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REMUNERAÇÃO E

SALÁRIO

DIREITO DO TRABALHO II
Conceito de EMPREGADOR

Art. 2º CLT – “Considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, que,


assumindo os riscos da atividade econô mica, admite, assalaria e dirige a prestaçã o pessoal
de serviço.

§ 1º - Equiparam-se ao empregador, para os efeitos exclusivos da relaçã o de emprego, os


profissionais liberais, as instituiçõ es de beneficência, as associaçõ es recreativas ou outras
instituiçõ es sem fins lucrativos, que admitirem trabalhadores como empregados.”
Conceito de EMPREGADO

Art. 3º - Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de

natureza nã o eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salá rio.

Pará grafo ú nico - Nã o haverá distinçõ es relativas à espécie de emprego e à condiçã o

de trabalhador, nem entre o trabalho intelectual, técnico e manual.


Conceito de CONTRATO DE TRABALHO

Segundo Sergio Pinto Martins, contrato de trabalho é um pacto de trato sucessivo, em que há
continuidade na prestaçã o de serviços e, em consequência, pagamento habitual de salá rios.

Características necessárias para reconhecimento do vinculo empregatício:


• Pessoalidade;
• Habitualidade;
• Subordinaçã o;
• Onerosidade.
A onerosidade se manifesta no contrato de trabalho por meio do recebimento pelo empregado de um
conjunto de parcelas econô mico retributiva da prestaçã o de serviços ou, mesmo, da simples existência da
relaçã o de emprego.
 
SALÁRIO é o conjunto de parcelas contraprestativas pagas pelo empregador ao empregado em funçã o do
contrato de trabalho. (MAURICIO GODINHO DELGADO)
 
SALÁRIO corresponde à importâ ncia paga pelo empregador do obreiro em virtude de sua
contraprestaçã o dos serviços, da disponibilidade do trabalho, das interrupçõ es contratuais ou demais
hipó teses previstas em lei. (SERGIO PINTO MARTINS)
Ex: falta justificada, alistamento eleitor, 15 primeiros dias do afastamento por doença. São hipóteses em que o
empregador terá que pagar salários independentemente da prestação de serviços. O artigo 4º da CLT
estabelece que o empregado está a disposição do empregador tanto no período em que não está trabalhando,
mas aguardando determinações do empregador.
Conceito de REMUNERAÇÃO

Art. 457 da CLT - Compreendem-se na remuneraçã o do empregado, para todos os efeitos

legais, além do salá rio devido e pago diretamente pelo empregador como contraprestaçã o

do serviço, as gorjetas que receber.

Remuneraçã o = salario (pago diretamente pelo empregador) + gorjetas (pago por terceiros).
Remuneraçã o e salario nã o sã o a mesma coisa.
O salá rio integra remuneraçã o e nã o o contrá rio.
REMUNERAÇÃO: INDENIZAÇÃO:
 Tem por objetivo retribuir um  decorre da reparaçã o de um dano,
trabalho prestado ou de um ato ilícito.
disponibilidade ao empregador.  Geralmente é paga de uma só vez
 Pagamento continuado  É pago em decorrência da existência
 É pago em razã o de um serviço de um dano
prestado

REMUNERAÇÃO: COMPLEMENTAÇÃO DE
APOSENTADORIA:
 Os benefícios e as condiçõ es
previstas nos estatutos,  O empregador ou empresa
regulamentos e planos de especializada paga a diferença entre
benefícios das entidades de o beneficio previdenciá rio do INSS e
previdência privada nã o integram o salario que o empregado receberia
Distinção de o contrato de trabalho dos
participantes, nem da
se estivesse trabalhando.

REMUNERAÇÃO: remuneraçã o deles.


 

SALÁRIO: DIREITOS AUTORAIS E/OU DIREITO DE


INVENÇÃO:
 
Sã o aqueles em razã o de um invento feito por
determinada pessoa.
Invento difere de descoberta: Descoberta nã o
tem característica de criaçã o, mas de
constataçã o. O invento compreende a criaçã o de
algo novo ou para novo uso.
 
ELEMENTOS DA REMUNERAÇÃO
Sã o elementos da remuneraçã o: habitualidade, periodicidade, quantificaçã o, essencialidade e
reciprocidade.
 
Habitualidade: é o elemento preponderante para saber se o pagamento feito pode ou nã o ser
considerado como salá rio ou remuneraçã o.
A Jurisprudência mostra que um dos requisitos para se considerar se determinada verba tem ou nã o
natureza salarial é a habitualidade.
Ex: horas extras, adicional noturno, prêmio de produçã o.
Sumula 459 do STF: Os adicionais e as gratificaçõ es que se tenham incorporado pela habitualidade no
salá rio devem compor o cá lculo da indenizaçã o.
Quantificação: A remuneraçã o deve ser quantificável. O empregado deve saber quanto ganha por
mês, de acordo com certo padrõ es objetivos.
É vedado o pagamento de salario complessivo. Salario complessivo ou complexo é o pagamento
englobado, sem discriminaçã o das verbas pagas.
 
Periodicidade: A periodicidade do pagamento da remuneraçã o irá depender de critérios objetivos
previstos em lei, em certos prazos má ximos que a norma legal fixa para seu pagamento. O pagamento
do salario é feito apó s a prestaçã o de serviços.
 
Essencialidade: A remuneraçã o é elemento essencial na relaçã o de empregado, pois o contrato de
trabalho é oneroso. O trabalho gratuito não é característica do contrato de trabalho – mas pode
qualificar outro tipo de relaçã o.
 
Reciprocidade: Característica do cará ter sinalagmá tico da relaçã o de emprego, dos deveres e
obrigaçõ es a que o empregado e empregador estã o sujeitos.
ESTUDO DE CASO
Mendelévio foi contratado dia 01/02/2020 para trabalhar como garçom no Bar X recebendo R$
1.500,00 ( um mil e quinhentos reais) por mês, além de gorjetas pagas pelos clientes.

O horário de trabalho do Mendelévio era das 15h00 às 24h00 de terça à domingo, com uma hora de
intervalo para repouso e descanso.

Durante todo período de trabalho, Mendelévio recebeu salários variados como R$ 1750,00; R$
2530,00; R$ 1560,00; R$ 2845,00 ... Nunca recebeu recibo ou holerite.

Ao questionar sobre o recebimento do adicional noturno, obteve a resposta que tudo que tinha para
receber “já tava pago”.

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