 acima de 1.4 que é tóxico e perigoso, qual a profundidade máxima
para uma mistura de EAN 40?
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 1
LEIS DOS GASES RELACIONADAS AO MERGULHO

TESÃO DE DALTON

PPO2

FO2 P (ATA)
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 1
LEIS DOS GASES RELACIONADAS AO MERGULHO

Arquimedes de Siracusa (em grego: Ἀρχιμήδης; Siracusa, 287 a.C. – 212 a.C.) foi um matemático, 


físico, engenheiro, inventor, e astrônomo grego. Embora poucos detalhes de sua vida sejam
conhecidos, são suficientes para que seja considerado um dos principais cientistas da 
Antiguidade Clássica.

Entre suas contribuições à Física, estão as fundações da hidrostática e da estática, tendo descoberto
a lei do empuxo e a lei da alavanca, além de muitas outras. Ele inventou ainda vários tipos de
máquinas para usos militares e civis, incluindo armas de cerco, e a bomba de parafuso que leva seu
nome.
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 1
LEIS DOS GASES RELACIONADAS AO MERGULHO

O Princípio de Arquimedes estabelece:

Um objeto submerso num líquido, receberá uma força de empuxo com intensidade igual ao peso do
líquido deslocado por esse objeto.

Outra forma de entender o princípio de Arquimedes, no que diz respeito à flutuabilidade, é pensar em
termos de densidade, lembrando que a densidade é a relação entre o peso e o volume. Logo, se um
objeto é mais denso que o líquido em que é colocado, ele terá flutuabilidade negativa e irá afundar.

Se um objeto tiver densidade menor que o líquido em que é colocado, então terá flutuabilidade
positiva e irá subir e boiar na superfície.

Se um objeto tem a mesma densidade que o líquido em que foi colocado, terá flutuabilidade neutra
e permanecerá suspenso na mesma profundidade em que foi colocado.
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 1
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 1

1. Peso do ar da atmosfera
2. Peso da água
3. Peso da água deslocada
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 1
LEIS DOS GASES RELACIONADAS AO MERGULHO

É possível que Arquimedes tenha usado seu princípio do empuxo para determinar se a coroa era menos densa que ouro puro.
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 1
LEIS DOS GASES RELACIONADAS AO MERGULHO

A curiosidade mais conhecida sobre Arquimedes conta sobre como ele inventou um método para determinar
o volume de um objeto de forma irregular. De acordo com Marcos Vitrúvio, uma coroa votiva para um templo
tinha sido feita para o Rei Hierão II, que tinha fornecido ouro puro para ser usado, e Arquimedes foi solicitado
a determinar se alguma prata tinha sido usada na confecção da coroa pelo possivelmente desonesto ferreiro.
[21]
 Arquimedes tinha que resolver o problema sem danificar a coroa, de forma que ele não poderia derretê-la
em um corpo de formato regular, a fim de encontrar seu volume para calcular a sua densidade.

Enquanto tomava um banho, ele percebeu que o nível da água na banheira subia enquanto ele entrava, e
percebeu que esse efeito poderia ser usado para determinar o volume da coroa. Para efeitos práticos, a água
é incompressível,[22] assim a coroa submersa deslocaria uma quantidade de água igual ao seu próprio
volume. Dividindo a massa da coroa pelo volume de água deslocada, a densidade da coroa podia ser obtida.
Essa densidade seria menor do que a do ouro se metais mais baratos e menos densos tivessem sido
adicionados. Arquimedes teria ficado tão animado com sua descoberta que teria esquecido de se vestir e
saído gritando pelas ruas "Eureka!" (em grego: "εὕρηκα!," significando "Encontrei!"). O teste foi realizado com
sucesso, provando que prata realmente tinha sido misturada
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 1
LEIS DOS GASES RELACIONADAS AO MERGULHO

O princípio de Arquimedes pode ser matematicamente expresso por:


F = (VO x Dl) — PO

F = Flutuabilidade. Um valor negativo indica a força com que um objeto afunda. Um


valor positivo indica a força com que o objeto boia. Se o valor for "0", indica que tem
flutuabilidade neutra.

VO = Volume do objeto. Deve ser expresso nas mesmas unidades que a densidade.
Dl = Densidade do líquido. Peso/Volume. Deve ser expresso nas mesmas unidades
de volume que o objeto.
PO = Peso do objeto
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 1
LEIS DOS GASES RELACIONADAS AO MERGULHO

Como mergulhadores, iremos lidar com 2 tipos de água:

DL Água Salgada = 1.025kg/l ou dm3


DL Água Doce = 1.000kg/l ou dm3

Água salgada como é mais densa é mais pesada

Água do mar é a água encontrada em mares e oceanos. A água do mar de todo o


mundo tem uma salinidade próxima de 35 (3,5% em massa, se considerarmos
apenas os sais dissolvidos, mas a salinidade não tem unidades),[1] o que significa
que, para cada litro de água do mar há 35 gramas de sais dissolvidos, cuja maior
parte é cloreto de sódio (sua fórmula é NaCl).
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 1
LEIS DOS GASES RELACIONADAS AO MERGULHO

ARQUI M
M
EDES

VO DL PO
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 1
LEIS DOS GASES RELACIONADAS AO MERGULHO

Exemplo: um objeto que pesa 45kg e tem um volume de 80l é colocado em água
salgada. Qual será a sua flutuabilidade?

F = (VO x Dl) — PO

PO= 45kg
VO = 80l
M V O DL P O

O objeto irá subir (flutuabilidade positiva) com uma força de 37kg.


DL = 1.025kg/l

F=?

F = (80l × 1.025kg/l) - 45kg


F = 37kg
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 1
LEIS DOS GASES RELACIONADAS AO MERGULHO

Exemplo: um objeto tem um volume de 100l e pesa 146kg. É colocado em água


doce. Qual será a sua flutuabilidade?

F = (VO x Dl) — PO

VO = 100l
PO = 146kg
M V O DL P O

A flutuabilidade é um número negativo. Isto significa que o objeto


DL = 1kg/l irá afundar (flutuabilidade negativa) com uma força de 46kg.

F=?

F = (100 x 1) – 146
F = -46 kg.
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 1
LEIS DOS GASES RELACIONADAS AO MERGULHO

Aplicação:

O princípio de Arquimedes pressupõe que um objeto não irá variar de peso ou volume; o que não é o caso
de um mergulhador. Sabemos que, à medida que um mergulhador desce, a roupa de mergulho (de
neoprene de células fechadas ou roupa seca) irá comprimir, portanto variando o volume. Também
sabemos que um Sistema de Controle da Flutuabilidade adequado, permite que o mergulhador se adapte
a alterações na flutuabilidade, adicionando ou removendo ar para manter o equilíbrio durante todo o
mergulho. Além disso, mergulhadores experientes sabem o quão importante são a respiração adequada
(volume pulmonar) e a posição do corpo para manter uma flutuabilidade neutra.

Também deve-se considerar o peso do ar comprimido no cilindro de mergulho. O ar pesa 0.001293kg por
litro, logo um cilindro de 12 litros, cheio com 200 bar, contém 2400 litros de ar, com um peso de 3.103 kg
no início do mergulho. Quando o cilindro de 12 litros chega aos 50 bar, o peso é 1.852kg mais leve, devido
ao volume de ar respirado. Por isso, o peso do ar deve ser considerado pelo mergulhador, para evitar uma
flutuabilidade muito positiva no final do mergulho.
O SISTEMA DE SUPRIMENTO DE GÁS
• Cilindro S80 ( foto prateado )
⮚ Pé cúbico 28,317 litros
⮚ Capacidade – 11 litros
⮚ Pressão de Trabalho 207 bar
• 207 bar x 11 = 2.277 litros
• 2.277 / 28,317 = 80 pés cúbicos

Quantos Bar a reserva?


Teste Hidrostático
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 1

Os cálculos do Consumo de Ar na Superfície (CAS) ou (CIS) são necessários para determinar o total
de ar utilizado a uma determinada profundidade e tempo. São muitos os fatores que afetam o seu
consumo de ar, por exemplo o grau de relaxamento, o seu nível de experiência, o esforço realizado e
a profundidade.

CAS = Consumo de Ar na Superfície em litros/min


AC = Ar Consumido em bar
P = Pressão Absoluta em bar
t = Tempo
V = Volume Hidrostático do cilindro
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 1

Dados do Mergulho:
- Consumo de 150 Bar
- S80 ( 11 litros )
- 40 minutos de mergulho
- 30 metros (4 ATA)
CAS = 150 X 11 / (40 X 4)= 10,31 /l minuto
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 1

t = 150 x 11/ (11 CAS x 4 ATA)


T= 37,5 minutos
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 1

AC = (150 x 4 ATA x 40 min) / 11 vh


AC= 2.181 litros
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 1

Aplicação:

Um mergulhador, por exemplo, deve ser capaz de calcular e administrar a quantidade de gás
necessária para um mergulho de busca e recuperação, tanto para determinar o suprimento de gás
necessário para recuperar um objeto, como para saber qual cilindro e pressão são necessários
para esse tipo de mergulho.

Fórmula: CAS x P x t

11 litros x 4 ata x 15 minutos = 660 litros


CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 1

Planejamento Mergulho Profundo CAS/CIS 10 LITROS

Fórmula: CAS x P x t
PROF ATA CIS TEMPO DESCIDA SUBIDA CONSUMO/LITROS TOTAL

6 1.6 10 3 48

10 2 10 5 1 1 140

20 3 10 3 1 1 150 788/L
30 4 10 3 1 1 200

40 5 10 3 1 1 250
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 1

⮚ Luz / Luminosidade
Refração, Difusão,Turbidez, Absorção

⮚ Som

⮚ Calor
Condução, Evaporação, Convecção, Radiação
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 1

Luz / Luminosidade

A aparência dos objetivos é diferente quando eles estão submersos em relação


à quando estão fora d'água. Essa mudança de aparência é devido a quatro
fatores principais (Refração, Difusão, Turbidez, Absorção )
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 1

Refração

A velocidade da luz muda quando atravessa da água para o ar (a partir do meio


subaquático para o espaço aéreo dentro da máscara). A luz desloca-se 1.33
vezes mais rápido no ar do que na água. Essa mudança de velocidade faz com
que as trajetórias dos raios de luz se alterem quando entram pela máscara do
mergulhador. Isto produz um fator de ampliação de cerca de 33% para os
objetos que vemos debaixo de água.

Isso significa que tudo o que está debaixo d'água parece maior. Um peixe com
comprimento real de 15cm vai parecer ter 20cm. Os objetos também vão
parecer estar mais perto pelo fato de parecerem maiores. Um objeto a 100cm
de distância vai parecer estar a 75cm. Á medida que o mergulhador se adapta
ao meio subaquático, as aparentes diferenças de tamanho e distância são
compensadas intuitivamente pelo cérebro.
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 1

Difusão

Quando a luz entra na água, os raios sãos divididos e são dispersos. O principal efeito da difusão é
que, quanto mais fundo o mergulhador estiver, menos luz ambiente haverá. As sombras, em
maiores profundidades, tornam-se menos aparentes e até podem desaparecer, da mesma forma
que flash fotográfico ajuda a eliminar as sombras nas fotografias ao dispersar os raios de luz.
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 1

Turbidez

As partículas em suspensão na água causam um outro efeito, a chamada


turbidez. Estas partículas podem ser algas, plâncton, poluentes, sedimentos, etc.
Se a turbidez for muita, existe uma grande absorção de luz por parte destas
partículas. A cor destas partículas também afeta a quantidade de luz absorvida.
Quanto mais escuras forem as partículas, menos luz ambiente haverá. Além
disso, essas partículas suspensas refletem a luz quando um mergulhador usa
uma fonte de luz artificial, de forma muito parecida quando um nevoeiro reflete a
luz dos faróis de um automóvel. A turbidez, reduz a visibilidade do mergulhador e
pode chegar ao ponto de bloquear toda a visão em condições severas.

O uso de uma lanterna com luz muito forte debaixo de água pode causar reflexo
excessivo. Escolher uma lanterna com luz adequada para o mergulho é
fundamental para uma boa visibilidade debaixo de água.
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 1

Absorção

Conforme vamos mais fundo, as cores mudam. O espectro de luz visível passa
pelas seguintes cores: vermelho, laranja, amarelo, verde, azul, anil e violeta.
Quanto mais curto for o comprimento de onda da cor, melhor a sua transmissão
em águas límpidas. As cores, na extremidade vermelha do espectro, têm os
maiores comprimentos de onda. Por outro lado, as cores na extremidade violeta
do espectro são as mais curtas e, logo, são as que penetram mais fundo.

À medida que vamos mais fundo, as cores mais quentes, como o vermelho, o
laranja e o amarelo, são absorvidas e ambiente torna-se mais acinzentado. Esta
é uma das razões porque alguns mergulhadores levam lanternas mesmo durante
o dia, para restaurar as cores perdidas, filtradas pela profundidade. A cor das
partículas suspensas e dos minerais na água, tem alguma influência na cor que
melhor penetra na água. Num mergulho profundo, em águas claras, é provável
que o mergulhador veja um mundo cheio de azul, anil e violeta.
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 1

Som

O som viaja aproximadamente quatro vezes mais rápido na água do que no ar 1.450 metros/s. Quanto
mais denso o meio, mais rápido o som viaja, logo, o som viaja um pouco mais rápido em água salgada
do que em água doce. Esse aumento da velocidade do som debaixo d'água tem vários efeitos sobre o
mergulhador. O cérebro usa a diferença de tempo que o som leva para atingir as orelhas para
determinar a direção do som. Na água, esse tempo de atraso do som é apenas ¼ do atraso da terra,
fazendo com pareça que ele venha de todos os lados para o mergulhador.

O som percorre distâncias maiores na água. Para um mergulhador, um motor de barco pode soar
como se estivesse logo em cima dele. Uma vez na superfície, o mergulhador pode vir a descobrir que
o barco está bem mais distante. Diferenças na densidade da água podem interferir na transmissão de
som. Variações de densidade são mais comumente causadas por diferenças na salinidade
(haloclimas) e temperatura (termoclinas). Essas regiões com densidades diferentes atuam como
barreiras para o som, podendo reduzir sua intensidade a ponto de o mergulhador não ser capaz de
detectá-lo.
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 1

Calor

O calor é um tipo de energia que é proporcional ao movimento molecular de uma


substância. No ambiente subaquático, o mergulhador deve se preocupar com a
perda de calor do seu corpo para a água. Como a água troca calor 25 vezes mais
rápido do que o ar, a perda de calor é um fator crítico. Se a temperatura é uma
medida de intensidade do calor, a quantidade de calor é medida metricamente
como calorias, e no sistema Imperial como Unidades Térmicas Britânicas
(BTU's ).

1 caloria = quantidade de calor necessária para aquecer em 1 grau Celsius a


temperatura de uma grama de água.

Existem quatro formas principais pelas quais um mergulhador perde calor. Vamos
analisar cada uma delas.
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 1

Condução

A condução é a transferência de calor através do contato direto. Para o mergulhador, esta é a principal
forma de perda de calor. A maioria dos mergulhadores estão em contato direto ou parcial com a água.
Uma vez que a água conduz calor melhor que o ar, o mergulhador pode perder calor rapidamente para
o ambiente aquático, através da condução. Usar material isolante de calor (mau-condutor) retardará
esse processo.

O mergulhador pode usar uma roupa seca, na qual o ar pode servir como isolante. A condução
também acontece, em certa medida, nos pulmões do mergulhador, quando ar frio entra em contato
com a superfície dos pulmões.
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 1

Evaporação

À medida que a água se evapora de um objeto, o calor é perdido. Isto pode ocorrer na pele úmida do
mergulhador ou também na superfície da roupa de mergulho.

Este processo também ocorre quando o ar seco do cilindro evapora a água das vias respiratórias.
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 1

Convecção

A convecção é a transmissão de calor através da circulação de gases ou


fluidos. Um bom exemplo deste tipo de perda de calor é um mergulhador
sem roupa de mergulho ou usando uma roupa mal ajustada.

A água mais quente ao redor do mergulhador circula e é substituída por


água mais fria, o que provoca uma maior perda de calor.

Qualquer tipo de proteção que diminua a circulação de água e desacelere


o processo pelo qual a água quente ao redor do mergulhador seja
substituída por água mais fria, irá reduzir a perda de calor por convecção.
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 1

Radiação

A radiação é a transmissão de calor por radiação infravermelha. Já sentiu calor irradiando de um forno
ou objeto quente? Todos os objetos irradiam calor devido ao seu movimento molecular; quanto mais
quente estiver o objeto, maior será a taxa de radiação.

Um mergulhador irradia calor do seu corpo para a água ambiente. Como o mergulhador geralmente
está mais quente do que a água ao seu redor, a sua irradiação de calor para a água é maior do que a
irradiação da água para ele. Assim, o mergulhador perde calor.
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 1
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 2

FISIOLOGIA DO MERGULHO
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 2
FISIOLOGIA DO MERGULHO

Objetivos

Depois de completar esta seção, você irá entender:

⮚ Os parâmetros fisiológicos e as limitações para praticar mergulho com segurança


⮚ Os efeitos fisiológicos nos seres humanos no meio subaquático
⮚ Os fundamentos teóricos da fisiologia subaquática
⮚ A prevenção das doenças do mergulho
⮚ Os sintomas das doenças do mergulho
⮚ As ações preventivas para impedir e/ou reverter qualquer lesão num mergulhador
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 2
FISIOLOGIA DO MERGULHO
Os parâmetros fisiológicos e as limitações para praticar mergulho com segurança

Alguns efeitos fisiológicos são difíceis de perceber!

É por isso que as regras básicas de mergulho existem. Nesta seção, você irá aprender como
uma compreensão correta da física e da fisiologia vai permitir que você faça uma gestão do risco
de maneira mais responsável.
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 2
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 2

O sistema cardiovascular ou sistema circulatório

É responsável pela circulação do sangue, de modo a


transportar os nutrientes e o oxigênio por todo o corpo. 

O Sistema Cardiovascular é formado pelos vasos


sanguíneos e o coração.
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 2

O sistema cardiovascular tem três componentes principais:

⮚ O coração (bomba)
⮚ O sangue (meio de transporte)
⮚ Os vasos sanguíneos (encanamento/distribuição)
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 2
FISIOLOGIA DO MERGULHO
Os parâmetros fisiológicos e as limitações para praticar mergulho com segurança
O coração é formado por quatro cavidades que funcionam
como bombas de dois estágios.

As duas cavidades superiores, chamadas de átrio


esquerdo e direito, são estágios de baixa pressão,
puxando o sangue para dentro do coração e depois
bombeando para as câmaras inferiores, ventrículos
esquerdo e direito.

Estes últimos são estágios de alta pressão e empurram a


sangue para fora do coração.

Semelhante a uma Bomba de Injeção de motor Diesel


CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 2
FISIOLOGIA DO MERGULHO
Os parâmetros fisiológicos e as limitações para praticar mergulho com segurança
O sangue flui para o coração através de uma série de vasos
chamados de veias, e sai do coração por uma outra série
de vasos chamados de artérias.

O lado direito do coração recebe o sangue de duas grandes


veias. Da veia cava superior vem o sangue da região da
cabeça e dos braços. Da veia cava inferior vem o sangue
da região do abdómen e das pernas.

Dessas veias o sangue flui para a cavidade superior do lado


direito, chamada de átrio direito. Este sangue tem uma
baixa taxa de oxigênio e uma alta taxa de dióxido de
carbono.
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 2
FISIOLOGIA DO MERGULHO
Os parâmetros fisiológicos e as limitações para praticar mergulho com segurança
O átrio direito bombeia o sangue para a cavidade inferior, o
ventrículo direito. O ventrículo direito bombeia o sangue
para os pulmões através artéria pulmonar.

Nos pulmões, os vasos sanguíneos de menor tamanho no


corpo (os capilares), eliminam o monóxido de carbono e
recolhem o oxigênio. O sangue flui de volta ao coração
através da veia pulmonar, entrando no coração pela
cavidade esquerda superior, o átrio esquerdo.

Do átrio, o sangue é bombeado para o ventrículo


esquerdo, o qual bombeia o sangue rico em oxigênio para
os órgãos do corpo, através de uma grande artéria chamada
aorta.
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 2
FISIOLOGIA DO MERGULHO
Os parâmetros fisiológicos e as limitações para praticar mergulho com segurança
Num coração normal, o lado direito é completamente
separado do lado esquerdo. Nas cavidades e aberturas do
coração, existem uma série de válvulas unidirecionais (sem
retorno), que mantêm o sentido da circulação.

O coração bate a uma média de 60 a 80 batimentos por


minuto, num adulto de estatura média em repouso. Ele
bombeia cerca de 6 litros de sangue por minuto.

O coração é capaz de bombear uma quantidade de sangue


muito maior quando necessário, ele faz isso aumentando o
número de batimentos por minuto e a força das contrações.
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 2
FISIOLOGIA DO MERGULHO
Os parâmetros fisiológicos e as limitações para praticar mergulho com segurança
As artérias são vasos lisos, rodeados de músculo, que
podem alterar a pressão do sangue ao se contraírem ou
dilatarem. Isso permite que fluxo de sangue seja desviado
do resto do corpo para órgãos vitais conforme a
necessidade.

Um exemplo disto é quando fornecem aos músculos uma


maior quantidade de sangue para escapar de um perigo.

Outro exemplo, seria a redução do fluxo sanguíneo para a


pele e extremidades do corpo para evitar a perda de calor
corporal.
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 2
FISIOLOGIA DO MERGULHO
Os parâmetros fisiológicos e as limitações para praticar mergulho com segurança
As veias estão na região de baixa pressão do sistema. Por
isso, elas contam com um sistema de válvulas
unidirecionais e pequenos movimentos físicos para manter o
sangue fluindo.

Como o cérebro é o órgão mais estratégico do corpo


humano, ele tem prioridade. Não importa a exigência dos
outros órgãos, sensores especiais nas artérias carótidas
controlam e monitoram o sangue, garantindo o
abastecimento para o cérebro.
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 2
FISIOLOGIA DO MERGULHO
Os parâmetros fisiológicos e as limitações para praticar mergulho com segurança
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 2
FISIOLOGIA DO MERGULHO
FUNCIONAMENTO DO CORAÇÃO
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 2
FISIOLOGIA DO MERGULHO
FUNCIONAMENTO DO CORAÇÃO
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 2
FISIOLOGIA DO MERGULHO
FUNCIONAMENTO DO CORAÇÃO
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 2
FISIOLOGIA DO MERGULHO
Os parâmetros fisiológicos e as limitações para praticar mergulho com segurança

O sangue, considerado um "tecido líquido", é composto


por plasma (fluidos) e por três tipos principais de células:

⮚ Glóbulos brancos — combatem as infeções

⮚ Plaquetas — ajudam na correta coagulação do sangue


parando as hemorragias

⮚ Glóbulos vermelhos — transportam o oxigênio


CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 2
FISIOLOGIA DO MERGULHO
Os parâmetros fisiológicos e as limitações para praticar mergulho com segurança

A hemoglobina, uma proteína presente nos glóbulos


vermelhos do sangue, é responsável por permitir o
transporte de oxigênio dos pulmões para as células.
Quando o oxigênio se combina com a hemoglobina, ela
adquire uma cor vermelho vivo.

Como a hemoglobina é o método pelo qual o oxigênio é


transportado para as células, é importante que haja
hemoglobina suficiente disponível para manter um
abastecimento adequado de oxigênio.
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 2
FISIOLOGIA DO MERGULHO
Os parâmetros fisiológicos e as limitações para praticar mergulho com segurança

O sangue entrega e transporta a maioria dos nutrientes,


substâncias químicas, hormônios, gases, resíduos e
outros elementos usados e produzidos pelos tecidos.

O nosso sangue é totalmente recirculado uma vez por


minuto, dependendo do nível de atividade corporal.

O monóxido de carbono (CO), um gás tóxico, inodoro e


que deve ser evitado, também se une à hemoglobina
tornando-a vermelho brilhante e deixando-a incapaz de
transportar oxigênio.
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 2
FISIOLOGIA DO MERGULHO
Os parâmetros fisiológicos e as limitações para praticar mergulho com segurança
Forame Oval Patente

O Forame Oval Patente é uma doença do coração que se estima estar presente entre 10 a 30
por cento da população adulta.

O forame oval é uma abertura na parede do coração nos fetos em desenvolvimento ainda no
útero materno, que permite ao sangue passar diretamente a partir do átrio direito para o átrio
esquerdo (sem passar pelos pulmões).

No momento do nascimento, o forame oval começa a fechar, e o sangue é bombeado para os


pulmões para ser oxigenado. Depois de um tempo, o forame oval é selado e desaparece por
completo. O termo "patente" é usado para descrever a condição em que a abertura não se
fechou completamente.
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 2
FISIOLOGIA DO MERGULHO
Os parâmetros fisiológicos e as limitações para praticar mergulho com segurança
Forame Oval Patente

Em uma subida, mergulhadores podem desenvolver pequenas bolhas no sangue venoso. Estas
bolhas, normalmente, ficam retidas nos capilares que rodeiam os alvéolos pulmonares, onde
permanecem até que sejam eliminadas. Em condições normais, elas não causam sintomas
clínicos de doença descompressiva. No entanto, em mergulhadores que tenham o forame oval
patente (FOP), as bolhas podem desviar da circulação venosa para o lado arterial do coração
através dessa abertura.

Nesses casos, mergulhadores podem desenvolver imediatamente sinais e sintomas de doença


descompressiva, especificamente aqueles associados a uma embolia gasosa. Muitos adultos
não sabem que têm FOP e podem nunca ter quaisquer sintomas ou complicações relacionadas
a ela.
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 2
FISIOLOGIA DO MERGULHO
Os parâmetros fisiológicos e as limitações para praticar mergulho com segurança
Forame Oval Patente

Pesquisadores estimam que mergulhadores com essa condição têm três vezes mais
probabilidade de sofrer de uma doença descompressiva.

No entanto, pesquisas mais recentes parecem contradizer estes estudos. Você deve consultar
um médico se suspeitar que tenha forame oval patente ou estiver preocupado com o aumento
do risco de uma doença descompressiva.

A condição pode ser diagnosticada mediante um ecocardiograma de contraste.


CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 2

1. Bronquíolos 2. Alvéolos 3. Alvéolos (mais


perto) 4. Alvéolos com sistema capilar
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 2

Análise Anatômica do Sistema Respiratório

O sistema respiratório é onde os gases são trocados entre a atmosfera (ou a mistura respirável
do mergulhador) e o corpo. É também o maior espaço do corpo preenchido por ar. Devido a
esses dois fatores e a outros menos importantes, entre todos os sistemas, o respiratório é o
mais afetado fisiologicamente no ambiente subaquático.

Você verá que a maioria dos efeitos estão relacionados com a troca de gases ou com os efeitos
da variação de pressão no corpo.
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 2

Análise Anatômica do Sistema Respiratório

O sistema respiratório começa no nariz e na boca, que por sua vez se conecta à laringe. Essa
parte do sistema respiratório, tem quatro funções principais:

⮚ Servir como abertura para as trocas de ar


⮚ Filtrar o ar
⮚ Umidificar o ar
⮚ Resfriar ou aquecer o ar
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 2

Análise Anatômica do Sistema Respiratório

O nariz e a boca estão conectados aos pulmões pela


traqueia. A traqueia é um tubo suportado por anéis
cartilaginosos.

Antes de entrar nos pulmões, a traqueia divide-se em dois


brônquios. Um brônquio entra no pulmão direito e o outro no
pulmão esquerdo.

Os brônquios também são suportados por anéis de


cartilaginosos.
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 2

Análise Anatômica do Sistema Respiratório

Nos segmentos pulmonares, os brônquios se


dividem em bronquíolos.

Eles não têm uma estrutura cartilaginosa e são


reforçados por fibras musculares lisas.

Os bronquíolos dividem-se continuamente e, a partir


da segunda divisão, já não têm suporte muscular. A
divisão continua até haverem milhões de
bronquíolos nos pulmões.

1. Bronquíolos 2. Alvéolos 3. Alvéolos (mais


perto) 4. Alvéolos com sistema capilar
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 2

Análise Anatômica do Sistema Respiratório

Nas extremidades dos bronquíolos existem


estruturas parecidas com "cachos de uva",
chamados de alvéolos.

Existem cerca de 300 milhões de alvéolos nos


pulmões. Um alvéolo tem aproximadamente
0.025cm de diâmetro.

É na fina parede dos alvéolos que os gases se


difundem para dentro e para fora do sangue.

1. Bronquíolos 2. Alvéolos 3. Alvéolos (mais


perto) 4. Alvéolos com sistema capilar
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 2

Análise Anatômica do Sistema Respiratório

A superfície interior dos alvéolos é coberta por um fluido


chamado surfactante, que evita que os alvéolos se colapsem
devido à tensão de superfície. Os alvéolos têm alguma
elasticidade. Por outro lado, devido às suas paredes finas, eles
podem se romper quando sujeitos a uma a pressão interna de
0.13 bar maior que a pressão ambiente (e às vezes menos).

O exterior dos pulmões é coberto por uma membrana


denominada pleura visceral. A parede torácica, ou caixa torácica,
é revestida pela pleura parietal. Entre as duas pleuras existe um
líquido que ajuda a permitir o movimento dos pulmões (expansão
e contração). Na parte inferior da caixa torácica existe uma
camada de músculos chamados de diafragma. O ar é enviado
para dentro e para fora dos pulmões pelo movimento da caixa
torácica e do diafragma.
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 2

Análise Anatômica do Sistema Respiratório

Ao inalar:
⮚ Os músculos entre as costelas contraem-se, movendo a caixa torácica para cima.
⮚ O diafragma contrai-se e move-se para baixo.
⮚ O volume do peito aumenta, criando uma pressão negativa.
⮚ O ar é puxado para os pulmões através do nariz e da boca.

A exalação ocorre quando os músculos da caixa torácica e do diafragma relaxam. Isto faz com que o
diafragma se mova para cima e a caixa torácica se mova para baixo. Estas duas ações diminuem o volume
torácico, fazendo com que o ar seja exalado.

A pressão intrapleural cai durante a inspiração (-7,5cm de H2O) por que, conforme o pulmão se expande,
sua retração elástica aumenta levando a pressão pleural a diminuir.

 Os alvéolos possuem água em suas paredes internas, água esta que faz com que o alvéolo tenda a colabar
forçando o ar para fora dos mesmos em direção aos bronquíolos e brônquios.
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 2

Termos Usados na Função Respiratória

Para melhor entender o processo da respiração e as alterações que ocorrem quando o mergulhador
está submerso na água, é preciso conhecer o significado de diversos termos usados na função
respiratória.

Esses termos referem-se ao volume e à capacidade dos pulmões durante o processo de inalação e
exalação.
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 2

Termos Usados na Função Respiratória


⮚ Capacidade Pulmonar Total: É o volume total de ar necessário para encher os pulmões, do colapso total até a
expansão máxima ( 5/ 6,5 litros adulto e criança 2 litros ).

⮚ Capacidade Vital: É a quantidade de ar que pode ser inalado, após a exalação máxima.

⮚ Volume Residual: É a quantidade de ar que permanece nos pulmões após uma exalação máxima. 

⮚ Capacidade Inspiratória: É a quantidade de ar que pode ser inalado após uma expiração normal.

⮚ Capacidade de Reserva Funcional: É a quantidade de ar restante nos pulmões após uma expiração normal.

⮚ Volume Inspiratório de Reserva: É a quantidade de ar que pode ser inalado além de uma respiração normal.

⮚ Volume Corrente: É o volume de ar que é trocado durante uma inspiração normal e uma expiração normal.

⮚ Volume de Reserva Expiratória: É a quantidade de ar que pode ser exalada após a expiração normal.
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 2

Efeitos da Imersão nos Sistemas Cardiovascular e Respiratório

São vários os efeitos da imersão nos sistemas respiratório e cardiovascular de um mergulhador. Eles precisam ser
entendidos, pois são fatores que afetam uma cadeia de sistemas fisiológicos dentro ambiente subaquático.

⮚ A pressão da água desloca parte do sangue para o tórax.


⮚ A compressão abdominal move o diafragma para cima, limitando a expansão dos pulmões.
⮚ Quase um litro de sangue é transferido das extremidades do corpo para a região torácica. Isso expande o
espaço vascular na área do peito. A expansão do espaço vascular acaba interferindo no volume alveolar.
⮚ O Volume Residual e o Volume Expiratório de Reserva diminuem.
⮚ A Capacidade Funcional Residual diminui.
⮚ O volume em que os alvéolos são fechados é reduzido (volume de fechamento). Normalmente, na exalação
normal, a maioria dos alvéolos mantêm-se abertos. O envelhecimento pode aumentar o número de alvéolos que
permanecem fechados, causando má ventilação pulmonar e prejudicando a troca de gases. O mergulhador
pode compensar parte dessa má ventilação pulmonar ao realizar exalações completas.
⮚ A troca vascular aumenta o retorno de sangue para o coração. Este aumento no retorno de sangue para o
coração vai causar um aumento na taxa de saída de sangue do coração, aumentando a pressão arterial
pulmonar.
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 2

Estímulo Respiratório - O Que Nos Faz Respirar?

Existem quatro estímulos fundamentais que nos fazem respirar, de maneira voluntária ou involuntária.

1. Pressão Parcial do Oxigênio: A baixa pressão parcial de oxigênio é detectada por quimiorreceptores no corpo
carotídeo ( na carótida ). Quando as pressões caem abaixo de 60 mmHg, a respiração é estimulada. Este
estímulo é secundário quando comparado com os níveis de dióxido de carbono.

2. Níveis do dióxido de carbono: Níveis elevados de dióxido de carbono são os principais estímulos para respirar.
Os níveis de dióxido de carbono no sistema circulatório são detectados por três principais quimiorreceptores na:
a) aorta, b) corpo da carótida, c) medula. Nenhum outro gás irá estimular mais o desejo de respirar do que altos
níveis de dióxido de carbono.
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 2

Estímulo Respiratório - O Que Nos Faz Respirar?

Existem quatro estímulos fundamentais que nos fazem respirar, de maneira voluntária ou involuntária.

3. Ph do sangue (Acidez e Alcalinidade): Quanto mais ácido o sangue se torna, maior é o desejo de respirar.
Existem vários fatores que causam um aumento da acidez no sangue. O primeiro seria o acúmulo de dióxido de
carbono. O segundo fator principal seria o metabolismo anaeróbio (O metabolismo anaeróbico refere-se a processos biológicos que produzem
energia para um organismo sem usar oxigênio) nos músculos que libera ácido lático. À medida que os níveis de dióxido de carbono

caem e os níveis de oxigênio aumentam, a acidez do sangue diminui, assim como a taxa respiratória.

4. Temperatura do Sangue: Uma queda inicial na temperatura do sangue irá estimular a respiração. Se a
temperatura do sangue continuar caindo para níveis críticos, o estímulo é reduzido e a respiração começará a
diminuir. Nos casos mais graves, ela pode até parar.
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 2

Efeitos de Respirar um Meio mais Denso

Quanto mais profundo o mergulhador se aventurar no meio aquático, mais denso a meio respirável se
torna. Na seção Física do Mergulho, você aprendeu que à medida que a profundidade aumenta, a
pressão também aumenta. Se a pressão aumenta num recipiente flexível (pulmões), o volume diminui.
Se a pressão aumenta e o volume diminui, a densidade do gás aumenta. Por exemplo, o ar que um
mergulhador respira a 10m tem o dobro da pressão e o dobro da densidade. Um aumento na
densidade dos gases respiráveis gera um aumento na turbulência dos gases que fluem para os
pulmões, o que por sua vez provoca um aumento no esforço durante a inalação e a exalação.

Quando combinamos os efeitos de respirar um meio mais denso, com os efeitos gerais da imersão
(maiores espaços de ar morto e maior resistência nas vias aéreas), podemos notar imediatamente que
o mergulhador terá uma ventilação deficiente. O corpo irá gastar mais energia na respiração, deixando
menos energia para esforços físicos.

Padrões de respiração ineficientes usam energia adicional resultando em um ciclo vicioso que pode
colocar o mergulhador em risco.
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 2

Efeitos de Respirar um Meio mais Denso

Para parcialmente compensar o impacto destes efeitos, o mergulhador deve adotar um padrão de
respiração eficiente e adaptado ao ambiente subaquático.

Este padrão deve ser:

Inalar lenta e profundamente


Exalar lenta e profundamente

O ato de inalar e exalar profundamente ajuda a neutralizar a maior quantidade de espaços aéreos
mortos causados pela imersão, enquanto o ato de inalar e exalar lentamente ajuda a diminuir o fluxo
turbulento causado por um meio de respiração mais denso.

Um Sistema de Suprimento de Ar de alta qualidade e bem conservado é vital para uma respiração
eficaz.
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 2
SISTEMA RESPIRATÓRIO
Respiração e a Síndrome de Pânico
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 2

Uma respiração inadequada contribui fisiologicamente para que ocorra e possa levar à Síndrome do
Pânico. O padrão de respiração típico de um mergulhador em pânico é chamado de taquipneia, que
representa uma respiração rápida, superficial e que não permite uma troca de ar adequada. Num
mergulhador, o volume de ar do espaço morto no sistema respiratório é de cerca de 0.24 litros. Esse
valor é quase igual ao volume de ar trocado durante a respiração em taquipneia. O resultado final é
que a troca de gases é quase inexistente nesse estado.

Um padrão de respiração rápida e superficial pode reduzir o volume pulmonar e prejudicar a troca
adequada de gases. A respiração rápida e superficial também pode causar flutuabilidade negativa,
levando o mergulhador em pânico para além da profundidade segura, enquanto gasta energia em
excesso tentando controlar a flutuabilidade. Uma respiração rápida e curta não só faz com que o
mergulhador tenha uma flutuabilidade negativa, mas também causará outras situações potencialmente
fatais. A falta de oxigênio e o aumento do CO2 pode causar cansaço e uma sensação de falta de ar. A
falta de ar já causou, em muitos mergulhadores, pânico e afogamento, mesmo o mergulhador tendo um
Sistema de Suprimento de Ar de qualidade e ar disponível no cilindro.
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 2

Respiração e a Síndrome de Pânico

A falta de ar geralmente é a causa do pânico e pode fazer com que um mergulhador faça uma subida
rápida e descontrolada para a superfície.

O pânico, causado por uma respiração inadequada, pode também fazer com que o mergulhador utilize
técnicas de natação ineficazes.

Pupilas dilatadas
Padrão de bolhas
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 2

Sinais de um Mergulhador com Síndrome de Pânico:

⮚ Respiração rápida, superficial e ineficaz (taquipneia), com pouco ou nenhum espaço entre grupos
de bolhas de ar exaladas.
⮚ Olhar de medo e terror com os olhos muito abertos.
⮚ Pupilas dilatadas.
⮚ Palidez facial — (difícil de ver na profundidade).
⮚ Movimentos de natação ineficientes e mal executados.
⮚ Corpo em posição vertical numa tentativa de chegar mais depressa à superfície.
⮚ Ritmo cardíaco elevado.
⮚ Numa situação de pânico, o mergulhador, tanto em profundidade como na superfície, pode
"arrancar" a máscara do rosto e soltar o regulador da boca. (Ou seja, o mergulhador pode tomar
decisões sem sentido que podem afetar a sua própria segurança).
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 2

Sinais de um Mergulhador com Síndrome de Pânico:

Existem dois perigos principais para o mergulhador que sofre de uma Síndrome de Pânico.

O primeiro é uma parada cardíaca devido ao excesso de stress do sistema cardiovascular.

O segundo é o afogamento. Obviamente, os dois podem estar conectados. Existem múltiplos perigos
secundários relacionados a lesões que podem ocorrer ao não seguir as normas de segurança no
ambiente subaquático.

Existem três respostas fisiológicas principais ao perigo real ou percebido:

Cardiovascular — O coração bate mais forte e mais rápido.


Glandular — As glândulas adrenais liberam adrenalina.
Respiratório — Taquipneia.
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 2

Sinais de um Mergulhador com Síndrome de Pânico:

Nós não podemos controlar as duas primeiras, mas podemos romper o ciclo que leva ao pânico,
controlando a respiração. Se pudermos controlar a respiração, podemos evitar o pânico. Controlar a
respiração é o que precisamos fazer se começarmos a perder o controle durante o mergulho.

Como? PARE - RESPIRE - PENSE - AJA – Clique aqui e assita o Vídeo

⮚ Posicione-se de maneira a que possa parar qualquer atividade.


⮚ Exale completamente, de uma forma lenta e controlada.
⮚ Inale completamente, de uma forma lenta e controlada.
⮚ Repita, controladamente e lentamente, as inalações e as exalações pelo menos três ou quatro
vezes, antes de fazer qualquer outra ação.

Ao retomar o controle da respiração, podemos controlar as outras respostas fisiológicas e romper o


ciclo vicioso que leva ao pânico. Se esse ciclo não for quebrado, essas três respostas podem resultar
num efeito cumulativo que pode ter um resultado fisiológico catastrófico.
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 2
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 2

Na maioria das situações, o mergulhador em ambiente subaquático deve


prestar atenção na perda do calor corporal (hipotermia).

A razão para essa atenção tem a ver com a condutividade térmica da água em
relação ao ar. É necessário 1.000 vezes mais calor para aquecer um volume
de água igual ao mesmo volume de ar.

A água rouba o calor corporal do mergulhador aproximadamente 25 vezes


mais rápido do que o ar. Alguns estudos chegam a estimar este número em até
40 vezes mais rápido.

Por outro lado, em algumas situações, o mergulhador deve estar atento ao


sobreaquecimento corporal, que será discutido no tema da hipertermia.
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 2

Hipotermia

A hipotermia é a condição em que a temperatura corporal diminui abaixo do normal.

A primeira defesa do organismo, quando exposto a água fria, é ativar mecanismos que regulam a
temperatura corporal.

A prioridade é proteger os órgãos vitais:

⮚ Cérebro
⮚ Coração
⮚ Fígado
⮚ Pulmões
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 2

Hipotermia

O primeiro mecanismo de conservação do calor


é a constituição física. O indivíduo endomórfico,
baixo e forte, tem uma maior resistência à perda
de calor. Por outro lado, um indivíduo
ectomórfico, alto e magro, tem uma menor
resistência à perda de calor.

O segundo mecanismo de conservação do calor


corporal é o tecido adiposo. Estamos olhando
para as camadas de tecido adiposo que estão
logo abaixo da pele e agem como um cobertor
natural de isolamento. As mulheres, em geral,
Conotação Estrutural e não pejorativa
têm mais deste tipo de tecido, do que os
homens.
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 2

Hipotermia

O terceiro mecanismo de conservação de calor é o nosso sistema de


transferência de calor.

Este sistema transfere o calor das artérias, que levam sangue para os
membros e pele, para as veias que carregam o sangue de volta para o centro
do corpo e ao coração. A pele e as extremidades do corpo atuam como
radiadores de calor.

O desvio de sangue é o quarto método de conservação do calor. Num


mergulho em águas frias o corpo reduz o fluxo de sangue para a pele e
membros para reduzir a perda de calor através das extremidades. A
consequência do sangue ser desviado para longe da pele e das extremidades é
fazer com que mais sangue chegue aos pulmões e ao fígado. 
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 2

Hipotermia

O quinto método é a produção metabólica de calor. Quanto maior a exposição


do mergulhador à água fria, mais eficiente o corpo se torna na geração de calor
pelo metabolismo alimentar. Este método de produção de calor é
extremamente eficaz. O metabolismo começa a gerar mais calor, contribuindo
assim para a manutenção da temperatura corporal.

O sexto método de conservação de calor é o aumento dos limiares dos


tremores. Quanto mais um mergulhador se habituar à temperatura da água fria,
mais tempo demorará até que comece a tremer. Os tremores fazem com que
os músculos sob a pele se contraiam ritmicamente, aumentando assim a
produção de calor metabólico de 5 a 7 vezes. 

Isto deve-se ao fato de os tremores fazerem com que chegue mais sangue
perto da superfície da pele, onde ele esfria mais rapidamente. Portanto, os
tremores fazem o mergulhador perder calor mais rapidamente.
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 2

Hipotermia

Existe uma outra resposta fisiológica que pode ocorrer quando se mergulha em
águas frias, o chamado reflexo da respiração ofegante. Quando imerso em
águas muito frias, o mergulhador irá muitas vezes ter uma respiração ofegante
involuntária. Se o regulador não estiver na boca do mergulhador e se ele
mergulhar, o mergulhador pode aspirar água e afogar-se imediatamente. A
necessidade de uma roupa seca em águas extremamente frias deve ser
enfatizada para prevenir este tipo de resposta.

Uma outra maneira de perder calor é através do gás respirável do mergulhador.


Dois elementos do gás respirável são responsáveis: o ar frio do cilindro,
causado pela temperatura da água, e o efeito do resfriamento causado pela
queda de pressão e a expansão do gás, entre o primeiro e o segundo estágio
do sistema de Suprimento de Ar. O ar frio inspirado rouba calor para fora dos
pulmões.
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 2

Efeitos da Hipotermia

Não aguarde os tremores para abortar se mergulho !!!


CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 2

Efeitos da Temperatura no Meio


Subaquático

Hipertermia
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 2

Hipertermia

Na maioria dos casos, entrar na água requer algum tipo de proteção ambiental, logo é possível para um
mergulhador sobreaquecer quando está vestindo a roupa de mergulho ou ao sair da água. Esta condição é
conhecida por hipertermia.

A hipertermia é comum num dia quente, quando a temperatura da água é fria, seja na superfície ou abaixo de
uma termoclina, e torna-se necessário o uso de uma roupa de mergulho completa para proteção térmica (roupa
úmida completa ou roupa seca).

Com todo este isolamento térmico adicional, é fácil para o mergulhador sobreaquecer fora d'água. Também é
possível que o mergulhador sobreaqueça na água. Isso ocorre quando as camadas de água próximas à
superfície estão mais quentes e o mergulhador está equipado para termoclinas muito mais profundas e frias.
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 2

Hipertermia

A hipertermia pode levar a exaustão por calor, que é geralmente a primeira etapa do
sobreaquecimento. Essa é a resposta do corpo ao tentar desesperadamente ficar mais frio.

Sintomas da Exaustão por Calor

⮚ Pele úmida
⮚ Forte transpiração
⮚ Palidez
⮚ Náuseas
⮚ Pupilas dilatadas
⮚ Desmaio
⮚ Vômitos
⮚ Cãibras
⮚ Temperatura corporal quase normal
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 2

Hipertermia

Em geral, mas nem sempre, a insolação(a segunda condição hipertérmica) ocorre após a exaustão por calor,
caso o mergulhador permaneça quente tempo demais. A insolação pode ser mortal, pois, nesse caso, os
mecanismos naturais de resfriamento corporal falharam.

Sintomas da Insolação

⮚ A pele do mergulhador está normalmente muito vermelha


⮚ Pele quente
⮚ O suor cessa e a pele está seca
⮚ Aumento da temperatura corporal
⮚ Pupilas contraídas
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 2

Hipertermia

Obviamente, o primeiro passo nessa situação é conseguir com que a vítima de hipertermia esfrie. A melhor
maneira de prevenir a hipertermia é:

⮚ Evitar o sobreaquecimento ao vestir-se


⮚ Beber muito líquido antes e depois do mergulho
⮚ Não se vestir muito tempo antes do mergulho se houver possibilidade de sobreaquecimento
⮚ Ter todo o equipamento preparado e pronto, minimizando trabalho e esforço antes de se vestir
⮚ Ao usar roupa seca, você pode molhá-la antes de a vestir, para aumentar a perda de calor por evaporação
⮚ Manter a cabeça molhada
⮚ Ao usar roupa seca, considere a possibilidade de removê-la ou abri-la entre mergulhos.
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 2

Geralmente, um barotrauma está associado aos efeitos do aumento da pressão nas cavidades preenchidas por
ar do corpo humano, durante uma descida. Existem também barotraumas inversos que podem acontecer
durante a subida.

Vamos analisar os órgãos que são afetados em ambas as situações. Existe um outro grupo que tem a ver
estritamente com o sistema respiratório e a subida (as lesões por hiperdistensão pulmonar). Iremos analisar
essas lesões na próxima seção, como uma categoria independente.
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 2

Barotrauma de Ouvido

1. Ouvido Externo 2. Canal Auditivo 3. Tímpano 4. Tuba auditiva


CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 2

Barotrauma de Ouvido

O ouvido médio é uma cavidade pequena, cheia de ar, rodeado


pela estrutura óssea do crânio e que tem várias conexões
aéreas.

A primeira é a Trompa de Eustáquio, que liga o ouvido médio à


garganta. A segunda é o seio mastóide, um espaço aéreo no
osso mastóide, conectado ao ouvido médio.

A janela oval e a janela redonda são membranas que cobrem as


aberturas do ouvido interno, cheio de líquido.

A membrana da janela redonda é muito mais fina e mais frágil


que a da janela oval. Por fim, temos a membrana do tímpano,
que cobre e sela a abertura do canal auditivo externo.
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 2

Barotrauma de Ouvido

Pelo menos uma vez, quase todos os mergulhadores sentiram


pressão e/ou dor nos ouvidos à medida que submergiram. Durante a
descida, o aumento da pressão da água circundante é transmitido
através dos tecidos e fluidos que rodeiam o ouvido médio, causando
uma compressão do espaço aéreo.

O mergulhador deve compensar o aumento da pressão introduzindo


ar através da Tuba Auditiva (Trompa de Eustáquio), o que
contrabalança o aumento da pressão e equaliza os espaços de ar. Os
procedimentos para compensar serão discutidos na seção
"Prevenção".

Se o mergulhador continuar a descida sem compensar os ouvidos,


diversos tipos de lesão com gravidade variada podem ocorrer.
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 2

Sintomas do Barotrauma de Ouvido

Em seus estágios iniciais, o principal sintoma do Barotrauma de ouvido é uma


pressão que irá evoluir para dor caso a equalização não seja feita. A dor é
geralmente severa.

Se houver um inchaço do revestimento do ouvido médio e sangue/fluido vazar


devido à dilatação dos tecidos, o mergulhador pode experimentar:

⮚ Uma sensação de ter o ouvido cheio (água no ouvido).


⮚ O som pode parecer abafado.
⮚ Estalos e o som de algo rachando podem ocorrer ao movimentar a
mandíbula.
⮚ O som pode ecoar como se você estivesse num túnel.
⮚ Pode haver dor e sensibilidade na região do ouvido que pode se estender
ao mastóide.
⮚ Pequenas quantidades de sangue na boca e no nariz.
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 2

Sintomas do Barotrauma de Ouvido

Se o tímpano for rompido, os sintomas podem incluir:

⮚ Alivio repentino da dor.


⮚ Uma sensação de frio causada pela água entrando no ouvido médio.
⮚ Tonturas e vertigens causadas pelo frio no ouvido médio.
⮚ Náuseas e vômitos.
⮚ Possível perda momentânea da consciência.

Se a janela oval e a janela redonda forem rompidas, os sintomas incluem:

⮚ Vertigens
⮚ Náuseas e vómitos
⮚ Zumbido nos ouvidos
⮚ Perda da audição
Devemos acrescentar que uma manobra de Valsalva exageradamente forçada pode aumentar a pressão intracraniana e causar a ruptura da janela redonda.
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 2

Prevenção do Barotrauma de Ouvido

⮚ Não mergulhe quando gripado ou constipado.


⮚ Pratique a equalização antes de mergulhar.

Normalmente, existem três maneiras para se iniciar um mergulho:

⮚ Entrada de praia. A descida pode ser controlada, usando a inclinação natural do fundo.

⮚ Descida sem auxílio de cabos em águas abertas. O mergulhador faz uma descida controlada, pouco a pouco,
como um avião aterrissando. O controle da flutuabilidade é a chave que permite ao mergulhador mudar de
profundidade se for necessário, para facilitar a compensação.

⮚ Descida por um cabo de descida ou pelo cabo da âncora. O cabo de descida pode ajudar o mergulhador a
controlar a velocidade ao descer.
⮚ Mantenha uma velocidade de descida lenta e equalize continuamente. Não desça mais rápido do que a sua
capacidade de equalizar. Nunca deixe que o desconforto da pressão progrida para dor.
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 2

Prevenção do Barotrauma de Ouvido

Manobras

⮚ Esta técnica possui esse nome em homenagem a Antonio Maria Valsalva, médico do século XVII, de Bologna,
cujo principal interesse científico era o ouvido humano, tendo descrito a tuba auditiva.

⮚ Eric Fattah Frenzel – Step-by-step

⮚ O inglês Joseph Toynbee em 1860 publicou seu trabalho "Diseases of the ear", onde descreveu sua coleção de
peças de ossos temporais.

As informações mais recentes sobre mergulho desaconselham o uso de medicamentos para ajudar a equalizar, pois
eles podem ser potencialmente perigosos. Se você precisa usar medicação para controlar a pressão nos ouvidos e
equalizar, não é aconselhável mergulhar antes de solucionar o problema.
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 2

Prevenção do Barotrauma de Ouvido

Se sentir pressão ou dor, suba até ao ponto onde estas desaparecem, equalize, e depois continue gradualmente
uma nova descida controlada.

Utilize uma ou mais combinações das seguintes técnicas de equalização:

⮚ Engolir / deglutir

⮚ Mover a mandíbula

⮚ Manobra de Valsalva — Tapar o nariz e soprar suavemente para compensar.

⮚ Manobra de Frenzel — Tapar o nariz e usar os músculos da garganta para conseguir compensar a pressão.
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 2

Prevenção do Barotrauma de Ouvido

Manobra de Toynbee — Tapar o nariz e mastigar ao mesmo tempo, para abrir as Tubas Auditivas (Trompas de
Eustáquio).

Mover os músculos da garganta enquanto levanta a parte superior da língua. Esta técnica é similar a deglutição, mas
sem realmente fazer a mesma. Se for bem executada, esta técnica produzirá um "estalo" nos ouvidos e pode ser
simulada usando a manobra de Toynbee.

Utilize os dois dedos indicadores para bloquear as fossas nasais e realizar a manobra de Valsalva, enquanto estende
o pescoço ao olhar para a frente ou para cima, para relaxar os músculos do pescoço.
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 2

Outros Barotraumas do Ouvido

Barotrauma Reverso

O ar no ouvido médio expande-se durante a subida. Essa expansão é normalmente compensada sem nenhuma
necessidade de ação por parte do mergulhador. Na maioria dos casos, o ar que se expande sai naturalmente,
através da tuba auditiva, mas existem casos em que esta saída pode estar bloqueada. Como resultado, a membrana
do tímpano distende para fora. Se houver pressão suficiente no ouvido médio, isto pode provocar a ruptura do
tímpano e danos no ouvido interno.

O mergulhador vai notar, ao efetuar a subida, um aumento da dor no(s) ouvido(s). É mais comum que apenas um
ouvido seja afetado. Devido à diferença de pressão entre os dois ouvidos, o mergulhador pode experimentar
vertigens com sintomas de tonturas, náuseas e vômitos. Um dos maiores riscos é a dor ser tão intensa a ponto de
impedir que o mergulhador retorne à superfície no momento que deveria subir.
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 2

Outros Barotraumas do Ouvido

Barotrauma Reverso

Este tipo de condição é mais comum entre mergulhadores gripados, que mesmo nesta condição foram mergulhar. É
possível que tenham conseguido compensar apenas parcialmente durante a descida. Na profundidade, as mucosas
das membranas ficam irritadas devido ao ar seco, inflamando o ouvido médio e a tuba auditiva, o que provoca o
bloqueio da saída de ar do ouvido médio. Outra situação semelhante, que é comum entre as vítimas deste tipo de
Barotrauma, é o uso de descongestionantes para auxiliar na equalização, onde o efeito desaparece durante o
mergulho e a congestão volta, bloqueando a saída de ar do ouvido médio.

Este tipo de problema pode ser resolvido na profundidade utilizando-se a manobra de Toynbee para abrir a tuba
auditiva, como sugerido acima. O mergulhador deve descer um pouco para ajudar a reduzir o diferencial de pressão,
antes de tentar essa manobra. A velocidade de subida terá que ser reduzida enquanto tenta resolver o problema. O
mergulhador pode, ao não ter outras alternativas, devido a falta de tempo e/ou de suprimento de ar, ter que subir e
assumir as consequências. Na maioria dos casos, o mergulhador sabe que não deveria ter mergulhado. Ter a
maturidade e a sabedoria para saber quando não se deve mergulhar é a melhor prevenção.
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 2

Outros Barotraumas do Ouvido

Barotrauma Reverso

Se sentir um zumbido nos ouvidos e perda de


audição, isso pode indicar que o ouvido interno
sofreu algum dano.

Isto pode ser grave. Se esta situação acontecer, o


mergulhador deve ser examinado por um Otorrino
ou médico especialista em mergulho.
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 2

Barotrauma de Ouvido Externo

Caso o canal auditivo seja bloqueado de forma que o ar fique


retido entre a causa do bloqueio e o tímpano, o barotrauma de
ouvido externo pode ocorrer. Esse tipo de barotrauma ocorre
durante a subida, quando o tímpano se expande para fora e os
tecidos do canal auditivo se incham em direção ao espaço onde
o ar bloqueado está retido.

Esse ar pode ficar retido por diversos fatores, como: tampões


de ouvido, cera, capuz de mergulho apertado (em especial,
capuz seco) e protuberâncias no canal auditivo.

A dor se torna presente durante a descida e não é aliviada pelas


tentativas normais de equalização. Um mergulhador nunca deve
continuar uma descida caso sinta dor. O canal auditivo deve
sempre estar limpo e livre de obstruções que possam prender o
ar. Nunca mergulhe com tampões de ouvido.
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 2

Barotrauma Sinusal

Os seios paranasais são cavidades cheias de ar no crânio.


Existem quatro tipos principais de seios paranasais que estão
conectados ao nariz:

⮚ Seios frontais — acima dos olhos

⮚ Seios maxilares — por baixo dos olhos, nas maçãs do rosto

⮚ Seios etmoidais — na base do nariz

⮚ Seios Esfenoidais — atrás dos olhos, no meio do crânio


CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 2

Barotrauma Sinusal

Os seios paranasais estão conectados ao nariz através de


pequenas aberturas chamadas óstios, que estão geralmente
abertas.

Às vezes, secreções mucosas podem bloquear a abertura das


cavidades, o que é especialmente provável sob qualquer
condição em que possa estar com algum tipo de congestão
nasal. 

O revestimento das cavidades nasais é feito por uma


membrana mucosa suave que está repleta de vasos
sanguíneos. Quando um mergulhador faz uma descida ou uma
subida, o ar geralmente move-se livremente para dentro e fora
dos seios.
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 2

Barotrauma Sinusal

Normalmente, a equalização acontece com pouco ou nenhum


esforço por parte do mergulhador.

A congestão nasal, inflamações ou sujeira nas fossas nasais


podem impedir a troca de ar entre o nariz e as cavidades
nasais.

Caso uma cavidade nasal esteja bloqueada enquanto o


mergulhador faz uma descida, pode ocorrer uma lesão na
mucosa.
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 2

Barotrauma Sinusal

O ar dentro das cavidades é comprimido e a pressão negativa faz com


que o revestimento inche. Se esta condição persistir, os vasos
sanguíneos podem se romper e encher os seios paranasais de sangue e
fluidos linfáticos, o que pode provocar infeções.

Ao subir, quando o ar aprisionado se expande, o sangue é normalmente


liberado pelo nariz e acaba ocasionando uma hemorragia nasal. Apesar
de não ser tão comum como durante a descida, um bloqueio inverso dos
seios pode acontecer durante a subida. Isto irá comprimir o revestimento
dos seios, causando dor.

Em alguns casos raros, a cavidade pode se romper e enviar ar para


outras áreas do crânio (pneumocéfalo, enfisema orbitário, etc).
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 2

Barotrauma Sinusal

Em alguns casos raros, a cavidade pode se romper e enviar ar para


outras áreas do crânio (pneumocéfalo, enfisema orbitário, etc).

Pneumocefalia é a presença de ar ou de gás no interior da 


cavidade craniana . É geralmente associada com ruptura do crânio :
depois de cabeça e trauma facial , tumores da base do crânio, depois de 
neurocirurgia ou otorrinolaringologia , e raramente, espontaneamente. 

O enfisema orbitário é uma condição incomum caracterizada pela


presença anormal de ar na órbita(1). Na maior parte dos casos está
associado a um traumatismo contuso orbitário, com fratura da parede
óssea medial(2). Pode também ser de aparecimento espontâneo ou
relacionado ao ato de espirrar e assoar o nariz.
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 2

Barotrauma Sinusal

Em alguns casos raros, a cavidade pode se romper e enviar ar para


outras áreas do crânio (pneumocéfalo, enfisema orbitário, etc).

Pneumocefalia é a presença de ar ou de gás no interior da 


cavidade craniana . É geralmente associada com ruptura do crânio :
depois de cabeça e trauma facial , tumores da base do crânio, depois de 
neurocirurgia ou otorrinolaringologia , e raramente, espontaneamente. 

O enfisema orbitário é uma condição incomum caracterizada pela


presença anormal de ar na órbita(1). Na maior parte dos casos está
associado a um traumatismo contuso orbitário, com fratura da parede
óssea medial(2). Pode também ser de aparecimento espontâneo ou
relacionado ao ato de espirrar e assoar o nariz.
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 2

Sintomas de Barotrauma Sinusal

Pressão que progride para dor:

⮚ Nos seios frontais e etmoidais — dor ou pressão sentida acima dos olhos

⮚ Nos seios Esfenoidais — dor ou pressão por trás do nariz, no centro da cabeça

⮚ Nos maxilares — dor ou pressão na mandíbula, ou uma dor de dentes, já que os nervos dos
dentes superiores estão próximos dos seios maxilares

⮚ Dor leve e/ou pressão nos seios paranasais depois do mergulho

⮚ Dor de cabeça

⮚ Sangue no nariz ou na saliva


CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 2

Prevenção do Barotrauma Sinusal

⮚ Utilize as mesmas técnicas para equalizar como as que usou para o ouvido médio.

⮚ Se as cavidades nasais não puderem ser equalizadas com um esforço suave,considere cancelar
o mergulho.

⮚ Não mergulhe quando a congestão nasal interferir com a equalização.

⮚ Pesquisas recentes sugerem que, se você precisa de descongestionantes, você não deveria
mergulhar.
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 2

Barotrauma de Máscara
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 2

Barotrauma de Máscara

A máscara de mergulho permite que exista um espaço aéreo


confinado sobre parte do rosto e dos olhos. Normalmente, esse ar é
equalizado durante a descida quando o mergulhador exala ar através
do nariz.

Em algumas situações, a passagem de ar pelo nariz pode estar


bloqueada, sendo a congestão extrema, uma das causas mais
comuns. Em alguns casos, uma máscara mal ajustada no nariz pode
dificultar a exalação.

Óculos de natação que cobrem apenas os olhos não permitem que se


faça a equalização do ar dentro da máscara e, portanto, não devem
ser utilizados para a prática de mergulho.
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 2

Barotrauma de Máscara

Uma descida rápida, sem exalar pelo nariz, também pode causar um
barotrauma de máscara.

Se houver algum bloqueio, o mergulhador irá notar que a máscara vai


começar a fazer demasiada pressão contra o rosto durante a descida,
como uma ventosa.

Pode haver alguma sensação de dor, mas na maioria dos casos,


nenhuma dor é sentida, e o companheiro de mergulho vai ser o
primeiro a notar manchas ou marcas faciais assim que voltarem à
superfície.
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 2

Barotrauma de Máscara

À medida que aumenta a pressão ambiente, a pressão negativa aumenta dentro da máscara. Isto faz com que
os tecidos da face, debaixo da máscara, fiquem inflamados. Os vasos sanguíneos podem se romper produzindo
hemorragias na face, normalmente marcando o rosto, na pele fina ao redor dos olhos.

Os vasos sanguíneos no branco dos olhos podem se romper causando uma hemorragia na esclerótica, que
pode ficar completamente vermelha.

Em casos mais graves, o nervo ótico pode ficar danificado e vir a causar cegueira. Se sentir alguma distorção
visual após uma compressão de máscara, consulte um médico imediatamente.
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 2

Barotrauma de Máscara

Esse tipo de compressão pode ser facilmente prevenido:

⮚ Use uma máscara que se ajuste apropriadamente ao seu rosto.

⮚ Faça descidas lentas e exale pelo nariz dentro da máscara.

⮚ Nunca use óculos de natação quando mergulhar.

⮚ Não mergulhe quando estiver com as vias áreas congestionadas.

⮚ Evite apertar a máscara exageradamente.


CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 2

Barotrauma Pulmonar

Este barotrauma está relacionado com o fato de prender a respiração


durante um mergulho (apneia), e é extremamente raro.

Acontece quando o mergulhador prende a respiração ao fazer uma descida


e atinge uma profundidade onde o volume dos pulmões é comprimido para
além do seu volume residual (volume remanescente após uma exalação
forçada).

Isto pode acontecer de duas maneiras:

⮚ O mergulhador retém a respiração ao mergulhar em apneia - a uma


profundidade superior a 30m.
1: Compressão no dente
⮚ O mergulhador faz uma descida em apneia a uma profundidade 2: Compressão gastrointestinal
3: Compressão no pulmão
moderada, mas com os pulmões parcialmente vazios.
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 2

Barotrauma Pulmonar

Os tecidos do revestimento pulmonar e os capilares pulmonares incham e


ocupam o espaço normalmente ocupado pelo volume residual.

Os capilares podem se romper, causar hemorragias e os fluidos podem


vazar para os pulmões a partir dos tecidos vizinhos.

Se o acúmulo de líquidos for suficientemente grande, as trocas de gases


podem ser interrompidas.

Deve-se levar em conta que os recordistas de apneia raramente ficam


preocupados com este tipo de lesão, uma vez que é muito rara. Intenso
treinamento e preparo físico parecem adaptar o corpo para os efeitos da
apneia em profundidades extremas. 1: Compressão no dente
2: Compressão gastrointestinal
3: Compressão no pulmão
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 2

Prevenção do Barotrauma Pulmonar

⮚ Inspirar completamente antes de qualquer mergulho em apneia.

⮚ Não mergulhar em apneia a profundidades extremas.

⮚ Se você deseja fazer mergulho em apneia a profundidades extremas,


deve ter formação acadêmica, treinamento prático e condições e apoio
adequados.

1: Compressão no dente
2: Compressão gastrointestinal
3: Compressão no pulmão
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 2

Barotrauma Dental

O barotrauma dental é outra forma rara de trauma causado pela pressão. É


causado pelo ar retido num dente com carie, dentro da restauração dentária
ou abaixo dela. Na maioria dos casos, a dor é sempre o sintoma inicial.
Existe a possibilidade remota de que o dente imploda na descida, à medida
que o ar aprisionado no dente é comprimido.

Uma outra possibilidade remota é que o ar entre nos espaços dentais


durante a descida. Já durante a subida, se o ar não puder escapar, pode
fazer com que o dente "exploda".

Se sentir dor dentes durante a descida ou subida e ela não parar, você deve
abortar o mergulho. Consulte o seu dentista antes de voltar a mergulhar.
1: Compressão no dente
Depois de qualquer intervenção dental mais crítica, verifique o tempo seguro
2: Compressão gastrointestinal
antes de voltar a mergulhar. 3: Compressão no pulmão
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 2

Barotrauma Gastrointestinal

Este barotrauma é uma compressão inversa associada à descida. Enquanto


o mergulhador estiver em profundidade, o gás pode-se acumular no
estômago e nos intestinos. As causas mais prováveis para o acúmulo de gás
são as seguintes:

⮚ O mergulhador comeu produtos que produzem gases — feijão, etc.


⮚ O mergulhador engoliu ar durante a equalização ou devido a uma má
técnica de respiração.

O gás no sistema digestivo, durante o mergulho, geralmente não traz


qualquer problema para o mergulhador enquanto este permanecer na
profundidade. Quando o mergulhador inicia a subida, o gás expande, e isto
1: Compressão no dente
pode resultar em graves dores abdominais, flatulência, arrotos e vômitos.
2: Compressão gastrointestinal
Nos casos mais graves, estômago e/ou no abdómen podem ser lesionados. 3: Compressão no pulmão
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 2

Barotrauma Gastrointestinal

Prevenção do Barotrauma Gastrointestinal

⮚ Adote técnicas de respiração e de equalização que o ajudem a não


engolir ar.

⮚ Não coma alimentos que produzam gases antes do mergulho (o tipo de


alimentos pode variar de individuo para individuo).

⮚ Se sentir dor devido aos gases, durante a subida, reduza a velocidade da


subida e permita que os gases encontrem a saída através dos dois
caminhos naturais.
1: Compressão no dente
2: Compressão gastrointestinal
3: Compressão no pulmão
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 2

Compressão da Roupa de Mergulho

Este tipo de compressão é mais comum na Roupa Seca, mas também pode
ocorrer com o Neoprene que tenha gás aprisionado.

Estas bolsas de ar encontram-se normalmente nas dobras da roupa ou nos fechos


estanques (especialmente nos do pescoço). Durante a descida, o ar nestas bolsas
é comprimido e a pressão negativa puxa a pele para a zona. Isto pode levar a
hematomas na pele, bem como dor e desconforto durante o mergulho.

Prevenção da Compressão da Roupa de Mergulho

⮚ Adicione ar à Roupa Seca pelo inflador.


⮚ Use uma roupa seca corretamente ajustada.
⮚ Assegure-se de que os fechos estanques não têm bolsas de ar.
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 2
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 2

Fatores de Predisposição às Lesões por Hiperdistensão Pulmonar

A infecção respiratória, ou de vias áreas, é uma infecção que surge em


qualquer região do trato respiratório, atingindo desde as vias aéreas
superiores ou altas, como narinas, garganta ou ossos da face, até as vias
aéreas inferiores ou baixas, como brônquios e pulmões.Enfisemas e
problemas similares

O Bronquite é Inflamação da mucosa dos tubos brônquicos, que


transportam o ar para dentro e para fora dos pulmões. A bronquite aguda
geralmente é causada por uma infecção respiratória viral e melhora por
conta própria.

A bronquite pode ser aguda ou crônica. A diferença consiste na duração e


agravamento das crises, que são mais curtas (uma ou duas semanas)
na bronquite aguda, enquanto, na crônica, não desaparecem, pioram pela
manhã e se manifestam por três meses ou mais durante pelo menos dois
anos consecutivos.
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 2

Fatores de Predisposição às Lesões por Hiperdistensão


Pulmonar

Doença bacteriana infecciosa

A Tuberculose é uma doença infecciosa e transmissível que afeta


prioritariamente os pulmões, embora possa acometer outros órgãos
e/ou sistemas. A doença é causada pelo Mycobacterium
tuberculosis ou bacilo de Koch.

As bactérias que causam a tuberculose são espalhadas quando uma


pessoa infectada tosse ou espirra.
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 2

Fatores de Predisposição às Lesões por Hiperdistensão Pulmonar

O enfisema pulmonar é uma doença respiratória na qual os pulmões


perdem a elasticidade devido à exposição constante a poluente ou tabaco,
principalmente, o que leva à destruição dos alvéolos, que são estruturas
responsáveis pela troca de oxigênio.
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 2

Fatores de Predisposição às Lesões por Hiperdistensão Pulmonar

Bolhas enfisematosas são definidas como vesículas maiores que 1 cm,


cheias de ar e funcionalmente inertes, revestidas por uma parede externa
fina, translúcida ou opalescente, com espessura menor que 1 mm, e
constituída principalmente pela pleura visceral.

Sob condições de baixa pressão, as bolhas pulmonares podem sofrer


expansão, levando à compressão mediastinal, ou mesmo se romper e
causar pneumotórax hipertensivo, hemorragia maciça ou embolia gasosa,
caracterizando um tipo pouco comum de barotrauma.
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 2

Fatores de Predisposição às Lesões por Hiperdistensão


Pulmonar

A bronquiolite é uma inflamação dos bronquíolos, que são a parte


final dos brônquios. Eles ficam antes dos alvéolos, onde é feita a
troca de oxigênio pelo gás carbônico.

Quando nos referimos a essa doença, em geral falamos do tipo


mais comum, que é a bronquiolite viral aguda, que acomete 
crianças nos dois primeiros anos de vida – inclusive, essa é a
principal causa de internação de menores de 1 ano no mundo. 
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 2

Fatores de Predisposição às Lesões por Hiperdistensão


Pulmonar

Fibrose pulmonar é a substituição do tecido pulmonar normal


por um tecido cicatricial. É causada, na maioria das vezes,
pelas doenças intersticiais pulmonares (DIP). Neste grupo
estão incluídas algumas dezenas de doenças que têm em
comum o fato de causarem inflamação na parte terminal dos
pulmões (alvéolos), levando a progressiva cicatrização e
fibrose pulmonar.

As principais causas de DIP são inalação de poeiras


inorgânicas ou pneumoconioses (silica, asbestos), poeiras
orgânicas ou pneumonia de hipersensibilidade (criadores de
aves, mofo, sauna, ar condicionado), drogas (quimioterápicos,
amiodarona, cocaína), doenças reumáticas e doenças
pulmonares de origem desconhecida (sarcoidose, bronquiolite,
fibrose pulmonar idiopática).
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 2

Fatores de Predisposição às Lesões por Hiperdistensão


Pulmonar

Cistos pulmonares são espaços arredondados, bem


circunscritos, circundados por uma parede epitelizada ou fibrosa.

O cisto pulmonar pode ser formado por diversos mecanismos,


como obstrução das vias aéreas com dilatação dos espaços
aéreos distais (mecanismo valvular), necrose das paredes das
vias aéreas e destruição do parênquima pulmonar associada a
proteases
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 2

1- Na Embolia Arterial os álveolos se rompem quando a pressão interna


excede a pressão ambiente em 0.12bar, liberando bolhas de gás na
corrente sanguínea através dos capilares pulmonares. Essas bolhas viajam
pelas veias pulmonares até o átrio esquerdo, depois ventrículo esquerdo,
aorta e, chegando finalmente, nas artérias carótidas que levam ao cérebro.
As bolhas viajam pelo sistema circulatório cerebral até que, após muitas
ramificações, elas chegam aos capilares, os menores vasos sanguíneos.

2- No Enfisema Mediastinal, o ar escapa dos pulmões para a região do


coração (mediastino) e faz pressão sobre o coração e sobre os vasos
sanguíneos circundantes.

3- No Enfisema Subcutâneo, o ar escapa dos pulmões para a região do


coração (mediastino) subindo pela traqueia até a região ao redor das
clavículas (região supraclavicular) e do pescoço.

4- Quando ocorre o Pneumotórax, o ar escapa dos pulmões e move-se


entre a membrana dos pulmões (Pleura) e a caixa torácica. Muitas vezes, 1. Embolia Arterial
ao expandir, esse gás pode causar o colapso dos pulmões e exercer 2. Enfisema do Mediastino
3. Enfisema Subcutâneo
pressão sobre o coração, afetando a circulação. 4. Pneumotórax
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 2

1: O gás se move de uma região de maior pressão para uma de 1. Embolia Arterial
menor pressão (Dos sacos alveolares para a corrente sanguínea) 2. Enfisema do Mediastino
3. Enfisema Subcutâneo
4. Pneumotórax
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 2

PLANO DE EMERGÊNCIA - Os mergulhadores devem sempre ser transferidos para o pronto-socorro mais
próximo, para estabilização, e posteriormente transferidos para uma câmara hiperbárica se necessário. Muito
provavelmente, as câmaras não operam 24 horas por dia e apenas algumas são capazes de fornecer o suporte
avançado à vida necessário para pacientes em estado crítico.

Em alguns casos, outras condições médicas mais comuns, como ataques de coração, são incorretamente
diagnosticadas como doenças de mergulho. Buscar atendimento em centros com câmaras hiperbáricas antes
de realizar um diagnóstico médico especializado pode sujeitar o paciente a procedimentos incorretos que podem
agravar a doença, seja ela relacionada ou não ao mergulho.
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 2

PLANO DE EMERGÊNCIA - Os mergulhadores devem sempre ser transferidos para o pronto-socorro mais
próximo, para estabilização, e posteriormente transferidos para uma câmara hiperbárica se necessário. Muito
provavelmente, as câmaras não operam 24 horas por dia e apenas algumas são capazes de fornecer o suporte
avançado à vida necessário para pacientes em estado crítico.

Em alguns casos, outras condições médicas mais comuns, como ataques de coração, são incorretamente
diagnosticadas como doenças de mergulho. Buscar atendimento em centros com câmaras hiperbáricas antes
de realizar um diagnóstico médico especializado pode sujeitar o paciente a procedimentos incorretos que podem
agravar a doença, seja ela relacionada ou não ao mergulho.
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 2

A primeira descrição clínica de doença descompressiva ou doença de Caisson, foi feita pelo fisiologista francês
Paul Bert, que descobriu que o gás respirado sob pressão força grandes quantidades de nitrogênio para dentro
do corpo.

O nitrogênio permanecerá em solução enquanto a pressão for mantida. Mas, se um mergulhador subir muito
rapidamente, reduzindo a pressão repentinamente, o nitrogênio vai sair da solução e pode formar bolhas nos
tecidos e na corrente sanguínea.
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 2

Conheça o seu algoritmo

O algoritmo é o modelo matemático usado pelo seu computador para calcular o acúmulo de gases no seu corpo
durante o mergulho. Alguns algoritmos como o Buhlmann utilizam-se da abordagem Haldaniana.

Abordagem esta que se preocupa apenas com a quantidade de nitrogênio dissolvido nos tecidos. Isso permite
subidas mais rápidas, mas ainda sim limitadas e paradas mais perto da superfície.

Outra abordagem é a de microbolhas, utilizada no algoritmo RGBM, que assume que sempre temos
microbolhas presentes. Esses algoritmos fazem paradas mais profundas e tem subidas mais lentas.

Mas qual abordagem é correta?

Estudos confirmam teorias de ambas as abordagens, devemos sempre lembrar que descompressão é um
processo fisiológico complexo, e a capacidade de previsão por qualquer modelo matemático é extremamente
limitado. Por isso mesmo as margens de segurança dos algoritmos aplicados é consideravelmente mais que a
aplicada no algoritmo puro.
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 2

Os estudos de Bert levaram ao desenvolvimento de câmaras hiperbáricas e formaram a base para as tabelas de
descompressão por etapas do fisiologista J.S. Haldane.

A descompressão por etapas é um processo pelo qual um mergulhador sobe em estágios a profundidades cada
vez menores para retornar à superfície.

Essa velocidade de subida controlada protege o mergulhador contra a liberação repentina de bolhas de
nitrogênio causadas pela redução da pressão. Esses mesmos cálculos são usados ainda hoje e são a base para
algoritmos de computador e tabelas de mergulho.
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 2

A pressão parcial na superfície era de 0.79 bar e a nova pressão parcial é de 1.58 bar. Há uma diferença de
0.79 bar , conhecida como gradiente, devido a pressão do nitrogênio no sangue e a pressão do nitrogênio do ar
alveolar.

Este gradiente é a força que faz com que o nitrogênio se difunda através do tecido pulmonar e seja absorvido
pelo sangue. Uma vez na corrente sanguínea, o nitrogênio é transportado por todo o corpo.

Existe um gradiente similar entre o nitrogênio em solução no sangue e o nitrogênio dissolvido nos tecidos. A
quantidade e velocidade em que o nitrogênio é absorvido pelos tecidos, no entanto, depende de uma série de
fatores.

Quando o gás se desloca de uma área de maior concentração para uma área de menor concentração na
corrente sanguínea e tecidos, isto é chamado de difusão. A taxa pode ser maior ou menor dependendo do gás
que respiramos debaixo de água.
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 2

A Perfusão desempenha um papel importante na absorção de nitrogênio. A perfusão é quando nosso corpo
fornece sangue aos leitos capilares nos tecidos. Um tecido do corpo bem perfundido tem uma grande
quantidade de sangue em comparação ao seu próprio volume.

Um fornecimento abundante de sangue vindo dos pulmões, com um elevado gradiente de pressão de
nitrogênio, vai aumentar a taxa de absorção no interior dos tecidos expostos a um maior fluxo de sangue.

Estes tecidos bem perfundidos são muitas vezes chamados de "tecidos rápidos", um termo que se refere à
velocidade com que eles absorvem e eliminam o nitrogênio. Um tecido mal perfundido irá absorver e eliminar o
nitrogênio a uma taxa mais lenta.
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 2

A função primordial do tecido adiposo é o armazenamento de gordura e servir como reserva energética do


organismo, mas também pode atuar como isolante térmico, (ajudando na manutenção da temperatura do corpo)
e como amortecedor (proteção contra choques mecânicos), posicionando-se entre a pele e os órgãos internos.

A Lei de Henry estabelece também que a absorção depende da solubilidade do gás. O tecido adiposo é um
tecido conjuntivo especializado, que funciona como o principal local para o armazenamento de gordura. A
gordura tem uma grande capacidade de absorção de nitrogênio, mas o tecido adiposo não é bem perfundido.
Por isso, o nitrogênio precisa de muito tempo para atingir o ponto de saturação.

O tecido adiposo é um exemplo de "tecido lento". Se um mergulhador permanecer a uma profundidade


constante durante tempo suficiente, o corpo vai saturar-se de nitrogênio a um nível determinado pela nova
pressão parcial do ar alveolar. O mergulhador pode então permanecer indefinidamente naquela profundidade
que nenhum nitrogênio adicional será absorvido. O corpo de um mergulhador saturado a uma profundidade de
10m (água salgada) irá conter quase o dobro da quantidade de nitrogênio quando comparado com a superfície.
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 2

Quando um mergulhador sobe, o processo de dessaturação começa. A pressão parcial dos gases no ar alveolar
diminui conforme a pressão diminui e o processo de saturação é revertido.

O gás inerte difunde-se a partir dos tecidos para a circulação sanguínea, para o sangue, depois para o ar
alveolar e em seguida para fora do corpo durante a exalação.

O corpo pode tolerar um elevado gradiente de saturação, como acontece após uma descida rápida. Contudo,
ele tem uma baixa tolerância a um elevado grau de dessaturação - subida rápida.
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 2

Quando um mergulhador sobe, o processo de dessaturação começa. A pressão parcial dos gases no ar alveolar
diminui conforme a pressão diminui e o processo de saturação é revertido.

O gás inerte difunde-se a partir dos tecidos para a circulação sanguínea, para o sangue, depois para o ar
alveolar e em seguida para fora do corpo durante a exalação.

O corpo pode tolerar um elevado gradiente de saturação, como acontece após uma descida rápida. Contudo,
ele tem uma baixa tolerância a um elevado grau de dessaturação - subida rápida.

O nitrogênio permanece em solução nos fluídos dos tecidos e na corrente sanguínea desde que o gradiente
externo não se torne muito grande. O corpo humano pode suportar até um certo nível de sobressaturação. No
entanto, se a diferença de pressão se tornar muito grande, o nitrogênio vai sair da solução na forma de bolhas
de gás na corrente sanguínea e nos tecidos, resultando em várias formas de danos aos tecidos.
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 2

Razão Crítica de Haldane

O professor J.S. Haldane descobriu que o corpo humano pode suportar um certo nível de sobressaturação de
nitrogênio. Sua teoria era que esse nível era uma razão, e que o corpo pode suportar uma diferença de 2 para 1
de pressão.

De acordo com esta teoria inicial, um mergulhador pode passar o tempo que quiser a 10 metros (2 bar), satura-
se com nitrogênio e retornar para a superfície (1 bar), sem efeitos negativos. Se um mergulhador ultrapassar os
10 metros, ele poderá absorver uma quantidade de nitrogênio que vai ultrapassar a proporção de 2 para 1
quando voltar à superfície. Quanto mais fundo o mergulhador for, mais rápido a proporção de 2 para 1 é
alcançada.
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 2

Diferença Crítica de Workman

Alguns anos mais tarde, com base no trabalho de Haldane, o capitão Robert Workman da Unidade de Mergulho
Experimental da Marinha dos Estados Unidos (NEDU) fez um avanço fundamental na ciência da
descompressão.

Ele percebeu que a razão 2:1 da pressão atmosférica não era o fator mais importante nas experiências de
Haldane. Na realidade, o importante era a razão de nitrogênio dissolvido no corpo comparado com a razão de
nitrogênio gasoso na superfície.

A proporção de 2 para 1 na pressão de Haldane, foi atualizada para uma proporção de 1.58 para 1 de
nitrogênio.

Isto foi determinado multiplicando a pressão absoluta a 10 metros pela pressão parcial de nitrogênio no ar.

2 bar x 0.79 ppN2 = 1.58 bar ppN2


CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 2

As tabelas de mergulho padrão e a maioria dos algoritmos de computador calculam os tempos de mergulho
baseados num mergulhador que regressa à superfície ao nível do mar, onde a ppN2 = 0,79bar.

Quando mergulhos são feitos a uma altitude superior a 300 metros, como um lago na montanha, a pressão
atmosférica e a pressão parcial de nitrogênio são menores.

O tempo de cada mergulho deve ser ajustado de maneira que os mergulhadores não excedam a diferença
crítica quando voltam à superfície. Para mergulhar em altitude, você deve utilizar tabelas especiais para
mergulho em altitude ou ajustar seu computador para mergulhar de acordo com a altitude do local.
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 2

As tabelas de mergulho padrão e a maioria dos algoritmos de computador calculam os tempos de mergulho
baseados num mergulhador que regressa à superfície ao nível do mar, onde a ppN2 = 0,79bar.

Quando mergulhos são feitos a uma altitude superior a 300 metros, como um lago na montanha, a pressão
atmosférica e a pressão parcial de nitrogênio são menores.

O tempo de cada mergulho deve ser ajustado de maneira que os mergulhadores não excedam a diferença
crítica quando voltam à superfície. Para mergulhar em altitude, você deve utilizar tabelas especiais para
mergulho em altitude ou ajustar seu computador para mergulhar de acordo com a altitude do local.
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 2

Em 1908 a Marinha Real Inglesa (Royal Navy), preocupada em diminuir os problemas de descompressão em seus
mergulhadores, publicou três jogos de tabelas de tempo e profundidade, adaptadas para as Marinhas Inglesa e
Americana.

Para os realizadores das tabelas, John Scott Haldane, Arthur E. Boycott e Guybon C. Damant, diferentes áreas do
corpo absorvem e liberam Nitrogênio em ritmos diferentes; as quantidades de absorção e eliminação podem ser
estimadas utilizando-se uma simples equação matemática; um mergulhador poderia ascender sem problemas de
descompressão, desde que a redução da pressão não fosse mais do que a metade.
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 2

A partir de 2009, os computadores mais novos do mergulho sobre o uso de mercado:


Liquivision X1: V-planejador vivo: VPM-B Variando Permeabilidade Modelo e GAP para X1: Bühlmann GF (Factores Buhlman com
gradiente)
Mares : Mares-Wienke Modelo bolha gradiente reduzido
Pelágicos Sistemas de pressão : modificado Haldanean / DSAT banco de dados ou Bühlmann ZHL-16C (chamado Z +)
Seiko : Bühlmann ZHL-12 + Randy Bohrer
Suunto : Suunto-Wienke Modelo bolha gradiente reduzido
Uwatec : Bühlmann ZH-L8 / ADT (Adaptive), MB (Micro Bolha), PMG (Predictive Multigas), Bühlmann ZHL-16DD (Trimix)
Heinrichs Weikamp OSTC e DR5: Bühlmann ZHL-16 e Bühlmann ZHL-16 mais Fatores Gradiente de Erick Baker algoritmo parada
profunda tanto para o circuito aberto e set point fixo rebreather de circuito fechado.

A partir de 2012:
Cochran EMC-20H: 20 tecido modelo Haldanean.
Cochran VVAL-18: Modelo Haldanean nove tecido com ongasing exponencial e offgasing linear.
Delta P: modelo Haldanean 16-tecido com VGM (modelo gradiente variável, isto é, os níveis de supersaturação tolerados mudar
durante o mergulho como uma função do perfil, mas não são fornecidos pormenores sobre a forma como isso é feito).
Éguas: modelo Haldanean 10-tecido com RGBM; a parte RGBM do modelo ajusta limites gradiente em cenários de várias
mergulho através de "factores de redução".
Suunto: modelo Haldanean nove tecido com RGBM; a parte RGBM do modelo ajusta limites gradiente em cenários de várias
mergulho através de "factores de redução".
Uwatec: oito tecido modelo Haldanean.
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 2

Doença Descompressiva: Sinais e Sintomas

O principal sintoma da doença descompressiva é geralmente descrito como uma dor profunda e persistente,
principalmente nas articulações.

As articulações do corpo parecem ser mais susceptíveis ao stress descompressivo, provavelmente devido à sua má
circulação inata e, portanto, à incapacidade para eliminar o nitrogênio efetivamente durante a descompressão.
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 2

Sintomas por Categoria

Muscular Linfático Pele Pele


Dor nas articulações e nas extremidades Inchaço/Edema de: Manchas de cor Manchas de cor
Irritação Articulações vermelha ou azul vermelha ou azul
Inchaço Mãos Erupções Erupções
Corpo dolorido Face Coceira Coceira
Fadiga anormal Membros
Sintomas similares ao de uma gripe

Pulmonar /Cardiovascular (“Sufoco”) Sistema Nervoso Central e Cerebral

Dificuldade em respirar Dormência Confusão


Respiração rápida e superficial Sensação de agulhas espetando abaixo do peito ou na cintura Dor de cabeça
Tosse seca Formigamento Paralisia
Choque Fraqueza Dor na região abdominal
Tríade de Behnke's: Visão turva ou em túnel Perda de consciência
Aumento da frequência respiratória Fadiga anormal Convulsões
Diminuição da pressão sanguínea Incontinência urinária ou intestinal Dificuldade de falar
Diminuição da pulsação Enjoos e vertigens Náuseas
Colapso cardiovascular e morte Desorientação Vômitos
Anomalias auditivas
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 2

Os fatores que fazem com que os mergulhadores sejam mais ou menos suscetíveis à doença descompressiva ainda
não são totalmente compreendidos e é possível, embora raro, que um mergulhador siga todas as regras e mesmo
assim sofra uma doença descompressiva. Se tiver algum dos sintomas listados acima depois de mergulhar, por
favor procure um médico especialista em mergulho.
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 2

Doença Descompressiva: Tratamento

NUNCA leve um mergulhador de volta para a água para fazer a recompressão. SEMPRE tenha um plano de
emergência antes de mergulhar!

Faça uma lista dos números de telefone e frequências de rádio da Guarda Costeira, Marinha, serviço de salva-vidas
e outras informações úteis no seu Total Divelog da SSI..
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 2

A Doença Descompressiva: Prevenção

HORA DO DEBATE
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 2

Outros Fatores que Afetam a Absorção do Nitrogênio e a Doença Descompressiva

Existem muitos fatores que podem interferir na absorção e a eliminação adequada de nitrogênio

⮚ Idade
⮚ Álcool ou drogas
⮚ Calor ou frio extremo
⮚ Lesões antigas
⮚ Propensão à coagulação do sangue
⮚ Obesidade
⮚ Medicamentos
⮚ Falta de sono
⮚ Fadiga extrema
⮚ Desidratação
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 2

Enquanto o avião sobe até a altitude de cruzeiro, a altitude da cabine também sobe. Quando a


aeronave atinge o nível final, a cabine também para de subir. O B737 no nível máximo dele de
41.000pés (12.500m) mantém um diferencial máximo de pressão de 8,5Psi o que deixa
a cabine a aproximadamente 8000 pés (2.500m).
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 2

Quando um mergulhador se aventura mais fundo, o nitrogênio presente no ar respirado passa a ter um efeito
narcótico.

Quanto mais profunda a imersão, maior é o efeito narcótico no mergulhador. Cousteau descreveu este efeito
como o "Êxtase das Profundezas".

Não se entende muito bem o processo que leva a ocorrer a narcose pelo nitrogênio. O que sabemos é que altas
pressões parciais de nitrogênio tem um efeito inibidor no cérebro. Os centros de consciência são os mais
sensíveis a este efeito.

As teorias predominantes são:

Teoria Metabólica de Quastel


Teoria do Clatrato
Teoria do Iceberg
Teoria de Meyer-Overton

A teoria de Meyer-Overton é a mais aceita pelos fisiologistas de mergulho e por isso será a última a ser
discutida, assim como a pesquisa que a suporta.
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 2

Teoria Metabólica de Quastel

A Teoria Metabólica de Quastel afirma que:

O Gás inerte em alta pressão interfere com o metabolismo das células


corporais. As células mais sensíveis a este efeito são as do cérebro. Os
centros superiores de consciência do cérebro são os primeiros a apresentar
sintomas por causa desse efeito.

Teoria dos Clatratos

A Teoria dos clatratos afirma que:

Um Clatrato é um composto de inclusão, no qual moléculas de uma substância são confinadas em


cavidades formadas pela molécula hospedeira [1], originando um agregado supramolecular[2].

Sob pressão, o nitrogênio é forçado a se combinar com moléculas de água e


proteína e a formar um clatrato. O clatrato interfere na condução nervosa. Os
tecidos mais sensíveis a estes efeitos são os centros superiores do cérebro.
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 2
Teoria do Iceberg

A Teoria do Iceberg constata que:


Quando os gases se dissolvem na água, as moléculas de água organizam-se em
unidades chamadas "icebergs". Supõe-se que cada gás inerte e agente anestésico
formem o seu próprio "iceberg" característico. O iceberg atua sobre o sistema nervoso,
tal como os clatratos.

Teoria de Meyer-Overton

Esta teoria diz simplesmente que:


Quanto maior for a solubilidade de um gás inerte num líquido, maior o efeito narcótico
que ele terá. O tecido nervoso é rico em lipídios. Wulf e Featherstone (1957), assim
como Sears (1962), sugerem que a narcose por nitrogênio se produz ao afetar o
espaço lateral nas moléculas dos lipídios, o que interfere com a transmissão dos
impulsos nervosos através da membrana das células. Clements e Wilson (1962) e
Bennet (1967) descobriram que o nitrogênio sob altas pressões parciais pode penetrar
nas membranas das células nervosas, que são ricas em lipídios, causando a sua
inflamação. Isso interfere com a transmissão dos impulsos nervosos
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 2

Fatores de Predisposição à Narcose pelo Nitrogênio

Pode ser possível que um mergulhador não seja afetado pela narcose por nitrogênio
quando se aventura abaixo de 20m, enquanto em outro dia, esse mesmo mergulhador
e à mesma profundidade possa sofrer de uma narcose por nitrogênio grave por causa
de circunstâncias diferentes.

Num outro cenário, com dois mergulhadores na mesma profundidade, um deles pode
estar alerta e controlado, enquanto o outro pode apresentar sintomas de narcose
grave. Devemos perguntar, "por quê”? No entanto, não é fácil obter uma resposta.
Pode não haver um único fator que cause esta situação, podem existir múltiplos
fatores.

A profundidade do mergulhador não é o único fator determinante do grau de narcose.


Existem muitos fatores que propiciam e que podem agravar os sintomas da narcose
por nitrogênio.
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 2

Estes fatores incluem:

⮚ Acúmulo de dióxido de carbono


⮚ Descidas rápidas
⮚ Frio
⮚ Certas drogas e medicamentos
⮚ Visibilidade limitada e escuridão
⮚ Desorientação
⮚ Alto consumo de ar
⮚ Falta de experiência em mergulhos abaixo de 20m
⮚ Trabalhos pesados
⮚ Falta de sono
⮚ Esforços
⮚ Perspectiva psicológica - ficar inquieto esperando ter uma narcose severa
⮚ Ansiedade
⮚ Pressão devido ao tempo
⮚ Fadiga
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 2

Sintomas da Narcose pelo Nitrogênio

Existem muitos sintomas de narcose. A gravidade e tipo(s) de sintomas são altamente


variáveis. Alguns textos listam os sintomas em função da profundidade em que eles
normalmente são sentidos.

Isto é, no entanto, uma premissa arriscada, pois, devido aos múltiplos fatores,
sintomas graves podem acontecer a profundidades mais rasas do que o esperado. O
maior perigo da narcose por nitrogênio é o seu início traiçoeiro.

O mais grave sintoma da narcose é a perda de consciência.


CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 2

Outros sintomas incluem:


⮚ Semiconsciência
⮚ Memoria distorcida do mergulho
⮚ Sensação de relaxamento
⮚ Diminuição do raciocínio conceitual
⮚ Tontura
⮚ Alucinações visuais
⮚ Euforia
⮚ Alucinações auditivas
⮚ Resposta lenta
⮚ Paranoia ou sentimentos de ansiedade
⮚ Sensação de bem-estar
⮚ Aumento dos erros de julgamento
⮚ Vertigens
⮚ Perda de destreza
⮚ Fixação de ideias
⮚ Distorção do tempo
⮚ Deterioração da capacidade de realizar tarefas
múltiplas
⮚ Adormecimento
⮚ Formigamento
⮚ Sonolência
⮚ Incapacidade para lembrar detalhes do mergulho
⮚ Confusão
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 2

Como se Prevenir, Enfrentar e Adaptar à Narcose por Nitrogênio

Os efeitos da narcose por nitrogênio não podem ser eliminados a menos que você
mude para misturas gasosas menos narcóticas, algo que está fora do âmbito do
mergulho recreativo.

Alguém que pense que é imune à narcose não está sendo realista, principalmente
quando se lida com mergulho em maiores profundidades. Existem mergulhadores que
experimentam uma amnésia ligeira durante um mergulho profundo e mesmo assim
acreditam que são imunes aos efeitos da narcose por nitrogênio.

Existem técnicas para ajudar os mergulhadores a enfrentar, atenuar e adaptar-se aos


efeitos da narcose por nitrogênio, melhorando a segurança relativa do mergulho
profundo.
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 2
⮚ Estude e treine as suas habilidades.
⮚ Evite esforços que gerem elevados níveis de CO2.
Estas técnicas são: ⮚ Use um sistema de Suprimento de Ar de alta qualidade
e com uma boa manutenção.
⮚ Evite mergulhar além das suas capacidades e
⮚ Descanse bem antes de um mergulho.
treinamento. ⮚ Não mergulhe se estiver apreensivo.
⮚ Suba para uma profundidade menor se aparecerem
⮚ Desenvolva e escute a sua intuição.
sintomas perigosos ou questionáveis. ⮚ Use um Sistema de Informações e de Gestão de Ar fácil
⮚ Desça a uma velocidade inferior a 10 m por minuto.
de ler a qualquer profundidade.
⮚ Mantenha-se tão livre de stress quanto possível,
⮚ Mantenha-se em boas condições físicas e mentais.
antes, durante e depois do mergulho. ⮚ Exercite o controle mental — desenvolva a capacidade
⮚ Realize tarefas simples em mergulhos profundos.
de se focar.
⮚ Faça treinamentos e aulas para ambientes especiais
⮚ Visualize mentalmente o mergulho.
(grutas, naufrágios, cavernas, gelo, etc.) ⮚ Aumente progressivamente a profundidade dos
⮚ Evite beber álcool pelo menos 12 horas antes e depois
mergulhos.
de um mergulho. ⮚ Mantenha-se relaxado durante o mergulho.
⮚ Evite o uso de drogas/medicamentos que possam
⮚ Evite tarefas múltiplas.
contribuir com os efeitos da narcose. ⮚ Evite tarefas difíceis.
⮚ Use equipamento de proteção adequado às condições
⮚ Mergulhe com um parceiro que lhe seja familiar, em
da água.
quem confie e que esteja qualificado para os tipos de
⮚ Mantenha referências visuais durante o mergulho.
mergulho que vai fazer
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 2

Como se Prevenir, Enfrentar e Adaptar à Narcose por Nitrogênio

Os efeitos da narcose por nitrogênio não podem ser eliminados a menos que você
mude para misturas gasosas menos narcóticas, algo que está fora do âmbito do
mergulho recreativo.

Alguém que pense que é imune à narcose não está sendo realista, principalmente
quando se lida com mergulho em maiores profundidades. Existem mergulhadores que
experimentam uma amnésia ligeira durante um mergulho profundo e mesmo assim
acreditam que são imunes aos efeitos da narcose por nitrogênio.

Existem técnicas para ajudar os mergulhadores a enfrentar, atenuar e adaptar-se aos


efeitos da narcose por nitrogênio, melhorando a segurança relativa do mergulho
profundo.
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 2

O oxigênio é essencial para cada célula viva do corpo. O ar que respiramos contem
oxigênio a uma pressão parcial de 0.21bar ao nível do mar (pressão absoluta de 1
bar).

Essa pressão parcial de 0.21 bar denomina-se por "normóxica". A maioria dos
mergulhadores recreativos utiliza ar comprimido. Depois de fazer o treinamento
adequado, alguns mergulhadores podem fazer uso vantajoso do "ar enriquecido" ou
nitrox.

O corpo humano, na maioria dos casos e durante longos períodos de tempo, é capaz
de tolerar determinadas faixas de pressões parciais de oxigênio, geralmente entre 0.17
e 1.4 bar, sem sofrer efeitos nocivos. Fora desta faixa, existem períodos de tolerância
antes que apareçam sintomas, que podem variar entre benignos e até mortais. O
oxigênio sustenta a vida - mas pode fazer muito mal, tanto sua falta como seu
excesso.
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 2

O oxigênio é essencial para cada célula viva do corpo. O ar que respiramos contem
oxigênio a uma pressão parcial de 0.21bar ao nível do mar (pressão absoluta de 1
bar).

Essa pressão parcial de 0.21 bar denomina-se por "normóxica". A maioria dos
mergulhadores recreativos utiliza ar comprimido. Depois de fazer o treinamento
adequado, alguns mergulhadores podem fazer uso vantajoso do "ar enriquecido" ou
nitrox.

O corpo humano, na maioria dos casos e durante longos períodos de tempo, é capaz
de tolerar determinadas faixas de pressões parciais de oxigênio, geralmente entre 0.17
e 1.4 bar, sem sofrer efeitos nocivos. Fora desta faixa, existem períodos de tolerância
antes que apareçam sintomas, que podem variar entre benignos e até mortais. O
oxigênio sustenta a vida - mas pode fazer muito mal, tanto sua falta como seu
excesso.
SEÇÃO 2 – O NITROX, SEU CORPO E O MUNDO SUBÁQUATICO

PRESSÃO PARCIAL DO OXIGÊNIO

0,10 atm •Nível mínimo para manutenção da vida

0,12 atm •Nível mínimo para manutenção da consciência

•Limiar da Hipoxia (tolerância ao exercício e Hipóxia e Hiperóxia


0,16 atm desempenho mental caem, abaixo deste)

0,21 atm •Nível normal de PO2 do ar

1,1 atm •Limiar dos sintomas da toxidade do oxigênio

•Nível no qual o oxigênio apresenta um risco


1,4 atm moderado

1,6 atm •Nível no qual o oxigênio apresenta maior risco


EFEITOS DA RESPIRAÇÃO DE GÁS COMPRIMIDO
PRESSÕES PARCIAIS:

AR 1 ATM 2 ATA 3 ATA 4 ATA


O² - 21% 0,21 0,42 0,63 0,84
N² - 79% 0,79 1,58 2,37 3,16
SEÇÃO 3 – O SISTEMA TOTAL DE MERGULHO E O NITROX

TESÃO DE DALTON

PPO2 • PMO
• Melhor mistura

FO2 P(ata)
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 2

Hipóxia / Anóxia

Na hipóxia, as pressões parciais de oxigênio no corpo estão baixas demais para


manter o funcionamento fisiológico normal.

Hipóxia - níveis baixos de oxigênio

A anóxia é um estado em que o organismo esgotou todo o oxigênio existente no corpo.


Esta pode ser considerada a forma mais extrema da hipóxia. Anóxia - ausência de
oxigênio.

Quando a pressão de oxigênio no corpo cai para menos de 0.17 bar, sintomas leves
de hipóxia começam a surgir. Se a pressão de oxigênio cair para valores abaixo de
0.10 bar, pode ocorrer perda de consciência ou mesmo a morte.
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 2

Tipos Fisiológicos de Hipóxia - Hipóxico ou Hipóxia Arterial

A Hipóxia arterial é a forma mais comum de hipóxia. Esta condição acontece quando a
pressão parcial de oxigênio no sangue arterial está baixa demais.
Causas:

⮚ Grandes altitudes
⮚ Oxidação no interior do cilindro esgota o oxigênio
⮚ Prender a respiração durante o mergulho (perda da consciência em águas rasas)
⮚ Respiração intermitente (tolerância a altos níveis de CO2 enquanto a ppO2 cai para
menos de 0,10 bar)
⮚ Uso de misturas de ar (ex. nitrox) sem medir as concentrações
⮚ O Equipamento fornece uma quantidade inadequada de ar
⮚ Ficar sem ar em profundidade
⮚ Obstrução das vias aéreas superiores
⮚ Obstrução da traqueia por inalação de vômito
⮚ Danos alveolares causados por aspirar água
⮚ Lesões por hiperdistensão pulmonar
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 2

Hipóxia Anêmica

A hipóxia anêmica resulta da falta de hemoglobina suficiente para transportar uma


quantidade adequada de oxigênio para as células. Uma vez que a hemoglobina é
responsável pelo transporte de quase todo o oxigênio no sistema circulatório, a
pressão parcial arterial não pode ser mantida dentro de uma faixa normal.

Causas:

⮚ Baixa percentagem de glóbulos vermelhos


⮚ Doenças que causam uma queda na taxa de hemoglobina funcional
⮚ Intoxicação por monóxido de carbono (a hemoglobina do sangue une-se ao CO
impedindo a união com O2)
⮚ Perda de sangue
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 2

Hipóxia Estagnante

A hipóxia estagnante acontece quando o oxigênio é absorvido pelo sangue no sistema


pulmonar, mas por algum motivo não consegue chegar às células.

Causas:

⮚ Doença descompressiva
⮚ Embolia de ar
⮚ Ataque de coração
⮚ Circulação deficiente em condições de hipotermia. (hipóxia localizada)
⮚ Qualquer coisa que impeça a circulação normal
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 2

Hipóxia Histotóxica

A hipóxia histotóxica é uma condição em que as células são incapazes de usar o


oxigênio fornecido a elas.

Causas:

⮚ Gases tóxicos - Monóxido de carbono, etc.


⮚ Alguns venenos
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 2

Sintomas da Hipóxia

Podem variar segundo a gravidade:

⮚ Sensação de bem-estar
⮚ Cianose
⮚ Dormência
⮚ Distúrbios visuais
⮚ Adormecimento
⮚ Formigamentos (sensação de formigas andando sobre a pele)
⮚ Parestesia (ardor, comichão, picadas)
⮚ Capacidade de julgamento debilitada
⮚ Confusão
⮚ Perda de coordenação
⮚ Perda da consciência
⮚ Morte
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 2

Prevenção da Hipóxia:

⮚ Saiba o que voce esta respirando


⮚ Tenha um bom Suprimento de Ar
⮚ Lembre de analisar as misturas de nitrox
⮚ Não pule a respiração
⮚ Não fume antes de mergulhar
⮚ Esteja bem treinado para o mergulho em apneia
⮚ Não hiperventile antes de mergulhar em apneia
⮚ Evite mergulhos prolongados ou muito fundos em apneia
⮚ Mantenha o equipamento em bom estado
⮚ Siga as regras para um mergulho seguro
⮚ Planeje e monitore o seu Suprimento de Ar
⮚ Conheça os procedimentos caso fique sem ar
⮚ Continue a sua formação em mergulho
⮚ Mantenha ou melhore as suas técnicas de mergulho
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 2

Hiperóxia / Toxicidade Causada pelo Oxigênio

Da mesma forma que uma baixa pressão parcial de oxigênio pode ter efeitos nocivos
na fisiologia do mergulhador, a pressão parcial de oxigênio anormalmente alta
(hiperóxia) também pode trazer problemas (toxicidade causada pelo oxigênio).

Ainda que as altas pressões parciais de oxigênio no corpo humano possam afetar
muitos órgãos, as duas principais categorias de classificação lidam com os seus
efeitos sobre sistema nervoso central (toxicidade causada por oxigênio no SNC) e o
sistema pulmonar (Toxicidade pulmonar por oxigênio ou toxicidade "no corpo todo") e
são geralmente tratadas como uma só doença para as questões que envolvem
mergulho).
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 2

Toxicidade Causada pelo Oxigênio no SNC (Sistema Nervoso Central)

Ainda que existam muitas variáveis, em geral estabelece-se que uma pressão parcial
de oxigênio de 1.6 bar é o limite máximo para um mergulhador não profissional em
boas condições.

Uma única exposição a esta pressão de 45 minutos. Dados diferentes tempos,


pressões parciais de oxigênio e diversas combinações de ambos para mergulhos
repetitivos, a maioria concorda que os sintomas de toxicidade causada por oxigênio do
SNC podem ocorrer com pressões parciais de oxigênio de 0.6 bar, para uma só
exposição de mais de 12 horas com limites de tempo decrescentes.

Exceder 1.6 bar parece representar um risco significativo para o mergulhador durante
qualquer período de tempo. Já que ppO2 de 1.6 bar tem um limite de tempo de
exposição de apenas 45 minutos, a SSI sugere um limite de segurança de 1.4.
A ppO2 de 1.4 bar permite um tempo limite de 150 minutos, que iguala ou ultrapassa o
perfil normalmente utilizado em embarcaçãoes de mergulho, fazendo o típico meio-dia
de mergulho com 2 cilindros.
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 2

Fatores que Reduzem a Tolerância às Altas Pressões Parciais de Oxigênio

⮚ O exercício — de moderado a forte


⮚ O estresse térmico — calor ou frio
⮚ Medicamentos ou drogas
⮚ Características fisiológicas individuais do mergulhador
⮚ Certas anomalias patológicas — relacionadas com a genética ou com doenças
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 2

Fatores que Reduzem a Tolerância às Altas Pressões Parciais de Oxigênio

⮚ O exercício — de moderado a forte


⮚ O estresse térmico — calor ou frio
⮚ Medicamentos ou drogas
⮚ Características fisiológicas individuais do mergulhador
⮚ Certas anomalias patológicas — relacionadas com a genética ou com doenças
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 2

Fatores que Reduzem a Tolerância às Altas Pressões Parciais de Oxigênio

⮚ O exercício — de moderado a forte


⮚ O estresse térmico — calor ou frio
⮚ Medicamentos ou drogas
⮚ Características fisiológicas individuais do mergulhador
⮚ Certas anomalias patológicas — relacionadas com a genética ou com doenças
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 2

O maior perigo para um mergulhador com toxicidade causada pelo oxigênio no SNC são as convulsões, que
podem causar a perda do suprimento de ar e afogamento.

Infelizmente, o mergulhador pode não experimentar sintomas reconhecíveis antes das convulsões. Outros
sintomas podem incluir:

Sintomas de Toxicidade Causado pelo Oxigênio no SNC

⮚ Ansiedade
⮚ Fadiga anormal
⮚ Confusão
⮚ Falta de coordenação
⮚ Espasmos musculares
⮚ Náuseas
⮚ Sintomas auditivos
⮚ Zumbidos
⮚ Crepitações (Ruído produzido pela compressão de tecidos que contêm quantidade anormal de ar ou gás)
⮚ Ecos
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 2

Sintomas visuais

⮚ Visão em túnel
⮚ Visão distorcida
⮚ Reflexos
⮚ Cegueira
⮚ Palidez facial
⮚ Transpiração
⮚ Bradicardia —batimento cardíaco baixo
⮚ Vômitos
⮚ Pupilas dilatadas
⮚ Palpitações
⮚ Síncope — desmaio
⮚ Alterações comportamentais — inquietação, irritabilidade
⮚ Euforia
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 2

Toxicidade Pulmonar pelo Oxigênio

A toxicidade pulmonar pelo oxigênio também é conhecida por efeito Lorrain Smith “Em 1899 Lorrain Smith descreveu a
intoxicação pulmonar por oxigênio em ratos”. Ela refere-se geralmente aos efeitos da alta pressão parcial de oxigênio no
sistema pulmonar e é causada por passar de 8 a 14 horas, ou mais, exposto a pressões parciais de oxigênio
acima de 0.5 bar.

O mergulhador recreativo ou recreativo com nitrox geralmente não precisa se preocupar, pois normalmente a
toxicidade pulmonar pelo oxigênio resulta de:

⮚ Mergulhos com longas descompressões


⮚ Mergulhos com saturação
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 2

Toxicidade Pulmonar pelo Oxigênio

A toxicidade pulmonar pelo oxigênio também é conhecida por efeito Lorrain Smith “Em 1899 Lorrain Smith descreveu a
intoxicação pulmonar por oxigênio em ratos”. Ela refere-se geralmente aos efeitos da alta pressão parcial de oxigênio no
sistema pulmonar e é causada por passar de 8 a 14 horas, ou mais, exposto a pressões parciais de oxigênio
acima de 0.5 bar.

O mergulhador recreativo ou recreativo com nitrox geralmente não precisa se preocupar, pois normalmente a
toxicidade pulmonar pelo oxigênio resulta de:

⮚ Mergulhos com longas descompressões


⮚ Mergulhos com saturação

Tratamento

⮚ Cancelar o mergulho imediatamente e retornar a uma atmosfera (ao nível do mar) com ppO2 de 0.21 bar
⮚ Buscar tratamento médico caso os sintomas não desapareçam
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 2

Subida de Emergência, Oxigênio e CO2 - A Verdadeira História

Quando um mergulhador faz uma subida de emergência nadando, alguns elementos fisiológicos podem
favorecer o mergulhador que souber como tirar proveito dessa situação. Ao iniciar a subida de emergência,
supõe-se que o mergulhador tem pelo menos 3/4 do volume pulmonar.

A ciência explica:

O ar em expansão, liberado dos pulmões do mergulhador, contém oxigênio, nitrogênio e CO2. Os níveis de
dióxido de carbono, que estimulam a respiração, são mantidos sob controle pois o mergulhador
exala CO2 durante a subida para baixar a pressão ambiente.

As moléculas densas de oxigênio, nos pulmões, proporcionam o combustível necessário para permanecer
consciente, e o ar disponível no cilindro proporcionará ar respirável em águas menos profundas.
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 2

Subida de Emergência, Oxigênio e CO2 - A Verdadeira História

Em outras palavras, a necessidade de respirar diminui devido ao CO2 que é exalado e o corpo usa o oxigênio
disponível que ainda resta nos pulmões. A necessidade de respirar durante uma subida de um ou dois minutos,
durante uma subida de 20 metros, não é a mesma que a de uma pessoa praticando mergulho livre em apneia.

Fazer uma subida de 20m para 10m causa uma pequena expansão do volume pulmonar, mas subir dos 10m
até à superfície requer expulsar mais ar por metro de subida para evitar as lesões causadas pela
hiperdistensão pulmonar, conforme já visto.
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 2

Subida de Emergência, Oxigênio e CO2 - A Verdadeira História

Em outras palavras, a necessidade de respirar diminui devido ao CO2 que é exalado e o corpo usa o oxigênio
disponível que ainda resta nos pulmões. A necessidade de respirar durante uma subida de um ou dois minutos,
durante uma subida de 20 metros, não é a mesma que a de uma pessoa praticando mergulho livre em apneia.

Fazer uma subida de 20m para 10m causa uma pequena expansão do volume pulmonar, mas subir dos 10m
até à superfície requer expulsar mais ar por metro de subida para evitar as lesões causadas pela
hiperdistensão pulmonar, conforme já visto.
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 3

TEORIA DA DESCOMPRESSÃO
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 3
TEORIA DA DESCOMPRESSÃO

OBJETIVOS

DEPOIS DE COMPLETAR ESTA SEÇÃO VOCÊ SERÁ CAPAZ DE:

⮚ Estabelecer os pontos chave da Teoria da Descompressão


⮚ Explicar a Aplicação da Teoria da Descompressão
⮚ Enumerar as diferentes situações que afetam a Teoria da Descompressão
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 3

Três conceitos importantes que aprendemos: profundidade, tempo e velocidade de subida.

Muitas pesquisas foram realizadas com o objetivo de desenvolver as tabelas e os computadores


de mergulho , buscando informar quanto tempo você pode permanecer debaixo da água a
diferentes profundidades e como voltar à superfície em segurança.

A Teoria da Descompressão é um assunto complexo devido a vários fatores: Variabilidade da


fisiologia humana, a falta de uma compreensão completa das interações entre os mecanismos
da física dos gases e da fisiologia humana, e a mudança do foco de estudo sobre o assunto.

O objetivo desta seção é apresentar a teoria mais aceita atualmente e o desenvolvimento das
tabelas e dos computadores de mergulho. A velocidade com que o corpo absorve e elimina
nitrogênio é a chave para a teoria da descompressão.
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 3

Os períodos de semi-saturação crítica dos tecidos (abreviados em "T" como tempo e


expressados neste exemplo em minutos) é um método para descrever o tempo que demora para
uma dada quantidade de gás num tecido varie em 50%. Haldane escolheu T-5, T-10, T-20, T-40
e T-75 minutos como tempos dos tecidos. "tecidos rápidos" a "tecidos lentos".

Ele baseou-se no que eram então considerados os limites da capacidade de mergulho. Na


época de Haldane, o tempo de fundo e as profundidades máximas eram severamente limitadas,
não só pela descompressão, mas também pela tecnologia disponível.

Ao longo dos anos, muitos pesquisadores Suíços, Britânicos e Americanos, trabalharam na


expansão e na melhoria do trabalho de Haldane. A sua teoria, atualmente bastante modificada, é
agora conhecida como Neo-Haldaniana, e ainda hoje constitui a base de cálculo para os tempos
de descompressão no mergulho recreativo moderno. Esta longevidade é uma homenagem a
Haldane e às suas ideias.
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 3

Ao respirarmos ar durante uma imersão, a pressão


parcial do nitrogênio no ar alveolar aumenta.

Pressão Parcial

Esse gradiente é a força que faz com que o nitrogênio se


difunda através do tecido pulmonar e seja absorvido pelo
sangue. Uma vez na corrente sanguínea, ele é
transportado para o corpo todo.

Existe um gradiente semelhante entre o nitrogênio em


solução no sangue e o nitrogênio dissolvido nos tecidos.
1: O gás se move de uma região de maior pressão
A quantidade e a velocidade que o nitrogênio é para uma de menor pressão (Dos sacos alveolares
absorvido pelos tecidos depende de uma série de para a corrente sanguínea) “Eliminação de Gás
Inerte”
fatores.
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 3

Ao respirarmos ar durante uma imersão, a pressão


parcial do nitrogênio no ar alveolar aumenta.

Pressão Parcial

Esse gradiente é a força que faz com que o nitrogênio se


difunda através do tecido pulmonar e seja absorvido pelo
sangue. Uma vez na corrente sanguínea, ele é
transportado para o corpo todo.

Existe um gradiente semelhante entre o nitrogênio em


solução no sangue e o nitrogênio dissolvido nos tecidos.
1: O gás se move de uma região de maior pressão
A quantidade e a velocidade que o nitrogênio é para uma de menor pressão (Dos sacos alveolares
absorvido pelos tecidos depende de uma série de para a corrente sanguínea) “Eliminação de Gás
Inerte”
fatores.
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 3

As tabelas e os computadores de mergulho são


usados para prever a quantidade de gás inerte que
é absorvido num determinado perfil de
profundidade/tempo e para regular o processo de
dessaturação na subida.

O objetivo é administrar o risco potencial de


doença descompressiva e reduzir a absorção de
nitrogênio ao mínimo.
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 3

Implementação da Teoria da Descompressão

O primeiro método, e ainda o mais usado, é o do


planejamento prévio do tempo de descompressão
usando tabelas de mergulho, por exemplo as
tabelas da Marinha dos Estados Unidos.
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 3

Implementação da Teoria da Descompressão

A inovação mais recente e bem popular é o


computador de mergulho.

Em termos gerais, o desenvolvimento de misturas


de respiração híbridas, como o Nitrox (Ar
Enriquecido Nitrox ou EANx) ou o Trimix, também
pode ser visto como uma tentativa de modificar e
de melhor administrar a fase da descompressão.
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 3

Implementação da Teoria da Descompressão

A inovação mais recente e bem popular é o


computador de mergulho.

Em termos gerais, o desenvolvimento de misturas


de respiração híbridas, como o Nitrox (Ar
Enriquecido Nitrox ou EANx) ou o Trimix, também
pode ser visto como uma tentativa de modificar e
de melhor administrar a fase da descompressão.
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 3

Pesquisa Doppler

Muitas pessoas perguntam de onde vieram os limites Doppler. Os limites Doppler foram adotados
pela SSI em 1988. A SSI não definiu esses limites, eles são resultado de uma pesquisa realizada por
Merril Spencer em 1976, que usou equipamento ultrassom Dopler para detectar a presença de
bolhas silenciosas*.

Acredita-se que as bolhas silenciosas precedem a doença descompressiva.

Os limites Doppler reduzem o tempo permitido no fundo com objetivo de tentar diminuir a incidência
de bolhas silenciosas.
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 3

Pesquisa Doppler

Muitas pessoas perguntam de onde vieram os limites Doppler. Os limites Doppler foram adotados
pela SSI em 1988. A SSI não definiu esses limites, eles são resultado de uma pesquisa realizada por
Merril Spencer em 1976, que usou equipamento ultrassom Dopler para detectar a presença de
bolhas silenciosas*.

Acredita-se que as bolhas silenciosas precedem a doença descompressiva.

Os limites Doppler reduzem o tempo permitido no fundo com objetivo de tentar diminuir a incidência
de bolhas silenciosas.
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 3

* TABELA 1 - LIMITES NÃO DESCOMPRESSIVOS


* TABELA 2 - INTERVALOS DE SUPERFÍCIE
* TABELA 3 - TEMPOS DE NITROGÊNIO RESIDUAL
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 3
PLANEJANDO E EXECUTANDO SEU MERGULHO
• TERMINOLOGIA DA TABELA
NÃO DESCOMPRESSIVA: INTERVALO DE SUPERFÍCIE
PARADA DE
• PROFUNDIDADE SEGURANÇA

• TEMPO DE FUNDO (TF)

• NITROGÊNIO RESIDUAL

• INTERVALO DE SUPERFÍCIE (IS)


PROFUNDIDADE
• MERGULHO REPETITIVO
TEMPO DE FUNDO
• LIMITE NÃO DESCOMPRESSIVO MERGULHO REPETITIVO

• MERGULHO NÃO
DESCOMPRESIVO

• MERGULHO DESCOMPRESSIVO
TABELA DE MERGULHO
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 3

APÓS UM MERGULHO A 15 METROS/50 PÉS POR 50 MINUTOS, QUAL SERÁ O SEU GRUPO REPETITIVO?
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 3

MERGULHO #1
GR - IS GR - IS GR - IS

15m

50 min

TNR - 0
TFR - 50
TFT - 50
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 3

QUAL O LIMITE NÃO-DESCOMPRESSIVO A 16 METROS/52 PÉS?


CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 3

AO INICIAR O INTERVALO DE SUPERFÍCIE, VOCÊ PERTENCIA AO GRUPO “D”. APÓS 2 HORAS,


QUAL SERÁ O SEU NOVO GRUPO?
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 3
VOCÊ ESTÁ NO GRUPO “E” E PRETENDE FAZER UM PRÓXIMO MERGULHO A 18 METROS/60
PÉS. QUAL É O SEU TEMPO DE NITROGÊNIO RESIDUAL?
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 3
APÓS UM MERGULHO A 16 METROS/55 PÉS POR 27 MINUTOS, QUAL SERÁ O SEU GRUPO REPETITIVO?
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 3
VOCÊ SE ENCONTRA NO GRUPO “F”, FAZ 2 HORAS DE INTERVALO DE SUPERFÍCIE E PLANEJA FAZER O PRÓXIMO
MERGULHO A 16 METROS/55 PÉS. QUAL É O TEMPO DE FUNDO MÁXIMO AJUSTADO?
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 3

VOCÊ DESEJA FAZER DOIS MERGULHOS DE 30 MINUTOS CADA , EM UM NAUFRÁGIO A 18 METROS/60PÉS.


QUAL É O INTERVALO DE SUPERFÍCIE MÍNIMO NECESSÁRIO PARA EVITAR QUE O SEGUNDO MERGULHO
SEJA DESCOMPRESSIVO?

GR - IS GR - IS GR - IS

F-?- C

18m
18m
30min 30min

IS- 2:29
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 3

MERGULHO 1 – 30 METROS – 10 MINUTOS – INTERVALO SUPERFÍCIE 02:30 HORAS


MERGULHO 2 – 18 METROS – 15 MINUTOS – INTERVALO SUPERFÍCIE 01:50 HORAS
MERGULHO 3 – 15 METROS – 10 MINUTOS – INTERVALO SUPERFÍCIE 02:30 HORAS

QUAL O ÚLTIMO GRUPO REPETITIVO?

GR - IS GR - IS GR - IS
D 2:30 C G 01:50 E G 02:30 D

MERGULHO #1 MERGULHO #2 MERGULHO #3

30m 18m 15m


10min 15min 10min

TNR - 0 TNR - 17 TNR - 38


TFR - 10 TFR - 15 TFR - 10
TFT - 10 TFT - 32 TFT - 48
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 3

TABELA PADI
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 3
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 3

História

Os monitores automáticos de descompressão foram idealizados durante anos antes de se tornarem


realidade. A primeira real tentativa de fazer um medidor de descompressão foi realizada pela Marinha
dos Estados Unidos em meados dos anos 50.

O dispositivo mecânico testado não era suficientemente preciso para substituir as tabelas e foi
abandonado. O primeiro medidor mecânico de descompressão disponível para o público surgiu na
Itália, em 1959. Durante os anos sessenta e setenta, muitas companhias e departamentos militares
trabalharam em projetos sem muito sucesso. A tecnologia necessária para tornar esses projetos bem-
sucedidos só ficou disponível nos anos 80.
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 3

Os computadores de mergulho são um método de controle automático da absorção de nitrogênio.


Embora não sejam um conceito novo, somente depois do avanço tecnológico, miniaturização e
produção em massa de chips e processadores, foi possível ter instrumentos eletrônicos capazes de
serem utilizados com facilidade durante mergulho.
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 3

Limitações

A profundidade e o tempo são os principais parâmetros, no entanto, os mergulhadores têm uma


infinidade de parâmetros que afetam a absorção real do nitrogênio.

A idade, a aptidão física e muitos outros fatores determinantes na saúde; assim como o esforço e a
temperatura da água, que têm um impacto real na absorção do nitrogênio, no entanto, esses
parâmetros muitas vezes não podem ser monitorados, ou em alguns modelos, só podem ser
parcialmente introduzidos nos cálculos do computador.
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 3

Limitações

Se você mergulhar fundo, em seguida subir, e logo depois for para o fundo novamente, o computador
pode dar resultados não confiáveis. Uma vez que um computador de mergulho é um computador
real, podemos usar um velho ditado usado na informática: "Se entrar lixo, vai sair lixo".

Em outras palavras, devemos fornecer os dados corretos ao computador para ele calcular
corretamente a descompressão. Como o computador recolhe a informação usando um profundímetro
e um cronômetro, se um mergulhador não mergulhar corretamente, o computador também não vai
fazer os cálculos corretos.
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 3

Limitações

Se você mergulhar fundo, em seguida subir, e logo depois for para o fundo novamente, o computador
pode dar resultados não confiáveis. Uma vez que um computador de mergulho é um computador
real, podemos usar um velho ditado usado na informática: "Se entrar lixo, vai sair lixo".

Em outras palavras, devemos fornecer os dados corretos ao computador para ele calcular
corretamente a descompressão. Como o computador recolhe a informação usando um profundímetro
e um cronômetro, se um mergulhador não mergulhar corretamente, o computador também não vai
fazer os cálculos corretos.
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 3
PLANEJANDO E EXECUTANDO SEU MERGULHO
• Usando os Computadores de Mergulho
⮚ Modo de Planejamento
⮚ Modo de Mergulho
⮚ Modo DiveLog
⮚ No Fly (Tempo para Voar)
⮚ Alarmes
⮚ Luz de Fundo
⮚ Unidades
⮚ Interface com o PC
⮚ Nitrox
⮚ Trimix
COMPUTADOR DE MERGULHO
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 3

MÓDULO DE PERFIL DO
LOG BOOK
MERGULHO MERGULHO
COMPUTADOR DE MERGULHO
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 3

AVISO DE BÚSSOLA PERFIL DO


SUBIDAS INTEGRADA MERGULHO
COMPUTADOR DE MERGULHO
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 3

PLANEJAMENTO NO FLY / DESAT / SURF TIME DESCOMPRESSÃO


CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 3
• Usando os Computadores de Mergulho:
⮚ Tenha sempre seu próprio computador. Não use um mesmo
computador junto com seu dupla

⮚ Verifique o nível da bateria do computador antes do mergulho

⮚ Siga os limites do computador. Tenha certeza de observar e


seguir todos os avisos de segurança

⮚ Siga a indicação da tela ou o som do alarme de subida do


computador, permanecendo dentro da velocidade de subida
correta

⮚ Permaneça dentro dos limites e seja conservador

⮚ Planeje e execute seu mergulho cuidadosamente e tenha um


plano de contingência se o seu computador falhar
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 3

Há várias situações que desafiam a teoria da descompressão. O mergulho multinível, o mergulho em


altitude, mergulhar e voar, e o mergulho com paradas de descompressão planejadas
(independentemente da parada de segurança) são todas situações que desafiam a teoria da
descompressão convencional e as ferramentas desenvolvidas para o controle da absorção do
nitrogênio.

Mergulho Multinível

Os mergulhos multinível, em geral, são aqueles em que os mergulhadores permanecem em


profundidades progressivamente menores durante o mergulho, o que permite aumentar o tempo de
fundo. Tipicamente, mergulhos multinível são feitos nas paredes de grandes formações de corais e
em naufrágios, onde o mergulhador pode descer até à profundidade máxima e depois subir até à
superfície.
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 3

 Imagine uma esponja absorvendo água

As esponjas absorvem a água em quantidades


variáveis, mas num determinado ponto ficam
saturadas (não conseguem reter mais água).

Quando há um aumento da pressão ambiente, os


tecidos comportam-se como esponjas, absorvendo
nitrogênio até estarem saturados (a essa pressão).

Ao reduzir a pressão, os tecidos irão liberar


nitrogênio, mas se forem sujeitos a um novo
aumento de pressão, eles absorverão novamente
nitrogênio, mas o nitrogênio residual irá afetar esse
processo.
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 3

Portanto, se o mergulhador descer fundo e depois subir, a sua absorção de nitrogênio é


calculada a um ritmo mais lento e na menor profundidade.

No entanto, se descer novamente a uma profundidade maior, a absorção teórica do nitrogênio


aumenta proporcionalmente.

Como foi comentado anteriormente, o nitrogênio residual afeta esse processo, mas os
computadores atuais não são capazes de levar em conta esse efeito com a precisão
necessária. Portanto, no segundo caso, o computador não conseguiria calcular a absorção real
do organismo, o que é potencialmente perigoso.
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 3

Portanto, se o mergulhador descer fundo e depois subir, a sua absorção de nitrogênio é


calculada a um ritmo mais lento e na menor profundidade.

No entanto, se descer novamente a uma profundidade maior, a absorção teórica do nitrogênio


aumenta proporcionalmente.

Como foi comentado anteriormente, o nitrogênio residual afeta esse processo, mas os
computadores atuais não são capazes de levar em conta esse efeito com a precisão
necessária. Portanto, no segundo caso, o computador não conseguiria calcular a absorção real
do organismo, o que é potencialmente perigoso.
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 3

 Imagine uma esponja absorvendo água

As esponjas absorvem a água em quantidades variáveis, mas num determinado ponto ficam
saturadas (não conseguem reter mais água).

Quando há um aumento da pressão ambiente, os tecidos comportam-se como esponjas, absorvendo


nitrogênio até estarem saturados (a essa pressão).

Ao reduzir a pressão, os tecidos irão liberar nitrogênio, mas se forem sujeitos a um novo aumento de
pressão, eles absorverão novamente nitrogênio, mas o nitrogênio residual irá afetar esse processo.
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 3

 As recomendações da SSI são:

É exigido um intervalo mínimo de superfície de


24 horas para haver razoável segurança de que
o mergulhador permanecerá livre de sintomas
durante um voo comercial (pressurizado a uma
altitude de 2500m).

É recomendado um intervalo de superfície de


mais de 24 horas se tiver feito múltiplos
mergulhos diários e consecutivos ou mergulhos
que precisaram de paradas descompressivas.
Quanto maior for o intervalo de superfície antes
de um voo, menor a chance de se sofrer de uma
doença descompressiva.

DAN =1/12 >1/18 DECO 18 hs


CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 4

COMPONENTES DO SISTEMA TOTAL DE MERGULHO E ACESSÓRIOS


CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 4

COMPONENTES DO SISTEMA TOTAL DE MERGULHO E ACESSÓRIOS

Objetivos

Depois de completar esta seção, você irá entender:

⮚ Compreender a importância do equipamento para a segurança e conforto do mergulhador


⮚ Entender a evolução do equipamento de mergulho
⮚ Listar as características fundamentais de cada parte do Sistema Total de Mergulho
⮚ Listar as características e os benefícios do Sistema Total de Mergulho
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 4
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 4

Uma grande parte de qualquer treinamento de mergulho SCUBA envolve treinamento para uso e
manuseio do equipamento.

Na verdade, a profissão de Instrutor de Mergulho, na qual um dia você pode estar envolvido,
surgiu da necessidade de treinar as pessoas que compravam equipamento SCUBA e como
deveriam usá-los de forma segura.

Quando o equipamento de mergulho se tornou disponível ao público em geral, a partir dos


militares, as pessoas podiam simplesmente entrar numa loja, comprar um equipamento e
mergulhar sem formação.

Enquanto o esporte era originalmente limitado a poucos aventureiros aquáticos, o aumento da


popularidade do mergulho atraiu pessoas do público em geral que necessitavam de formação,
tanto no uso do equipamento como sobre estar embaixo d'água.
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 4

Ao longo dos anos, as técnicas de formação seguiram as mudanças nos equipamentos. O colete
equilibrador e o inflador do colete, por exemplo, mudaram a forma de ensinar o controle da
flutuabilidade, os procedimentos de superfície e os procedimentos de emergência.

Várias técnicas de compartilhamento de ar são ensinadas, todas válidas dependendo da


configuração do equipamento utilizado. (A SSI defende que se deve disponibilizar o regulador
primário do sistema de fornecimento de ar, pois ele funciona com qualquer tipo configuração de
equipamento).
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 4

Mas esta seção não é sobre treinamento, mas sim sobre você. O mais importante sobre seu
equipamento, especialmente se você é dono do seu próprio Sistema Total de Mergulho, é saber
se está confortável e seguro para suas aventuras de mergulho.

A forma mais cômoda, conveniente e agradável de mergulhar é com o seu próprio Sistema Total
de Mergulho, customizado e adequado.

À medida que se familiariza com seu equipamento, sua habilidade crescerá e o seu nível de
stress vai diminuir - o mergulho se tornará cada vez mais agradável.
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 4

Anos 50, 60, 70, 80, 90, Hoje em dia


CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 4

Assim, a 14 de novembro de 1822, dois


meses após sua proclamação, fazia-se ao
mar a primeira esquadra brasileira, rumo a
Montevidéu, com a missão de expulsar as
forças que lutavam para manter a
Província Cisplatina sob o domínio
português.
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 4

Na antiguidade o mergulho livre sem o apoio de equipamentos


era a única possibilidade, com a exceção do uso de juncos, ou
de bexigas de couro, para a respiração.[1] Os mergulhadores
enfrentavam os mesmos problemas atuais, como a doença
descompressiva e o apagão durante a apneia. Assim o
mergulho na antiguidade poderia ser mortalmente arriscada.

Tanto o mergulho com intuito comercial, como o com o objetivo


de recreação, podem ter surgido na Grécia Antiga, já que tanto 
Platão (427-347 a.C.), quanto Homero VIII a.C citam que as 
esponjas já eram utilizadas para os banhos. A ilha de Calymnos
 era o principal centro do extrativismo de esponjas.
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 4

Anos 50

⮚ Considerada por muitos o início do mergulho recreativo


⮚ Tinham pouca ou nenhuma formação
⮚ Muitos deles eram ávidos mergulhadores de apneia, que queriam permanecer por mais
tempo debaixo d'água
⮚ O equipamento, ou a falta deste, junto com a falta de formação sobre a forma correta de usar,
era um dos inconvenientes
⮚ Equipamento padrão típico era composto por máscara, nadadeiras, cilindro, mochila, sistema
de suprimento de ar de duas saídas, roupa de borracha, cinto de lastro e com frequência um
arpão
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 4

Anos 50

⮚ Considerada por muitos o início do mergulho recreativo


⮚ Tinham pouca ou nenhuma formação
⮚ Muitos deles eram ávidos mergulhadores de apneia, que queriam permanecer por mais
tempo debaixo d'água
⮚ O equipamento, ou a falta deste, junto com a falta de formação sobre a forma correta de usar,
era um dos inconvenientes
⮚ Equipamento padrão típico era composto por máscara, nadadeiras, cilindro, mochila, sistema
de suprimento de ar de duas saídas, roupa de borracha, cinto de lastro e com frequência um
arpão
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 4

Anos 60

⮚ Série de TV Sea Hunt “1958” mostrava as virtudes do mergulho na Califórnia (muitos


episódios foram filmados nas proximidades da ilha de Catalina “entre LA e San Diego)

⮚ Em Sea Hunt, usava-se o sistema de suprimento de ar de duas saídas e dois cilindros, e


existiam "brigas" com facas, representando um lado rude das aventuras subaquáticas.

⮚ Série Flipper promovendo o mergulho nas águas quentes da Flórida

⮚ Série Flipper mostrou o lado recreativo do mergulho, com o sistemas de suprimento de ar de


uma saída, um só cilindro e cenas com golfinhos divertidos. Outro aspecto de Flipper é que
era permitido que os adolescentes mergulhassem.
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 4

Anos 60

⮚ Novos equipamentos (O manômetro, colete, o snorkel, o profundímetro e o relógio


começaram a ser mais utilizados)

⮚ Segurança

⮚ A Surgiram novas empresas (Venda, Aluguel, Conserto e aulas)

⮚ Máscara, snorkel, nadadeiras, cilindro, mochila, sistema de suprimento de ar de uma saída,


roupa de nylon forrada, cinto de lastro, manômetro submersível e, às vezes, um colete de
flutuação.
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 4

Anos 70

⮚ Consolidação do mergulho recreativo moderno. Técnicas de ensino, equipamentos, vendas,


aluguel e viagens de mergulho da forma como conhecemos hoje surgiram nessa época.

⮚ Segundo estágio alternativo (geralmente conhecido por "octopus")

⮚ O profundímetro e o manômetro de pressão submersível quase que se tornaram parte do


equipamento padrão

⮚ Tamanhos menores, com cada vez mais mulheres e jovens aprendendo a mergulhar

⮚ Técnicas de formação tornaram-se mais padronizadas com a implementação do padrão ANSI


(American National Standards Institute)

⮚ As viagens de mergulho “ Aviação”


CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 4

Anos 80

⮚ Rápido crescimento e o amadurecimento da indústria do mergulho recreativo


⮚ Fabricantes de equipamento, agências de treinamento, resorts e lojas de mergulho
⮚ Equipamento melhor, que fazia do mergulho um esporte mais simples, seguro, confortável e
acessível
⮚ As viagens para mergulho amadureceram, oferecendo acomodação confortável e barcos
⮚ Coletes flutuadores estilo "jaqueta" substituíram o conjunto "babador" e mochila
⮚ Sistema de informação ficou integrado
⮚ Chegada do computador de mergulho, e a borracha de silicone tornou mais confortável as
máscaras, bocais e nadadeiras
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 4

Anos 90

Melhorias no equipamento já existentes


Equipamento ficou mais simples e mais eficiente para agradar aos viajantes e aos
mergulhadores ecologicamente conscientes
Os computadores de mergulho foram aprimorados devido à popularização do nitrox como
mistura respiratória
No final da década, a indústria viu surgir os rebreathers recreativos
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 4

Hoje em dia

Fabricantes estão a começando a se concentrar em diferentes grupos de pessoas

Instrumentos digitais assumiram a liderança em Sistemas de Informação, já que têm mais


recursos.
O planejamento do mergulho tornou-se mais fácil do que no passado, produzindo um impacto
positivo na utilização do nitrox e do mergulho técnico
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 4

Hoje em dia

Os avanços tecnológicos têm aumentado a popularidade da formação especializada, fazendo


com que aulas avançadas se tornem divertidas e fáceis de aprender
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 4

Hoje em dia

Os avanços tecnológicos têm aumentado a popularidade da formação especializada, fazendo


com que aulas avançadas se tornem divertidas e fáceis de aprender
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 4
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 4

O equipamento que você escolher para mergulhar deve ser capaz de funcionar da mesma forma
nas condições mais simples e nas mais exigentes.

Você deve confiar que o equipamento escolhido irá levá-lo para onde deseja ir e, mais
importante, trazê-lo de volta! A princípio, você pode sentir-se confuso pelo grande número de
produtos disponíveis, mas, felizmente, é possível aprender muito com os mergulhadores mais
experientes.
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 4

⮚ Simplicidade

⮚ Alterações e Mudanças no Equipamento

⮚ Adaptabilidade

⮚ Confiabilidade e Redundância
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 4

Cilindros
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 4

Cilindros

Material (alumínio ou aço )

Capacidade ( litros ou metros cúbicos ) S80 pés cúbicos


(2.200 / 28,317/l)

Peso14,7 kilos ( no mar flutuabilidade negativa de


aproximadamente 7 quilos e tem uma flutuabilidade
positiva de 2 quilos quando está vazio )

Cilindro de Reserva "Pony Bottle"

Stages ( EAN / 100% O2 / Suporte Deep Diving no cabo)

Qual a reserva para emergências?


CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 4

Cilindros Duplos

Usado nos mergulhos técnicos, devido à profundidade e duração


do mergulho

Manifold (tubo de conexão) fixados juntos com tiras de aço


inoxidável 99295-0526 atlas gestao

Capacidade ( 15litros ou metros cúbicos ) S106 pés cúbicos


(3.000 / 28,317/l)

Peso 20 kg/cada ( no mar flutuabilidade negativa de


aproximadamente 11kg e tem uma flutuabilidade positiva de 3,75
kg quando está vazio )

Qual a reserva para emergências?


CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 4

Torneiras Individuais

Torneiras H para Cilindro Individual

A torneira H (e a torneira "Y") permite ao mergulhador


montar dois reguladores na mesmo cilindro. Em cada saída
da torneira "H" são conectados um primeiro e um segundo
estágio.

Para mergulho técnico, especialmente em ambientes com


obstáculos, são preferidas as conexões tipo DIN.

O medidor de pressão e a mangueira do inflador do colete


equilibrador também são conectadas ao primeiro estágio do
regulador.
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 4

Torneiras com Manifold

Torneiras com “Manifold” podem ser encontradas com


isolador e sem isolador. Ambos os tipos permitem que o ar
flua entre as duas torneiras nos dois cilindros.

Os “Manifolds” com isolador têm uma torneira central que


conecta os dois cilindros, que, se for fechada, impede o
fluxo de gás entre os cilindros. A torneira do cilindro controla
o fluxo de ar apenas até a saída dessa mesma torneira.

Exemplo: Ao fechar a torneira do cilindro direito, o fluxo de


ar no regulador direito cessa, mas o gás contido dentro do
ATENÇÃO – TORNEIRA INVERTIDA
cilindro ainda pode fluir pelo “manifold” e ser enviado ao
regulador montado na válvula do cilindro esquerdo.
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 4

Normas de Manutenção para Nitrox e Oxigênio

As normas relativas ao uso de Nitrox e oxigênio em cilindros de mergulho são às vezes


contraditórias e difíceis de entender. Caso seja proprietário de um cilindro, você deve ser
responsável pelo cumprimento das leis nacionais e locais, dos padrões de uso e de seguir as
especificações do fabricante antes de encher o cilindro.

No mundo todo, você irá encontrar muitas agências que estabeleceram normas, as quais empresas
e mergulhadores devem seguir.

Algumas normas são: como o cilindro deve ser marcado, como deve ser recarregado, como deve
ser o padrão de limpeza, onde pode ser armazenado, como deve ser transportado e com que
frequência deve ser inspecionado.

Consulte as normas locais para se assegurar que esteja de acordo com todas as regras
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 4

Tem sido uma prática bastante comum entre os mergulhadores, a conversão de S80 e outros
cilindros de mergulho de alumínio para o uso com oxigênio. Se você pretende fazê-lo, certifique-se
de que o trabalho é executado por um técnico, em conformidade com todas as normas
regulamentadas. Você deve saber o histórico de manutenção de qualquer cilindro que comprar.
Como proprietário, você pode ser responsabilizado por quaisquer acidentes que resultem do uso
dele.

A maioria dos distribuidores de cilindros de aço pelo mundo, fornecem cilindros e torneiras que já
estão limpas e certificadas de fábrica para uso com oxigênio. Esses cilindros estão certificados para
todas as misturas de Nitrox, incluindo aquelas com teor de O2 superior a 40%. Eles podem ser
usados para misturas de pressão parcial e também para oxigênio puro.
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 4

Analisador de O2
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 4
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 4

O esforço necessário para respirar através de um regulador é medido em joules por litro (j/l). A carga
de trabalho é determinada através da medição do esforço da inalação e exalação em simuladores
de respiração.

Um regulador é conectado a um "mergulhador de teste" (manequim) e imerso num tanque dentro de


uma câmara hiperbárica. Pulmões artificiais inalam e exalam o gás a um certo padrão definido, e a
resistência respiratória é medida.

Medições adicionais são feitas a diferentes profundidades, temperaturas e pressões de fornecimento


de gás. Computadores são usados para analisar os dados do teste e para construir uma Curva de
Esforço Respiratório (CER).

Os reguladores com maior rendimento apresentam curvas uniformes centradas aproximadamente


na linha 0.0, e têm uma área mínima entre os limites da inalação (inferior) e exalação (superior).
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 4

A unidade recebeu este nome em homenagem ao físico britânico James Prescott Joule,[4] que, em


1849,[1] demonstrou a equivalência entre trabalho e calor, ao medir o aumento da temperatura de
uma amostra de água quando uma roda de pás é rotacionada dentro dela.[5]

A Comunidade Europeia (CEE) estabeleceu normas que exigem que os reguladores tenham valores
CER que não excedam os 3.0 j/l a 6 bar. Reguladores de alto desempenho podem ter valores CER
menores do que 0.8 j/l nesta profundidade. Quando você for comparar modelos, deve examinar
atentamente os níveis CER. 1 joule / l = 0,01 bar

A norma EN250 requer que os reguladores de demanda que não são projetados para águas geladas
sejam claramente marcados e de forma duradoura com “>10° C”.

Quando falamos de um regulador durante um processo de teste, normalmente falamos do conjunto


com primeiro e segundo estágio e, geralmente, é todo o conjunto, da conexão Yoke ou Din até o
bocal que é analisado.
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 4

A unidade recebeu este nome em homenagem ao físico britânico James Prescott Joule,[4] que, em


1849,[1] demonstrou a equivalência entre trabalho e calor, ao medir o aumento da temperatura de
uma amostra de água quando uma roda de pás é rotacionada dentro dela.[5]

A Comunidade Europeia (CEE) estabeleceu normas que exigem que os reguladores tenham valores
CER que não excedam os 3.0 j/l a 6 bar. Reguladores de alto desempenho podem ter valores CER
menores do que 0.8 j/l nesta profundidade. Quando você for comparar modelos, deve examinar
atentamente os níveis CER. 1 joule / l = 0,01 bar

A norma EN250 requer que os reguladores de demanda que não são projetados para águas geladas
sejam claramente marcados e de forma duradoura com “>10° C”.

Quando falamos de um regulador durante um processo de teste, normalmente falamos do conjunto


com primeiro e segundo estágio e, geralmente, é todo o conjunto, da conexão Yoke ou Din até o
bocal que é analisado.
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 4

YOKE
( Cabeçote )

DIN
 (Deutches Industrie
Norm)
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 4

Primeiro Estágio do Regulador

Reduzir a alta pressão do ar proveniente do cilindro, para uma pressão intermediária constante.

Eles podem ser: de pistão ou diafragma


PRESSÃO REGULADOR

207 Bar Cilindro


1º Estágio Saídas LP e HP
Pressão Intermediária ( Mangueiras 7,8
Bar )
2º Estágio 1 bar
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 4

Pistão Balanceado

Em primeiro lugar, os primeiros estágios de pistão balanceado liberam muito mais ar para o segundo
estágio do que qualquer outro tipo de primeiro estágio, além disso o desempenho não é afetado pela
mudança de pressão do cilindro.

Um pistão balanceado permite o uso de componentes mais sensíveis e leves, resultando numa
resposta ultrarrápida de respiração, distribuição instantânea e um alto fluxo de ar, especialmente
quando o cilindro está com baixa pressão.

Um mergulhador cansado vai ser beneficiado por regulador de menor esforço respiratório durante a
subida ou durante as paradas descompressivas. Primeiros estágios de pistão balanceado são uma
ótima opção para mergulhadores recreativos e profissionais, e funcionam igualmente bem tanto em
ambientes de águas quentes como em águas frias.
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 4

Pistão não Balanceado (Clássico) 

Essa configuração de pistão é o mecanismo mais simples que existe para controlar a grande
redução de pressão que existe entre o ar do cilindro e o segundo estágio, que recebe o ar a baixa
pressão.

Esse primeiro estágio é extremamente confiável, raramente apresenta problemas e requer menos
manutenção.

O pistão clássico é a primeira escolha dos centros de mergulho e serviços de aluguel no mundo todo
para temperaturas de água quentes e moderadas.
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 4

Tecnologia de Membrana

Os primeiros estágios de membrana são selados e não tem contato com o ambiente externo, para
que a água não entre nos mecanismos internos. Como os reguladores podem alcançar
temperaturas de até -30ºC, devido à rápida velocidade do deslocamento de ar e à queda de pressão
envolvida, é imperativo evitar o contato das peças metálicas móveis com a água extremamente fria.
Por isso, o primeiro estágio de membrana, equipado com kits especiais para águas geladas, tem
sido o favorito dos mergulhadores de águas frias e também para aqueles que realizam trabalhos em
águas turvas ou contaminadas.

A maioria dos primeiros estágios de membrana são balanceados e têm características patenteadas,
que proporcionam um fluxo ultrarrápido para o segundo estágio e um fantástico desempenho geral.
Alguns primeiros estágios de membrana são muitas vezes "sobrebalanceados", para que a pressão
intermédia aumente com profundidade, com o objetivo de melhorar o desempenho. Os primeiros
estágios de membrana também podem ser a melhor escolha para aplicações onde se utilizam
cilindros com alta pressão.
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 4
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 4
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 4
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 4

PRESSÃO REGULADOR

207 Bar Cilindro


1º Estágio Saídas LP e HP
Pressão Intermediária ( Mangueiras 7,8
Bar )
2º Estágio 1 bar
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 4

Tecnologia das Câmaras de Balanceamento

As designações balanceado e não balanceado(clássico) também se aplicam ao segundo estágio.


Elas oferecem um melhor desempenho no fluxo e estabilidade, além de serem confiáveis, simples e
de desempenho sólido.

Normalmente, a maioria ou todos os primeiros e segundos estágios de uma marca são totalmente
compatíveis.

Algumas combinações podem proporcionar sistemas com um funcionamento mais eficaz “ou não”
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 4

No caso improvável de uma falha no


funcionamento do primeiro estágio, a válvula do
segundo estágio permanecerá aberta,
proporcionando fluxo contínuo no regulador.

Os mergulhadores treinados devem ser capazes


de respirar no fluxo contínuo de ar, permitindo
assim chegar até o companheiro de mergulho ou
a superfície.
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 4

Bocal Ortodôntico - Reduz o cansaço na mandíbula e a irritação das gengivas

Duas Saídas de HP em lados opostos 1º Estágio

Múltiplas Saídas de LP 1º Estágio - Alguns modelos incluem até articulações com giro de 360
graus

Configurações DIN/INT 1o Estágio-  Para garantir total compatibilidade devem estar disponíveis na
versão INT de 232 bar, e na versão DIN a 300 bar

Pressão Intermediária Ajustável Externamente. Permite aos técnicos de manutenção autorizados


fazer pequenos ajustes rápidos, depois da manutenção, sem haver a necessidade de desmontar o
primeiro estágio.
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 4

Bocal Ortodôntico - Reduz o cansaço na mandíbula e a irritação das gengivas

Duas Saídas de HP em lados opostos 1º Estágio

Múltiplas Saídas de LP 1º Estágio - Alguns modelos incluem até articulações com giro de 360
graus

Configurações DIN/INT 1o Estágio-  Para garantir total compatibilidade devem estar disponíveis na
versão INT de 232 bar, e na versão DIN a 300 bar

Pressão Intermediária Ajustável Externamente. Permite aos técnicos de manutenção autorizados


fazer pequenos ajustes rápidos, depois da manutenção, sem haver a necessidade de desmontar o
primeiro estágio.
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 4

Reguladores para Mergulho com Nitrox

Reguladores aprovados para serem usados com oxigênio são montados a partir de peças que são
limpas para O2 e todos os seus componentes e lubrificantes são compatíveis com O2.

Os fabricantes normalmente usam a cor verde no segundo estágio, ou as cores verde e amarelo, para
identificar o seu uso específico.

Utilize reguladores limpos para O2 somente em cilindros limpos para oxigênio. Conectar um regulador
limpo para O2, num cilindro que não está limpo para oxigênio, fará com que ele perca a sua
classificação, que permite o uso com altas taxas de oxigênio.

O regulador pode ser contaminado e vai existir um risco de incêndio ou explosão, se ele for utilizado
novamente num cilindro de oxigênio ou num cilindro de nitrox com alta concentração de oxigênio.
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 4

Congelamento do Regulador
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 4

Congelamento do Regulador

O congelamento do regulador é um problema comum, que pode ocorrer em regiões de águas frias.

Lembre-se que os reguladores são construídos com um sistema "à prova de falhas", por isso, sempre
que algo errado acontecer, eles fornecerão um fluxo contínuo de ar.

O regulador congela porque ao respirar, o ar comprimido expande-se rapidamente no primeiro e


segundo estágio. Quanto mais fundo o mergulhador estiver, maior é o volume de ar necessário para
cada respiração, devido à pressão circundante.
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 4

Congelamento Externo

O congelamento externo significa que a água ao redor do primeiro ou segundo estágio começa a
congelar, o que pode travar algumas partes, como o pistão móvel ou a mola do diafragma.

Esse tipo de congelamento pode ocorrer quando a água está extremamente fria e/ou uma grande
quantidade de ar é consumida em um fluxo maior do que o normal.

Isso pode acontecer quando infla o seu colete equilibrador ou a roupa seca e respira rapidamente ao
mesmo tempo.

Kits de proteção para os Reguladores são vendidos

O congelamento externo pode ser evitado ao adotar uma respiração lenta e suave quando você
estiver inflando o colete ou a roupa seca.
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 4

Congelamento Interno

O congelamento interno é geralmente causado por umidade demais no ar do cilindro. Uma alta
concentração de umidade pode condensar e as passagens internas de ar podem congelar.

Algumas peças, como o pistão do primeiro estágio ou as molas do diafragma, podem congelar numa
posição aberta, produzindo um fluxo contínuo no segundo estágio.

Este tipo de congelamento é ainda mais provável de acontecer do que o congelamento externo, já
que pequenos cristais de gelo são suficientes para causar um mau funcionamento dentro do
regulador.

As razões para o congelamento interno são as mesmas que para o congelamento externo, mas neste
caso podem ser mais facilmente evitadas.
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 4
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 4

Para mergulhos Recreativos e técnicos, pois O design tem ficado cada vez melhor. Elas protegem o
rosto da água fria e podem reduzir a exposição a contaminantes na água.

São muito usadas quando é necessário falar durante a realização de tarefas de mergulho, juntamente
com um sistema de rádio.

Projetos modernos incluem válvulas duplas de Suprimento de Ar, para facilitar a trocas de gás.

Válvulas de ar de superfície permitem aos mergulhadores conservar o Suprimento de Ar e respirar na


superfície, mesmo com a máscara já colocada. Conexões adicionais na máscara permitem instalar
uma fonte alternativa de ar.

Transceptor ultrassônico de dois pontos, com processador digital de voz e filtro de ruído de fundo são
outra inovação. Um microfone ativado por botão ou por voz está localizado dentro da máscara,
enquanto que o receptor está posicionado na tira da máscara, sobre o ouvido.
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 4

Possibilidade de respirar pelo nariz.

Uma máscara full face oferece mais conforto e proteção em águas extremamente frias – quando
combinado com uma roupa seca (incluindo botas e luvas secas), um mergulhador pode apreciar a
beleza dos locais de mergulho de águas frias com total conforto.

Várias organizações dedicam-se à utilização de máscaras full face no mergulho adaptado para
mergulhadores que são incapazes de desalagar uma máscara padrão.
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 4
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 4
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 4
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 4
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 4

Materiais e Reforços

Os reservatórios de ar da maioria dos coletes equilibradores são feitos com Cordura® 500 e 1000. As
áreas mais expostas são reforçadas com poliéster e nylon.

Reservatório Simples ou Duplo. A maioria dos coletes são feitos com um único reservatório de ar,
para economizar custos e para manter o colete equilibrador leve. Alguns fabricantes constroem
modelos de reservatório duplo, onde o reservatório interior é feito de poliuretano. O reservatório
exterior é feito de nylon, para proteger o reservatório interior.

A vantagem é que tanto o reservatório interior como o exterior podem ser substituídos, se necessário.
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 4

Materiais e Reforços

Os reservatórios de ar da maioria dos coletes equilibradores são feitos com Cordura® 500 e 1000. As
áreas mais expostas são reforçadas com poliéster e nylon.

Reservatório Simples ou Duplo. A maioria dos coletes são feitos com um único reservatório de ar,
para economizar custos e para manter o colete equilibrador leve. Alguns fabricantes constroem
modelos de reservatório duplo, onde o reservatório interior é feito de poliuretano. O reservatório
exterior é feito de nylon, para proteger o reservatório interior.

A vantagem é que tanto o reservatório interior como o exterior podem ser substituídos, se necessário.
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 4
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 4
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 4
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 4
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 4
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 4
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 5

AMBIENTE AQUÁTICO
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 5

AMBIENTE AQUÁTICO

Objetivos

Depois de completar esta seção, você irá entender:

⮚ Descrever o que está envolvido na oceanografia do mergulho


⮚ Entender a origem das ondas, marés e correntes e o impacto delas sobre o mergulho
⮚ Identificar várias espécies de vida aquática
⮚ Identificar as lesões que podem ocorrer enquanto mergulha
⮚ Descrever as técnicas adequadas de primeiros socorros
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 5
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 5

Composição da Água do Mar

⮚ 1.4 biliões de quilômetros cúbicos de água nos oceanos

⮚ Várias substâncias químicas, e a principal delas é o sal cloreto de sódio

⮚ A salinidade em mar aberto (meio do Oceano Pacífico, Atlântico e Índico) é de aproximadamente


35 partes por mil, ou seja, 3.5%

⮚ Na Antártida, devido ao fluxo de água doce que vem das geleiras e dos icebergs, a água local
contém menor salinidade

⮚ No Mar Mediterrâneo e o Mar Vermelho possuem maior salinidade do que as águas oceânicas,
devido à evaporação excessiva quando comparada com a precipitação nas regiões circundantes
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 5

Salinidade e Flutuabilidade

Devemos levar em conta as diferenças de flutuabilidade entre o mergulho no mar e em água doce.
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 5

Correntes

Clique aqui para sssitir o vídeo


CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 5

Correntes

As correntes marítimas são movimentos de grandes massas de água dentro de um oceano ou


mar. ... As correntes marítimas têm sua origem na circulação dos ventos na superfície e pelo
movimento de rotação da Terra.

⮚ As correntes, as ondas, as marés e a arrebentação, são elementos importantes que você deve
considerar ao planejar um mergulho seguro e divertido. 

⮚ Direção e a velocidade da corrente, assim como a sua estabilidade/uniformidade

⮚ Mergulho em Rios requer uma formação especializada

⮚ Deixar cair um objeto que flutue num ponto A até chegar ao ponto B
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 5

Correntes

As correntes marítimas são movimentos de grandes massas de água dentro de um oceano ou


mar. ... As correntes marítimas têm sua origem na circulação dos ventos na superfície e pelo
movimento de rotação da Terra.

⮚ As correntes, as ondas, as marés e a arrebentação, são elementos importantes que você deve
considerar ao planejar um mergulho seguro e divertido. 

⮚ Direção e a velocidade da corrente, assim como a sua estabilidade/uniformidade

⮚ Mergulho em Rios requer uma formação especializada

⮚ Deixar cair um objeto que flutue num ponto A até chegar ao ponto B
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 5

Clique aqui para assitir o vídeo 1


Clique aqui para assitir o vídeo 2
Clique aqui para assitir o vídeo 3
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 5

Areia, lama, vários tipos de rochas ou superfícies


incrustadas de corais

A navegação determina que pontos de referência


devem ser usados para que um mergulhador seja
capaz de se orientar.

Briefing do mergulho, o terreno subaquático da


área com o máximo de detalhes possíveis

Não pisar ou tocar em nada e manterem a


flutuabilidade neutra
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 5

Cursos de Especialidade em Vida Marinha, tais


como Tartaurgas, Identificação de Peixes,
Tubarões, Corais, Raias e também o curso de
Ecologia Marinha

Comecem a observar outros tipos de espécies


pequenas - Espécies que vivem na areia
(superfície/ enterradas)

Utilização da forma tradicional de classificação


geral de plantas e de animais (Taxonomia),
enfatizando as relações genéticas, em vez de uma
lista aleatória de espécies
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 5

Medical Emergencies Caused by Aquatic Animals

O trabalho é resultado de mais de 30 anos de pesquisa médica e


zoológica do autor, professor do Departamento de Dermatologia e
Radioterapia da Faculdade de Medicina de Botucatu da
Universidade Estadual Paulista (Unesp), parte delas realizadas
com apoio da FAPESP.

Além de casos envolvendo o contato com animais de diferentes


espécies em habitats marinhos e fluviais, o livro trata da ingestão
de toxinas – como as do peixe baiacu – e de infecções fúngicas e
bacterianas em ambientes aquáticos.
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 5

Ouriços-do-mar

Ouriços-do-mar podem ou não ser venenosos. No entanto, a maioria das


espécies possuem espinhos pontiagudos, afiados e longos, que são
frágeis e se partem com facilidade quando entram em contato com o
mergulhador.

Primeiros Socorros para ferimentos causados por Ouriços-do-mar

Remoção cuidadosa do espinho usando pinças esterilizadas e a também


desinfetando a região afetada. Limpe e desinfete a ferida mergulhando-a
em vinagre para dissolver as substâncias calcárias que podem estar no
ferimento
Esponjas Silicosas e Vermes Marinhos
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 5
Algumas esponjas contêm espículas de silício como parte da sua
estrutura esquelética. Essas espículas assemelham-se a finas lascas de
"vidro” (comichão ou a ligeira sensação de queimadura).

Geram incômodos porque provocam uma ligeira dor ou um desconforto,


mas raramente necessitam de atenção médica.

Primeiros Socorros para ferimentos de Esponjas de Silício e


Poliquetas

Limpeza e usar loção de calamina para aliviar os sintomas na pele, mas


se o desconforto vai persistir, procure assistência médica, e não se
esqueça de informar o médico sobre o contato que teve com um verme;
Poliqueta de fogo ou com uma esponja silicosa (para aqueles casos
raros com complicações).

Calamina + Cânfora + Difenidramina é indicado para aliviar os sintomas provocados pelas picadas de
insetos, irritação causada por plantas, para o alívio do ardor, ardência e urticária causados pela
queimadura solar ou outras irritações da pele de pequena intensidade.
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 5

Conus

Elas têm uma característica em comum que é a concha cônica. Eles têm
um mecanismo de inoculação de veneno extremamente desenvolvido. O
veneno fica localizado num pequeno dardo farpado que é disparado de
uma saliência, localizada na parte pontiaguda da concha.

Este caracol marinho usa esse mecanismo para paralisar as suas


presas, o que reduz a probabilidade de um mergulhador inocente ser
picado por ele.

Primeiros Socorros para picadas de Conus

Procure assistência médica imediata no caso de ser picado por uma


destas conchas.
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 5
Serpentes Marinhas

Geralmente têm menos de um metro de comprimento, a coloração em


geral é escura em cima e clara em baixo, como muitos outros animais
marinhos, e com faixas de cores marrom, preto, cinza, roxo, verde e
amarelo.

Encontradas em águas calmas do litoral e frequentam as águas onde os


rios desaguam nos oceanos. Embora pequenas, as serpentes Marinhas
têm um veneno altamente concentrado, mas geralmente não são
agressivas e não mordem, a não ser que se sintam ameaçadas, o que
ocorre se forem manuseadas.

Primeiros Socorros para picadas de Serpentes Marinhas

Se for mordido, procure imediatamente ajuda médica, mesmo que não


sinta nenhuma dor.
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 5
Cefalópodes

("cabeça rodeada por pés"), como o polvo, lulas e chocos, têm uma boca
em forma de bico, como a do papagaio, localizada na base dos
tentáculos ou braços.

Algumas espécies são conhecidas por possuir um aparelho venenoso


bem desenvolvido. Embora normalmente não sejam tóxicos para os
seres humanos (exceto o do polvo de anéis-azuis)

Primeiros Socorros para mordidas de Polvo

Se surgir alguma complicação procure assistência médica; caso


contrário, mantenha a zona da ferida limpa com álcool ou com 10% de
amoníaco diluído em água. (Exceto se for um polvo de anéis-azuis,
nesse caso procure assistência medica imediata pois o mesmo é
bastante venenoso)
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 5

Lacerações e Escoriações

Existem muitos animais marinhos que podem lesionar o mergulhador por


lacerações e escoriações. Até mesmo algumas plantas rígidas, ou que
contêm elementos calcários na sua estrutura esquelética, podem causar
escoriações.

A pele fica um pouco amolecida e torna-se mais sensível à abrasão


causada pelas cantos e superfícies cortantes. Este perigo aumenta à
medida que a água fria entorpece a sensibilidade das mãos e dos pés.

Você deve usar uma roupa de proteção e deve ser cauteloso quando se
deslocar por cima de cracas, mexilhões, corais, vermes tubulares e, até
mesmo, das próprias pedras.
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 5

O mergulhador está muito vulnerável durante o


processo de entrada ou saída da água, quando
carrega cerca de 30 kgs de peso extra, distribuído
de forma pouco uniforme.

Escorregar e cair de uma pedra pode causar uma


dor considerável, mas ao carregar um cilindro de
mergulho existe a possibilidade adicional de uma
lesão na coluna. As botas e as luvas devem ser
usadas para que o mergulhador, possa subir ou se
agarras nas rochas sem medo de se cortar nelas
ou nos animais incrustados.
CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 5

O melhor remédio é a prevenção!!!


CIÊNCIA DO MERGULHO – SEÇÃO 5

O melhor remédio é a prevenção!!!

Você também pode gostar