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Cuidados na higiene, alimentação,

conforto e eliminação
Módulo 5
Sessão 9

Curso Técnicas de apoio na prestação de cuidados de saúde e


geriátricos
Sandra Silva

27/05/2021
AGEND
A Sessão 9
c) Colocação e substituição de fraldas:

iii. Com a colaboração do utente;

iv. Auxiliando o enfermeiro.

d) Transferência e posicionamento na cadeira sanitária:

v. Com a colaboração do utente.

e) Esvaziamento dos sacos coletores de urina com válvula:

vi. Cuidados de manuseamento.

f) Outros dispositivos de apoio à eliminação - noções básicas: algalias, sondas vesicais,


sondas retais, sacos de urostomia, sacos de nefrostomia, sacos decolostomia.
Vídeo rotina de enfermeiro
Troca de Fralda
Modo de trocar a fralda de um acam
ado. – YouTube
Higiene dos órgãos genitais

Mulher:
HIGIENE ÍNTIMA FEMININA: qual a técnica correta? – YouTube

Homem:

A Higiene Íntima Masculina – YouTube


Fralda
A fralda é um recurso útil para a situação de incontinência. Contudo, a
humidade e acidez da
urina/fezes revela-se também como um inimigo para integridade da
pele. A fralda deve ser
mudada sempre que estiver suja/molhada. Na mudança da fralda,
realizar uma higiene parcial
da pele, secando bem.
O tamanho e ajuste da fralda devem ser adequados ao utente.

Preservativo urinário
- O preservativo urinário é uma película fina de borracha, que se
encaixa no pénis e ao qual é
adaptado um saco colector. Existe em vários tamanhos.
Para colocar o uripen:
- Proceder à higiene dos genitais como descrito no capítulo da higiene
- colocar o uripen como se fosse um preservativo, e deixar um espaço
livre na ponta do pénis.
- adaptar o saco colector
Precauções:- não deixar que fique apertado demais
- retirar o uripen uma vez ao dia e lavar bem o pénis e uripen
Algália
– Cateter urinário
O cateter urinário, ou algália, pode ser utilizado em situações de retenção
ou incontinência
urinária. Neste método, o cateter é mantido dentro da bexiga e a urina flui
continuamente
para dentro de um saco coletor.
ATENÇÃO: Apesar de ser uma opção higiénica, este método constitui uma
porta de entrada de
microrganismos que aumenta o risco de infeções urinárias. Como tal, a
decisão de utilizar um
cateter urinário é exclusiva de um profissional de saúde.
Cuidados:
- Lavar as mãos antes e depois de mexer na algália;
- Manter a higiene dos genitais como recomendado (ver capítulo sobre
higiene);
- Manter o saco coletor sempre abaixo do nível da cama e despeja-lo ou
substitui-lo a 2/3 da
sua capacidade;
- Ter cuidado para não puxar a algália, porque pode ferir a uretra e pode
originar hemorragias;
- Verificar se não há dobras ou obstruções no sistema sempre que não
Ostomias
- Uma ostomia é uma abertura cirúrgica realizada na parede abdominal onde uma porção do
intestino é levada até à pele. São chamadas de colostomias e ileostomias quando eliminam
fezes. Urostomias e nefrostomias quando eliminam urina.
As fezes ou urina passam pela ostomia para fora do corpo sem que a pessoa consiga controlar
e ficam num saco.
- Uma ostomia normal é vermelha ou rosa vivo, brilhante e húmida. A pele ao seu redor deve
estar lisa, sem vermelhidão, feridas ou dor.
- Não é necessário retirar a bolsa para tomar banho. O sabão e a água não são perigosos nem
prejudicam o estoma;
- Atualmente existe uma grande variedade de produtos adequado a estas situações que
podem facilitar a adaptação a esta situação;- Informe-se junto da equipa de enfermagem
relativamente aos cuidados específicos a ter com
o estoma;
Cuidados de higiene e conforto
Deteção e informação de anormalidades
Cuidados na

eliminação
Perguntar ao profissional de saúde competente sobre o modo como o
doente procede aos cuidados de eliminação. Graus de dependência.

Confirmar se doente tem possíveis colheitas de espécimenes para realizar.


Colocar o dispositivo para eliminação de acordo com informação recolhida.
Transferir o doente se necessário.

Assegurar condições de privacidade para a realização da tarefa.


Executar cuidados de higiene ao doente após eliminação sempre que
necessário. Posicionar o doente.

Executar correto descarte do material utilizado.


Cuidados na
eliminação
Dispositivos e equipamento disponíveis

Aparadeira/ Urinol Cadeira sanita Sanita /


WC
arrastadeir
a
Doentes cognitivamente e com orientação preservadas que necessitam
apenas de assistência no autocuidado eliminação ou são independentes.
Cuidados na
eliminação
Na colocação de fralda, cuidados com:
• Bem adaptada, evitar vazamento de fluídos
• Bem adaptada para evitar maceração dos tecidos, principalmente a nível
inguinal
• No doente do sexo masculino, posicionamento correto do pénis

https://www.youtube.com/watch?v=-hD5kZMrlj0

Doentes dependentes em grau elevado ou doentes com dependência em grau


moderado ou reduzido com necessidade de utilização de fralda por patologia
médica.
Doentes dependentes em grau elevado – necessário 2 pessoas para executar
tarefa.
Cuidados na
eliminação
Doente com dispositivos invasivos para realização de eliminação.

Sonda vesical
A sonda vesical/algália deve estar sempre fixa à pele do doente para evitar
traumatismos. O saco coletor deve estar sempre em posição inferior ao doente para
evitar passagens de urina em sentido inverso. Quando em cima da cama clampar o
saco coletor. O saco coletor não deve ter mais que 2/3 da sua capacidade. Esvaziar
quando o profissional de saúde competente pedir para realizar tarefa ou se de forma
autónoma realizado informar quantidade drenada. No esvaziamento cuidado com
salpicos de urina.
Cuidados na
eliminação
Doente com dispositivos invasivos para realização de eliminação.

Saco coletor de Saco coletor de urina com


urina sem válvula. válvula. Duração de 7 dias.
Descartável Descartar se visivelmente
quando cheio. sujo ou perda de integridade.
Cuidados na
eliminação
Doente com dispositivos invasivos para realização de eliminação.

Sonda Retal (realização de


enemas de limpeza,
exteriorização de gazes,
Sonda vesical de com ou sem conexão a
esvaziamento saco coletor).

Cistostomia
suprapúbica.
Cuidados na
eliminação
Doente com dispositivos invasivos para realização de eliminação – o
doente portador de estoma

Estoma – abertura para o exterior.

Ostomia – abertura ou passagem artificial, realizada cirurgicamente. Através


da parede abdominal ou pescoço. Objetivo: permitir a alimentação, eliminação
vesical e intestinal e a ventilação.

Incontinência intestinal – fluxo involuntário e defecação incontrolada


de fezes. Várias causas.

Incontinência urinária - fluxo involuntário de urina, incapacidade de controlo


dos esfíncteres vesical e uretral.
Cuidados na
eliminação
Doente com dispositivos invasivos para realização de eliminação – o
doente portador de estoma

Colostomia – estoma no
intestino grosso. Pode ter
diferentes localizações. Fezes
com diferentes consistências
dependendo da localização do
estoma.

Normalmente utiliza-se sistema de uma peça com


saco fechado. Se diarreia, dermatite ou outra
lesão aconselha-se sistema de duas peças.
Cuidados na
eliminação
Doente com dispositivos invasivos para realização de eliminação – o
doente portador de estoma

Ileostomia – estoma no
intestino delgado. Conteúdo
líquido e descarga contínua.

Normalmente utiliza-se sistema de duas peças


com saco drenável. Ocasionalmente utiliza-se
sistema de uma peça.
Cuidados na
eliminação
Doente com dispositivos invasivos para realização de eliminação – o
doente portador de estoma

Cuidados ao estoma:
• Lavar suavemente a pele periestomal e o estoma com a ajuda de uma esponja
macia, água morna e sabão com pH neutro
• Secar bem sem friccionar o estoma e a pele periestomal.
• Não usar substancia irritantes para a pele à volta do estoma como por exemplo:
perfume, álcool, éter, antissépticos, sabões agressivos.
• Cortar os pelos da zona periestomal com uma tesoura (não utilizar lâmina de
barbear ou creme depilatório).
• Não deve aplicar qualquer outro tipo de creme gordo (impede a boa aderência do
dispositivo)
• Nos estomas de localização difícil (proeminências ósseas, cicatrizes, pregas cutâneas)
poder-se –á utilizar pasta protectora de forma a nivelar a superfície cutânea e
permitir uma boa aderência do dispositivo.
Cuidados na
eliminação
Doente com dispositivos invasivos para realização de eliminação – o
doente portador de estoma

Colocação de
sistema de 1 peça.
Cuidados na
eliminação
Doente com dispositivos invasivos para realização de eliminação – o
doente portador de estoma

Remoção de
sistema de 1 peça.
Cuidados na
eliminação
Doente com dispositivos invasivos para realização de eliminação – o
doente portador de estoma

Colocação de
sistema de 2
peças.
Cuidados na
eliminação
Doente com dispositivos invasivos para realização de eliminação – o
doente portador de estoma
Remoção de
sistema de
2 peças.

O estoma deverá ter aspeto vermelho vivo e a pele periestomal deverá estar íntegra e sem
sinais inflamatórios. Se detetar alguma alteração comunicar ao profissional de saúde
competente.

Nota: cortar placas do sistema sempre com tesouras redondas.


Cuidados na
eliminação
Doente com dispositivos invasivos para realização de eliminação – o
doente portador de estoma

Urostomia – estoma pode ter


diferentes localizações no
sistema urinário. Saída de urina.

Nefrostomia – estoma com


localização no rim.

Cistostomia – estoma com


localização na bexiga.

Normalmente utiliza-se sistema de duas peças


com saco drenável. Ocasionalmente utiliza-se
sistema de uma peça.
Cuidados na
eliminação
Alguns conceitos: Sistema intestinal

Fezes: “são compostas de resíduos alimentares, bactérias, alguns glóbulos


brancos, células epiteliais, secreções intestinais e àgua”.((Bolander, V.R.,
Sorensen, Luckmann (1998). Enfermagem Fundamental. Abordagem
Psicofisiológica. Lusodidacta, pp.1460).

Frequência das dejecções: varia de pessoa para pessoa. Adulto, normal: duas a
três vezes por dia a uma a três vezes por semana.

Cor das fezes:

Normal – castanho
Escuras – ingestão de carvão
Escuras cor de bronze – suplementação com ferro
Escuras tipo borra de café – presença de sangue digerido – melenas
Presença de sangue vivo – retorragias
Cuidados na
eliminação
Alguns conceitos: Sistema intestinal

Obstipação: “Diminuição na frequência da defecação acompanhada


dificuldade ou passagem incompleta por
fezes; passagem de
das
excessivamente duras e secas” (CIPE versão1, 2005).fezes

Diarreia: “Fluxo e defecação de fezes soltas, líquidas, não moldadas; aumento de


frequência de dejecções, acompanhada de aumento dos ruídos intestinais, cólicas
e urgência na defecação” (1). Consideramos diarreia a partir da 4-5a dejecção
consecutiva.

Consistência: a consistência das fezes reflecte o seu teor em àgua. Teores


anormais de àgua alteram a consistência das fezes de moldadas a pastosas,
liquidas, moles ou duras i indicam obstipação ou diarreia.
Cuidados na
eliminação
Alguns conceitos: Sistema intestinal

Cheiro das fezes: é caracteristicamente acre e é produzido pela flora bacteriana e pelos
alimentos e medicamentos ingeridos. Sangue ou infecções no tubo digestivo provocam
alterações detetáveis e fétidas ao cheiro normal.

Consistência: a consistência das fezes reflecte o seu teor em àgua. Teores anormais de
àgua alteram a consistência das fezes de moldadas a pastosas, liquidas, moles ou duras e
indicam obstipação ou diarreia.
Cuidados na
eliminação
Alguns conceitos:
Cuidados na
eliminação
Alguns conceitos: Sistema urinário
Micção: “Fluxo e excreção da urina por meio da micção, habitualmente 4 a 6 vezes durante o
período diurno (...)”.

Disúria: micção difícil e dolorosa.


Anúria: total supressão de formação de urina ou insuficiência renal.
Hematúria – presença de sangue na urina.

Cor:
Normal - varia entre amarelo pálido e âmbar
avermelhada - Alguns alimentos (ex: ruibarbo, beterraba e amoras pretas) e os corantes .
alimentares vermelhos podem tornar a cor da urina avermelhada. Presença de sangue na
urina (hematúria) pode dar um tom vermelho
amarelo escuro - pode indicar presença escuro. de urobilina ou
amarelo vivo – ingestão de grandes quantidades de caroteno bilirrubina.
(ex: cenoura ou batata doce).
urina leitosa – presença de pus ou goticulas de gordura libertadas pelo rim

Cheiro: a urina fresca tem um cheiro característico, mais forte na urina concentrada que na
diluída.
Cuidados na
eliminação
Alguns conceitos: sistema urinário
Cuidados na
eliminação
Vómit Vómito: “Expulsar ou trazer de volta alimentos
o processados ou conteúdo gástrico através do
esófago e para fora da boca” (CIPE versão1,
2005).

Vómito = êmese

Tipo:
Vómito alimentar – quando apresenta apenas
conteúdo alimentar.
Vómito fecalóide – quando apresenta
conteúdo de fezes. Teem odor pútrido, cor
castanho escura.
Vómito biliar – quando apresenta conteúdo
amarelo-esverdeado sugestivo de bile.
Cuidados na
eliminação
Vómit
o
Cor: presença de alimentos, bebidas – deveremos conhecer a cor dos mesmos.

Amarelo - esverdeado - ex: bile.


Castanho escuro – ex: fezes.
Vermelho – ex: presença de
sangue vivo.

Hematemese: expulsão de
sangue acompanhada por
vómito
Cuidados na alimentação

Alimentação por via oral – introdução de alimentos na cavidade


oral. Início do processo de digestão.

Alimentação entérica por sonda – nutrientes administrados no


trato intestinal.


Alimentação parentérica – quando a via digestiva não pode ser
utilizada ou é ineficaz. Administração de nutrientes por via
endovenosa.
Cuidados na alimentação
Cuidados antes de iniciar alimentação, durante e após término de alimentação.

Exercício prático
Síntese...
Obrigada pela sua atenção
Autorização de
Funcionamento nº21

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